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Dia: 2 de agosto de 2025

Dom Zenildo Lima: Encontro dos Bispos da Amazônia, dar continuidade à sinodalidade a partir do território

Seis anos após o Sínodo para a Amazônia, a Igreja amazônica continua sua caminhada com convicção e esperança. Nesse espírito, a Conferência Eclesial da Amazônia (CEAMA) convoca todos os bispos das jurisdições amazônicas ao Encontro dos Bispos da Amazônia, que acontecerá em Bogotá, Colômbia, de 17 a 20 de agosto de 2025. Este evento tem como objetivo fortalecer a comunhão, avaliar o caminho percorrido e discernir juntos como continuar consolidando uma Igreja com rosto amazônico, sinodal, encarnado nos territórios e comprometido com a Casa Comum. Um momento para verificar o caminho e projetar o futuro Dom Zenildo Lima, Vice-Presidente da CEAMA e Presidente da Comissão Organizadora do Encontro, destaca que este Encontro é fruto de um discernimento coletivo e responde à necessidade de continuar aprofundando o processo sinodal iniciado em 2019: “Mais de cinco anos após o Sínodo da Amazônia, e confirmados pelo Sínodo sobre a Sinodalidade, continuamos nossa vocação de ser uma Igreja com face amazônico, marcada pela sinodalidade, pelo compromisso com a nossa Casa Comum, pela aceitação das experiências dos nossos povos indígenas e pelos muitos desafios que os nossos territórios enfrentam.” Dom Lima lembra que, como fruto direto do Sínodo, a CEAMA foi criada como um organismo eclesial a serviço das Igrejas locais. Agora, o Encontro dos Bispos da Amazônia será uma oportunidade para avaliar este caminho, e, acima de tudo, perguntar-nos: “Qual é a melhor maneira para esta Conferência Eclesial apoiar nossas Igrejas locais?” Participação essencial dos pastores amazônicos O Encontro busca reunir bispos que atuam nas regiões amazônicas dos nove países do bioma. Sua presença é essencial para continuar avançando em um sinodalidade corporificada e territorializada. “Nossa participação como pastores das Igrejas locais na Amazônia é muito importante para consolidar esse caminho”, afirma Dom Zenildo Lima. Por isso, a CEAMA convida com entusiasmo cada bispo a ser parte ativa desta experiência de escuta mútua, reflexão compartilhada e compromisso pastoral. Continuar a sinodalidade a partir do território O Encontro dos Bispos da Amazônia se apresenta como um espaço de diálogo fraterno e discernimento coletivo, que nos permitirá estreitar laços, compartilhar desafios pastorais e projetar juntos novas formas de presença evangelizadora e solidária na Amazônia. “Este encontro é fundamental para garantir que o caminho sinodal inaugurado no Sínodo da Amazônia continue na sinodalidade concreta de nossas Igrejas locais”, conclui Dom Zenildo. Com este passo, a CEAMA continua a reafirmar a sua missão de caminhar ao lado dos povos amazônicos, encorajando uma Igreja que não impõe, mas escuta; que não domina, mas serve; que não teme os desafios, porque é sustentada pela força do Espírito e pela sabedoria do povo. Fonte: CEAMA

Chamados a Ser Sinais de Esperança: A reflexão de Dom Altevir no Mês Vocacional

O chamado a ser sinais de esperança é ponto de partida da reflexão do bispo da prelazia de Tefé e secretário do Regional Norte 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB Norte 1). Um tempo sagrado em que “cada comunidade é convocada para um grande mutirão de animação vocacional, respondendo ao chamado que Deus continua a fazer em meio aos desafios do mundo atual”. Dentro do contexto vivencial do Ano Jubilar, “Peregrinos da Esperança”, celebramos o 44º Mês Vocacional com o coração agradecido e os olhos voltados à esperança. Neste tempo sagrado, cada comunidade é convocada para um grande mutirão de animação vocacional, respondendo ao chamado que Deus continua a fazer em meio aos desafios do mundo atual. O querido Papa Francisco recordara que “a esperança não decepciona”, pois, brota do amor derramado em nossos corações. O lema deste ano — “Somos peregrinos porque chamados”, escolhido pelo próprio Papa — une dois elementos essenciais da fé cristã: peregrinação e vocação. Ser peregrino é caminhar com escuta, com “ouvidos de discípulos” e entrega; ser vocacionado é responder livremente ao convite divino com gestos concretos de acolhimento, beleza e paz. Durante o mês de agosto, somos convidados a refletir e celebrar as quatro vocações que sustentam a vida da Igreja. No primeiro domingo, dedicado à vocação presbiteral, contemplamos os padres como pastores segundo o coração de Deus. Homens que, guiados pelo Espírito, entregam-se inteiramente ao povo de Deus, sendo presença sacramental, anunciadores da Palavra e promotores de esperança, especialmente nas comunidades mais distantes da nossa querida Amazônia. O segundo domingo é marcado pela vocação matrimonial, ocasião em que celebramos o dom da família e o amor vivido como missão. Neste dia, em comunhão com o Dia dos Pais, exaltamos a paternidade como expressão concreta do cuidado, da proteção e da transmissão da fé no lar. O terceiro domingo é dedicado à vida religiosa, reconhecendo o testemunho profético dos religiosos e religiosas que consagram sua vida por amor ao Reino. Atuando com ternura e coragem junto aos povos originários, eles promovem educação, saúde e evangelização em regiões muitas vezes esquecidas. Por fim, não menos importante, o quarto domingo celebra a vocação laical, destacando a missão dos catequistas como fermento no mundo e na Igreja. Os leigos vivem sua vocação no cotidiano — no trabalho, nas famílias, na cultura, na política — sendo presença atuante e corajosa da Igreja em saída, especialmente onde o clero não pode estar. O Mês Vocacional de 2025 convida cada fiel a escutar com profundidade e responder com coragem ao chamado divino. Que sejamos, como Igreja, sinais vivos da esperança que sustenta nossa fé e transforma o mundo. Que cada vocação seja reconhecida, valorizada e celebrada com gratidão, e que nossas vidas sejam dom e missão no caminho vocacional. + José Altevir da Silva, CSSp – Bispo da Prelazia de Tefé-AM

Dom Adolfo Zon: “A vocação de vocês é sinal do amor de Deus em nossa Igreja!”

No Mês Vocacional, o bispo da diocese de Alto Solimões e vice-presidente do Regional Norte 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB Norte 1), reflete sobre a vocação, que ele define como “sinal do amor de Deus em nossa Igreja!” Queridos irmãos e irmãs, paz e bem! Com alegria e espírito de comunhão, dirijo-me a cada um de vocês — missionários e missionárias, lideranças, agentes de pastoral, religiosos, padres, seminaristas, jovens, famílias e comunidades de nossa querida Diocese do Alto Solimões — para partilhar uma palavra de fé e esperança neste Mês Vocacional 2025, cujo lema nos convida a mergulhar no mistério da vocação: “Chamados porque peregrinos”. A Palavra de Deus nos recorda que “todos estes morreram na fé, sem ter recebido a realização das promessas. Mas as viram de longe e as saudaram, reconhecendo que eram estrangeiros e peregrinos sobre a terra” (Hb 11,13). Assim também somos nós: povo em caminhada, guiados pela fé, rumo ao Reino definitivo, sustentados pela promessa de Deus. Ser peregrino na fé é aceitar viver em movimento, com os pés no chão da realidade — tantas vezes marcada por desafios, como os que enfrentamos aqui na Amazônia — mas com o coração voltado para o alto, em busca de um sentido maior. E somos chamados justamente porque Deus caminha conosco, e nos chama pelo nome para colaborar com Ele na construção de um mundo mais justo, solidário e fraterno. Em nossa Diocese do Alto Solimões, onde convivem povos indígenas, ribeirinhos, migrantes e tantos rostos amazônicos, a vocação tem rosto missionário. O chamado de Deus ecoa nas trilhas da floresta, nas margens dos rios, nas aldeias, comunidades e cidades. Deus continua chamando homens e mulheres dispostos a gastar sua vida em favor do Evangelho, no serviço ao povo, na defesa da vida e da Casa Comum. Neste mês vocacional, quero agradecer com carinho aos nossos padres, religiosas, religiosos, seminariatas, catequistas, animadores e leigos comprometidos. A vocação de vocês é sinal do amor de Deus em nossa Igreja! E quero convidar especialmente os jovens: escutem o chamado de Deus! Não tenham medo de seguir Jesus, seja no sacerdócio, na vida consagrada, no matrimônio ou no serviço pastoral. Ele caminha com vocês! Aos pais, comunidades e lideranças, peço: sejam terra boa onde brotam vocações. Ajudem nossos jovens a sonhar com os sonhos de Deus. E a todos nós, peço que neste mês intensifiquemos a oração pelas vocações, como nos pede Jesus: “Pedi ao Senhor da messe que envie operários para a sua messe” (Lc 10,2). Que Maria, Nossa Senhora da Assunção e estrela da evangelização na Amazônia, interceda por nossa Igreja em missão, e que o Espírito Santo nos dê coragem para sermos peregrinos da esperança e servidores do Evangelho. Com minha bênção e carinho pastoral, Dom Adolfo Zon Pereira, SX – Bispo da Diocese do Alto Solimões