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Organizações eclesiais denunciam a “Discriminação racial no Brasil no contexto da emergência Covid-19”

Organizações eclesiais denunciam a “Discriminação racial no Brasil no contexto da emergência Covid-19”

 


Diferentes organizações católicas
e evangélicas
têm publicado uma nota onde denunciam a “Discriminação racial no
Brasil no contexto da emergência Covid-19
”. O texto, que tem sido encaminhado
ao Conselho de Direitos Humanos da ONU, denuncia a grave situação que a pandemia
tem provocado no Brasil, que está
se
sufocando pela pandemia e pelo descaso do poder público
”.

 

O texto lembra que “a cada dez pessoas mortas por COVID-19 no
mundo, uma é do Brasil
”, uma realidade que ainda é mais cruel na Amazônia, que
está vivendo “cenários de indizível degradação e total desrespeito da dignidade
humana”. Estamos diante de uma pandemia, agravada por decisões políticas, que “está
amplificando as profundas desigualdades em nosso País”. As organizações denunciam
o escasso investimento público e o crescimento da privatização de serviços
essenciais
, algo que afeta especialmente às “pessoas negras e indígenas,
fortalecendo assim o racismo estrutural
de nossa sociedade”.

 

As organizações
fundamentam sua postura com diferentes investigações, que ajudam a entender um discurso político que
mobiliza argumentos econômicos, ideológicos e morais
”. Esse discurso se sustenta
em notícias falsas que provocam o enfraquecimento da adesão popular às
recomendações de saúde baseadas em evidências científicas”. As investigações
também mostram que a porcentagem de óbitos cresce entre os analfabetos, negros
e indígenas
e nas regiões Norte e Nordeste.



Ao
falar sobre a situação de Manaus, que tudo indica deve superar os 2.000 mortos
por Covid no mês de janeiro
, muitos deles por falta de oxigênio a frágil
estrutura hospitalar
, a nota denuncia as “responsabilidades compartilhadas entre as diferentes esferas de poder” no
estado do Amazonas. É por isso, que as
“organizações denunciam o descaso
dos poderes públicos
, na esfera federal, estadual e municipal, pelos fatos
apresentados e exigem investigações em vista de toda possível responsabilização”.
Diante disso, essas organizações dizem apoiar os pedidos de impeachment e
solicitam a intervenção de “atores internacionais na região amazônica”.

 

A nota está assinada
pela Comissão Especial para a Ecologia Integral e Mineração da CNBB, o Conselho
Nacional de Igrejas Cristãs no Brasil (CONIC), o Conselho Indigenista
Missionário (CIMI), Franciscans International , Fundação Luterana de Diaconia, Rede
Eclesial Panamazônica – REPAM-Brasil, Rede Igrejas e Mineração, Sinfrajupe –
Serviço Interfranciscano de Justiça, Paz e Ecologia, Articulação Comboniana de
Direitos Humanos, e VIVAT International, que engloba várias congregações
religiosas: Missionários da Sociedade Verbo Divino,Missionárias Servas do
Espírito Santo, Congregação do Espírito Santo, Irmãs Missionárias do Espírito
Santo – Espiritanas. Congregação das Irmãs da Santa Cruz, Missionários
Combonianos do Coração de Jesus, Irmãs Missionárias Combonianas, Irmãs
Missionárias de São Carlos Borromeu – Scalabrinianas, Missionários Oblatos de
Maria Imaculada, Congregação das Irmãzinhas da Assunção, Irmãs Adoradoras do
Sangue de Cristo, e a Congregação dos Sacerdotes do Sagrado Coração 

de Jesus.

                      

Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte 1

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