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Dia: 16 de agosto de 2025

Assembleia Eletiva da Pastoral da Pessoa Idosa Regional Norte 1

A Pastoral da Pessoas Idosa do Regional Norte 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB Norte 1), realiza de 15 a 17 de agosto de 2025 na Maromba de Manaus a Assembleia eletiva 2025. O encontro conta com representantes da arquidiocese de Manaus, as dioceses de Alto Solimões, Coari e Roraima, e as prelazias de Tefé e Itacoatiara. Também estão presentes Sandra Michellim e Almir Michellim, da coordenação nacional da Pastoral da Pessoa Idosa. Chamado à missão O tema do encontro é “O chamado à missão: alargando as fronteiras da esperança, da fé e do amor“. Foi iniciado com um momento de espiritualidade, apresentação dos participantes e do andamento da Pastoral da Pessoa Idosa em cada igreja local presente na assembleia. Ao longo do encontro foi refletido sobre o que é a Pastoral da Pessoa Idosa e a necessidade de formação e reciclagem dos líderes e facilitadores que fazem parte dessa pastoral, assim como as atribuições dos coordenadores em nível estadual e nacional. Os participantes tiveram a oportunidade de dialogar, tirar dúvidas e solicitar esclarecimentos com relação à Pastoral da Pessoa Idosa. A assembleia será momento para eleger a coordenação em nível regional. Importância da Assembleia Eletiva A coordenadora nacional da Pastoral da Pessoa Idosa, com sede em Curitiba, Sandra Michellim, disse ter trazido para a assembleia “além de motivação, fortalecimento, porque estamos também trabalhando a questão de SIG-PPI, que é o Sistema de Informação e Gerenciamento da Pastoral da Pessoa Idosa, onde o líder registra o acompanhamento”. Junto com isso, ela destacou que “estamos também fazendo uma reciclagem de capacitação de líderes, de facilitadores, e em especial também para a realização da Assembleia Eletiva”, que considera um momento importantíssimo. A coordenadora nacional recordou que “a Pastoral tem um regimento e um estatuto próprio”, ressaltando a necessidade da renovação. Ela disse se sentir “privilegiada de poder estar participando de um encontro belíssimo organizado pela coordenação estadual e nos recebendo com tanto carinho aqui dentro do regional”. Igualmente, Vera Gama, coordenadora da Pastoral da Pessoa Idosa no Regional Norte 1, Amazonas e Roraima, destacou a importância da eleição da nova coordenação, assumindo “essa missão de renovar, de incentivar, de acolher e de promover”. Na missão da Pastoral da Pessoa Idosa, ela sublinhou como principal “a visita domiciliar às pessoas idosas e também com a nossa reunião mensal, onde a gente faz toda uma coleta de dados para poder estarmos repassando para a coordenação nacional e, com isso, chega até o Ministério da Saúde para também trabalhar políticas públicas, onde a gente possa desenvolver melhor a qualidade de vida, a atenção para este segmento da pessoa idosa”.

O rosto da Igreja católica na Amazônia e o seu caminho sinodal

No marco do Encontro de Bispos da Pan-Amazônia, convocado pela Conferência Eclesial da Amazônia (CEAMA) de 17 a 20 de agosto de 2025, apresenta-se um panorama atualizado da realidade eclesial nesta região vital para a vida dos povos e a missão da Igreja. A Amazônia, que ocupa 47,5% do território sul-americano (8,47 milhões de km²) e se estende por oito países e a Guiana Francesa, é uma região de vital importância para o planeta. Concentra 20% da água doce mundial, um terço do material genético e vastas florestas primárias. Ali habitam mais de 33 milhões de pessoas, entre elas de 3 a 4 milhões de indígenas pertencentes a cerca de 390 povos, que falam mais de 240 línguas, além de camponeses, afrodescendentes, ribeirinhos e diversas populações urbanas. A região regula as chuvas na América do Sul e os fluxos de ar em nível global, mas também é uma das mais vulneráveis às mudanças climáticas. Sua riqueza natural e cultural está ameaçada pelo desmatamento, mineração, exploração de hidrocarbonetos e práticas econômicas insustentáveis que geram graves consequências ambientais e sociais. A presença da Igreja na Pan-Amazônia Neste vasto território existem 105 jurisdições eclesiásticas distribuídas na Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Guiana Francesa, Peru, Suriname e Venezuela, com um total de 2.581 paróquias, zonas pastorais ou áreas missionárias. Segundo o Annuario Pontificio 2023, a missão é realizada por 25.710 leigos agentes pastorais, 5.041 religiosas, 4.206 presbíteros, 2.329 religiosos, 297 diáconos permanentes e 168 bispos. Em pesquisa realizada para o livro “Avancem para águas mais profundas: caminhos sinodais da Igreja na Amazônia”, a ser publicado este mês pela Editora CELAM, dos 168 bispos, 73 são diocesanos e 95 religiosos; 100 nasceram em seus países de missão e 68 provêm de outros países. A presença de 665 congregações femininas e 297 masculinas marcam a riqueza e diversidade da vida consagrada na região. As jurisdições mais antigas da região são Santa Cruz de la Sierra (1605) na Bolívia e São Luís do Maranhão (1614) no Brasil, enquanto as mais recentes são Araguaína (2023) e Xingu-Tucumã (2019) no Brasil. Um caminho sinodal A Igreja amazônica, desde suas origens nos tempos coloniais até o Concílio Vaticano II, percorreu um processo de transformação rumo a uma pastoral mais integral e sinodal. Entre 1971 e 2013 multiplicaram-se os encontros e documentos que lançaram as bases de uma articulação Pan-Amazônica, como os de Iquitos, Santarém, Pucallpa, Manaus, Fusagasugá e Aparecida. Com o pontificado do Papa Francisco, essas sementes floresceram com a criação da Rede Eclesial Pan-Amazônica (REPAM) em 2013. Dela brotou o Sínodo Amazônico (2017-2019), um processo de escuta, diálogo e discernimento que culminou em um Documento Final e na exortação apostólica Querida Amazônia, onde o Papa expressou os sonhos sociais, culturais, ecológicos e eclesiais para a região. O fruto mais visível desse processo foi a criação, em 2020, da Conferência Eclesial da Amazônia (CEAMA), a primeira de caráter “eclesial” e não apenas episcopal na história recente da Igreja. Encontro em Bogotá Neste caminho, a CEAMA convoca, de 17 a 20 de agosto de 2025, em Bogotá, o primeiro grande encontro episcopal amazônico após o Sínodo de 2019. Será um espaço de oração, discernimento e fraternidade, com o propósito de renovar o compromisso com a vida, os povos e a Casa Comum, e impulsionar a prática dos sonhos de Querida Amazônia em um espírito de sinodalidade, missão compartilhada e esperança. Julio Caldeira imc