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Dom Mário Pasqualotto nos 60 anos de sacerdote: “Se nascesse mil vezes, mil vezes, eu queria ser padre de novo”

Dom Mário Pasqualotto nos 60 anos de sacerdote: “Se nascesse mil vezes, mil vezes, eu queria ser padre de novo”

O bispo emérito da arquidiocese de Manaus, dom Mário Pasqualotto, completa no dia 26 de junho 60 anos de ministério presbiteral. Uma efeméride que foi comemorada neste domingo 22 de junho na catedral de Nossa Senhora da Conceição, onde o bispo presidiu a celebração eucarística das 7:30 horas.

Na homilia, o bispo auxiliar emérito iniciou sua reflexão dizendo que “Jesus faz para nós a mesma pergunta que fez para os apóstolos: Que dizem os homens ao meu respeito? O é que nós decidimos? O que é que nós pensamos de Jesus? O que é que o povo pensa de Jesus?”. Diante disso, dom Mário disse que “tem gente que, talvez com pouca catequese, pensa Deus como alguém que castiga, alguém que coloca medo, alguém que obriga a fazer as coisas. Ou alguns podem pensar em Jesus como alguém que socorre na hora da necessidade.”

Ele encontra a resposta na Carta aos Gálatas, onde fala de se revestir de Cristo, afirmando que “nós fazemos uma experiência profunda de Cristo, quando fazemos uma experiência profunda de amor, de doação”, algo que ele disse ter experimentado ao longo de 24 anos na Fazenda da Esperança, onde gestos de amor mudaram a vida de muitas pessoas, contando exemplos disso.

Segundo o bispo, “quando se reveste da Palavra, vive a Palavra, é Jesus para os outros, os outros se tornam Jesus para mim.” Ele sublinhou que “o sofrimento, a Cruz é parte essencial do cristianismo. Nunca esqueçamos que Cristo sim evangelizou, nos catequizou com a Palavra, mas nos salvou com a paixão e morte. A gente tem a graça de descobrir que o sofrimento tem um valor de salvação, um valor divino. Basta transformar o sofrimento, a dor, em amor, oferecer tudo.”

Dom Mário Pasqualotto disse que nós somos mais cristãos “quando com Cristo e como Cristo aceitamos a cruz”, fazendo um firme chamado a “nunca se revoltar diante do sofrimento, mas dizer, este é um momento de graça, o sofrimento salva, o sofrimento dá vida, vida nova.”

Ele disse que “Jesus nos ensina qual é a característica do cristão, como é que a gente é cristão de verdade”, mostrando que isso acontece quando alguém “renuncia a si mesmo, toma a sua cruz cada dia e segue a Jesus. Pois quem quer salvar a sua vida vai perdê-la. Quem perder a sua vida por causa de mim, vai encontrá-la. Quem perder a sua vida humana, material, quem se esforça em viver para os outros, quem procura amar, portanto, perder a si mesmo, se aniquilar para ser servo dos outros, este é o cristão. A Cruz não é uma desgraça. O bem-estar que Deus nos prometeu não é este material. O bem que Deus procura para nós é outra coisa, é muito mais importante que um bem-estar, que um dinheiro, que uma casa nova, que um carro novo. É Ele mesmo presente na nossa vida. Isso é o que nós temos que fazer, encontrar Ele, Jesus, na nossa vida.”

Segundo dom Mário, eu encontro Cristo no irmão, no irmão pobre, na unidade, na comunhão, onde dois ou mais estão unidos no seu nome. O bispo fez um chamado a encontrar Cristo sempre, a pensarmos na graça, a deixar que Jesus entre na vida de cada pessoa, a descobrir que a união, amar o irmão, viver na comunidade, nos ajuda a crescer sempre mais, estar na mesma estatura de Cristo.

No final da celebração, dom Mário Pasqualotto, olhando para seus 60 anos de sacerdote, disse que tudo o que ele vivenciou, “faz parte do amor de Deus”, mostrando seu desejo de agradecer a Deus muito por tudo, por todas as graças recebidas. Neste tempo de tantas guerras, tanta divisão, ele disse que Jesus veio pra unir o mundo, fazer do mundo uma única família, pedindo rezar pela paz. Igualmente, o bispo fez um convite a rezar pelas vocações sacerdotais, “que nosso jovem descubra a beleza de se doar.” Ele testemunhou que é muito feliz em sua vida e seu ministério, afirmando que “se nascesse mil vezes, mil vezes, eu queria ser padre de novo”.

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