Av. Epaminondas, 722, Centro, Manaus, AM, Brazil
+55 (92) 3232-1890
cnbbnorte1@gmail.com

Autor: cnbbnorte1blog@gmail.com

Ser Franciscos para salvar o mundo

Nesta semana a Igreja católica comemorou um dos santos com maior devoção do santoral, o poverrello de Assis. Alguém que nos mostra que é possível viver de um jeito diferente, olhando para todos e para tudo como irmãos e irmãs. O exemplo do Santo de Assis é fundamental na sociedade atual, onde a falta de cuidado tem se instalado como atitude presente, muito presente. Falta de cuidado com as pessoas e falta de cuidado com a Irmã Mãe Terra. Aquele que quis ser instrumento de paz questiona a cada vez mais presente violência em todos os âmbitos da vida. Os discursos de ódio, inclusive em aqueles que são chamados a cuidar do bem comum, se tornou algo corriqueiro. As pessoas assumem como algo normal os ataques que acontecem em todos os âmbitos da vida, no relacionamento cotidiano com os outros, na rua, no trânsito, nas redes sociais, no discurso político. Como superar essas atitudes cada vez mais presentes? Como ajudar as pessoas a entenderem que o caminho da paz nos ajuda a crescer e nos faz bem mais felizes do que o caminho da violência? Como descobrir que a fraternidade é o que realmente constrói um mundo melhor para todos? Como superar tantos sentimentos de desconfiança, enfrentamento e morte cada vez mais presentes no meio de nós? Francisco de Assis também nos ensina a sentir a necessidade do cuidado da Casa Comum, o cuidado das criaturas, de todas as criaturas, um chamado que na Amazônia tem que ser redobrado. Ainda mais neste dia 6 de outubro em que a Igreja da Amazônia comemora três anos da apertura do Sínodo para a Amazônia, que deu o pontapé inicial para os novos caminhos na Igreja e na ecologia integral. Cuidar como um sentimento que brota do coração, algo muito presente na vida de São Francisco. Um cuidado que leve a preservar a nossa Casa Comum, da qual não somos donos. Essa atitude é cada dia mais necessária, ainda mais diante daquilo que faz parte do nosso cotidiano. A gente vê como na eleição deste domingo passado, deputados e senadores foram eleitos desde um discurso que fomenta a destruição do meio ambiente, e isso deveria nos preocupar. Na medida em que nós nos dizemos cristãos, ainda mais se a gente é devoto do Santo de Assis, deveríamos assumir suas atitudes como modo de vida. A fé, as devoções, precisam se concretizar em atitudes que se fazem presentes em todo momento e circunstância. Não podemos reduzir nossa vida ao mundo das ideias, a elementos que não mudam em nada nosso modo de nos relacionarmos com as pessoas e com as criaturas. Sejamos conscientes dos desafios que a vida de Francisco de Assis coloca na vida da gente. Olhemos para ele e assumamos seu modo de vida como algo próprio, que vai nos transformando em homens e mulheres mais cuidadosos. Disso depende muitas coisas, também o futuro da humanidade e do Planeta. Nunca o esqueçamos. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1 – Editorial Rádio Rio Mar

Aderbal Cesário da Silva Neto novo diácono da Prelazia de Borba

Neste dia 04 de outubro fomos agraciados com a ordenação Diaconal de Aderbal Cesário da Silva Neto. Servo paroquiano de Nossa Senhora de Nazaré e São José, em Nova Olinda do Norte, Prelazia Apostólica de Borba. Por meio da imposição das mãos e prece consecratória, o Bispo Dom Zenildo Luiz Pereira da Silva o ordenou a Diácono Permanente para o serviço da Santa Mãe Igreja. Em seus ensinamentos, Jesus nos exorta ao trabalho para o reino de Deus nos diversos lugares onde seu evangelho há de promover a conversão de muitas pessoas pelo poder do Espírito Santo. Ele garantiu que haveria de edificar a sua Igreja e “as portas do inferno não prevaleceriam contra ela” (Mt 16.18). Que o seu Sim seja cheio de boa vontade, e que a graça de Deus esteja sempre à frente do seu ministério. Nossa Prelazia Apostólica de Borba acolhe e reza com o novo Diácono Permanente, Aderbal Cesário da Silva Neto, cuja Palavra-luz é “Entre vós seja o servo de todos”. (Mc 10, 44) Video da ordenação:  https://m.facebook.com/story.php?story_fbid=pfbid02rmLeLPPEq7dWTJKxinWqe9CgJzLj8WFCQqxM49Lvm93LUGcXnu5dz62dAdbE2Apul&id=100067526781594 Fonte: Prelazia de Borba

Ordenação diaconal de Matheus Marques da Costa: mais um “guardião do serviço na Igreja”

A Paróquia Divino Espírito Santo de Manaus acolheu na noite do dia 1º de outubro, Festa de Santa Terezinha do Menino Jesus e padroeira das Missões, a ordenação diaconal do seminarista Matheus Marques da Costa. Na paróquia onde cresceu em sua fé e no início do Mês Missionário, um elemento muito presente na caminhada vocacional do novo diácono. O Cardeal Leonardo Steiner, presidente da celebração, começou destacando a importância do momento para a Arquidiocese de Manaus, “tão necessitada de tantos ministérios, que deseja cada vez mais ser uma Igreja missionária que leva a Jesus, anuncia a Jesus, e ao anunciar a Jesus vive Jesus testemunhando a sua mensagem, o seu Reino”, pedindo para a Igreja de Manaus “a graça da missionariedade, sermos uma Igreja missionária”. Na homilia, ao falar sobre a volta dos setenta e dois que tinham sido enviados, o Arcebispo destacou sua alegria, seu sentimento de realização. “Enviados e enviadas por um Amor procurante, livre, generoso. Esse amor que envia, mas antes de enviar chama”, destacou o Cardeal Steiner, que destacou que “na nossa vocação e ministério experimentamos essa benevolência de sermos buscados, chamados e enviados”, algo que acontece com os “pequeninos, os de coração simples, sem dobras”. Chamados a um ministério do qual não nos apossamos, “apenas o colocamos em favor dos necessitados e aflitos, atormentados na vida”, segundo o purpurado, que insistiu em que “somente os pequeninos, os necessitados é que percebem as revelações de um amor sem limites. Ele insistiu em que “na celebração da ordenação diaconal somos sempre lembrados da graça de servir, que poder, autoridade na Igreja significa servir”, fazendo ver o chamado do Papa Francisco a que na Igreja prevaleça “a lógica do abaixamento”, a entender que “os diáconos são os guardiões do serviço na Igreja”, os guardiões do verdadeiro poder. E junto com isso perceber que “o diácono não é meio-padre ou padres de segunda categoria, nem acólitos de luxo”, e sim “o servo atencioso que trabalha a fim de que ninguém seja excluído”. Dom Leonardo lembrou do texto escolhido pelo diácono Matheus: “Ele viu e teve compaixão”, um texto que “sempre nos comove e desperta para nossa missão e ministério”. Segundo o Arcebispo de Manaus, “o ver desperta compaixão, mexe com as entranhas, desmonta, torna proximidade, faz-se próximo”, ressaltando que “quando se é tomado pela compaixão, não existem justificativas”. Ele fez um chamado a “servir sem olhar aquém, servir, sem saber de raça, religião, cor, ideologia, sem saber do passado, do futuro, da pertença”, vendo o diaconado como “seguimento, correr com Jesus, imolar-se como Jesus”. Ao novo diácono, seu arcebispo lhe disse: “conhecerás a Jesus e seu Evangelho quando no exercício benevolente da diaconia, do serviço livre e benévolo. Conhecerás a Deus quando tocado pela humanidade ferida e desvalida. Conhecerás Deus quando cuidardes as feridas com o óleo da benevolência e vinho das núpcias. Conhecerás Deus e sentirás a alegria interior, quando os espíritos da violência, da destruição, da desfraternidade forem afastados”. “Parte de um processo de envolvimento com Mistério do chamamento”, de um Deus que por misericórdia lhe chamou para ser continuador da missão de Jesus. Assim vê o novo diácono sua ordenação, que pedia “sensibilidade para ver e para sentir compaixão, ver as muitas injustiças que os poderosos deste mundo impõem sobre os últimos”. Em suas palavras agradeceu sua família e à Igreja de Manaus, lembrando as palavras de Dom Leonardo, em que afirmou que “desejamos ser uma Igreja viva, de comunhão, de participação, uma Igreja onde todos anunciam o Reino de Deus”, para o que ele se colocou à disposição. Na Igreja de Manaus ao Seminário São José e as paróquias, áreas missionárias, pastorais onde ele passou no seu tempo de formação.  Mas também muitos nomes que fizeram parte desse tempo, pessoas que “testemunharam com a vida, a missão e a felicidade da disponibilidade”, citando as palavras de Dom Sérgio Castriani. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação Norte1

Ir. Rose Bertoldo: “A fé não é questão de piedade, mas de autenticidade”

“Não fechar o coração, mas ouvir o nosso Deus” é o convite da liturgia deste 27º domingo do Tempo Comum, segundo a Ir. Rose Bertoldo. Um convite “a aguçar nosso ouvido e abrir o nosso coração”, especialmente “em tempos em que o escutar tronou-se um grande desafio”. A secretária executiva do Regional Norte1 da CNBB faz um chamado a “abrir o coração a um tempo novo, marcado por um domingo decisivo para o Brasil, onde milhares de brasileiros vão as urnas exercer sua cidadania”. Segundo a religiosa do Imaculado Coração de Maria, “neste exercício da democracia pedimos a Deus lucidez e bom senso, fruto de uma fé madura”. Comentando as leituras, ela afirma que “na primeira leitura podemos perceber o diálogo do profeta com Deus, onde ele reclama para Deus toda violência pela qual o povo vive”. Trazendo isso para nossa realidade, a religiosa coloca que “diante de tantos sofrimentos do povo, consequências da violência, corrupção e injustiças, somos convidadas a não desanimar, mas ter fé, que nasce da ação e defesa da vida, que passa pela presença junto aos mais pobres, na solidariedade, na opção política que defenda um projeto popular de inclusão, onde ninguém é excluído dos direitos básicos e vida digna”.  Já na segunda leitura, a carta de São Paulo a Timóteo, “ele afirma que Deus não nos deu um espírito de timidez, mas de fortaleza, de amor e sobriedade, este Espírito que recebemos no batismo, que habita em nós, nos reveste de sabedoria e fortalece nossa fé, essa fé que não nos deixa inertes aos sofrimentos, mas nos leva a sair de nós mesmos”, segundo a Ir. Rose. No relato do Evangelho, “os apóstolos, depois de um tempo de convivência com Jesus, se dão conta de que lhes falta algo para poder compreender as exigências de Jesus. Por isso, suplicam: aumenta nossa fé”, afirma a religiosa. Ela vê em Jesus um bom “pedagogo”, pois Ele “não responde diretamente ao pedido dos apóstolos”. No texto, a Ir. Rose descobre que “Jesus dá a entender que a fé não é questão de piedade, mas de autenticidade”. Além disso, a secretária executiva do Regional Norte1 diz que “a fé não pode ser aumentada a partir de fora; ela precisa crescer a partir de dentro, a partir dos encontros que vão transformando a vida da gente. A vivência da fé se dá no conhecimento da pessoa de Jesus, no encontro pessoal comigo mesma, na vivência em comunidade, na escuta atenta dos sinais no cotidiano da vida”. Diante disso, a Ir. Rose Bertoldo anima a pedir a Jesus que “nos livre de uma fé frágil, incapaz de manifestar aquela força que muda a vida, o modo de pensar, de sentir e de agir, de votar consciente, de ter clareza do projeto de Jesus”. Ela insiste em que “a fé pressupõe ação, estamos exercendo nossa cidadania neste domingo como agentes políticos, uma ação que nos leva a uma mudança de vida, isto é, de projeto político de sociedade para o país, por isso não podemos dar um voto inconsequente, pois as consequências de um voto inconsequente poder ser catastróficas para o país, que tem rosto de populações excluídas pelo sistema que destrói e mata”.  Também faz um chamado a “que possamos alimentar em nós esta fé viva, forte e eficaz. Fé que se visibiliza no serviço ao mais necessitados, uma consciência lúcida, critica, no amor gratuito e solidário, uma fé que visibiliza a justiça do Reino, comprometida com a vida de todos os habitantes da casa comum”. Finalmente, a religiosa afirma que “vivenciamos nossa fé, como entrega de vida, aprofundando nosso ser missionário, contribuindo no anúncio do Evangelho, especialmente neste mês dedicado as missões, pois toda a Igreja é missão e nós somos suas testemunhas”. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Para que votar?

A democracia, mesmo com suas falhas, é um sistema político que em teoria dá a possibilidade de todo cidadão e cidadã participar dos processos de decisão. Na prática a gente sabe que nem sempre é bem assim, pois os representantes eleitos muitas vezes não respondem aos interesses do povo. No sistema democrático o povo vota, escolhe seus representantes e deposita neles a confiança para que em seu exercício dos diferentes cargos no poder executivo e legislativos possam conduzir o destino da sociedade pelo caminho do bem comum. Não podemos esquecer que fazer política é buscar o bem comum, o bem para todos os homens e mulheres que fazem parte do entramado social, fomentando políticas públicas que ajudem a evitar que as pessoas sejam vulneradas e descartadas. Votar é depositar a confiança em alguém que vai me representar, que vai votar ou executar as leis que façam possível que a sociedade se torne espaço de encontro, de diálogo, de convivência, espaço onde as pessoas possam crescer e desenvolver suas potencialidades em benefício da coletividade, de todos e todas, mas especialmente daqueles que mais precisam. A sociedade precisa cuidar dos pequenos, da totalidade, não se constrói sociedade quando se pensa só em pequenos grupos de poder político, económico, religioso…, se faz necessário pensar além de nós, além daqueles com quem nos une algum tipo de ligação. O verdadeiro político, o verdadeiro cidadão tem um olhar amplo da realidade, se preocupa com o crescimento comum, socorre as necessidades daqueles que sofrem, seja qual for o motivo desse sofrimento. No último domingo, na Igreja católica era lida a parábola do homem rico e o pobre Lázaro, uma situação que deve nos levar a refletir sobre a sociedade em que a gente vive. Num Brasil onde existem alguns homens ricos e milhões de Lázaros somos desafiados a nos questionarmos para quem é que olham aqueles que na eleição deste domingo 2 de outubro são candidatos e candidatas aos diferentes cargos que serão votados. O Brasil precisa de pessoas, também de políticos, que olhem para os milhões de Lázaros que existem no país, um número que vai crescendo, aumentando assim os desafios provocados pela pobreza e a fome. A população é chamada a escolher, na medida em que quer fazer realidade o objetivo principal da política, cuidar daquilo que é de todos e não de pequenos grupos, candidatos dispostos a colocar na mesa àqueles que hoje não podem nem pegar as migalhas que os poderosos deixam cair no chão. É tempo de entender o significado e o valor do voto, é tempo de ser cidadãos e cidadãs que tenham a coragem de olhar em frente e olhar para todos e todas, mas com um olhar compassivo, misericordioso, samaritano para os que não contam. Uma sociedade que não cuida de todos, uma democracia que não olha para todos vai perdendo seu sentido e se tornando uma marionete nas mãos dos que só se preocupam por si próprio. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1 – Editorial Rádio Rio Mar

Laicato do Regional Norte1 escolhe sua primeira Presidência

15 representantes da Arquidiocese de Manaus, Diocese de Roraima, Diocese de São Gabriel da Cachoeira, Prelazia de Borba, Prelazia de Tefé e Prelazia de Itacoatiara participaram do encontro da Comissão do Laicato Regional Norte1 realizado em Manaus de 23 a 25 de setembro na Casa de Retiro São Vicente Palotti. Entre os participantes se fez presente Dom José Ionilton Lisboa de Oliveira, Bispo da Prelazia de Itacoatiara e referencial do laicato no Regional Norte1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Ele apresentou o “Documento Santarém 50 anos: Gratidão e Profecia”, elaborado no encontro realizado pela Igreja da Amazônia no último mês de junho no Seminário São Pio X de Santarém, fazendo memória, no mesmo local, do Jubileu de Ouro do encontro de 1972. A apresentação do Documento Santarém 50 anos foi complementada pela análise de conjuntura sociopolítica, que contou com a assessoria de Marcelo Seráfico, professor da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), ajudando os participantes a poder contemplar uma realidade cada vez mais polarizada, ainda mais diante das eleições do dia 2 de outubro. Nesse âmbito da política, Patrícia Cabral apresentou o Caderno Encantar a Política. A assessora da Comissão do Laicato Regional Norte1 mostrou a importância de “voltarmos a estudar os documentos da Igreja para que os cristãos leigos e leigas possam estar preparados para a ação transformadora no mundo”. Foi apresentado a estrutura organizacional do Conselho Nacional do Laicato, mostrando aos participantes o que é, quem participa e onde está atualmente. O encontro também serviu para escolher a primeira presidência do Regional. O novo Presidente é Francisco Meireles, da Arquidiocese de Manaus, e a Vice-Presidente é Maria Goreth Lopes, da Prelazia de Itacoatiara. A nova Secretária é Valdenice, da Prelazia de Borba, e o Vice-secretário será Antônio Nascimento, da Prelazia de Tefé. Finalmente o cargo de Tesoureiro foi assumido por Edney Veras, da Diocese de Roraima, sendo a Vice-tesoureira, Odete Gaudencio, da Diocese de São Gabriel da Cachoeira. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1 – Com informações de Patrícia Cabral

VI Seminário Nacional de Religiosos Irmãos: “Apelo da Igreja missionária que vai rumo à Amazônia”

102 religiosos irmãos de 22 congregações, se encontraram em Belém de 22 a 25 de setembro 2022 para participar do VI Seminário Nacional de Religiosos Irmãos. O objetivo foi refletir sobre a missão do Irmão em seus variados apostolados no percurso de toda sua vida. Um encontro que acontece de três em três anos, pela primeira vez no Norte do país, um “apelo da Igreja missionária que vai rumo à Amazônia”, segundo o Irmão Edimar Fernando Moreira. O religioso carmelita, membro da equipe de organização, afirmou que “A Amazônia que clama e a Igreja que vai respondendo”. Um contexto amazônico presente no tema: “No rio da Vida o irmão é missão fecundando o Reino”, e no lema: “Os braços do rio vêm trazer a alegria”. Tudo voltado para esta dinâmica de inculturação neste contexto amazônico. Um momento para identificar o que a Igreja e a sociedade pedem aos Irmãos hoje, buscando dialogar sobre seus desafios. Segundo o Irmão Jardelino Menegat, um dos palestrantes do encontro, “o irmão precisa cultivar a alegria, esperança e fraternidade, três elementos que entendemos como pilares para o religioso, porque as pessoas esperam ver no religioso um alento, alguém que cuida, que respeita, que valoriza, e a alegria, a esperança e a esperança, elas fortalecem essas atitudes que o irmão precisa ter”. No encontro, os irmãos se envolveram, participaram, trazendo experiências da vida deles, do dia a dia, “para poder mostrar que nós como irmãos desempenhamos um papel importante dentro da Igreja e como religiosos temos a disponibilidade de poder servir o povo de Deus de uma outra forma, outros carismas, a educação, a saúde, e tantas outras que podem ser ressaltadas que estão presentes”, segundo o religioso lassalista. Um dos participantes foi o Irmão Irineu Letenski, religioso da Ordem de São Basílio Magno que participa do Rito bizantino ucraniano. Ele destacou que “cada um da sua comunidade, do seu carisma, que vem aqui vivenciar nesses dias os carismas e a espiritualidade comum”, considerando o evento uma “rica experiência de convivência, rezar juntos, partilhar juntos, falar sobre a vida, divertir, brincar, cantar, tudo isso faz parte da vida comunitária”. O Reitor da Faculdade San Basílio Magno destaca a importância das relações como oportunidade para “aprimorar as virtudes, desenvolver as potencialidades”. Ele afirma que “minha vida se dá desde as relações com meu entorno, seja desde as orações, celebrações comunitárias, na confraternização, convivência, é necessária essa postura”, vendo o encontro como algo transformador, enriquecedor. Dentro do caminho sinodal que a Igreja vive, onde “a sinodalidade é caminhar junto nas diferentes formas de ser seguidor de Jesus Cristo, nas diferentes igrejas, dentro da Igreja católica nas diversas identidades que se constituem historicamente”, Frei Vanildo Zugno fez um chamado a “não se colocar numa estrutura hierárquica, mas numa estrutura circular e num caminhar junto”. Para o Coordenador da Formação Continuada da Conferência dos Religiosos do Brasil, “a palavra irmão, ela diz exatamente isso, somos todos filhos do mesmo Pai, do mesmo Deus Mãe e todos nos sentimos dentro da mesma igualdade de irmãos e irmãs”. O religioso capuchinho o encontro expressa esse desejo “de uma Igreja circular, de uma Igreja fraterna, sororal, uma Igreja que cada um nos seus diferentes ministérios, dons, carismas, constrói a única Igreja de Jesus Cristo. E ele tem essa dimensão sinodal porque como irmãos buscamos o diálogo não apenas entre nós e dentro da Igreja, nós buscamos o diálogo também com a sociedade, com os outros grupos que não sendo identificadamente Igreja, também buscam o caminho da justiça, da fraternidade, da igualdade em toda a sociedade”. Uma relação que também deve ser dar “com a Casa comum, as outras criaturas, que junto com a humanidade compartilhamos este espaço de vida”, afirma Frei Zugno. Segundo ele, esse será “um sinal, um símbolo que dê credibilidade de um mundo novo, um mundo diferente, de uma nova sociedade, de uma nova Igreja baseada não na dominação, na sobreposição de um grupo sobre outro, mas na fraternidade, no caminhar juntos, olhando na mesma direção o Reino de Deus”. Nessa linha da ecologia integral, o Irmão João Gutemberg Sampaio afirmou que “o irmão é chamado à fraternidade universal, mas essa fraternidade se conecta com todos os seres da Criação”. O secretário executivo da Rede Eclesial Pan-Amazônica (REPAM), fez um chamado a recuperar “a espiritualidade do irmão de Assis”. Para isso ajudou a revisar a Laudato Si´ conectando-a com o Sínodo para a Amazônia, os sonhos da Querida Amazônia e as conversões do Documento Final do Sínodo. Daí o religioso marista foi “trazendo para o contexto da vida, partilhando experiências e desafios onde os irmãos a partir da Amazônia podem se inspirar, se motivar e gerar esta fraternidade que é para com todos e para com tudo”. São elementos presentes na logomarca do encontro, desenhada pelo Irmão Luiz Carlos Lima. Nela, segundo o Irmão Marista se fazem presentes elementos amazónicos, diferentes águas, uma forma de broto, sinal de esperança, de vida, de fraternidade. Ele citou as três pessoas que dialogam entre si, pessoas ao redor de uma mesa, mas também semente, coração, onde o vermelho é sinal das “pessoas que se entregam na defesa da vida e na fraternidade universal entre nós e com a Criação”. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Raely Cardoso: “A riqueza pode fazer murchar a fé e o senso da vida futura”

No vigésimo sexto Domingo do Tempo Comum “o Evangelho nos vem trazer a parábola do homem rico e do homem pobre”, segundo Raely Cardoso. A Secretária Regional da Pastoral da Juventude Norte1 afirma que “essa parábola não visa tratar sobre caridade, não diz que o rico negasse esmolas a Lázaro, talvez até ignorasse a presença dele na sua casa. Fechado como estava em seu bem-estar, não lhe permitia ver problema alheios”. A jovem insiste em que “Jesus quer chamar a atenção, não para a necessidade de amarmos ao próximo, mas para a importância das situações. Uma situação de poder e prazeres pode insensibilizar a mente, tornando-a insensível às necessidades dos outros, pode fechar a fome do céu, fechando a fome da vida eterna”. Segundo a secretária da PJ, “se já se julga satisfeito com seus bens é o contrário de uma situação de penúria, que entretém a fome, a sede de algo maior, que é a vida eterna”. “A riqueza honesta não é má nem condenável, assim como a pobreza não é garantia de salvação”, segundo Raely. Ela afirma que “ambas suscitam atitudes éticas que podem facilitar ou dificultar a procura de Deus. É para isso que Jesus que despertar os cristãos nessa parábola: a situação cómoda em que se acha que os ricos podem diminuir seu zelo pelas necessidades dos pobres e excluídos da sociedade”. A jovem insiste em que “Jesus chama os pobres, os que tem fome, sede e choram, de bem-aventurados, mas não pela pobreza, mas por causa de uma atitude ética, na fé, no amor que essa pobreza preserva ou vem a suscitar. E chama os ricos de infelizes, não por causa da riqueza, mas porque a riqueza pode fazer murchar a fé e o senso da vida futura”. Raely lembra que “Lázaro teve fome física e doenças, tinha fome de uma realidade melhor do que a vida terrestre. A fome material e espiritual de Lázaro era saciada ao passo que no rico, ela não existia mais”. “Alguém pode ser rico e ter um coração pobre, cultivando o desapego, a caridade, o olhar para o outro. Assim como alguém pode ser pobre, mas ter um coração de rico, sem caridade alguma, nem humildade, nenhuma prática do bem”, segundo a jovem. “Lázaro, pobre na terra, e Abraão, rico na terra, tiveram a mesma sorte final, porque ambos nas suas circunstâncias diferentes tiveram o mesmo amor, o mesmo desprendimento dos bens terrenos”. A secretária da PJ diz que “a parábola nos lembra que o céu e o inferno começam em nosso dia a dia. Não nos faltam os fatos, acontecimentos, coisas a cada dia que são objeto de santificação”. Segundo ela, “não vivemos de milagres, mas no dia a dia é nele que devemos encontrar a vida de santificação”, insistindo em que “muitos procuram milagres e sinais, e dizem que se Deus se fizesse mais sensível ou nos desse um sinal, seriam mais fervorosos”. Algo que Raely diz ser “pura ilusão, quem não tem fé nos dons cotidianos de Deus encontrará razones falsas para conhecer os milagres dele. Abraão responde ao rico que quem não tem o hábito da fé viva, rejeitará os sinais mais significativos”. Ela lembra que “Abraão diz haver entre o céu e o inferno um grande abismo, e isto indica que é só na vida terrestre que podemos nos converter, pois o tempo da conversão é hoje e agora”. “A morte nos estabelece uma nova condição definitiva, ou o céu para sempre ou o inferno para sempre”, lembra a jovem. Seguindo a parábola, ela diz poder concluir que “quando eu e você deixarmos este mundo, teremos uma sentença”, lembrando que “Lázaro foi levado ao seio de Abraão e o rico aos tormentos do inferno. Isso pressupõe uma sentença de Deus logo após a minha e a tua morte. Ela é definitiva, pois o mal não pode passar para o lugar dos justos nem vice-versa”. Finalmente ela questiona: “e você, para onde quer ir, para o lugar justo ou para o lugar onde nesta parábola o rico foi?”. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Conselho Missionário Regional Norte1 realiza Assembleia Eletiva

O Conselho Missionário Regional Norte1 se reuniu nos dias 23 e 24 de setembro de 2022 no Centro de Formação da Arquidiocese de Manaus, Maromba, para realizar sua Assembleia Eletiva. O encontro contou com a presença de mais ou menos 20 representantes da arquidiocese de Manaus, as dioceses de Coari e São Gabriel da Cachoeira, as Prelazias de Tefé e Borba e organismos missionários, como a Infância, Adolescência, Juventude Missionária, Conselho Missionário Diocesano (COMIDI) y Conselho Missionário dos Seminaristas (COMISE), com a presença de seminaristas que se formam no Seminário São José de Manaus. Depois da oração inicial conduzida pela Alana Fernandes, da Juventude Missionária, aconteceu a apresentação das Diretrizes Regionais, que contou com a assessoria da Ir. Rose Bertoldo, Secretária Executiva do Regional Norte1 e a escuta das Dioceses e Organismos. Os desafios apresentados mesclam as questões da linguagem, de um implícito desânimo-pessimismo, na dificuldade nas comunicações. A Síntese das escutas foi apresentada pelo Seminarista Matheus Marques destacando como as Diretrizes Do Regional tocam nossa ação e como já estamos realizando-as. A nova equipe coordenadora do Conselho Missionário Regional (COMIRE) é formada pelo Pe. Gutemberg Gonçalves, da Arquidiocese de Manaus, como coordenador, o primeiro vice coordenador, José Kennedy, do COMIDI da Arquidiocese de Manaus, ficando como segunda vice oordenadora Helen Prestes do IAM da Arquidiocese de Manaus). Os tesoureiros serão Matheus Marques, da Arquidiocese de Manaus, e Hallana Jéssica do IAM Amazonas. Finalmente, foram eleitos secretários, Alfredo Leonardo, da Diocese de São Gabriel da Cachoeira e Pablo Gabriel, da Diocese de Parintins. O Bispo Referencial é Dom Edson Damian, Bispo da Diocese de São Gabriel da Cachoeira e Presidente do Regional Norte1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Foi proposta uma Equipe de Assessores regionais que será conhecida na medida em que aceitem cada um daqueles que foram propostos pelo Conselho Missionário Regional. Padre Raimundo Gordiano expôs um breve relatório da 37ª Assembleia do Conselho Missionário Nacional (COMINA), sobre três pontos: os assuntos principais, os destaques e  encaminhamentos. O encontro foi momento para realizar alguns apontamentos em vista da Experiência Missionária de Seminaristas que ocorrerá em Manaus no mês de janeiro de 2023, e para o 5º Congresso Missionário Nacional, também a ser realizado em Manaus de 10 a 15 de novembro de 2023, com o tema “Ide! Da Igreja Local aos confins do mundo”, e o lema “Corações ardentes, pés a caminho”. Antes da conclusão foi apresentado o conteúdo sobre a Campanha Missionária, exposto em forma de oficina, seguindo a dinâmica da Infância e Adolescência Missionária e a Juventude Missionária.  Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Encontro de Capacitação busca reanimar Pastoral da Pessoa Idosa no Regional Norte1

A Pastoral da Pessoa Idosa Regional Norte1 realiza de 23 a 25 de setembro um encontro de capacitação na Maromba de Manaus, com representantes das dioceses e prelazias que fazem parte do Regional, contando com a presença da Ir. Maria Lúcia Rodrigues, Coordenadora Nacional dessa pastoral. O encontro quer “estar reanimando a Pastoral aqui neste Regional, estar trabalhando com os coordenadores, seja ele os coordenadores regionais, como diocesanos, como paroquiais, também os facilitadores, aqueles que trabalham, que dão a capacitação para novos líderes”, segundo a Ir. Maria Lúcia. A metodologia do encontro segue o método ver, julgar/iluminar, agir, perseverar, abordando questões relacionadas com a metodologia de trabalho da Pastoral da Pessoa Idosa, sua relação com as Pastorais Sociais, o sistema de informação da Pastoral da Pessoa Idosa na web, no aplicativo, nas redes sociais, a sustentabilidade e transparência. Segundo a Ir. Maria Lúcia Rodrigues, o encontro “é uma forma de fazer essa caminhada juntos, de estar recordando, de estar reafirmando aquilo que é o essencial da Pastoral, que é o acompanhamento à pessoa idosa”. Uma pastoral que se torna cada vez mais urgente. Segundo sua Coordenadora Nacional, “a Pastoral da Pessoa Idosa, ainda mais nesse tempo que o Brasil está envelhecendo cada vez mais, ela vem dar essa resposta, nesse acompanhamento à pessoa idosa, e mais importante ainda que é lá no seu domicílio, é lá na família, lá onde que ele mora que a Pastoral da Pessoa Idosa faz esse acompanhamento”. Nessa perspectiva, a religiosa considera que a Pastoral da Pessoa Idosa “é uma graça de Deus a gente ter a Pastoral na Igreja, porque nós estamos do lado daqueles que mais precisam neste momento, as pessoas idosas que estão em situação de vulnerabilidade, na solidão, no abandono”. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1