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Quanto Vale a Vida?: Infelizmente, nem todas as vidas valem a mesma coisa

Quanto Vale a Vida?: Infelizmente, nem todas as vidas valem a mesma coisa

Quanto Vale a Vida? A partir dessa pergunta, a Comissão
Episcopal Pastoral Especial para o Enfrentamento ao Tráfico Humano
da
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), junto com outras organizações
querem que a gente pare e reflita sobre um dos crimes mais macabros que fazem
parte da condição humana: o Tráfico de Pessoas.

Pessoas vistas como mercadoria, que podem ser
compradas e vendidas, que podem ser descartadas quando o lucro já não responde
às expectativas. O tráfico de pessoas, algo presente na história da humanidade
desde seus primórdios, nos mostra a crueldade que faz parte da condição humana,
que se aproveita do outro em benefício próprio, deixando de lado uma atitude
que sempre deveria estar presente no meio de nós: a fraternidade.

Diante dessa realidade, o 30 de julho, data declarada
pela ONU como Dia Mundial de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, não pode
passar batido. É momento de se mobilizar, de defender a vida, de denunciar. Não
podemos esquecer que mais de 2 milhões de pessoas são vítimas do tráfico humano
no mundo. São várias as modalidades de tráfico de pessoas, mas a maioria são
mulheres, crianças e adolescentes aliciadas para a exploração sexual ou mão de
obra escrava.

Ser livre é um direito de todas as pessoas, mas que
nem todas têm diante do fenómeno do tráfico humano. Quando a gente sabe dessas
situações e não denuncia se torna cúmplice, partícipe de algo que pode ser
considerado uma ofensa aos direitos humanos, de uma realidade que oprime e
escraviza, que fere a dignidade das pessoas, que viola os direitos
fundamentais.



Na sociedade contemporânea não podemos tolerar que as
pessoas sejam traficadas
, se tornando vítimas de uma das piores violências. O
tráfico humano está próximo da gente e continua estando porque a nossa omissão
possibilita que pessoas sem escrúpulos possam praticar esse crime, com
impunidade, provocando dor e sofrimento nos mais fracos.

O Dia 30 de julho tem que ser uma oportunidade para
declarar abertamente e assumir com coragem que a vida não tem preço
, que ela
não pode ser comprada nem vendida, que ela não pode ser explorada. Esse deve ser
um sentimento presente na vida da gente, de cada pessoa, sabendo que a falta
dessa atitude nos desumaniza, pois perdemos o respeito por aquilo que é
sagrado: a vida em plenitude de toda pessoa.

O que fazer para que algo assim seja realmente
assumido? Como implicar os governantes para que sejam investidos os recursos
que ajudem a fiscalizar essas situações de trafico humano e punir àqueles que
se acham donos da vida dos outros? Como visibilizar esse crime e provocar
mudanças radicais que acabem com o tráfico de pessoas?

São muitos os questionamentos que surgem diante dessa
realidade, especialmente naqueles momentos em que o calendário nos lembra que
ela existe e deve ser enfrentada e combatida. Muita gente se esforça cada dia
no combate do tráfico humano, salvando vidas
e se tornando um incentivo para
não deixar passar mais uma oportunidade. A resposta depende de cada um e cada
uma
, mas não esqueça que a Vida vale mais do que aquilo que alguém poderia
chegar a pagar, ela é sagrada.


Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte 1

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