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Dia: 26 de agosto de 2025

31° Grito dos Excluídos e Excluídas: “Cuidar da Casa Comum e da Democracia é luta de todo dia”

O Cardeal Leonardo Steiner, Arcebispo de Manaus e Presidente do Regional Norte 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) participou da coletiva de imprensa do 31° Grito dos Excluídos e Excluídas 2025 que acontecerá no dia 05 de setembro com o tema “Vida em primeiro lugar” e o lema “Cuidar da Casa Comum e da Democracia é luta de todo dia”. O arcebispo reforçou que o Grito quer “refletir, discutir e proclamar o cuidado da Casa Comum e da Democracia, porque sempre tem um fundo, um horizonte que guia essas expressões que é a vida em primeiro lugar” e também que “é um privilégio morarmos aqui, é um privilégio morarmos numa região aonde nós ainda podemos apreciar a natureza no seu nascer.” Imposição de grupos de interesse Mas essa perspectiva se contrapõe já que “vemos e nos preocupamos porque a natureza cada vez mais é destruída e com projetos que estão no Congresso Nacional, nós veremos que a destruição acontecerá ainda mais, especialmente se for aprovada a mineração em Terras Indígenas”, como destacou o cardeal, principalmente pela dificuldade em demarcações das Terras Indígenas. Steiner também questionou se “os deputados e senadores, deputadas e senadoras permitiriam a mineração nas próprias terras, mas como a terra dos outros, como se trata de terras indígenas, então pode” o que situa a democracia em um espaço de “imposição de um determinado grupo de pessoas, com interesse, especialmente as empresas mineradores”. Ele enfatizou que o desejo desse grito é “trazer a vida em primeiro lugar, sempre a vida em primeiro lugar”, destacou que hoje “é possível perceber a nossa visão é mais larga quando falamos da vida” e dessa maneira falamos “da vida humana, da vida da natureza, da vida das nossas relações por isso também falamos da vida democrática” que também “corre perigo” ainda que nossas “instituições tenham funcionado, mas nós temos diversas dificuldades em relação à democracia” Cuidado da Casa Comum é fundamento da diginidade “A vida com seu valor, com a sua dignidade, com seus direitos e a necessidade do cuidado e a casa comum é fundamental para que a vida tenha dignidade, por isso a gente grita” foi o destaque feito por Pe. Alcimar Araújo, Vice-Presidente da Cáritas Arquidiocesana de Manaus, justamente para que no “processo democrático garantir aquilo que é o direito da natureza, o direito dos povos” e “a democracia nos possibilita isso: manifestar as nossas opiniões, nos organizarmos e com o coletivo, com força organizado podermos pressionar os governos” Ele insistiu que “na democracia se não há participação popular, há controle dos grupos de interesse do congresso” e que “a representação massiva do congresso não é uma representação Popular, mas a representação de grupos organizados do agronegócio, mineradoras, bancos, dos empresários assim por diante.” Esses mesmos grupos “financiam campanhas e para defender os seus direitos e nós muitas vezes como população os elegemos”, explicou. Disse também que “precisamos fazer a nossa parte porque a democracia não é só votar e deixar que eles trabalhem, a gente precisa participar, é preciso caminhar para uma democracia participativa em que a sociedade tenha consciência do seu papel, da sua responsabilidade para com as questões sociais” principalmente “porque uma vez que a gente não cuida daquilo que é o comum, algumas pessoas vão sofrer bastante”. Um Grito sobretudo de Esperança O coordenador de pastoral da Arquidiocese de Manaus, Pe. Geraldo Bendaham, comentou que “se nós gritamos, se tem um grito é porque tem dor, a gente pode gritar de alegria, mas fazer esse grito dos excluídos é por causa da dor, a dor é pessoal, é comunidade, mas é também social, sobretudo a dor é ecológica. O grito é para mostrar a sociedade, para o mundo que estamos muito preocupados, temos que demonstrar a nossa indignação com tudo que tá acontecendo”.  Em sua fala conduziu os presentes a se perguntarem se “está tudo bem com a nossa sociedade? com o nosso mundo?” e respondeu com a negativa “não tá bem, não tá bem economicamente, não tá socialmente, não tá bem ecologicamente” e convidou a “não ficar nesse pessimismo, em catástrofe” e que se faz necessário “manter a esperança, por isso que o grito é também de Esperança, nós temos a esperança no agora, no presente, de que esse grito também nos ajude para que as presente e futuras gerações possam ter um mundo melhor, sem lixo nos igarapés, por exemplo.” Na coletiva foram apresentadas as seguintes datas: no dia 29/08 l será o lançamento da campanha “Água e lixo não combinam” em favor da despoluição e saneamento dos igarapés de Manaus, com a participação de 40 entidades públicas e privadas que serão convidadas para assinatura de uma Carta Compromisso, Parque do Mindú, às 15h. E no dia 05/09, às 15h,na rotatória do Novo Aleixo, Alameda Alphaville, e segue em direção ao Parque dos Gigantes.

Diocese de Coari realiza Congresso Diocesano Missionário

O Congresso Diocesano Missionário da Diocese de Coari, realizado de 22 a 24 de agosto, marcou um momento de profunda reflexão e partilha na Paróquia Nossa Senhora das Graças. Com o tema “Família missionária, esperança e cuidado com a casa comum”, o evento reuniu cerca de 50 participantes, que se dedicaram a debater e planejar o futuro da evangelização na diocese. Rostro missionário de nossa esperança Os participantes foram divididos em cinco grupos, baseados nas cores missionárias, para aprofundar as discussões. Desde a missa de abertura, eles trabalharam para identificar o “rosto missionário de nossa esperança”, destacando os sinais de vitalidade e fé que, muitas vezes, são ofuscados pelo desânimo. O evento contou com uma participação diversificada, com representantes de pastorais importantes como a Pastoral da Criança, Pastoral da Pessoa Idosa, Pastoral da Juventude e Pastoral do Dízimo, além de Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão e membros da Infância e Adolescência Missionária (IAM), da Juventude Missionária e dos Conselhos Missionários Paroquiais (COMIPAS). O encontro serviu como um impulso para a ação e como resultado a diocese de coari vai investir na Semana de Animação Missionária e na implantação dos COMIPAS em toda a diocese. Cabe ressaltar a importância de ampliar a atenção evangelizadora para crianças atípicas, incluindo aquelas com TEA (Transtorno do Espectro Autista), Síndrome de Down e outras deficiências. Peregrinos de esperança Em um gesto concreto de missão, os participantes realizaram uma visita a aproximadamente 50 casas na comunidade de São Raimundo Nonato, reforçando o lema de serem “peregrinos de esperança”. A realização do congresso foi possível graças ao apoio de diversas pessoas e instituições. A organização agradeceu especialmente ao padre Felipe Jorge, pároco, e à irmã Graça Rodrigues PddM. A generosa acolhida das famílias locais, que hospedaram a maioria dos participantes, e o apoio do Hotel Amazonas também foram fundamentais para o sucesso do evento. O congresso celebrou o crescimento missionário na diocese, com a criação de novos grupos da IAM e quatro novos COMIPAS em Içana-Anori, Nossa Senhora do Beruri, São Francisco de Anamã e Santo Afonso de Manacapuru. O encontro reafirmou o compromisso de seguir em frente, como “peregrinos da esperança entre os povos”. Pe. Raimundo Gordiano Gordiano – articulador do COMIDI, Diocese de Coari