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Clero de Manaus despede padre Orlando Barbosa: “um dom que Deus compartilhou conosco”

Clero de Manaus despede padre Orlando Barbosa: “um dom que Deus compartilhou conosco”

O clero da arquidiocese de Manaus despediu neste domingo 20 de julho seu irmão presbítero, Orlado Gonçalves Babosa, falecido no dia 19 de julho de 2025. Uma missa presidida pelo arcebispo emérito, dom Luiz Soares Vieira, que fez um convite a celebrar “o sacramento da vida”, a vivenciar “momento de muita fé”. Ao longo do dia, na paróquia São Francisco de Assis, onde o falecido era pároco e está sendo velado seu corpo, antes de ser levado para a cidade onde mora sua família, Vicentina (MS), tem sido celebradas diversas missas de corpo presente e momentos de oração, com a participação dos paroquianos e de centenas de pessoas da arquidiocese de Manaus.

Mensagem do cardeal Steiner

Antes da homilia, o bispo auxiliar de Manaus, dom Samuel Ferreira de Lima, leu uma mensagem do arcebispo de Manaus, cardeal Leonardo Ulrich Steiner, enviada em nome dos bispos dessa igreja local. No texto, o arcebispo citou o texto do profeta Isaias: “Os meus pensamentos não são os vossos”! Umas palavras que levaram o cardeal Steiner a expressar um sentimento comum nesse momento da Páscoa do padre Orlando Barbosa: “estamos todos procurando as razões da morte de um irmão presbítero: surpresa é tão cedo!

O arcebispo disse: “desejamos assumir os desígnios de Deus e nos colocarmos ainda mais a serviço dos irmãos e irmãs. Ele enviou uma mensagem descrevendo alguns sintomas. Insisti para que procurasse o hospital e Pe. Charles ajudou na internação.” Diante disso, “desejamos entrever na morte de Pe. Orlando a grandeza do mistério da Ressurreição. O Ressuscitado é nossa Esperança e nessa esperança continuaremos o nosso caminho como Igreja Particular de Manaus. Nossa gratidão a padre Orlando por todo bem na Paroquia São Francisco, na Faculdade Católica, na Pastoral com os irmãos e irmãs das nossas ruas e tantas participações na nossa vida eclesial”, afirmou o cardeal.

Finalmente, o cardeal Steiner fez um pedido a Deus: “participe da glória da Trindade que sempre invocamos e com quem abençoamos!” Ele agradeceu aos pais e irmãos de padre Orlando “pelo ministério presbiteral e presença na Arquidiocese”, pedindo que “a dor seja para todos possibilidade de reafirmar a o amor é a fé na ressurreição”.

A vida é um dom

Na homilia, o bispo auxiliar iniciou sua fala dizendo que “a vida é um dom”, definindo o padre Orlando Barbosa como “um dom que Deus compartilhou conosco. Um dom de serviço, um dom de acolhida, um dom de entrega, que foi ao encontro dos mais necessitados, humilhados, marginalizados.” Segundo dom Samuel, “a sua vida não foi tirada, mas a sua vida foi transformada, porque na fé em Jesus Cristo, nós somos plenificados, porque somos filhos da ressurreição.” Uma certeza que vem da fé, dado que “crer em Cristo é vivenciar essa experiência do caminho para o encontro do Pai.” Ele enfatizou que “hoje o nosso irmão foi liberto de toda dor, de todo sofrimento, de toda angústia, para viver a plenitude da graça, o encontro definitivo com o amor que é o próprio Deus”.

“Quando nós celebramos a memória de alguém que nós queremos agradecer a Deus por ser um dom na nossa vida, por aquilo que compartilhou com cada um de nós, por aquilo que nos ensinou, por aquilo que vivenciou, nós bendizemos a Deus, porque o dom da vida de padre Orlando, hoje foi plenificado porque retornou ao dom de Deus, que é o Senhor de todas as coisas”, disse dom Samuel. O bispo auxiliar afirmou que “por isso, sentimos a dor partida, mas ao mesmo tempo, enchemos nosso coração de gratidão. Gratidão a Deus por aquilo que ele compartilhou conosco, vivenciou, testemunhou, a sua fidelidade ao Evangelho, a sua alegria de anunciar a Boa Nova e se comprometer no seguimento de Jesus Cristo”, algo que é motivo para bendizer a Deus, “por tudo aquilo que Ele compartilhou conosco.

Fidelidade ao Evangelho

O bispo auxiliar de Manaus pediu para o falecido, “que Deus o acolha na plenitude do reino, porque o nosso irmão buscou viver cada dia a fidelidade do Evangelho, traduzida em gestos, em atitudes, em serviços.” Partindo da ideia de que Jesus é o caminho, dom Samuel sublinhou que “todos nós estamos traçando esse caminho, esse caminho que nos leva a amar, esse caminho que tem dores, sofrimentos, angústias, guerras, contratempos, mas em tudo isso nós somos mais que vencedores, porque o Cristo Senhor caminha conosco. E ao assumir a nossa humanidade, Ele aponta para nós a divindade, a plenitude do Reino.”

Refletindo sobre a cruz e a morte, que “para nós, muitas vezes, parece ser algo terrível, para nós, cristãos, é a porta que nos abre o caminho para o encontro definitivo com o Pai. A nossa vida é plenificada nessa passagem, porque somos libertos de todas as nuances humanas”, refletiu o bispo. Ele pediu “que o nosso irmão, que hoje terminou a sua missão junto a nós, possa também, junto de Deus, interceder por nós.” Dom Samuel fez um convite a que a continuar “nessa peregrinação, para que possamos buscar vivenciar esse dom que Deus nos concede, o dom da vida, o dom do ministério, o dom da vocação”.

Momento de ação de graças

Um dom que o bispo pediu “seja vivido como ação de graças ao Senhor, a quem devemos todo louvor, toda bênção, toda graça. Porque hoje nosso irmão alcançou a plenitude do Reino, hoje ele terminou a sua missão e verdadeiramente habita na casa do Pai.” Segundo dom Samuel, “essa é a fé que nos sustenta e que dá significado e sentido a tudo aquilo que fazemos e buscamos.” Mesmo diante da dor da separação, ele fez um convite a “nos deixar inundar da alegria daquele que combateu com o combate, terminou a sua missão vivendo a radicalidade da vida”.

Movidos pela fé, o bispo auxiliar pediu que “o Cristo Jesus todo-poderoso, na plenitude do Reino, apoie o nosso irmão e nos dê o consolo, a paz e a fortaleza, para que todos nós possamos nos encher de esperança, da certeza de que todos um dia estaremos juntos na casa do Pai, louvando bendizendo e contemplando o nosso Deus face a face, o Cristo Jesus, com a glória e bendizermos a Deus, com tudo aquilo que foi a missão da vida do Padre Orlando”.

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