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Dia: 26 de julho de 2025

Ordenação de Michel Carlos da Silva: “Ministério Diaconal é Encarnação”

Na manhã desde sábado, 26/07, a Arquidiocese de Manaus acolheu, com muita alegria, pela imposição das mãos do Bispo Auxiliar, Dom Zenildo Lima, seu mais novo diácono, Michel Carlos da Silva, que escolheu como lema “O verbo se fez Carne e habitou entre nós” (Jo,1 14), A celebração aconteceu na Comunidade São Paulo Apóstolo, Área Missionária São João Paulo II, bairro Jorge Teixeira. Dom Zenildo iniciou a celebração dizendo que “a comunidade está em festa,toda a nossa Igreja de Manaus!” e enfatizou que a Igreja de Manaus é “uma Igreja ministerial”. Ele convidou para que a “Eucaristia enriqueça a nossa experiência de Igreja, que se faz carne e arma a sua tenda no meio das pessoas, no meio desta Amazônia, que essa Eucaristia renove a nossa disponibilidade para o serviço, nos diversos ministérios que se reúnem nesta celebração, que essa Eucaristia faça bem a todos nós” reforçando a ideia do lema escolhido. A solicitude do ministério é reflexo da comunidade Em sua homilia, insistiu que a solicitude é uma “ação tão urgente, tão necessária, tão essencial pra esses tempos de referencialidade com o risco de ministérios e ministros que pensam em si mesmo e a partir de si mesmo” e seguiu dizendo que a Igreja pede que “seja um ministério de solicitude, que seja um ministério de mansidão”. E aproveitou para recordar que “vivemos tempos violentos, vivemos tempos intolerantes, tempos de serviços que mais do que amenizar as dores do povo parecem impor pesos maiores e insuportáveis”. E novamente pediu um “ministério de mansidão,e um ministério na constância na intimidade com Jesus”. Dom Zenildo disse também que o pedido para esse ministério a ser “vivenciado, conferido, entregue e exercido pelo Michel é um reflexo da vida da comunidade. A gente não reflete só o ministério da pessoa, do indivíduo, do sujeito, a gente reflete também a vida ministerial da comunidade e a Palavra que vai nos ajudar a gente compreender essa vida, essa identidade comunidade essa identidade do ministério.” A Palavra plenifica a identidade comunitária O presidente da celebração conduziu os presentes a pensar que na Palavra encontramos experiências que ainda permeia nosso tempo “É uma comunidade com uma realidade de diversidade. tem gente de todos os lugares, de todas as origens, de todas as experiências precedentes que agora estão fazendo parte da comunidade como as nossas comunidades que foram frutos de processos de ocupação, de pessoas que vieram de tantos lugares, tantos bairros diferentes, de tantas histórias diferentes.” Destacou que há pessoas de um percurso de experiência religiosa anterior e que se aproximaram “da vida da comunidade: tem gente pequena, tem gente pobre, tem mulheres, tem pessoas estrangeiras na comunidade”, e por isso “nascem conflitos por causa dessa diversidade as pessoas mais pobres, as mulheres, as viúvas”. O sentimento é de que “estão sendo deixadas pra trás porque existe uma ocupação, uma preocupação, uma atenção maior da comunidade”. Um ministério em direção aos pequenos O Dom Zenildo explicou que no texto o “drama e o conflito que se apresenta na comunidade não se resolve com a tentação de tornar todo mundo igual, uniformidade. A comunidade busca respostas diferentes. Recorre a autoridade dos doze” e eles “respondem com os sete, não mais os doze, mais os sete. Essa resposta, segundo o bispo auxiliar, nos aponta que “o ministério se abre na direção dos pequenos dos pobres, dos estrangeiros. A Igreja sempre costuma se afirmar a partir dos doze da sua solidez”, mas também que “se construiu a partir dos sete, da missionariedade, da disponibilidade, do tornasse Igreja em saída” alicerçada sobre a experiência dos doze, mas também na experiência dos sete porque que “vai ao encontro de pessoas”. A Vocação como força e inspiração para as comunidades Dom Zenildo questionou como a comunidade encontra esta inspiração, força e respostas? E respondeu que “a comunidade invoca o Espírito de Deus. Para que o Espírito suscite respostas” e acrescentou que “os ministérios são sempre respostas do Espírito para as necessidades que aparecem no seio da comunidade.” E continuou afirmando que “a ordenação do Michel hoje é fruto de um processo vocacional, pessoal, comunitário. É fruto de uma caminhada de formação presbiteral, que envolve o seminário, casas de formação, mas é também uma resposta do Espírito pra esses tempos que nós estamos vivendo”. Ministério Diaconal é Encarnação Retornado ao lema escolhido, do evangelista São João, o bispo disse que “mostra a realização Deus de modo muito aproximado. O Verbo se fez Carne e habitou entre nós” e essa e a “compreensão do amor de Deus”, que é falar do ministério “como participação desta escolha de Deus, de realização da proximidade de Deus” e completou que o “Ministério Diaconal é Encarnação”. Ele ressaltou que o “Ministério Diaconal faz parte desse processo encarnatório que começou com a palavra de Deus e que é continuado pela Igreja, Igreja também se faz carne, ministério é encarnação da igreja, Michel você se faz carne”. Dom Zenildo desejou que a “palavra amorosa de profecia, de promessa de Deus se transforme no teu serviço na vida das pessoas” e disse também que “a grande inspiração, a grande realização ministerial, de serviço a grande realização desta encarnação é Jesus Cristo”. Explicou que nossa compreensão do Ministério do Diácono passa pelo horizonte dos serviços: da palavra, da pregação, da animação bíblica, da liturgia, do cuidado do altar, da mesa, da promoção humana, da caridade e que isto “é próprio da encarnação”. Retomou o texto da primeira leitura onde os diáconos “tinham diante de si um problema, uma situação de carência do povo, daquelas mulheres, daquelas viúvas” reafimando que o diaconato “é um trabalho, de Palavra, é Trabalho de mesa, é trabalho de compaixão humana, de encarnação e a gente se inspira sempre na pessoa de Jesus, o Verbo que se faz Carne. A vida de Jesus, o ministério de Jesus é um ministério de realização da promessa do Pai, da palavra do Pai. A vida de Jesus é um ministério de serviço à mesa.” Presença na realidade concreta das pessoas No…
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Congresso Missionário de Seminaristas (COMINSE) tem expressiva participação do Norte

Entre os dias 21 e 26 de julho, a capital piauiense acolheu o 5º Congresso Nacional Missionário de Seminaristas (COMINSE). O evento aconteceu no Seminário Maior Sagrado Coração de Jesus, da Arquidiocese de Teresina, e reuniu cerca de 240 participantes entre seminaristas, formadores, reitores e bispos de 79 dioceses e arquidioceses, além de três congregações religiosas. Celebrando 40 anos de caminhada dos COMISEs (Conselhos Missionários de Seminaristas) no Brasil, o congresso teve como tema “Discípulos da Esperança“, com o objetivo de fortalecer a consciência missionária nos seminários, cultivar a comunhão entre os COMISEs regionais e promover uma formação presbiteral mais sensível, pastoral e comprometida com a missão evangelizadora da Igreja. A programação contou com conferências, painéis temáticos, oficinas, momentos de oração e noites culturais. O COMINSE contou com a participação de Dom Maurício da Silva Jardim, Bispo da Diocese de Rondonópolis-Guiratinga e Presidente da Comissão para a Ação Missionária e Cooperação Intereclesial da CNBB; Dom José Albuquerque, Bispo da Diocese de Parintins e membro da Comissão Episcopal para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada; Padre Vagner João Pacheco de Moraes, Presidente da Organização dos Seminários e Institutos do Brasil (OSIB); e Pe. Alessandro Brandi, representante da Obra de São Pedro Apóstolo, de Roma. Norte em destaque A Região Norte teve participação expressiva no evento, em seus respectivos regionais. Entre os representantes do Regional Norte 1 da CNBB destaca-se seminaristas das seguintes Igrejas Particulares: Arquidiocese de Manaus (1), Diocese de Roraima (2), Diocese do Alto Solimões (2), Diocese de São Gabriel da Cachoeira (1), Diocese de Borba (1), Diocese de Coari (1), Diocese de Parintins (1) e Prelazia de Itacoatiara (1). A presença significativa do Norte reafirma o compromisso missionário da Igreja na Amazônia e o protagonismo de seus seminaristas no processo de construção de uma Igreja mais encarnada, dialogante e sinodal. O COMINSE 2025 deixa como legado a renovação do ardor missionário nos corações dos futuros presbíteros do Brasil e uma forte mensagem de esperança diante dos desafios da evangelização contemporânea. Seminarista Lucas Santos Maia (Diocese de Roraima)Assessor de Comunicação do Comise Labontè