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Dom Leonardo Steiner: “Farei todo o esforço para que a voz do Papa ecoe entre nós”

No dia 29 de maio, O Papa Francisco convocou um novo Consistório, que será realizado no dia 27 de agosto. Na lista dos nomes anunciados da “janela do Ângelus”, estava Dom Leonardo Steiner, e com ele a Igreja da Amazônia. Segundo o Arcebispo de Manaus, seu cardinalato é “uma manifestação de afeto e apoio do Papa Francisco ao serviço evangelizador das dioceses e prelazias que estão na Amazônia brasileira”. Mas também, Dom Leonardo vê sua escolha como um chamado a “uma vida mais simples, uma maior proximidade com os sofredores e pobres, a servir em comunhão com os irmãos no episcopado”. Tudo isso junto com um povo e uma Igreja de múltiplos rostos. Os novos cardeais são chamados ao “serviço à Igreja que está atenta aos dramas humanos, especialmente a dos pobres”. Uma nomeação no contexto do Sínodo para a Amazônia, mas também dos 50 anos de Santarém, que busca “uma Igreja encarnada, libertadora”. Diante disso, o Arcebispo de Manaus espera “ser uma recordação do ministério do bispo de Roma na região e, por isso de fidelidade em relação ao cuidado da Casa Comum, à escuta e proximidade aos povos originários, à justiça na superação da violência em todos os âmbitos, à presença samaritana junto aos pobres”, insistindo em que “farei todo o esforço para que a sua voz ecoe entre nós”. No Regina Coeli da Solenidade da Ascensão do Senhor, o Papa Francisco nos surpreendeu com a convocação de um novo Consistório, no qual o Colégio Cardinalício será enriquecido com a presença de 21 novos cardeais. Desses, 16 são menores de 80 anos e, por tanto, eleitores num futuro Conclave. O que representa para o senhor essa escolha por parte do Santo Padre? Uma manifestação de afeto e apoio do Papa Francisco ao serviço evangelizador das dioceses e prelazias que estão na Amazônia brasileira. Um gesto de proximidade e comprometimento. Como o Santo Padre está comprometido com a Amazônia, a nomeação pode ser o desejo de que a Igreja na região permaneça próxima e ativa e, sempre mais, entre no movimento do espírito sinodal: escuta, partilha, comunhão, evangelização. Pessoalmente, a escolha leva-me a buscar uma vida mais simples, uma maior proximidade com os sofredores e pobres, a servir em comunhão com os irmãos no episcopado. Admirar a fé e a solidariedade das nossas comunidades. Corresponder ao modo afetuoso e fraterno que as caracteriza. Assumir melhor o compromisso de animar as comunidades a partir do Evangelho e da Carta Querida Amazônia que indica os passos evangelizadores para nós que vivemos nestas terras. Os cardeais são chamados a entregar sua vida pela Igreja, pelo Papa e pelo Evangelho. Como isso se concretiza no atual momento da história da Igreja? Como se manifesta na vida do senhor esses compromissos para os quais é chamado, também, agora, por meio desta nova missão? O momento histórico da Igreja tem sua tensão e agressão, sua esperança e santidade. Percebemos a incapacidade de sair de estruturas envelhecidas para inspirações que o Espírito Santo inspira, de seguranças legislativas e de costume para a liberdade da samaritanidade e da misericórdia. Movimentar-se do moralismo para o horizonte da gratuidade salvífica. Na Mensagem enviada para o Dia Mundial das Comunicações deste ano, Papa Francisco convidava a todos a manifestar a necessidade de um mundo harmônico: “cientes de participar numa comunhão que nos precede e inclui, possamos descobrir uma Igreja sinfônica, na qual cada um é capaz de cantar com a própria voz, acolhendo como dom as dos outros, para manifestar a harmonia do conjunto que o Espírito Santo compõe.” Os novos cardeais foram chamados a colocar à disposição do Evangelho, da Igreja, do Santo Padre a voz, os dons, a vida. Tudo como serviço à Igreja que está atenta aos dramas humanos, especialmente a dos pobres, levando a esperança e a vida do Ressuscitado. Foram chamados a colocar a voz e os outros dons a serviço da paz, da fraternidade, da justiça, do amor, da harmonia da casa comum. Viver em maior profundidade o Evangelho, pois é uma entrega, um serviço. Voz, dons e vida para despertar para a beleza da santidade. O senhor é o primeiro cardeal da Amazônia. A nomeação pode ser considerada um passo a mais na caminhada da Igreja na região, no pós-Concílio iniciado há 50 anos atrás, com o Documento de Santarém e reforçado de modo especial com o Sínodo para a Amazônia? O Documento de Santarém uniu as igrejas particulares numa caminhada evangelizadora. Ofereceu os elementos fundamentais para que a Igreja estivesse encarnada na Amazônia: dinâmica de comunidades de base, formação dos leigos, opção pelos povos indígenas, fortalecimento dos Institutos de Formação. Lendo o Documento final do Sínodo para a Pan-amazônia e a carta Querida Amazônia de Papa Francisco, percebe-se a grandeza, a beleza e a dinâmica nascida em Santarém. A Igreja compreendeu o momento histórico e buscou o modo e meio de anunciar e viver o Evangelho. Com a nomeação, Papa Francisco poderia indicar a necessidade de continuar a caminhada, incentivados e inspirados pelo Sínodo. O Sínodo oferece a oportunidade de uma Igreja encarnada, libertadora, realizando os quatro sonhos de Querida Amazônia. O Sínodo é expressão da caminhada e expressão do futuro de nossa Igreja. Nessa perspectiva, diante das primeiras reações, – por meio das quais lhe denominam “o cardeal da Amazônia” -, como o senhor enfrenta essa responsabilidade em função da nova missão que o Papa Francisco lhe confia? Com a nomeação Papa Francisco mostra o seu afeto, proximidade e compromisso com a Igreja que está nesta região e com toda a realidade onde ela se encontra. Tenho a sensação de que o Papa está a pedir à Igreja na Amazônia brasileira que realizemos os sonhos que ofereceu. Sou um entre tantos homens e mulheres que buscar viver do Evangelho: mulheres e homens leigos, diáconos, presbíteros, vida religiosa, bispos. Sinto-me rodeado por esses irmãos e irmãs, e inserido na multidão que forma a Igreja. Tantas riquezas culturais de nossas comunidades. Estar atento à dinâmica da Igreja que procura inculturar o Evangelho.…
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Dom Leonardo em Pentecostes: “As nossas comunidades se abram cada vez mais à força do Espírito Santo”

Um dos grandes momentos na caminhada da Igreja de Manaus é a Festa de Pentecostes, que anualmente congrega no sambódromo milhares de pessoas das comunidades, áreas missionárias e paróquias da Arquidiocese. A última vez que isso tinha acontecido foi em 2019, e neste 5 de junho foi retomado esse momento marcante na vida do povo da capital do Amazonas. Foi a primeira vez que Dom Leonardo Steiner presidia a Solenidade de Pentecostes no Sambódromo, onde foi recebido com apoteose, ainda mais depois da notícia recebida no domingo passado e que tanta alegria tem trazido para a Igreja de Manaus e da Amazônia, o fato de ser nomeado cardeal pelo Papa Francisco, o que se tornará efetivo no consistório do próximo 27 de agosto. Uma celebração muito participada, com um povo que expressou sua fé e sua alegria a cada momento, deixando as emoções, inclusive do Arcebispo, a flor de pele. Ele começou a homilia dizendo que o Espírito Santo é “a graça que Jesus, no meio do medo, do fechamento, no meio do sem horizonte deseja aos discípulos. Ele sopra sobre eles, e diz: recebei o Espírito Santo”. Os discípulos estavam “sem lugar para ir, sem lugar para permanecer, sem caminho para percorrer, anoiteceram, e na noite é que o Senhor se apresenta”, insistiu Dom Leonardo. Ele lembrou que “estavam estes homens de portas trancadas, janelas trancadas, estavam apavorados, e no meio do medo, no meio da noite, que Jesus se apresenta como vida nova”. O recentemente eleito cardeal, falou do Espírito novo, “que em Atos ele é dito como vento”, afirmando que “esse vento abre portas, esse vento abre janelas, um vento impetuoso, mas não destruidor, porque é um vento renovador”. Segundo o Arcebispo de Manaus, “agora se respira liberdade, porque é o Espírito da liberdade que agora entra e abre, agora pode percorrer o mundo, agora não tem medo dos impérios, não tem medo da destruição, não tem medo dos ataques, não tem medo da violência, porque impelidos, tomados, purificados, pelo vento impetuoso do Espírito”. Um Espírito que também “desce em línguas de fogo”, segundo Dom Leonardo Steiner, que vê nelas um amor que aquece, que envia, que sai que não se amedronta mais. Ele insistiu em que essas línguas, “mas que repousar sobre eles, lhes penetrou o coração”. O Arcebispo de Manaus definiu o Espírito como extraordinário, como “um Espírito transformador da realidade, mas como um Espírito amoroso, um espírito acolhedor, um Espírito cheio de perdão”. Nesse perdão transparece o amor, “o amor perdoa sempre, o amor não agride, o amor constrói, aproxima”, afirmou o Arcebispo, que disse que “quem recebe os sete dons do Espírito Santo será incapaz de não perdoar, porque tomado, tomada pelo amor”. Dom Leonardo lembrou as palavras do Papa Francisco no dia de Pentecostes, onde afirmou que “o Espírito que nós recebemos e os apostoles receberam é o Espírito de amor, o Espírito da liberdade, o Espírito da paz”. Também mostrou o Espírito como consolador, como aquele que não afasta. Nesse sentido, disse que o Espírito que repousa sobre cada um de nós é o Espírito do Consolo, mas nos envia como amor, como consolo, como liberdade e como paz. O Arcebispo de Manaus definiu o Espírito do consolo como “o Espírito da proximidade, o Espírito que sabe acolher, o Espírito que sabe confortar”. Também definiu o Espírito como um bom advogado, aquele que ajuda a argumentar, a nos aconselhar, a nos dizer, a nos iluminar, a nos indicar a palavra, a nos conceder palavras, não para nos defendermos, mas para falar a verdade. Dom Leonardo chamou a pedir a graça de “sempre estarmos abertos à força e à graça do Espírito Santo”, algo que ajuda a falar uma linguagem que todo mundo entende, a linguagem do amor, da paz. Daí denunciou a necessidade “em nossa cidade, em nossas comunidades, do Espírito da paz”. Isso diante de tanta violência, de tanta agressão, o que tem que nos levar a ser presença de paz, de amor, de reconciliação, de liberdade e de consolo, segundo o Arcebispo de Manaus. Por isso, Dom Leonardo pediu “que Deus nos dê a graça de permanecermos sempre com o Espírito do nosso lado, a guiar nossos pensamentos, os nossos desejos, os nossos amores, os nossos passos”. Também insistiu em que “as nossas comunidades se abram cada vez mais à força do Espírito Santo”, chamando a participar da caminhada sinodal, “sob a força, à luz do Espírito Santo, para que a nossa Igreja seja viva, seja uma Igreja que testemunha a verdade, que testemunha a paz, sejamos uma Igreja que mostre quem foi Jesus e que viva a Jesus, mas sob a força, a graça, a suavidade, do Espírito Santo”. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Verónica Rubí: “Renovados pelo Espírito da Verdade saiamos ao encontro dos mais vulneráveis”

“Enviai o vosso Espírito, Senhor, e da terra toda a face renovai”. Com essas palavras iniciou Verónica Rubí seu comentário ao Evangelho deste Domingo, da Solenidade de Pentecostes, a Festa do Divino Espírito Santo. A missionária leiga na Diocese de Alto Solimões, lembrou as palavras da Sequência de Pentecostes: “Espirito de Deus, Espirito da verdade… consolo que acalma, hóspede da alma, doce alívio, vinde!”. Segundo ela, “é precioso reconhecer que o Espirito Santo é o Grande Protagonista neste tempo da história, assim como Deus Pai protagonizou a Criação do mundo e Deus Filho protagonizou a Encarnação e Salvação da humanidade, Deus Espírito Santo é quem nos anima acreditar e dar testemunho da fé, aqui e agora”. “No inicio do segundo capítulo dos Atos dos Apóstolos encontramos o relato do Dia de Pentecostes, os discípulos reunidos num mesmo lugar, acreditamos que estavam com eles Maria e outras mulheres, em comunidade, receberam o Espirito de Deus, a Ruah Divina, com seus dons que os capacitou para sair anunciar a todos os povos, nas suas próprias línguas, as maravilhas de Deus”, relata a missionária leiga.     Verónica também lembra das palavras do Papa Francisco no número 48 da Exortação apostólica “A Alegria do Evangelho”, onde nos diz: “Se a Igreja inteira assume este dinamismo missionário, há de chegar a todos, sem exceção… Hoje e sempre, os pobres são os destinatários privilegiados do Evangelho, e a evangelização dirigida gratuitamente a eles é sinal do Reino que Jesus veio trazer”. Por isso, neste domingo de Pentecostes, ela anima a que “recebamos nós também, a Ruah Divina que vem a nossa comunidade e a nossa vida com seus sete dons de Fortaleza, Sabedoria, Ciência, Conselho, Entendimento, Piedade e Temor de Deus para que renovados pelo Espírito da Verdade saiamos ao encontro das nossas irmãs e irmãos mais vulneráveis, aqueles oprimidos pelo sistema capitalista, os que sem esperança ficaram reféns de sustâncias toxicas, as pessoas que sofrem qualquer classe de violência, e a tantos outros que Deus bem conhece, a eles a Ruah Divina nos envia com gestos de carinho, de escuta e de atenção para estar com eles, e aliviar a dor por meio da presença e do Amor”. Tendo em conta que no Evangelho o envio do Espírito Santo está associado ao perdão dos pecados, afirma Verónica Rubi, ela se pergunta: “como estamos no exercício do perdão? Começando por nós mesmos… Conseguimos nós perdoar? Somos misericordiosos frente as nossas faltas? E em relação aos nossos irmãos, guardo rancor pelo mal recebido? Ou me esforço por entender os motivos que o levaram obrar desse jeito? Dou novas oportunidades aqueles que me tem lastimado? Consigo perdoar a quem me feriu?… Essa também é nossa missão”.  Finalmente convida a que “neste novo Pentecostes, nosso Deus Espírito, protagonista junto conosco neste tempo da história de salvação, nos renove para fazer presente o Reino de Amor que já está no meio de nós”. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Dom Leonardo, a Voz da Amazônia entre “o clero” do Papa

O dia 29 de maio de 2022 será uma data histórica para a Igreja de Manaus e da Amazônia. Foi anunciado que pela primeira vez, o Arcebispo de Manaus vai fazer parte do colégio dos cardeais, considerados tradicionalmente como o clero do Bispo de Roma, “o clero do Papa”. No dia 27 de agosto, no consistório que será celebrado no Vaticano, a Amazônia terá seu primeiro cardeal. Uma notícia que tem provocado reações de alegria na sociedade e na Igreja da Amazônia, que vai ter uma voz profética para fazer ressoar os clamores de uma região cada vez mais ameaçada. Dom Leonardo Steiner começou seu ministério episcopal na Amazônia, sendo o sucessor de alguém que tem sido considerado um dos grandes profetas da Igreja do Brasil nos últimos 50 anos, Dom Pedro Casaldáliga, primeiro bispo da Prelazia de São Félix do Araguaia. Em janeiro de 2020, Dom Leonardo iniciou sua missão na Arquidiocese de Manaus, e ao longo de mais de dois anos tem assumido as causas da Amazônia e dos povos que a habitam como elemento fundamental na sua vida e no seu ministério episcopal. A Amazônia tem se tornado uma causa na vida do novo cardeal, insistindo em que “a nomeação minha não diz apenas ao respeito da minha pessoa”. Ele deixa transparecer nas suas palavras que o fato dele ser cardeal é mais uma prova de que “o Papa Francisco tem um carinho especial pela Amazônia e pelas igrejas que estão na Amazônia”, ressaltando “que a Amazônia não ficou esquecida do Papa”. O Sínodo para a Amazônia mostrou a importância da região amazônica na vida do Papa Francisco, mas também na vida da Igreja, e isso é um motivo a mais para cada um de nós assumir o cuidado da Amazônia como algo próprio. Ser um colaborador direto do Papa ajuda nem só àquele que assume essa missão, mas também à própria missão a ele confiada, ao povo que caminha sob o seu pastoreio. A vida do povo da Arquidiocese de Manaus, a vida dos povos da Amazônia, vai estar ainda mais próxima do coração do Papa, sempre atento àquilo que acontece nas periferias do mundo e da Igreja. Uma Igreja que quer ser presença no meio do povo, através de cada um dos diferentes ministérios exercidos nela, também por meio daqueles que assumem a missão cardinalícia. Uma caminhada em sinodalidade, onde o mais importante é viver a comunhão, caminhar juntos, em ajuda mutua, numa mesma direção. Uma Igreja que constrói o Reino na história, em meio às dificuldades, mas também em meio às alegrias e esperanças que animam a olhar o futuro com o olhar de Deus. Sem dúvida, o cardinalato de Dom Leonardo é um sinal de alegria e esperança para nossa Igreja de Manaus e da Amazônia, que nos impulsiona a continuar com força uma caminhada que não podemos dizer que agora tenha um rumo diferente, mas sim uma força e um compromisso ainda maiores com o Papa, com a Igreja e com os povos da região. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1 – Editorial Rádio Rio Mar

Prelazia de Tefé encerra Projeto Ajuri pela Vida em Fonte Boa e Tamanicuá

O Projeto Ajuri pela Vida realizou dois encontros na Prelazia de Tefé, na Paróquia de Fonte Boa e na Área Missionária de Tamanicuá, onde se fiz presente Dom José Altevir, Bispo da Prelazia. Em Fonte Boa o Projeto Ajuri beneficiou 161 famílias, algo que foi motivo de agradecimento por parte do pároco da Paróquia Nossa Sra. de Guadalupe, Pe. Mário Cabral, e pela Presidenta da Caritas da Prelazia de Tefé, Francisca Andrade. No projeto tem participado voluntários locais, contando também com a ajuda de embarcações, dos presidentes das comunidades, colaboradores da Rádio e muitas outras pessoas que direta ou indiretamente têm se envolvido no projeto. Os beneficiários do Projeto foram gratos por todas as doações, aprendizados, orientações de prevenção a Pandemia do Covid-19. Na Área Missionária de Tamanicuá foi realizada uma missa em ação de graças pela presença do projeto Ajuri na Área Missionária. A celebração foi presidida pelo bispo Dom Altevir que na oportunidade parabenizou o Projeto pela atuação nesta comunidade e diz que “a presença do Espírito Santo se dar através de iniciativas como esta”. Também na Área Missionária de Tamanicuá, os beneficiários destacaram que a presença do Ajuri foi essencial neste período tão desafiador aa pandemia, ressaltando que graças aos materiais recebidos e as ações de prevenção a comunidade não perdeu comunitários para a doença. Uma das beneficiadas foi Dona Ramilda, responsável pela comunidade. Ele afirma que seu coração se alegra por tudo o que foi feito, e também se enche de esperança para que venham novos projetos para beneficiar a comunidade. Para a Caritas da Prelazia de Tefé e coordenação de pastoral da Prelazia foi muito gratificante participar juntamente com os educadores, e a presença e participação de Dom Altevir foi muito importante para animar a caminhada. Foi visível a gratidão das pessoas sobre a importância de tudo o que foi feito pelo Projeto Ajuri, ressaltando que ele foi realizado por muitas mãos. Pessoas que superaram as dificuldades do dia a dia para poder levar a ajuda às pessoas mais carentes e fazer chegar a informação nos locais mais longínquos: sol, chuva, banzeiro, e sem contar o risco com os piratas. Diante do término do projeto, as pessoas solicitaram novos projetos da Caritas, dado que foi a única instituição que chegou para ajudar no momento crítico. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1 – Com informações do Projeto Ajuri pela Vida

Pastoral da Criança Regional Norte1 realiza encontro em Manacapuru

A Pastoral da Criança do Regional Norte 1 realizou nos dias 27 e 28 de maio o 1° Encontrão da Pastoral da Criança na cidade de Manacapuru, Diocese de Coari. O encontro contou com a presença da coordenadora diocesana Francisca Cleide Viana da Silva, da coordenadora estadual Inês Freitas e de 29 líderes representantes das Paróquias Nossa Sra. de Nazaré, Cristo Libertador e a Área Pastoral Santo Afonso. Durante o encontro foram realizadas oficinas de brinquedos e brincadeiras,  acompanhamento Nutricional, saúde mental com Irmã Angela e estudo sobre Voluntariado com Patrícia Cabral. Momento de muita escuta, troca de experiência e fortalecimento da missão. Pastoral da Criança Regional Norte1

Pe. Ronaldo Colavecchio, SJ: Construtor de processos coletivos a partir do chão da Amazônia

Uma vida missionária, uma história construída nas periferias geográficas e existenciais de Manaus (AM), uma vida dedicada aos pobres da Amazônia, ao longo de 28 anos. Só uma parte de uma vida missionária no Brasil, que começou em 1969, em Salvador (BA), 15 dias depois de ser ordenado presbítero. Estamos falando do padre Ronaldo Colavecchio, SJ, nascido nos Estados Unidos e naturalizado brasileiro, missionário na Amazônia desde 1982, em Marabá (PA), Manaus (AM) e Rio Branco (AC). Uma vida onde foi construindo uma amizade com Jesus, algo recolhido no seu último livro, apresentado este 30 de maio, um dia antes dele completar 88 anos, que tem por título: “Na Amizade de Jesus a partir da Amazônia. Uma Espiritualidade Sinótica”. A apresentação da obra, junto com uma homenagem por parte da Arquidiocese de Manaus, evento organizado pelo Instituto de Teologia Pastoral e Ensino Superior da Amazônia (ITEPES) e o Seminário São José, foi momento para reconhecer seu longo e frutífero trabalho na Arquidiocese da capital do Amazonas. A homenagem, segundo Dom Leonardo Steiner, quis ser “um gesto de gratidão pela sua presença e dedicação”, que em palavras do Arcebispo de Manaus são palavras apropriadas para compreender melhor o que significa o seguimento de Jesus, estar na companhia de Jesus. Um agradecimento que também se fez presente nas palavras do padre Ricardo Castro, diretor do ITEPES, onde o padre Colavecchio sempre quis ser sempre um professor amigo, ensinar através dos vínculos de amizade. O padre Ronaldo Colavecchio “nos fez olhar para Jesus, sempre fez processos de construção coletiva”, segundo o padre Zenildo Lima. O reitor do Seminário São José de Manaus, destacou que esse processo de construção coletiva foi realizado pelo missionário jesuíta “a ´partir da Amazônia, do nosso chão”, insistindo em que “somos nós aqui deste chão que estamos nesse processo de amizade com Jesus”. Um aluno do padre Colavecchio foi Dom José Albuquerque de Araújo, que afirmou ter visto sempre no jesuíta uma referência, relatando fatos destacados na vida do homenageado e alguns dos muitos serviços prestados à Arquidiocese. O Bispo Auxiliar de Manaus lembrou a presença do padre Ronaldo na equipe de formadores do Seminário São José, como diretor espiritual, pároco, grande e prolífico pregador de retiros, confessor, visitante dos doentes nos hospitais, diretor do CENESC, dentre outros serviços. O autor do livro, o vê como uma partilha de sua vida na Amazônia, destacando a importância do encontro pessoal com o Senhor, da amizade com Jesus a partir da Amazônia, relatando o que tem significado sua vida como missionário jesuíta em Manaus. Daí a importância de colocar-se no seguimento de Jesus para seguir crescendo no seguimento d´Ele e no amor a Ele. Uma homenagem que contou com a presença de boa representação do clero diocesano de Manaus, dos seus colegas jesuítas, que agradeceram à Arquidiocese pela homenagem, da Vida Religiosa, dos leigos e leigas formados por ele no ensino formal e nas paróquias, áreas missionárias e comunidades por onde o padre Ronaldo passou. Finalmente, Dom Leonardo Steiner agradeceu por um livro que é uma experiência de vida, rememorando uma caminhada do Evangelho onde vamos conhecendo melhor a Jesus. Segundo o Arcebispo de Manaus, “um livro é uma revelação do Mistério”, se referindo ao livro do Padre Ronaldo como “testemunho de uma história e de uma presença na Amazônia”. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Pastoral da AIDS Regional Norte-1 realiza Pré assembleia

A Pastoral da AIDS do Regional Norte1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB Norte1, realizou sua pré assembleia de 27 a 29 de maio. O encontro teve a participação de representantes, Coordenadores Diocesanos do Regional, Diocese de Parintins, Prelazia de Itacoatiara, Prelazia de Tefé, Diocese de São Gabriel da Cachoeira, Diocese de Coari, Diocese de Roraima e Arquidiocese de Manaus, e contou com a participação do Assessor Nacional da Pastoral da AIDS, Pe. Antônio Peroni, da Arquidiocese de Vitória/ES. Durante a pré assembleia, os participantes refletiram e revisaram as ações da Pastoral no Regional no último Triênio e também confirmaram a continuação das Coordenações Diocesanas e do Regional para os próximos três anos. O Assessor Nacional da Pastoral da AIDS convidou todos os participantes a continuarem na caminhada, sempre com alegria, olhando os novos tempos que se vivem na Igreja e no Brasil. No último dia, o trabalho voltou-se para uma análise e colaboração do documento que irá auxiliar as atividades da Pastoral da Aids neste novo triênio 2022-2044. Este documento será apresentado formalmente na Assembleia Eletiva da Pastoral da AIDS, que acontecerá no mês de outubro de 2022, em Vitória (ES). Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1 – Com informações da Pastoral da AIDS

“A Amazônia não ficou esquecida do Papa”, afirma Dom Leonardo após nomeação cardinalícia

No domingo 29 de maio, a Igreja foi surpreendida com a convocação de um novo consistório, onde o Papa Francisco nomeou mais 21 cardeais, 16 deles eleitores, menores de 80 anos. Também foi uma surpresa para os próprios eleitos, dentre eles Dom Leonardo Ulrich Steiner, Arcebispo Metropolitano de Manaus. Em encontro com a imprensa local, o novo purpurado afirmou que na manhã do domingo foi surpreendido, dado que o Papa Francisco não acostuma comunicar nada antes. Dom Leonardo afirmou ter ficado meio incrédulo num primeiro momento, dado a falta de um comunicado oficial. Segundo o Arcebispo de Manaus, “é uma alegria para todos nós da Amazônia”, insistindo em que “a nomeação minha não diz apenas ao respeito da minha pessoa”. Ele ressaltou como “o Papa Francisco tem um carinho especial pela Amazônia e pelas igrejas que estão na Amazônia”, lembrando o fato dele ter tido a delicadeza de ligar no tempo da pandemia. Agora com essa nomeação, “mostra mais uma vez o quanto ele está próximo das nossas igrejas, está próximo da nossa região”, destacou Dom Leonardo Steiner, insistindo em que “é por isso que nós nos alegramos”. O fato de ser cardeal, é visto pelo novo purpurado como “uma responsabilidade que se assume na Igreja”, destacando que “o mais importante que eu vejo na reação dos bispos e de tantas pessoas que entraram em contato, é a alegria de ter um cardeal na Amazônia, que a Amazônia não ficou esquecida do Papa”. Se referindo à nomeação do novo cardeal na Mongólia, uma Igreja onde não chega a dois mil católicos, Dom Leonardo afirmou que “o Papa está olhando para as periferias, o Papa está olhando para onde a Igreja pode ser muito viva, uma Igreja que pode ir construindo a sua história, como a nossa Igreja da Amazônia tem construído a sua história”. O Arcebispo de Manaus diz se alegrar “de poder participar agora mais intensamente da construção dessa Igreja que deseja ser uma Igreja cada vez mais missionária, cada vez mais presente e uma Igreja cada vez mais viva”. Dom Leonardo também agradeceu as manifestações de carinho, de proximidade, de alegria, pedindo que rezem por ele, “para que eu possa exercer esse verdadeiro ministério junto do Papa com boa disposição e ajudando assim a Igreja a se tornar cada vez mais presente e tornar visível o Reino de Deus, Jesus Ressuscitado”. Diante das perguntas dos jornalistas, o novo cardeal foi explicando o que representa a missão dos cardeais na Igreja, também os detalhes do consistório que acontecerá em Roma no dia 27 de agosto. Dom Leonardo afirmou que no seu trabalho cotidiano, “o título não muda nada, só um pouquinho mais de trabalho”, lembrando também da visita ad limina dos bispos do Regional Norte1, junto com o Regional Noroeste, que acontecerá no mês de junho. Dom Leonardo Steiner afirmou que duas pessoas tinham lhe falado que sua nomeação é um fruto do Sínodo, lembrando o processo do Sínodo para a Amazônia e do atual Sínodo da Sinodalidade. Diante disso, ele disse que “talvez o Papa esteja pedindo das nossas Igrejas que realmente assumam o Sínodo, especialmente Querida Amazônia e o Documento Final”. Nesse sentido insistiu em que “os bispos da Amazônia estão muito dispostos a isso”, destacando mais uma vez que “as manifestações de afeto colegial e de alegria foram muitas da parte dos bispos. Eu penso que nós todos estamos muito dispostos a ajudar o Santo Padre a sermos uma Igreja muito missionária, especialmente uma Igreja Sinodal”. Em relação com seu papel e nova responsabilidade dentro da Igreja da Amazônia, Dom Leonardo afirmou que “talvez a responsabilidade seja de animação”, ressaltando que “as igrejas nossas, católicas, na Amazônia são muito ativas”. Em referência ao Documento de Santarém, que está completando 50 anos, um fato que será comemorado de 6 a 9 de junho com um encontro dos Bispos, no mesmo local do acontecido 50 anos atrás, Dom Leonardo disse ver esse Documento como algo decisivo, vendo o Sínodo para a Amazônia como um dos frutos do Documento de Santarém. Em relação com esse Documento, “que parte de duas premissas, que é a encarnação e a libertação, são duas premissas fundamentais para que a Igreja seja realmente a Igreja que é na Amazônia”. Segundo o Arcebispo de Manaus, “é claro que com o Sínodo teremos que dar muitos outros passos, levar ainda uma participação maior dos leigos, que já é muito expressiva, mas também uma Igreja que sabe escutar mais e fazer os leigos participarem dos momentos de decisão”. Celebrar 50 anos de Santarém representa um compromisso dos bispos com Santarém, com o Vaticano II e com o Sínodo, esperando dar sua contribuição para que “se torne uma Igreja muito viva, uma Igreja das pequenas comunidades, uma Igreja das comunidades eclesiais de base, uma Igreja profundamente encarnada, uma Igreja profundamente inculturada, uma Igreja que possa realmente ouvir os povos indígenas e achar as suas expressões também celebrativas, as suas expressões teológicas, de reflexão e de oração”, algo que exige um esforço, um cuidado, um bom ânimo de continuarmos a nossa caminhada. Luis Miguel Modino, assessore de comunicação CNBB Norte1

Alegria do Regional Norte1 pela nomeação de Dom Leonardo, “o nosso cardeal da Amazônia”

Com “imensa alegria por ter sido escolhido para integrar o Colégio dos Cardeais” tem recebido o Regional Norte1 da CNBB a notícia conhecida na conclusão do Regina Coeli da Festa da Solenidade da Ascensão do Senhor, onde o Papa Francisco revelou os nomes de 21 novos cardeais, 16 deles eleitores. Um dos novos purpurados é Dom Leonardo Ulrich Steiner, Arcebispo Metropolitano de Manaus. Dom Edson Tasquetto Damian, Presidente do Regional Norte1 diz agradecer “de coração ao querido Papa Francisco que, através desse gesto, reconhece seus relevantes serviços prestados a nossa Igreja”, citando os diferentes serviços prestados por Dom Leonardo em seu ministério episcopal. A felicidade e gratidão do Regional é porque “é também o nosso cardeal da Amazônia, nosso porta voz e colaborador direto junto ao Papa Francisco”. Diante da nova missão de Dom Leonardo, o Presidente do Regional Norte1 suplica “ao Espírito Santo que derrame sobre você a abundância dos seus dons para que prossiga sua missão com generosidade e alegria, sempre fiel ao Evangelho e a serviço dos pobres. E nos ajude a concretizar os sonhos do Papa Francisco em nossa Querida Amazônia”. Dom Edson também vê na confiança do Papa Francisco com a nomeação, “o apoio para prosseguir com coragem e generosidade os compromissos que assumimos através da mensagem ao Povo Brasileiro na recente celebração da 59ª Assembleia Geral da CNBB”, citando um parágrafo da mensagem, onde relata o gravíssimo quadro atual que o Brasil está vivenciando, denunciando o sofrimento do povo e da casa comum. Finalmente, o Presidente do Regional Norte1, lhe faz ver a Dom Leonardo, que pode contar “sempre com nosso apoio solidário, nossa estima fraterna e nossas orações”, pedindo a intercessão de Nossa Senhora da Amazônia para que “o guarde sempre firme, fiel e feliz na sua missão”. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1