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Frutos da presença da Igreja no meio do Povo Indígena

Frutos da presença da Igreja no meio do Povo Indígena

O Sínodo
para Amazônia
veio a impulsar e confirmar a presença missionária junto aos
povos indígenas, estar com eles, viver em suas comunidades, abraçar suas lutas,
celebrar suas festas, ser presença que acompanha, que encoraja, que fortalece
pelo fato de estar no meio deles.

“Uma Igreja de rostos amazónicos requer a presença
estável de responsáveis leigos, maduros e dotados de autoridade… Os desafios
da Amazónia exigem da Igreja um esforço especial para conseguir uma presença
capilar que só é possível com um incisivo protagonismo dos leigos” (QA 94).
Quando
os leigos e leigas conhecem, vivem e testemunham o Evangelho, o Reino se faz
presente
. Cada um se reconhece amado e chamado por Deus, descobre seu dom
dentro da Comunidade e com disponibilidade participa responsavelmente assumindo
os serviços que são necessários em função dos irmãos.
 

Faz um
ano, que começou uma nova experiência de missão, com a presença missionária
estável na Comunidade Indígena Ticuna de Umariaçú I, na Diocese do Alto
Solimões. Nunca antes tinha havido missionários morando com eles, foi
necessário construir uma casa, numa terra que o cacique e seu conselho doaram.
Passar da pastoral da visita à pastoral da presença foi um desejo gestado lentamente,
rezado, conversado e especialmente sustentado na relação de carinho e respeito
estabelecida entre a Igreja e o Povo Ticuna
.


Viver
com eles na comunidade tem o presente da cotidianidade, como oportunidade para
conhecer e amar sua realidade, seus ritos, suas formas de comportamento frente à
vida, a doença, as dificuldades e a morte
. É outra cultura, por isso, como
missionários estamos chamados a tirar nossas sandálias para acompanhar
cuidadosamente a vida do povo, reconhecendo as sementes do Verbo presentes no
meio deles.
   

Em
quanto à vida da Igreja, é gratificante perceber que quanto mais conhecem Jesus,
seus ensinamentos e as verdades de nossa fé, mais cresce neles o desejo de
participação
na vida da Comunidade Cristã e seus diversos serviços.
 

O
tempo de pandemia, no qual foi solicitado para eles permanecer na comunidade,
foi propicio para formar os Celebrantes da Palavra e assim eles presidirem as
celebrações dominicais
. Também se formaram quatro coros, dois de jovens, um de
mães e outro de pais, que são escalados por cada domingo para animar a
celebração litúrgica.


Neste
último domingo 7 de novembro, com a presença de Dom Adolfo Zon Pereira, bispo
diocesano, na Comunidade de Umariaçú I, foram enviados um grupo de seis coroinhas
para o serviço do altar e apresentados dez novos catequistas para crianças, os
quais trabalharão todos os sábados com mais de cem crianças.

“É
necessário aceitar corajosamente a novidade do Espírito capaz de criar sempre
algo de novo com o tesouro inesgotável de Jesus Cristo, porque a inculturação
empenha a Igreja num caminho difícil, mas necessário…
Não tenhamos medo, não
cortemos as assas ao Espírito Santo” (QA 69).

Meu nome é Verônica
Rubí
, sou missionária leiga ad gentes, argentina de nacionalidade, da Diocese
de Mar del Plata, Licenciada em Serviço Social de profissão e Marista de
espiritualidade. Há mais de 7 anos que partilho a vida e a fé no coração da
Amazônia, na tríplice fronteira Brasil- Peru- Colômbia, aqui conheci o Povo
Indígena Ticuna, eles me evangelizam.

 


Verónica Rubí, Missionária leiga na Diocese do Alto Solimões


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