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Francisco abre o “Sínodo das Mesas Redondas” para ouvir o Espírito Santo

Francisco abre o “Sínodo das Mesas Redondas” para ouvir o Espírito Santo

Homens e
mulheres em uma mesa redonda para discernir, à luz do Espírito Santo, por meio
da escuta e do diálogo, os caminhos para uma Igreja mais sinodal, uma Igreja de
comunhão, participação e missão, a Igreja com a qual Francisco sonha para o
século XXI
.

Todos nós
sabemos o que significa sentar-se ao redor de uma mesa redonda, onde ninguém
está à frente, onde não há lugar de destaque, onde todos e todas, as mulheres
podem falar e decidir neste Sínodo, ter sua vez e sua voz respeitada.

É
impressionante ver a Sala Paulo VI repleta dessas mesas redondas, expressão de
uma Igreja mais circular e menos piramidal, uma Igreja que responde melhor ao
paradigma de comunidade que nos é apresentado nos Atos dos Apóstolos
. O desafio
é que isso seja levado aos muitos lugares da Igreja universal de onde vieram os
464 homens e mulheres presentes na sala sinodal. Mas, apesar das dificuldades,
é algo que valerá a pena, porque ajudará a reconstruir a Igreja, esse pedido
que Francisco de Assis recebeu um dia e que Francisco de Roma recebeu há pouco
mais de 10 anos.

O Papa tem
tomado medidas ao longo de seu pontificado para criar essa Igreja que hoje está
representada na Aula Paulo VI. Se há uma coisa em que ele é mestre, é em como
ele mede os tempos
, e não há dúvida de que este é o tempo certo, o tempo da
Salvação, o tempo de Deus para tornar o Evangelho carne neste momento da
história.

Na medida
em que se permitir que o Espírito Santo seja o verdadeiro, o grande
protagonista deste Sínodo, serão dados passos fundamentais e irreversíveis
neste modo de ser Igreja, tão antigo e tão novo. Não desviemos o foco, que
ninguém queira assumir um protagonismo que não lhe pertence, é o tempo do
Espírito de Deus, que quer soprar, à sua maneira, para continuar construindo,
como vem fazendo desde o dia de Pentecostes, há quase 2.000 anos.

Aqueles
discípulos entenderam suas línguas e as levaram até os confins da terra.
Ajudemos esses homens e mulheres sentados ao redor das mesas redondas a
discernir, por meio da oração, da escuta e do diálogo, o caminho a seguir que a
Igreja precisa tanto encontrar hoje. Este é o tempo do Sínodo, de caminharmos
juntos, não deixemos que ninguém tente colocar obstáculos em nosso caminho,
empurremos juntos para que possamos ir mais longe, movidos pelos sentimentos
que nascem de Deus e que nos fazem descobrir a vida em sua plenitude.

Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

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