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Autor: Ana

Cimi lança o Relatório Violência Contra os Povos Indígenas no Brasil: “Assumirmos a causa indígena como a causa da Igreja”

Veja também Cimi lança o Relatório Violência Contra os Povos Indígenas no Brasil: “Assumirmos a causa indígena como a causa da Igreja” O Conselho Indigenista Missionário (Cimi) lançou nesta segunda-feira, 22 de julho, na sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em Brasília, o Relatório Violência. Dom Ionilton a caminho de sua nova missão como bispo da Prelazia do Marajó Dom José Ionilton Lisboa de Oliveira, depois de ter se despedido de Itacoatiara na tarde desta terça-feira, está a caminho de sua nova missão na. Inicia Curso de Realidade Amazônica em Manaus, “para começar o processo de integração nesta terra” A Faculdade Católica do Amazonas, em parceria com o Regional Norte1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB Norte 1), a Comissão Episcopal da.

Dom Ionilton a caminho de sua nova missão como bispo da Prelazia do Marajó

Dom José Ionilton Lisboa de Oliveira, depois de ter se despedido de Itacoatiara na tarde desta terça-feira, está a caminho de sua nova missão na prelazia do Marajó, estando prevista sua chegada em Soure, sede da prelazia, na quinta-feira, 25 de julho. O bispo da prelazia do Marajó, nomeado pelo Papa Francisco no dia 03 de novembro de 2023, iniciará sua missão na celebração que acontecerá no sábado, 27 de julho, às 19 horas, onde se espera a presença do núncio apostólico no Brasil, dom Giambattista Diquattro, de bispos, padres, representantes da Vida Religiosa e do laicato do Regional Norte1, assim como do Regional Norte2 da CNBB. Nos últimos dias aconteceram diversas celebrações de ação de graças na prelazia de Itacoatiara, onde iniciou sua missão no dia 20 de julho de 2017. Dom Ionilton teve o serviço como marca e identidade, segundo o pároco da Catedral Nossa Senhora do Rosário e coordenador de pastoral, padre Acácio Rocha, que, diante de sua nomeação como bispo da prelazia do Marajó, lembrou as palavras de dom Ionilton, que sempre disse ao clero de Itacoatiara: “não fomos ordenados para nós mesmos, fomos ordenados para o serviço da Igreja, e onde a Igreja precisar devemos estar disponíveis para colaborar com a missão da Igreja”. Em nome da prelazia, o coordenador de pastoral expressou “nossa gratidão pelo seu serviço pastoral e missionário em nossa prelazia de Itacoatiara”, destacando o cuidado com a vida e seus direitos que o bispo fez ao longo de quase sete anos. Ele foi relatando o que foi feito por dom Ionilton em sua missão episcopal na prelazia, que definiu como “um testemunho vivo do amor de Cristo e do poder transformador do Evangelho”. afirmando que “suas ações, gestos e palavras deixam uma marca indelével em nossas mentes e em nossos corações”, e pedindo a benção da Virgem do Rosário em sua nova missão. Dom Ionilton, com grande emoção, agradeceu o tempo em que tem pastoreado a Igreja de Itacoatiara, dizendo ter feito todo seu esforço para assumir seu lema episcopal: “Estou no meio de vocês como aquele que serve”. Reconhecendo os erros e pedindo perdão por eles, agradeceu aos leigos e leigas das 13 paróquias e mais de 250 comunidades, que abraçaram a missão evangelizadora na prelazia; aos ministros ordenados, “que me acolheram, me animaram a viver a missão”; aos seminaristas; à Vida Consagrada. Ele lembrou algumas frases pronunciadas no dia do início de sua missão em 30 de julho de 2017, analisando os passos dados nesse tempo. Ele pediu evitar falar mal do novo bispo que a prelazia de Itacoatiara irá receber, nem que o trabalho do novo bispo seja comparado com o que ele fez, pedindo à Igreja de Itacoatiara que acolham e observem as orientações do novo bispo, e ao clero que “não deixem navegar sozinho ao novo bispo nas água da nossa prelazia”. Igualmente, pediu a todos aqueles que fazem parte da prelazia que cuidem dos pobres, em quem Jesus está. Ele fez um convite a amar, dizendo que “o amor é a senha que abre a porta do céu”. Pouco antes de sair da prelazia, dom Ionilton lembrou que “nossa Igreja é missionária por natureza”, e que, depois de sete anos em Itacoatiara a Igreja lhe chama para ser missionário em outra parte da Amazônia, onde disse ir confiante, porque é missão, dizendo querer abraçar com entusiasmo a nova missão que a Igreja lhe confia. Para a prelazia de Itacoatiara, ele pediu a benção de Deus, agradecendo a todas as pessoas que caminharam com ele, pedindo que “lutem pelo Reino de Deus, lutem pela defesa da vida, lutem pela justiça, lutem pela paz, sejamos cada vez mais solidários, especialmente com quem mais precisa”. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Inicia Curso de Realidade Amazônica em Manaus, “para começar o processo de integração nesta terra”

A Faculdade Católica do Amazonas, em parceria com o Regional Norte1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB Norte 1), a Comissão Episcopal da Amazônia (CEA) e em comunhão com a Rede Eclesial Panamazônica (REPAM), realiza no Centro de Formação de Lideranças da Arquidiocese de Manaus, Maromba, de 21 de julho a 04 de agosto, o Curso de Realidade Amazônica. São 23 participantes, procedentes de diversas regiões do Brasil e de diferentes países da África, da Ásia, da América Latina e da Europa, que irão trabalhar na arquidiocese de Manaus, nas dioceses de Alto Solimões, Parintins e Roraima, e na prelazia de Tefé: 12 religiosas, uma leiga, dois leigos e sete padres. “Ao mesmo que é uma tradição antiga, já é uma história longa, ele foi iniciado em 10991, mas cada ano tem sido uma renovação. Pelo grupo que chega, que vem sempre de lugares diferentes, de lugares mais distantes”, segundo a professora da Faculdade Católica do Amazonas, Elisângela Maciel, coordenadora do curso. A experiência dos anos passados ajuda a trocar conteúdos, ampliar e intercalar questões. No grupo deste ano, o grupo maior, de diferentes congregações, irá trabalhar em diversas localidades da prelazia de Tefé. Alguns deles já tem alguns meses na Amazônia, “mas com esse anseio de fazer a missão, de abraçar a região”, salienta a professora. Diante disso, ela afirma que “a proposta do curso é aprofundar isso que eles já trazem, esse chamado que eles já trazem, e dar esse subsídio, dar essas ferramentas necessárias para que eles possam atuar da melhor maneira, com esse conteúdo, mas também com algumas práticas que a gente vai trocando ao longo do curso com atividade pastoral”, na área ribeirinha e na periferia de Manaus. Se trata de dar “experiências diferentes, ao mesmo tempo que dar um conteúdo cada vez mais aprofundado para que eles possam depois utilizar nas diversas realidades que eles vão enfrentar”, afirma Elisângela Maciel. Um dos participantes do curso é o voluntário leigo Marista, Pedro Figueiredo, chegado de Porto Alegre (RS), que mostra sua importância para “conhecer a Amazônia, um pouco da Amazônia, um pouco dos elementos da cultura da Amazônia, para começar o processo de integração nesta terra”. O curso busca formar agentes de evangelização a serviço da vida na Amazônia, desde a encarnação na realidade. Um espaço formativo de acolhida, reflexão e aprendizados para o serviço missionário na região amazônica. Se oferece “um conjunto de informações mais sistematizadas sobre a própria região amazônica, concentrando sua reflexão sobre o humano, o meio ambiente, a vida e a ação evangelizadora da Igreja”. A partir de uma metodologia sinodal, decolonial e intercultural, se estuda a realidade socioambiental, político-econômica, cultural e eclesial da Amazônia, buscando elaborar com os agentes um instrumental teórico-metodológico, necessário para o conhecimento e inserção na realidade. À luz da fé, o curso quer descobrir propostas concretas de ação libertadora e encarnação na realidade, e junto com isso estreitar a comunhão com as Igrejas, povos e culturas da Pan-amazônia, numa visão mais ampla desta vasta região. Igualmente, o curso quer abrir-se ao grande patrimônio espiritual dos povos da Amazônia e sua pluralidade. O curso será realizado numa metodologia participativa, e está destinado a agentes de pastoral inseridos nas comunidades eclesiais e serviços pastorais na região amazônica; a leigos e leigas, religiosas e religiosos, presbíteros, diáconos vindos de outras regiões para servir na Amazônia, atores sociais envolvidos com as questões amazônicas. Ao longo do curso será feito uma análise de conjuntura abordando diversas realidades; uma abordagem da antropologia e geografia amazônica; a história, cultura e sociedade da Amazônia; a espiritualidade e vozes da Amazônia. Junto com a parte teórica, os participantes do curso realizarão uma experiência pastoral nas comunidades. Na missa de abertura, o padre Cândido Cocavelli, diretor administrativo da Faculdade Católica do Amazonas, fez um chamado a ser atraídos por Jesus, por sua palavra, por seu ensinamento, que tocam, transformam vidas e atraem, a exemplo de Maria Madalena, no dia em que a Igreja celebra sua festa. Seguindo as palavras de dom Hélder Câmara, definiu os missionários e missionárias como homens e mulheres de fronteira, chamados a lançar seu olhar na realidade do mundo para enxergar no rosto do povo o rosto do Crucificado, numa Amazônia onde há muitos crucificados, que precisam ser descidos da Cruz. Ele disse aos participantes do Curso de Realidade amazônica que não podemos nos tornar insensíveis diante da vida que é espoliada, que é tirada, numa Amazônia onde está sendo desfigurada a obra do Criador, por aqueles que exploram, que devastam, que ceifam vidas, poluindo os rios, destruindo a natureza e a vida das pessoas. Junto com Madalena, fez um convite a ser anunciadores da Ressurreição, se tornar novas criaturas. Igualmente falou sobre a necessidade de reconhecer a presença feminina na Igreja, a relevância do trabalho das mulheres, mas sobretudo a maternidade, enxergar no rosto das mulheres uma Igreja que não mede esforços para servir: catequistas, ministras, que sustentam a vida de fé de tantas comunidades no interior e nas periferias das cidades da Amazônia. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1 Procurar… Veja também Cimi lança o Relatório Violência Contra os Povos Indígenas no Brasil: “Assumirmos a causa indígena como a causa da Igreja” Procurar… Veja também Cimi lança o Relatório Violência Contra os Povos Indígenas no Brasil: “Assumirmos a causa indígena como a causa da Igreja” Dom Ionilton.   Dom Ionilton a caminho de sua nova missão como bispo da Prelazia do Marajó Dom José Ionilton Lisboa de Oliveira, depois de ter se despedido de Itacoatiara na tarde desta terça-feira, está a caminho de sua nova missão na.   Inicia Curso de Realidade Amazônica em Manaus, “para começar o processo de integração nesta terra” A Faculdade Católica do Amazonas, em parceria com o Regional Norte1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB Norte 1), a Comissão Episcopal da.  

Dom Leonardo: “Compaixão, antes e acima de tudo, é amor às pessoas que encontramos”

O Evangelho do 16º Domingo do Tempo Comum, “a nos ensinar que Jesus que busca um lugar deserto para descanso, pois havia tanta gente saindo e entrando que não tinham nem tempo para comer”, disse o arcebispo de Manaus, cardeal Leonardo Steiner. Segundo ele, “a agitação acontece depois das narrativas da missão realizada: pregação, curas, libertação. Os discípulos enviados para o anúncio do Reino de Deus para curar de espírito impuros, voltam da missão e são tomados pela necessidade de narrar tudo o que haviam feito e ensinado. É no meio do burburinho e agitação da missão realizada e da missão que continua com sua quase fadiga, Jesus convida os discípulos para o deserto para a solidão”. “Deserto, solidão!”, disse dom Leonardo, vendo a solidão como “uma palavra cheia de significado: soli-tudo. O estar na harmonia do todo, o ser aceito pelo todo que dá vida. O Tudo que nos faz ser todo por inteiros, íntegros, transparentes. Íntegros, por inteiros, pois a sós com Aquele que deixar ser todas as coisas e todos os seres do universo. Nesse sentido solidão se desvencilha da compreensão de que estamos sós, perdidos, sem ninguém”. Pelo contrário, afirmou o cardeal, “estamos com ‘Aquele que me dar forças’, na expressão de São Paulo; Aquele que é ‘Meu Deus e meu Tudo’, na oração de Francisco de Assis”. “Solidão que deixa de lado o isolamento para estar com Aquele que constitui o nosso TUDO. Soli-tudo: só com o Tudo, Todo. Dirigir-se para o deserto é bem mais que dirigir-se a um lugar geográfico, inóspito, de desolação”, ressaltou o arcebispo de Manaus. Segundo ele, “é a busca do Mistério que recolhe todas as realidades de síntese, de contradição, de reconciliação. Nesse sentido Jesus conduz os discípulos para um lugar onde possam perceber que nele há salvação, Ele a graça do tudo, do todo. Ele a razão da pregação e da cura! Para que os discípulos percebessem que a pregação e a liberdade não partiam deles era necessário busca o Todo, o Tudo”. “Ao chegar ao Tudo, ao Todo, a presença dos mesmos necessitados, dos mesmos desesperos, das mesmas desilusões, das mesmas doenças, das mesmas necessidades, dos mesmos desfigurações, das mesmas frustrações, dos mesmos desejos, esperanças e buscas”, afirmou o cardeal Steiner. “Ali novamente uma humanidade necessitada de cuidado, de cura e libertação. Ali na solidão, no lugar afastado, a percepção de que no Tudo e do Todo se percebe melhor a fragilidade humana, a humanidade fragilizada”, segundo dom Leonardo. Citando o texto: “E ao desembarcar, Jesus viu uma numerosa multidão e teve compaixão, porque eram como ovelhas sem pastor”, dom Leonardo destacou que “Viu! Buscava solidão e viu! O olhar de Jesus que não se fecha diante da multidão que procura enquanto ele busca a solidão. Olha e fica comovido. As pessoas não incomodam a Jesus. Ele percebe a procura, a desilusão no rosto daquelas mulheres e daqueles homens. Percebe o abandono no qual vivem. Ele capta o sofrimento, a solidão, a confusão, o abandono que experimentam. Jesus viu a necessidade mais profundas daquelas pessoas: “eram como ovelha sem pastor”. Homens e mulheres, sem destino, sem cuidado, sem orientação. Vivem sem que ninguém cuide delas. Homens e mulheres sem quem defenda e guie. Foi tomado de compaixão, teve compaixão, tornou-se compadecido. As necessidades, os necessitados, os fragilizados, dos desencaminhados, os tomados de maus espíritos, ali estavam e ele vendo-os todos é tomado de compaixão”. Novamente a partir do texto: “Teve compaixão, porque eram como ovelhas sem pastor”!, o cardeal enfatizou, inspirado no Dicionário Etimológico: “compaixão, compadecer-se, ter compaixão, se compadecer de alguém. Com-paixão: com estar junto de, ser lançado para a proximidade de, estar na companhia de alguém; paixão, patior, o padecer uma ação, ser tocado pela dor, pelo sofrer; ser atingido pelo sofrer do outro”. Segundo ele, “a pessoa que sente compassio, compaixão, é atingida pelas necessidades do outro que sofre e, por isso, sai-lhe ao encontro. No evangelho de Lucas lemos: “Um samaritano que estava viajando, chegou perto de ele e, ao vê-lo, moveu-se de compaixão. Aproximou-se dele tratou-lhe as feridas, derramando nelas azeite e vinho.” (Lc 10,33-34) O samaritano é atingido pela dor, pela necessidade, pela quase morte do que fora assaltado. Porque atingido, é movido para a proximidade, o quase morte o atrai, e é que é atingido pela paixão, pela dor e por isso faz, misericórdia, próximo, pois, tornou-se compadecido”. “Ao ensinar a partir da compaixão de Deus pela nossa fraqueza”, disse, lembrando as palavras de Papa Francisco, em O Nome de Deus é Misericórdia: “O Deus feito homem deixa-se comover pela miséria humana, pela nossa necessidade, pelo nosso sofrimento. O verbo grego que traduz essa compaixão é splanchnízomai e deriva da palavra que indica as vísceras do útero materno… É um amor visceral… Jesus não olha para a realidade do exterior sem se deixar tocar, como se tirasse uma fotografia: ele se deixa envolver. É dessa compaixão que precisamos hoje, para vencer a globalização da indiferença. É desse olhar que precisamos quando nos encontramos diante de um pobre, um marginalizado, um pecador. Uma compaixão que se nutre da consciência de que também somos pecadores.” Neste sentido a compaixão, lembrou citando Walter Kasper: “transcende o egoísmo e o egocentrismo e não tem o coração centrado em si mesmo, mas centrado nos outros, em especial nos pobres e nos afligidos por todo o tipo de misérias. Transcender-se a si mesmo até aos outros, esquecendo-se assim de sua pessoa, não é debilidade, mas fortaleza. Nisso consiste a verdadeira liberdade. Essa autotranscedência é, por isso, muito mais do que enamoramento de si mesmo na entrega ao próprio eu: pelo contrário, trata-se da livre autodeterminação e, por conseguinte, de autorrealização. É tão livre que pode ser livre inclusive em relação a si mesmo, pode superar-se, esquecer-se de si e ultrapassar, por assim dizer, os seus próprios limites.” Voltando ao texto do Evangelho “Começou a ensinar-lhes muitas coisas”!, o cardeal Steiner disse que “o Evangelho a iluminar a compaixão. a nos oferece, insinua um sentimento de alegria e gratidão. Em sendo tocado, em sendo atingido pela compaixão, isto é, pela…
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Diocese de São Gabriel da Cachoeira se solidariza com seu bispo emérito, dom Edson Damian, pela Páscoa de seu pai

A diocese de São Gabriel da Cachoeira, em carta assinada pelo seu bispo, dom Raimundo Vanthuy Neto, mostrou sua solidariedade ao bispo emérito, dom Edson Damian, diante do falecimento de seu pai, o Sr. Jerônimo Damian, acontecido neste 19 de julho, aos 102 anos, em Jaguari (RS). Segundo dom Vanthuy, “A Páscoa do Sr. Jerônimo, é acolhida por nós como desígnio de Deus no mistério de seu amor”, lembrando que “Não nascemos para morrer, mas morremos para ressuscitar”. O bispo da diocese de São Gabriel da Cachoeira disse que “O Sr. Jerônimo entra na história dos homens bons que o Senhor concedeu na sua graça por longos dias e lhe mostrou a sua salvação”. Ao bispo emérito e seus familiares, em nome da diocese de São Gabriel da Cachoeira, lhes envia seu “abraço de comunhão e prece”. O texto da carta afirma que “com as lágrimas e mergulhados no mistério da morte, nós queremos como povo do rio Negro, 0velhas da parte do rebanho do Senhor, que cuidastes nestes últimos 16 anos como bispo e pastor, ficar perto do senhor nesta noite de vigília e amanhã no sepultamento”. Igualmente querem se “associar ao canto de gratidão ao Deus da vida pelo dom do bem viver de seu pai, senhor Jerônimo; sabemos que ecoa em vossos corações tais cantar de gratidão”. As comunidades da diocese irão celebrar neste final de semana “a memória pascal do nosso amado e mestre Nosso Senhor Jesus Cristo, trazendo-o muito perto dom Edson, familiares… e na comunhão dos discípulos do ressuscitado oferecermos a Deus nossa prece e sufrágio pelo Sr. Jerônimo, seu bom Papai”. Finalmente, dom Vanthuy envia o abraço da Igreja do Rio Negro, dizendo que “rezaremos por ti e os seus”.  Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Diocese de Roraima envia dom Lucio Nicoletto para sua nova missão em São Félix do Araguaia, “uma Prelazia com uma história belíssima”

A Igreja de Roraima, onde ele foi missionário desde 2016, enviou neste sábado, 22 de junho, dom Lucio Nicoletto para sua nova missão como bispo da Prelazia de São Felix do Araguaia. Ordenado bispo na catedral de Padova no dia 1º de junho, catedral de Cristo Redentor acolheu uma celebração com a participação de mais quatro bispos, o clero local, a Vida Religiosa, e de representantes das paróquias e comunidades da diocese, dentre eles os migrantes e os povos indígenas. Na homilia, após agradecer aos presentes, ao povo da prelazia de São Félix do Araguaia e aquele que foi seu bispo até agora, dom Adriano Ciocca, e aos bispos que participaram de sua ordenação episcopal em Padova, dom Lucio Nicoletto iniciou reconhecendo seu sentimento de gratidão, que nasce das “inúmeras memorias dessa caminhada que Deus me deu de viver aqui com vocês desde 2016”, um tempo marcado pelo conhecimento “dos mais pobres e de todos aqueles que sofrem”. Uma Igreja que ele define, seguindo Gaudium et Spes, como “uma Igreja que desde os seus primórdios guardou em seu coração o eco de toda realidade verdadeiramente humana”.  Uma Igreja que tem feito uma “reiterada opção pelos pobres e marginalizados, pelos povos indígenas e o povo dos migrantes e refugiados”. O bispo eleito de São Félix do Araguaia questionou “como poderíamos justificar essa pressão de que fala São Paulo na segunda leitura que o amor de Cristo nos faz, esse coração ardente que a Palavra de Deus acende em nós a partir do momento em que como Maria e com Maria queremos dizer o nosso Sim a Cristo na missão evangelizadora?”, respondendo que “os pés das discípulas e dos discípulos de Jesus Cristo se colocam a caminho por causa de uma urgência!”, insistindo na necessidade de uma resposta de amor. “Assim como eu vos amei!”, ressaltou dom Nicoletto, uma resposta necessária “quando o nosso coração se depara com tanta violência e injustiça, com tantas divisões e polarizações, até mesmo dentro da nossa mesma igreja; quando sentimos o cansaço de tanta dor e a tentação de dar o fora. Numa hora como essa sentimo-nos representados pelos discípulos de Jesus na hora mais crítica dessa travessia no meio do mar da vida: Mestre, não te importas que estamos perecendo, que estamos sofrendo demais? Deus parece dormir”, disse o bispo. “Será que Deus se esqueceu de nós?”, questionou dom Lucio Nicoletto, refletindo sobre o significado da barca e o mar, mostrando que “o mar simboliza o perigo, a ameaça na vida” uma realidade presente na comunidade de Marcos. Mesmo diante do perigo, Jesus chama seus discípulos a continuar sua missão, “a ir ao encontro das pessoas nas diferentes situações e lugares onde estão”, onde ele vê representada a Igreja missionária, que “atravessa diferentes mares para ir ao encontro dos homens e mulheres para lhes comunicar a boa notícia do reino de Deus”. Nas ondas do mar, dom Lúcio vê o “aburguesamento e cumplicidade: já fizemos bastante, pobres sempre existiram e existirão; o fundamentalismo e superioridade: é importante cuidar a pureza de nossos ritos, liturgias; as injustiças e discriminação para com a vida dos povos originários e migrantes; a rejeição para com as nossas crianças e jovens que ficam cada vez menos no topo de nossas preocupações e políticas públicas”.  No texto, destacou o bispo, Marcos quer transmitir aos seus, que “quando a comunidade segue os passos de seu Mestre, vai sofrer perseguições, vai ter dificuldades, vai vivenciar noites de tormentas, mas Deus é maior que tudo isso”. Para cresce na fé, “somos convidados e convidadas a passar para o outro lado. Para isso é preciso atravessar o mar com a confiança que demonstra Jesus no texto: ele dorme sereno porque confia no Pai”, salientou dom Lucio Nicoletto, mostrando que “os discípulos ainda têm uma fé que se desespera e devem aprender de Jesus a ter uma fé que confia”. Jesus grita, e em seu grito, se posiciona “diante de todo o mal que provocamos quando nos afastamos da lógica do amor e transformamos a fé numa ideologia; diante de nossa incapacidade de deixar-nos transformar pela sua Palavras em autênticos promotores de Justiça e de Paz para a realização da civilização do amor; diante da nossa obcecação pelo poder, pelo sucesso, pela ganância que desconsideram cada vez mais a vida dos outros e só se importa com a própria!” No convite de Jesus para irmos para outra margem, dom Lúcio vê “um convite a uma conversão radical e permanente”, que exige “um contínuo e permanente processo de conversão, principalmente de uma vida mais pautada pelo egoísmo árido e mortífero para uma vida que seja fruto de um contínuo deixar-se plasmar por Deus como Jesus fazia, sempre em intima e profunda comunhão com o Pai, para aprendermos assim a guardar em nós os mesmos sentimentos que foram de Cristo Jesus”. No Jesus apresentado pelo evangelista Marcos, o bispo vê “Aquele que veio para nos acompanhar no êxodo da vida e fazer-nos sentir que não estamos só, mas Ele nos guia e está conosco, como lâmpada resplandecente, como força profética para anunciar seu amor e sua justiça sem calar diante das ‘ondas’ do egoísmo e dos interesses particulares que não pertencem a Deus nem tampouco ao seu Reino”. Ele insistiu em que “essa é a tua vocação Igreja na Amazônia: ser sinal de Cristo Bom Pastor que ama e guia o seu povo com amor e ternura de Pai e Mãe, que abre para nós o caminho da vida plena para todos, que mostra para nós que não há salvação sem comunhão, não há misericórdia sem compaixão, não há evangelização sem missão, não há esperança sem conversão ao amor para com todas as criaturas”. No final da celebração, dom Lucio Nicoletto recebeu as homenagens dos missionários italianos, do laicato, a Vida Religiosa, o clero, a Pastoral do Migrante, lembrando e agradecendo pelos momentos vividos juntos ao longo de oito anos, destacando aquilo que foi marcante nesse tempo em sua missão na diocese de Roraima. Foi lida a mensagem enviada pelo cardeal Leonardo…
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