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18 de maio: Pastorais e organismos do Regional participam da luta por direitos para crianças e adolescentes

O Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, o 18 de maio, é um marco de luta contra um crime presente na sociedade brasileira. O grande desafio é a sociedade tomar consciência dessa realidade que atinge a muitas crianças e adolescentes. Junto com organismos da sociedade civil e do poder público, diferentes pastorais, movimentos e organismos eclesiais tem participado das mobilizações neste 18 de maio. Tabatinga, Anori, Santa Isabel do Rio Negro, Manaus, foram algumas das cidades onde a Caritas, Pastoral da Criança, Pastoral do Menor, Pastoral da Criança, Pastoral do Migrante, Rede de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas na Tríplice Fronteira, Rede um Grito pela Vida, tem realizando diversos atos de conscientização. Diante do abuso e a exploração sexual de crianças e adolescentes, a campanha Faça Bonito, proteja as crianças e adolescentes, quer, segundo a Ir. Roselei Bertoldo, “chamar atenção da sociedade para um crime que tira os sonhos, viola a vida de tantas crianças e adolescentes”. A secretária executiva do Regional Norte1 afirma que “mobilizar a Igreja para que abrace essa causa é de fundamental importância, pois quando a vida é ferida em sua dignidade, somos convocadas a cuidar, proteger, falar em nossos espaços sobre esse crime e sobretudo fazer um trabalho de prevenção, bem como de denúncia e incidência junto aos órgãos competentes”. Segundo a religiosa, que faz parte da Rede um Grito pela Vida, “precisamos nos sentirmos responsáveis, prevenir e enfrentar esse crime que é um monstro na vida de tantas meninas e meninos”. Ela insiste em que “toda criança tem direito a uma vida digna, sem violência, crescer brincando, estudando, sendo bem cuidada, protegidas”. Uma das lutas daqueles e aquelas que se emprenham no combate ao abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes no Estado da Amazonas é a criação do Centro Integrado de Atendimento à criança e ao adolescente vítimas ou testemunhas de violências no Estado. Segundo Sandra Loyo, que também faz parte da Rede um Grito pela Vida e integra o Comitê Estadual de Enfrentamento à Violência Sexual contra crianças e adolescentes, esse centro “tem o objetivo de reunir em um mesmo espaço de funcionamento, diversos serviços públicos das áreas da Segurança Pública, Instituto Médico Legal, Saúde, Assistência Social e ofertar um atendimento integrado as vítimas”. Ela lembra que “a implantação do Centro Integrado atende ao disposto na Lei nº 13.431/2017, ‘Lei da escuta’, garantindo atendimento integral, evitando a revitimização de crianças e adolescentes, que além de trazer muito sofrimento à vítima, retarda a ajuda que precisa ser imediata e adequadas para crianças e adolescentes”. “O princípio da prioridade absoluta determina que crianças e adolescentes sejam tratados pela sociedade e em especial, pelo Poder Público, com total prioridade pelas políticas públicas e ações do governo”, insiste Sandra Loyo, recolhendo o colocado no artigo 227 da Constituição Federal. Por isso, ela afirma que “será um grande marco na história do Amazonas a criação e implantação do Centro Integrado, um grande legado para nossas crianças e adolescentes”. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Padre Vanthuy Neto: O presbítero de Santarém, assumir uma “vida pobre, frágil e pequena”

O Documento de Santarém, que poderia ser considerado o Vaticano II da Amazônia brasileira, está completando 50 anos, e ao elo desse acontecimento, o Padre Vanthuy Neto, reflete sobre a figura do presbítero na Amazônia com um artigo que leva por título: “Presbíteros: Ministério e Vida.Heranças e Proximidades na Igreja da Amazônia gestada em Santarém 1972”. Um primeiro elemento presenta na vida dos presbíteros da Amazônia é a coragem missionária, segundo o presbítero da Diocese de Roraima. Chegados de fora, citando nomes concretos que marcaram a vida da Igreja na região, diz que “muitos missionários se ‘embrenharam mata adentro’ no desejo do anunciar e do espalhar a fé cristã”, até o ponto de serem vistos pelo povo como “nosso irmão”. São continuadores “da audaciosa profecia do Pe. Vieira no brado quase solitário”, diante de políticos que querem acabar com a terra e os direitos dos povos indígenas. Uma defesa desses povos que acompanha a vida da Igreja da Amazônia nas últimas décadas e que fez com que “dezenas de povos saíram do silêncio em que foram forçados a se ocultar para sobreviver”, mesmo tendo que continuar lutando para isso contra o dragão do garimpo “que avança sobre a terra dos Yanomami, dos Mundurucus”. Presbíteros que carregaram as duas diretrizes do documento de Santarém: Encarnação e Evangelização, as duas de Santarém.  E junto com isso a ousadia da missão. São presbíteros que com Santarém assumiram “a encarnação na realidade, o acreditar na formação dos agentes de pastoral e das pequenas comunidades, a pastoral indígena e a companhia aos que migraram para cá”, segundo o padre Vanthuy. Um Documento que marcou a “construção dos planos de pastoral, quase na contramão da desencarnada religiosidade atual, mas emergidos da escuta comunitária, das pastorais, dos serviços, das bases, no ensaio de serem minorias eclesiais e assumidos na ousadia das assembleias pastorais diocesanas e prelatícias”. Algo que confronta com o “grande vendaval ‘tradicionalista, neopentecostal, midiático…’ que avança e se impõe de forma normativa sobre nossas comunidades, pastorais, serviços, presbitérios, bispos…”, segundo o presbítero da Diocese de Roraima. Presbíteros que carregam as dores da Casa Comum e das culturas na Amazônia, um grito que levaram até o Sínodo para a Amazônia, onde o Padre Vanthuy participou da Assembleia Sinodal. Padres que assumem a luta pela Vida para todos e a Esperança como caminho para inaugurar um outro mundo. Presbíteros que “experimentam na Amazônia, como Nicodemos, nascer de novo na água do ventre cuidadoso das comunidades e no Espírito que habita o coração amoroso dos preferidos de Deus, os pobres”, querendo assim “seguir Jesus mais de perto”, atitudes que reconhece presentes em nomes do passado e do presente. Presbíteros que aprenderam línguas e assumiram culturas, em um dinamismo kenótico, que os levou a uma “vida pobre, frágil e pequena”, determinada pelo ritmo dos rios. Assumir isso numa Amazônia cada vez mais neopentecostal e não religiosa, apostando na formação das lideranças, mesmo se deparando com “a fadiga de sempre começar de novo”, lutando assim “contra uma pastoral de manutenção e num enfrentamento desigual com a mídia massiva católica, geradora de católicos muitas vezes clericais e amantes da doutrina apologética”, denuncia o padre Vanthuy. Uma Amazônia onde a Eucaristia é privilegio das cidades, mas que muitas vezes se faz “mística da partilha, do cuidado e da comunhão com a vida”. O cuidado com a Casa Comum, assumido pelos presbíteros da Amazônia, leva o padre Vanthuy a afirmar que “ser padre na Amazônia é assumir seu grito, pois o equilíbrio da terra depende também da saúde da Amazônia”. Junto com isso destaca a importância da companhia das mulheres na vida do presbítero na Amazônia, dado que são elas as que sustentam a caminhada das comunidades na região. Daí o pedido realizado no Sínodo para a Amazônia do diaconato feminino, um “reconhecimento sacramental, pois, na vida, as mesmas já o são de fato”. Finalmente chama os presbíteros a se configurar com a pessoa de Cristo, assumir “o caminho da encarnação, da proximidade aos pobres, aos outros”, a aprender com o Jesus histórico a ser “pastor e mestre, sensível e cheio de compaixão para com os sofredores, pequenos e pecadores”, a “se configurar muito ao Cristo servo, que fugia da visibilidade e poder atrativo, que amava na gratuidade e partilhava com os seus a intimidade com o Pai e confiava-os à missão e ao trabalho do Espírito Santo”. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Pastoral da AIDS celebra Vigília pelos Mortos e realiza encontro de formação

A Pastoral da Aids celebrou no último final de semana, 14 e 15 de maio de 2022 a Vigília Pelos Mortos de Aids, trazendo a lembrança dos mortos por causa desta doença e sensibilizando as comunidades para a realidade da Aids, que ainda continua a provocar novas mortes. Estamos diante de uma realidade que conclama a todos a promover a vida através da corresponsabilidade humana para diminuir as fragilidades e vulnerabilidades, promovendo um espírito fraterno e solidário no cuidado com o próximo, segundo afirma a Pastoral da Aids. Na Arquidiocese de Manaus a vigília aconteceu em Presidente Figueredo. Outras vigílias aconteceram em outras Igrejas particulares do Regional Norte 1: São Gabriel da Cachoeira, Parintins, Tefé, Itacoatiara, Coari, e Roraima, onde além da celebrada em Boa Vista, também aconteceu na Área Indígena Canauanim – Serra da Lua. A Vigília pelos mortos de Aids é um movimento internacional que iniciou em maio 1983. Um grupo formado por mães, parentes e amigos de pessoas que haviam morrido por causa do HIV, organizou, em Nova Iorque, a Primeira Vigília Pelos Mortos da Aids. Este ano a vigília retoma o tema “Tantas vidas não podem se perder”, expressão que nos coloca em comunhão com as pessoas que faleceram e estão na presença de Deus, e nos alerta a sermos vigilantes no cuidado com a vida. Desde a Pastoral da Aids querem reforçar seu chamado, enquanto Igreja em saída, que convida à oração e recordação dos que partiram, mas ao mesmo tempo promove uma ação coletiva da cultura do encontro com os mais fragilizados, sendo testemunhas proféticas, em vista de uma sociedade mais humana, fraterna e solidária. Também lembram, ao mesmo tempo, que a morte não é a última palavra sobre o humano. Cristo ressuscitou para que transformemos os sinais de morte em sinais de vida. Junto com a Vigília, aconteceu em Presidente Figueiredo a formação para novos agentes da Pastoral da Aids. Segundo a Pastoral, foi um momento de partilha, comunhão e aprendizado com participação dos irmãos que atuam nas diversas pastorais da cidade. Desde a Pastoral da Aids destacam a acolhida do pároco local, o padre Marco Antônio, que fez tudo o possível para que acontecesse o encontro no município. Também destacam a presença do Serviço de Saúde do município, que mostrou a importância de se conhecer e levar em frente a prevenção das ISTs como também o acompanhamento psicológico. Com informações da Pastoral da Aids

Dom Ionilton participa da canonização do padre Justino Russolillo

Em entrevista concedida à Rádio Vaticano – Vatican News, o bispo da Prelazia de Itacoatiara, dom José Ionilton de Oliveira, sdv, nos fala da alegria de poder participar da solene Missa de canonizações, este domingo, 15 de maio, presidida pelo Papa Francisco. Como bispo pertencente à família Vocacionista, dom Ionilton nos fala da espiritualidade vocacionista em seu ministério episcopal à frente da Igreja particular de Itacoatiara – terra de missão -, no coração da Amazônia brasileira O bispo da prelazia de Itacoatiara – AM, dom José Ionilton Lisboa de Oliveira, sdv, encontra-se em Roma estes dias para participar no domingo, 15 de maio, da Missa presidida pelo Papa Francisco na qual o Santo Padre canonizará, entre outros, o bem-aventurado Justino Maria Russolillo, fundador da Sociedade das Divinas Vocações, mais conhecidos como Vocacionistas, família religiosa da qual dom Ionilton faz parte. Em entrevista concedida à Rádio Vaticano – Vatican News, o bispo da Prelazia de Itacoatiara nos fala inicialmente desta sua vinda a Roma e da alegria de poder participar desta solene celebração de canonizações. Como bispo pertencente a esta família religiosa, dom Ionilton nos fala da espiritualidade vocacionista em seu ministério episcopal à frente da Igreja particular de Itacoatiara – terra de missão -, no coração da Amazônia brasileira. Na oportunidade desta entrevista, pedimos a dom Ionilton que nos explicitasse o decreto feito por ele em sua Prelazia em defesa do Meio Ambiente e dos Povos Amazônicos da região de Itacoatiara (ouça na íntegra clicando aqui).  Canonização Como filho espiritual de São Justino Russolillo, dom José Ionilton partilha a sua alegria pela canonização do fundador da família vocacionista, com a seguinte mensagem publicada pouco antes da Missa de canonizações deste domingo, 15 de maio, presidida na Praça São Pedro pelo Papa Francisco: Bom dia! Este é um dia para mim de muita alegria porque o Padre Justino Russolillo, Fundador das Congregações Vocacionista (Religiosos e Religiosas) e do Instituto Secular, Apóstolos da Santificação Universal,  será canonizado, declarado Santo pela Igreja.  Será chamado de “Apóstolo das Vocações“. Vocação à Vida, Vocação à fé, Vocação a uma missão específica.  Partilho esta minha alegria com vocês irmãos e irmãs da Prelazia de Itacoatiara, onde este filho de São Justino, foi chamado a servir como bispo. Partilho esta minha alegria com minha família de sangue Lisboa/Oliveira que de algum modo é, também, parte desta história. Partilho esta minha alegria com os irmãos leigos e as irmãs leigas das Paróquias confiadas ou que já foram confiadas aos Vocacionistas no Brasil, especialmente aquelas por onde, como filho de São Justino, busquei servir por mais de 25 anos.  Partilho esta minha alegria com os irmãos e as irmãs da Vida Consagrada, especialmente da Vida Religiosa, com quem partilhei muitas vezes a vivência do carisma Vocacionista.  Partilho esta minha alegria com os irmãos diáconos, padres e bispos que pelas estradas, rios e mares da vida convivemos em missão.  Partilho, ainda, com homens e mulheres da sociedade civil com quem trabalhei e trabalho na luta pela Vida das pessoas e  da Casa Comum.  Jesus, Maria, José! São Justino Russolillo, rogai a Deus por nós.  Dom José Ionilton, SDV Fonte: Vatican News

Dom Edson Damian, Charles de Foucauld: ser o irmão de todos, o irmão universal

Dom Edson Damian, bispo de São Gabriel da Cachoeira é filho espiritual de Charles de Foucauld, originário da Fraternidade Sacerdotal que justamente se inspira nesta espiritualidade de Foucauld. A canonização é um momento muito importante para a Igreja, já que a mesma significa a apresentação ao mundo inteiro daquele novo Santo como modelo a ser seguido. A partir deste domingo Charles de Foucauld e a sua devoção ganha dimensão Universal. Dom Edson falando à Rádio Vaticano – Vatican News sobre o significado desta canonização para os membros da Fraternidade Sacerdotal evidenciou que a mesma já era esperada há muito tempo, porque não há dúvida que alguém que viveu com tanta radicalidade o Evangelho, o amor apaixonado por Jesus, uma doação sem medida aos pobres, merecia essa canonização. Dom Edson destaca que “ela chega em boa hora porque a nossa Igreja precisa cada vez mais voltar ao Evangelho aquilo que dizia Charles de Foucauld, precisamos ler, reler continuamente o Evangelho. Porque se nós não lermos o Evangelho, Jesus não vive em nós.  E daí botou também esse princípio que é um dos lemas dos seguidores da Fraternidade Charles de Foucauld, gritar o Evangelho com a vida. Hoje as pessoas escutam mais as testemunhas dos que os mestres; escutar os mestres que são eles os primeiros a testemunhar e a viver, que acreditam. Então Charles de Foucauld é muito atual porque hoje em dia muitas pessoas também se afastam da Igreja ou das suas comunidades cristãs, porque não encontram mais um entusiasmo por Jesus e também a vivência radical do Evangelho. É por isso que a canonização de Charles de Foucauld é muito atual e é um grande presente para a Igreja de todo mundo”. Charles de Foucauld é uma figura extraordinária, uma história belíssima e a sua espiritualidade suscita tanto interesse como o senhor acaba de descrever. Como que a Igreja No Brasil – onde existem os movimentos dos seguidores desta espiritualidade – está acompanhando e participando desta canonização? “Nós somos em seis bispos que pertencemos à Conferência Episcopal, há também mais de cem padres que pertencem à Fraternidade Sacerdotal “Jesus Cáritas” inspirada em Charles de Foucauld. E cresce a cada dia no Brasil também o interesse por esta forma de espiritualidade que no fundo é muito simples, mas muito exigente também. Quando eu fui nomeado para ser bispo de São Gabriel da Cachoeira, eu tive muita dificuldade para aceitar porque ser bispo é muito difícil, mas o que me fez aceitar foi, primeiro é ir à diocese mais pobre mais indígenas do Brasil. Charles de Foucauld viveu a mística do último lugar. Ouvindo o diretor espiritual dele uma afirmação que o marcou profundamente: que Jesus vindo à Terra escolheu de tal modo o último lugar que ninguém lhe poderá tirar. Então ser bispo de São Gabriel da Cachoeira é de certo modo está no último lugar: Mas mais do que isso Charles de Foucauld no seu tempo, ele foi revolucionário na forma de viver o Evangelho no meio do povo tuaregue: todos eram muçulmanos. Ele desde o início percebeu que seria muito difícil converter um muçulmano ao cristianismo. Então ele viveu uma forma de inculturação extraordinária. Disse: no meio desse povo o meu testemunho deve ser o da bondade. Vendo como eu sou bom, que eu me esforço para ser fraterno, acolhedor, as pessoas vão intuir: o Deus em quem ele acredita deve ser muito bom… e se eu pudesse conhecer a bondade e a misericórdia do Senhor Jesus. E houve toda uma reação de amizade e de aproximação. Ele aprendeu a língua tuaregue e prestou um grande serviço à humanidade fazendo um dicionário tuaregue-francês, francês-tuaregue que exigiu dele muito trabalho e muitos esforços”. “Ele prestou esse serviço à humanidade….escrevendo um dicionário em uma língua diferente. Depois disse: no meio desse povo o meu testemunho deve ser, ser irmão de todos. E ele conta que o dia mais feliz dele foi quando aos poucos aqueles pobres nômades tuaregues chamaram a casinha dele de fraternidade, e a ele de irmão todos, irmão universal. Ele tinha no coração esse desejo, mas não explicitava. O testemunho dele é que levou as pessoas a descobrir que ali estava aquele que queria ser o irmão de todos o irmão Universal”. Ouça a entrevista completa aqui. Fonte: Vatican News

Ir. Michele Silva: “Compromisso de um amor que se torna prática concreta de transformação”

Vivenciar o Mandamento do Amor em comunidade, é o convite que a liturgia do 5º domingo do Tempo Pascal, segundo a Ir. Michele Silva. Ao comentar a primeira leitura, a religiosa destaca como “Paulo e Barnabé encorajam as Comunidades a permanecerem unidas e firmes na fé apesar de todos os sofrimentos que enfrenta!” “O salmista nos apresenta a ternura de Deus, que abraça toda a criatura! Um amor de Deus que Pai e Mãe”, afirma a referencial da Rede um Grito pela Vida no Regional Norte1. Um Deus amoroso que também se faz presente na segunda leitura, “que vai morar no meio do seu povo! Vai enxugar toda a lagrima e que também promete construir um novo céu e uma nova terra!” O Mandamento do Amor é o núcleo da passagem do Evangelho de João deste domingo: “amai-vos uns aos outros, assim como eu vos amei, e por esse amor seremos reconhecidas como discípulas amorosas! E construiremos um novo céu e uma nova terra”, destaca a religiosa do Imaculado Coração de Maria. Analisando a passagem, ela afirma que “esse Evangelho, ele nos desafia, nos desacomoda, nos faz construir um novo pensamento, uma nova forma de ser Igreja, em comunidades amorosas, essa é a proposta de Jesus. Mas ao mesmo tempo é um desafio muito grande, como construir esse caminho de amor nas comunidades que são feridas, machucadas, as pessoas que perderam a esperança, que não conseguem tecer relações amorosas”. A religiosa também vê isso como “um grande desafio colocado para nós, como Mulheres, como lideranças, de fomentar esse caminho, de construir a civilização do amor através do nosso próprio testemunho, das pequenas iniciativas de transformação da realidade”. Diante dessa realidade, a Ir. Michele afirma que “nós sabemos que é possível construir um caminho de circularidade, um caminho de relações amorosas onde todas as pessoas tenham lugar, tenham voz, onde todos e todas sejam respeitadas nos seus direitos. Mas cabe a cada um e cada uma de nós também fazer a sua parte para transformar essa realidade”. Segundo ela, “Jesus não teve uma relação intimista com o pai, era uma relação amorosa que se transformava em ação concreta no meio do povo, esse é o caminho que nós temos para trilhar como Igreja e sociedade, construir o discipulado de iguais na transformação da realidade, que todas e todos possamos assumir esse compromisso de um amor que se torna prática concreta de transformação”. Para isso pede a inspiração da Divina Ruah nesse caminho transformador. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Núncio Apostólico aos presbíteros: “Nosso ministério, nossa vida, será eficaz se for realizado com humildade”

Os presbíteros brasileiros encerravam neste 14 de maio seu 18º Encontro Nacional, que contou com a representação de 7 presbíteros do Regional Norte1, em uma celebração eucarística no Santuário Nacional de Aparecida. O Núncio Apostólico, que presidiu a celebração, começou sua homilia dizendo aos sacerdotes que “nós somos ministros da graça que vem do amor de nosso Senhor Jesus Cristo por nós”. Segundo Dom Giambattista Diquattro, “esta é a fonte do cuidado pastoral, os cuidados pastorais provem da fé, que é moldada pelo amor”. Falando aos presbíteros, ele insistiu em que “nossa paternidade procede da primeira paternidade, nosso amor de seu amor”, algo que levou o Núncio no Brasil a afirmar que “a intensidade do amor sacerdotal vem da medida do amor recebido, sem cálculo. O caminho de Jesus é o caminho para nossa própria santidade e do povo a nós confiado”. “O amor do Pai derramado sobre o único filho, é derramado através de Jesus nos sacramentos para nós na Igreja”, segundo Dom Giambattista. Daí, ele afirmou que “Jesus nos exorta a perseverar em seu amor. O Redentor explica como perseverar, mantendo nossa vida na Lei de Deus, mantendo nosso amor no Espírito Santo do nosso Senhor Jesus Cristo”. O Núncio fez ver que “no amor reside a observância dos mandamentos, e a observância dos mandamentos testemunha o amor”. Por isso, ele convidou a que “amemos o Senhor colocando nosso coração N´Ele, só em sua vontade, como sacerdotes, como batizados, existindo, habitando em Cristo, em seu Corpo que é a Igreja”. O fundamento é que “Jesus nos ama, o amor de Jesus é a única e verdadeira fonte de nosso verdadeiro e único amor por Ele, e através de seu amor e em seu amor, guardamos seus mandamentos”, segundo o representante pontifício no Brasil. Daí, ele disse que “esta é a graça e a caridade que Jesus manifesta aos humildes, e que somente se perseguimos sua Cruz poderemos agarrar”. O Núncio vê a humilde do Filho como algo “de natureza divina e absoluta”, o que o leva a afirmar que “por tanto de natureza divina e absoluta é a capacidade de receber o amor do Pai”. Segundo o prelado, “é nos oferecida a capacidade de receber a graça do amor de Deus, não pela providência, mas pela graça, em correspondência pela graça de nossa pobreza e a súplica diária a Deus de sua caridade. Jesus Cristo, em sua natureza divina e em sua natureza humana é o mediador perfeito deste dom”. Os presbíteros foram chamados por Dom Giambattista Diquattro a descobrir que “como padres, como batizados, em nossa fragilidade, somos chamados a ser mediadores de salvação na Igreja”. Lembrando a festa do dia ele fez ver aos sacerdotes que “fomos escolhidos como Matias, nosso ministério, nossa vida, será eficaz se for realizado com humildade para levantar da poeira o indigente e do lixo retirar o pobrezinho. Por Cristo, com Cristo e em Cristo, por amor mutuo a imagem daquele amor que entra em nossas vidas, para que nossas vidas sejam fieis à vocação que recebemos e conforme ao sacrifício agradável a Deus, o sacrifício de Cristo, que celebramos in persona Christi”. Finalmente convidou a pedir “a Maria, nossa Mãe, sob o título de Nossa Senhora Aparecida, que nos guarde no coração de Cristo, que eduque nossos corações no caminho da santidade, que inspire o discernimento que oferecemos a nossos irmãos e irmãs pelo exemplo de nossa vida, segundo o Espírito Santo e de seu Divino Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo”. O 18º ENP foi momento para eleger a nova coordenação da Comissão Nacional dos Presbíteros do Brasil, que tomará posse no próximo mês depois de ser confirmada pela Comissão Permanente da CNBB. O atual presidente, padre José Adelson da Silva Rodrigues, depois dos agradecimentos, apresentou a nova coordenação, que será presidida pelo padre André Luiz do Vale, da Diocese de Uruaçu. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Aparecida: o início de um novo jeito de ser Igreja

Nesta sexta-feira, 13 de maio de 2022, é comemorado o 15º aniversário do início da V Conferência Geral do Episcopado da América Latina e do Caribe, que aconteceu no entorno do Santuário Nacional de Aparecida de 13 a 31 de maio de 2007. Poderíamos dizer que as Conferências Gerais do Episcopado Latino-americano, especialmente depois de Medellín, realizada em 1968, têm marcado a vida da Igreja católica no continente, mas elas têm sido também uma referência para a Igreja universal. Isso é algo evidente em Aparecida, onde estavam presentes dois Papas, o Papa Bento XVI, e o então cardeal Jorge Mário Bergoglio, Arcebispo de Buenos Aires, e hoje Papa Francisco. Ele levou as reflexões de Aparecida para o centro do cristianismo, para o Vaticano. Conversão pastoral, Igreja em saída, discípulos missionários, elementos que hoje fazem parte do dia a dia da Igreja, cobraram força após a V Conferência Geral do Episcopado da América Latina e do Caribe. O Cardeal Bergoglio foi o relator geral do Documento de Aparecida, uma conferência que marcou sua vida em grande medida. O vivido em Aparecida está presente no Magistério do Papa Francisco, especialmente em Evangelii Gaudium, considerado o texto programático de seu pontificado, onde coloca as linhas fundamentais que ele queria para seu ministério como Papa e para o caminhar da Igreja no século XXI, uma Igreja sinodal. A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), junto com o Conselho Episcopal Latino-americano e Caribenho (Celam), quis ressaltar esta data com uma série de celebrações no Santuário Nacional de Aparecida, que ajudem a fazer memória desse tempo de graça na vida da Igreja do continente, que estão acontecendo nos dias 12 e 13 de maio. Podemos dizer que Aparecida representa o início de um novo jeito de ser Igreja, que deu seus primeiros passos na América Latina e o Caribe, mas que com o decorrer do tempo, foi superando as fronteiras do continente e se espalhando até os confins da Terra. Aparecida anima a Igreja a sair de se próprio, a ir ao encontro do povo, a se comprometer com a vida das pessoas, a pensar além do que acontece dentro do templo, a ser uma Igreja missionária, em saída, que escuta e se interessa por aquilo que acontece na vida cotidiana do povo, especialmente do povo que sofre as consequências de uma sociedade injusta, das vítimas, dos descartados. Inclusive para aqueles que dizem não professar a fé cristã católica, inclusive para quem diz não ter fé, Aparecida nos ensina a construir o mundo partindo de atitudes diferentes, que nos levam a pensar no outro, a pensar naqueles em quem nunca ninguém pensou. No final das contas, Aparecida aposta em um mundo melhor para todos e todas, e essa deveria ser uma aspiração presente na vida de todo ser humano. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1 – Editorial Rádio Rio Mar

15 anos de Aparecida: um Documento que conserva toda sua validade

Aparecida, um documento que permanece vivo nas ações do Papa Francisco, um documento atual, surgido de uma Conferência celebrada aos pés da Padroeira do Brasil de 13 a 31 de maio de 2007, com 266 participantes. Disso está sendo feito memória nos dias 12 e 13 de maio de 2022 no mesmo local, algo que tem começado coma inauguração de um Espaço Memorial e a reza do terço, lembrando o presidido pelo Papa Bento XVI 15 anos atrás. O Espaço Memorial é uma iniciativa da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e do Santuário Nacional, que lembra as conferências realizadas pelo Conselho Episcopal Latino-americano (Celam), com livros, fotos, paramentos e outros objetos. A inauguração esteve presidida por Dom Walmor Oliveira de Azevedo, arcebispo de Belo Horizonte (MG) e presidente da CNBB, que após a acolhida do reitor do Santuário Nacional, que insistiu em ver Aparecida como a Casa da Mãe, mostrou sua alegria diante deste importantíssimo evento. Dom Walmor insistiu em que esse espaço memória não faz referência unicamente ao passado, e sim algo que mostra “a força espiritual e missionária da Conferência de Aparecida e o Documento de Aparecida”, destacando que mesmo sem aparecer o termo, no Documento de Aparecida “nós encontramos um programa de sinodalidade da mais alta qualidade, da mais alta pertinência”. O rezo do Terço foi presidido pelo cardeal Odilo Scherer, contando com a presença de bispos, os mais de 500 presbíteros que estão participando do seu 18º Encontro Nacional, a Vida Religiosa e leigos e leigas. Juntos meditaram os mistérios do Santo Rosário, sendo rezados por diferentes pessoas, tudo intercalado com cantos, textos bíblicos e do Documento de Aparecida, e reflexões do Arcebispo de São Paulo que foi atualizando esta devoção secular à luz daquilo que hoje o mundo vive. O cardeal Scherer afirmou que “a nós é pedido que nos renovemos no fervor missionário”, o que se concretiza no anuncio com alegria de uma Palavra que precisa ser testemunhada. O purpurado também fez um chamado à paz frente a uma violência que “acaba sendo uma grande injustiça para as pessoas”, que na guerra gera fome e sofrimento. Isso o fez mostrar a necessidade de “nós cuidar para que este mundo seja cada vez mais sadio, com menos sofrimentos”, chamado a ser testemunhas da caridade, da compaixão, da misericórdia de Deus. No final da oração do terço, Dom Miguel Cabrejos fez uma leitura de uma mensagem onde ele descreveu os 15 anos desde Aparecida como um tempo de impulso missionário. O presidente do Celam disse ver o Documento de Aparecida, citando as palavras do Papa Francisco, como algo que “nasceu precisamente desta tecelagem entre o trabalho dos Pastores e a simples fé dos peregrinos, sob a proteção materna de Maria“. Aparecida foi “um autêntico Kairos que gerou um profundo impulso missionário”, segundo o presidente do episcopado peruano, que destacou a dimensão missionária como um dos eixos norteadores de Aparecida, a partir do método de ver-julgar-atuar, e a opção preferencial pelos pobres e pelo cuidado da Criação. A partir daí ele afirmou que “a Igreja precisa de um choque forte que a impeça de se acomodar no conforto, estagnação e tibieza, às margens do sofrimento dos pobres do continente“. Em suas palavras, ele se referiu à conversão pastoral e outros aspectos da V Conferência Geral do Celam, tais como ser discípulos missionários e assumir a Missão Permanente como uma tarefa impagável. Juntamente com isto, ele o relacionou com o atual processo sinodal e a Assembleia Eclesial da América Latina e do Caribe, chamando a “reafirmar nossa identidade de discípulos missionários, a ser uma Igreja em saída, sinodal e misericordiosa”, algo que leva a “fortalecer a missão, a comunhão eclesial, a colegialidade e a sinodalidade”. Hoje, Aparecida produz “uma grande esperança, um espírito de profecia, de grande compromisso, porque ainda há desafios a serem enfrentados e outros que se abrem”, algo motivado pelo contexto histórico, segundo Dom Miguel Cabrejos. O prelado destacou que Aparecida promove o conceito do povo de Deus, que somos todos Igreja, assim como a interculturalidade, o cuidado com a casa comum e a ecologia integral. Neste sentido, ele disse não ter dúvidas de que Aparecida inspirou os quatro sonhos da Querida Amazônia: social, cultural, ecológico e eclesial. Uma riqueza reunida em Aparecida, que, segundo Dom Miguel Cabrejos, nos abre para entender que “toda evangelização deve ser um processo, as obras pastorais devem ser um processo, não eventos que são organizados, terminados e pronto”. Tudo isso olhando para o futuro, para o evento de Guadalupano de 2031 e para o ano da Redenção em 2033, caminhando sinodalmente, algo já presente na vida das primeiras comunidades cristãs. Aparecida se entende a partir da decisão pessoal do Papa Bento XVI na escolha do lugar, segundo Dom Jaime Spengler, que vê no Santuário Nacional “um lugar todo especial na história também do nosso povo. Aparecida é a referência para muitos de nosso povo, a casa da mãe”. Segundo o vice-presidente primeiro da CNBB, “na casa da mãe, a gente fala livremente, na casa da mãe, nós verdadeiramente nos sentimos em casa”, algo experimentado pelos bispos participantes da V Conferência do Celam. O arcebispo de Porto Alegre insistiu em que “foi esse sentir-se em casa, na casa da mãe, com os irmãos e irmãs que frequentam o santuário que, por assim dizer forjou a beleza, a grandeza desse documento que marca, não só a história da Igreja latino-americana, mas que também de alguma forma delineou o próprio pontificado do Papa Francisco”. Aparecida mantem a sua atualidade, segundo o cardeal Odilo Scherer, “embora depois de Aparecida até nossos dias já tem surgido muitas outras questões que não estão contempladas suficientemente no Documento de Aparecida e necessitam de novas declarações, novas posturas, enfim nova reflexão da Igreja”. Ele destaca que “as questões essenciais do Documento de Aparecida conservam toda sua validade”. O vice-presidente primeiro do Celam vê como questão de fundo, “o renovado encontro com Jesus Cristo para uma fé viva, profunda e verdadeira”. Junto com isso, “a…
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Dom José Albuquerque: “No caminho sinodal é importante nós escutar os nossos padres”

Aparecida vive nesta semana dois momentos importantes para a Igreja do Brasil e da América Latina. No dia 13 de maio completa 15 anos da abertura da V Conferência Geral do Episcopado da América Latina e do Caribe, celebrada de 13 a 31 de maio de 2007 aos pés da padroeira do Brasil. Também de 9 a 14 de maio acontece o 18º Encontro Nacional dos Presbíteros (ENP) com o tema: “Presbítero, comunhão e missão”, e o lema: “Vós sois todos irmãos” (Mt. 23,8). O encontro que tem a assessoria de Dom Joel Portela, Secretário Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. Segundo o Bispo Auxiliar do Rio de Janeiro, “os presbíteros estão refletindo sobre o atual momento da sua história, da sua vida, um momento marcado por incertezas, por perplexidades tanto pastorais quanto pessoais”. Um encontro que é visto como um momento de graça “depois de dois anos de pandemia, de muita angustia, sofrimento, mas também de espera, de esperança, de confiança, e de gratidão por estarmos aqui reunidos com mais de 500 presbíteros e vários bispos dos diversos regionais”, segundo o Padre José Adelson da Silva Rodrigues. Para o presidente da Comissão Nacional dos Presbíteros, o tema e lema do encontro “vai nos dar essa esperança que sairemos daqui muito mais animados, mais fortalecidos, encorajados, para continuarmos a missão”. Presente no 18º ENP Dom José Albuquerque de Araújo afirma que “estamos celebrando o ministério dos nossos padres”. O Bispo Auxiliar de Manaus lembra que são 26 mil presbíteros espalhados por todo o país. Neste encontro participam 37 padres da Região Norte do Brasil, sendo 7 os presbíteros do Regional Norte1 da CNBB, “que vieram de diversas cidades, diversos municípios e estamos aqui participando deste momento tão bonito, de uma comunhão eclesial”. O membro da Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da CNBB, insiste em que “no caminho sinodal que nós estamos trilhando, é importante também, nós escutar os nossos padres”. Segundo Dom José, “os encontros nacionais, eles são importantes e necessários, para poder a gente fortalecer a fraternidade presbiteral, para poder conhecer a nossa realidade tão diversificada. Cada padre traz a sua história, a sua experiência”. O bispo destaca “o entrosamento e a troca de experiências que acontece, entre as duas gerações, os padres mais jovens, participando junto com os padres mais experientes”. O Bispo Auxiliar de Manaus destaca a importância do 18º ENP “nesta retomada que estamos fazendo após a pandemia, que ainda não terminou, mas nós sabemos que precisamos fazer memória daqueles padres que sucumbiram à pandemia”. Ele lembra que “foram dezenas de padres no nosso país, que faleceram, infelizmente, vítimas de Covid, e nas celebrações litúrgicas que estamos aqui vivenciando, nós lembramos, fazendo memórias desses nossos irmãos que partiram”. Dom José Albuquerque de Araújo coloca que “esses encontros, eles nos ajudam também a gente perceber que os padres precisam para poder cuidar daqueles que Deus os confiou, é preciso também que eles se cuidem, que a gente precisa fortalecer a pastoral presbiteral em nossas Igrejas locais”. Finalmente, afirma que “certamente, quem participa desses encontros, volta para suas dioceses, mais animado, mais entusiasmado, mais esperançoso, até para poder dar a sua contribuição àqueles que já estão no ministério, e também que possamos ajudar aqueles que estão na formação, os nossos futuros presbíteros”. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1