Av. Epaminondas, 722, Centro, Manaus, AM, Brazil
+55 (92) 3232-1890
cnbbnorte1@gmail.com

Autor: cnbbnorte1blog@gmail.com

Só quem ama percebe o Amado, e faz dele o seu bem maior

Neste terceiro domingo da Páscoa estamos lendo e rezando o Evangelho de João 21, 1-19, que se propõe a responder algumas questões: Se Jesus está Ressuscitado, onde ele se encontra, como podemos enxergar sua presença e como segui-lo? No relato, eles estão à beira do mar de Tiberíades, Pedro diz “Vou pescar, os outros também dizem, vamos junto contigo”. O caso é que tentam durante toda a noite e não pescam nada. A rede continua vazia.  No amanhecer Jesus aparece na margem, eles não o reconhecem, ele pergunta se eles têm algo para comer, ao que respondem que não. Jesus orienta que lancem a rede, que, devido a quantidade peixe, se torna difícil até de puxá-la.  É ali que o discípulo Amado reconhece, “É o SENHOR!” Quando os discípulos retornam à margem, eles veem brasas com peixe e pão, mas Jesus pede que tragam   peixes, que eles pescaram.  É Jesus quem convida, “Venham comer”! Ele toma o pão e o peixe e partilha com eles.  Após a comida Jesus pergunta a Pedro três vezes “Tu me amas?” Pedro responde que Sim, só na terceira vez, Pedro se abaixa e, compreende que estão falando de experiencias diferentes de amor. Ele recebe uma missão: “Apascenta minhas ovelhas!” De fato, o relato nos apresenta de forma simples que Jesus Ressuscitado, escolhe se manifestar no nosso trabalho, o que nos faz recordar o dia primeiro de maio, como o dia do trabalho-; Ele se manifesta na vida cotidiana dos discípulos, no ato mais comum, que é a pescaria. A pesca sem Jesus é vazia, não há peixes, mesmo que se persista por toda a noite. Sem Jesus nada conseguimos, se ele não faz parte da nossa vida ela é vazia, sem gosto, sem cor, sem sabor, nossa pastoral se torna cansativa, exaustiva e estéril. Quem reconhece Jesus por primeiro é o Discípulo Amado, só quem ama percebe o Amado, e faz dele o seu bem maior, o seu tesouro. É na experiência do Amor, no encontro com Jesus que oferece o pão, o peixe, OFERECE A SIM MESMO, mas pede um pouco de nós que nos alimentamos de VIDA, de Ressurreição! Podemos pensar que no ciclo da vida seguimos do nascer para o morrer, do novo para o velho, do saudável para o doente, há uma ordem decrescente. Esta ordem se inverte no encontro com Jesus. Estamos no terceiro domingo da pascoa, vamos fazendo uma travessia, da: NOITE- AMANHECER, ESCURIDÃO-LUZ, FALTA -ABUNDÂNCIA, AUSENCIA- PRESENÇA, MORTE-VIDA ! Jesus fala do amor ágape, de entrega, misericórdia, Pedro responde com o amor-filia, o que ele experimentou até agora, o amor de amizade. Quando se trata do amor, falamos a partir do que experimentamos e vivenciamos, mas em Jesus, o amor é o que faz dar a vida, partilhar tudo, reconhecer o outro, ele nos faz enxergar vida onde só aparece morte e, por isso, lutamos e cuidamos da vida, pois bebemos da Fonte do AMADO que se aproxima de nossa vida cotidiana e a transforma em grandeza, no gesto mais simples de partilhar e transformar o VAZIO EM ABUNDÃNCIA. Que neste terceiro domingo da páscoa, possamos experimentar a nossa vida cotidiana com a presença de Jesus e transformar tudo em vida nova, em ressurreição, no encontro profundo com o Amado e assim o nosso trabalho pastoral, o cuidado das ovelhas se torna alegria, e leveza,  ação de graças, dando a nossa colaboração, deixando-nos conduzir por Ele que continua dizendo: “Segue-me!” Maria Aparecida Marques Fernandes-CF

Dom Edson, em nome dos bispos do Regional, acolhe Dom Altevir

“Bem-vindo Dom José Altevir da Silva!” Com essas palavras Dom Edson Damian, em nome da presidência e de todos os bispos do Regional Norte1 da CNBB, acolhe “de braços e coração aberto o nosso querido Dom José Altevir da Silva, que no dia 1º de maio, às 5 horas da tarde assume a Prelazia de Tefé”. A posse canônica do início do ministério de Dom Altevir no nosso Regional, diz seu presidente, será dada por Dom Leonardo, arcebispo metropolita do nosso Regional. Dom Edson afirma receber com imensa alegria este irmão que é amazonense, nascido em Guajará. Lembrando da missão de Dom José Altevir, o presidente do Regional Norte1 diz que ele trabalhou na CNBB, como secretário do Conselho Missionário Nacional de 2007 a 2012, sendo “uma pessoa muito conhecida e muito querida de todos os bispos do Brasil. Desde 2017, ele foi bispo em Cametá, no Regional Norte2”. Dom Edson diz que “agora ele vem para o Regional Norte1, por tanto ele faz parte da nossa Am “Bem-vindo Dom José Altevir da Silva!” Com essas palavras Dom Edson Damian, em nome da presidência e de todos os bispos do Regional Norte1 da CNBB, acolhe “de braços e coração aberto o nosso querido Dom José Altevir da Silva, que no dia 1º de maio, azônia e vem dar continuidade à missão na Prelazia de Tefé”. O bispo de São Gabriel da Cachoeira insiste que “é com imensa alegria que acolhemos este irmão, e dizemos: Bendito o que vem em nome do Senhor. Você já está no coração dos bispos do nosso Regional, e logo em seguida estará no coração de todos os agentes pastorais aqui da nossa região”. “Nos desejamos que você continue com coragem, com alegria e fidelidade o ministério que assumiu pela imposição das mãos, e seja entre nós, com um espírito novo, aquele que vem reanimar a esperança e nos ajudar construir esta Igreja com rosto amazônico e com espírito sinodal, vivendo a comunhão, a participação, a missão e irmanado com todo o povo de Deus do nosso Regional Norte1”, afirma Dom Edson. É por isso que mais uma vez o presidente do Regional Norte1 reitera: “Bem-vindo Dom Altevir, sinta-se em casa e acolhido no coração de cada um e de cada uma de nós. Um grande abraço!”. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Dom Fernando Barbosa tem “o coração em festa” com a chegada em Tefé de Dom Altevir

Em Carta a Dom Altevir e ao povo da Prelazia de Tefé, Dom Fernando Barbosa dos Santos, bispo de Palmares (PE) e último bispo da Prelazia de Tefé disse se encontrar “com o coração em festa”, agradecendo a Deus pela nomeação do novo Bispo. Sua gratidão é pelo fato “desta querida Prelazia ter um novo sucessor dos apóstolos que vem para pastorear, com zelo, esta porção do Povo de Deus”. Dom Fernando lembra de alguns bispos que a Prelazia já teve, homens de Deus, “que, cheios de coragem, doaram suas vidas em favor deste chão amazônico e com seu testemunho foram capazes de dizer sim ao chamado do Senhor, não medindo esforços para trabalhar pela edificação do Povo de Deus”. Lembrando das palavras do Papa Francisco, em que fala dos missionários, Dom Fernando lembra que “o bom Senhor concedeu-me a alegria de trabalhar junto a este povo por sete anos. Anos que marcaram profundamente a minha vida e o meu ministério episcopal”, lembrando a caminhada juntos, em sinodalidade. Afirmando sua condição de missionário, Dom Fernando afirma que “devemos estar sempre dispostos a servir à Igreja como sinal de sinodalidade”, o que o levou para a Diocese de Palmares, onde diz se encontrar “com a mesma alegria e disposição de trabalhar pelo Reino”. O último bispo da Prelazia de Tefé agradece “o Colégio de Consultores, na pessoa do Padre Mellon, por conduzirem com maestria os trabalhos missionários desta Prelazia preparando o povo para a chegada de um novo pastor”. Também saúda especialmente o CIMI pela passagem dos 50 anos de existência e serviços prestados. Finalmente, Dom Fernando deseja ao seu sucessor “um ministério frutuoso, suplicando que todas as graças que promanam do Sagrado Coração de Jesus sejam derramadas sobre a inteira Prelazia de Tefé e que Santa Tereza de Jesus interceda por todos”. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Mensagem Assembleia CNBB: “O quadro atual é gravíssimo. O Brasil não vai bem!”

Uma mensagem de fé, esperança e corajoso compromisso com a vida e o Brasil, enviaram os bispos do Brasil no final de sua 59ª Assembleia Geral, que em 2022 acontece em dois momentos, um virtual, que começou dia 25 de abril e foi encerrado no dia 29, e uma outra presencial, que será realizada no final de agosto e início de setembro. Em suas palavras, os bispos mostram sua alegria diante da “explosão de solidariedade, que tem marcado todo o País na luta pela superação do flagelo sanitário e social da COVID-19”, relatando as muitas coisas que foram feitas, afirmando que “não nos esquecemos da morte de mais de 660.000 pessoas e nos solidarizamos com as famílias”. Os bispos também têm reconhecido o papel dos educadores, um tema abordado na Campanha da Fraternidade 2022, que “nos interpela a continuar a luta pela educação integral, inclusiva e de qualidade”. A mensagem denuncia a complexa e sistêmica crise ética, econômica, social e política, acentuada com a pandemia, “escancarando a desigualdade estrutural enraizada na sociedade brasileira”. Os bispos não duvidam em afirmar que “o quadro atual é gravíssimo. O Brasil não vai bem! A fome e a insegurança alimentar são um escândalo para o País”, e junto com isso “a dilapidação dos ecossistemas, o desrespeito com os direitos dos povos indígenas, quilombolas e ribeirinhos, a perseguição e criminalização de líderes socioambientais, a precarização das ações de combate aos crimes contra o meio ambiente e projetos parlamentares desastrosos contra a casa comum”. A consequência disso, denuncia a Carta, é uma “violência latente, explícita e crescente”, consequência da “liberação e o avanço da mineração em terras indígenas e em outros territórios, a flexibilização da posse e do porte de armas, a legalização do jogo de azar, o feminicídio e a repulsa aos pobres”, insistindo em que “não contribuem para a civilização do amor e ferem a fraternidade universal”. Os bispos esperam dos governantes que “promovam grandes e urgentes mudanças”, e façam isso “atendo-se aos princípios e aos valores da Constituição de 1988”. Com isso, pedem que “não se permita a perda de direitos dos trabalhadores e dos pobres”, que se supere a lógica do confronto, algo que cobra especial relevância neste ano eleitoral, num cenário “de incertezas e radicalismos”. Por isso, a Carta insiste em que as escolhas nas eleições “determinarão o projeto de nação que desejamos”, fazendo um chamado ao “exercício da cidadania, com consciente participação política, capaz de promover a ‘boa política’, como nos diz o Papa Francisco”. O Brasil necessita, segundo os bispos “de uma política salutar, que não se submeta à economia, mas seja capaz de reformar as instituições, coordená-las e dotá-las de bons procedimentos”. Diante das “tentativas de ruptura da ordem institucional, hoje propagadas abertamente”, a Carta denuncia que “tumultuar o processo político, fomentar o caos e estimular ações autoritárias não são, em definitivo, projeto de interesse do povo brasileiro”. A manipulação religiosa, mostrando que “a autonomia e independência do poder civil em relação ao religioso são valores adquiridos e reconhecidos pela Igreja”, e as fake news , que falseiam a realidade, são colocadas como ameaças, ressaltando que a democracia brasileira “não pode ser colocada em risco”. Diante disso, os bispos chamam “a participar das eleições e a votar com consciência e responsabilidade”, buscando se preocupar “com a construção de um mundo melhor, por meio do diálogo e da cultura do encontro, na luta pela justiça e pela paz”. Tudo isso, insistindo em se deixar “guiar pela esperança e pelo desejo de uma sociedade justa e fraterna”.

Tefé acolhe com grande alegria Dom José Altevir da Silva

Já está em Tefé seu novo bispo, Dom José Altevir da Silva, que foi recebido em meio a uma grande expectativa pelas pastorais, movimento e o Povo de Deus da Prelazia de Tefé. O novo bispo, desde 2017 bispo de Cametá (PA), vai ter sua posse canônica no dia 1º de maio. O novo bispo destacou da sua acolhida o fato de ser uma expressão da sinodalidade. Na posse canônica está prevista a presença de Dom Leonardo Steiner, arcebispo de Manaus, do presidente e vice-presidente do Regional Norte1, Dom Edson Damian, bispo da Diocese de São Gabriel da Cachoeira, e Dom Tadeu Canavarros, bispo auxiliar da Arquidiocese de Manaus, Dom José Ionilton Lisboa de Oliveira, bispo da Prelazia de Itacoatiara, o bispo da Diocese de Coari, Dom Marcos Piatek, e seu bispo emérito, Dom Gutemberg Freire Regis, e Dom Fernando Barbosa, bispo da Diocese de Palmares e último bispo da Prelazia de Tefé. A carreata desde o aeroporto até a Catedral de Santa Teresa, percorrendo as ruas da cidade, acima do carro dos bombeiros, e as manifestações de alegria do povo, fazem prever uma grande festa no próximo domingo. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Dá início a 59ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB)

Começou nesta segunda-feira a primeira etapa da 59ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que acontece de 25 a 29 de abril em modo virtual, com a participação de mais de 300 bispos. Uma assembleia que acontece, segundo lembrou dom Walmor Oliveira de Azevedo, presidente da CNBB, no marco dos 70 anos de criação da Conferência Episcopal e dos 15 anos da Conferência de Aparecida, além do processo sinodal vivido pela Igreja. O tema central, segundo lembrou o arcebispo de Belo Horizonte (MG) é: “Igreja Sinodal – Comunhão, Participação e Missão”, buscando “resgatar aquilo de mais genuíno e forte que é a identidade missionária da nossa Igreja”. Isso numa assembleia em que participar é “uma experiência importante e bonita de reavivar o dom da graça recebido”. A assembleia conta com a presença do núncio apostólico no Brasil, dom Giambatistta Diquattro, que transmitiu a saudação do Papa Francisco, e disse esperar que a Assembleia seja “um momento de comunhão e de discernimento fecundo para a vida da Igreja no Brasil e para a sociedade brasileira em seu conjunto”. A Análise de conjuntura, apresentada por dom Francisco de Lima Soares, teve como ponto de partida as “muitas guerras, muitas pestes e pouca democracia”. O bispo de Carolina (MA), apontou que a fome e a insegurança alimentar “voltou a se agravar e a castigar a população brasileira”. Segundo o coordenador do grupo de Análise de Conjuntura da CNBB, a volta da fome é fruto de uma herança estrutural do Brasil, o segundo maior exportador de alimentos do mundo, insistindo nos maus mecanismos de distribuição da riqueza. Em relação com as eleições, elas acontecem num momento: “autoritário, transformação dos adversários políticos em inimigos, destruição das conquistas e dos direitos consolidados, desmonte das políticas públicas e a desinstitucionalização e desgaste da democracia, forte presença das redes sociais e de um ‘ódio’ político que transformou o debate em embate”. Também destacou a cada vez maior ligação de deputados e ministros às Igrejas neopentecostais ocupando funções e áreas estratégicas do governo. Na coletiva de imprensa, o arcebispo de Londrina (PR), dom Geremias Steinmetz, e o bispo de Tocatinópolis (TO), dom Giovani Pereira de Melo abordaram a questão da política e as eleições. Foi apresentada a Cartilha de Orientação Política 2022 produzida pelo regional Sul 2, que busca “ajudar na conscientização do povo sobre a questão política”. Dom Geremias abordou a questão das fake News, que definiu como “verdadeiras ameaças à democracia. É uma mentira trabalhada para favorecer candidatos que não têm boas propostas ou que têm atuações duvidosas na sociedade”. Dom Giovane Pereira de Melo vê isso como um trabalho a longo praço em vista da formação política da população brasileira, algo expressado no texto “Encantar a política”, inspirado nas encíclicas do Papa Francisco: “Evangelli Gaudium”, “Laudato Si” e Fratelli Tutti”. Para isso acontecerá de 13 a 15 de maio um seminário em Brasília, buscando capacitar multiplicadores e parceiros, que ajudem a entender a política “como decorrência da ética e do amor e procura atribuir o sentido mais profundo deste mandamento, que é o do amor”, asseverou dom Giovane. Os bispos também refletiram sobre a comunicação no processo eleitoral de 2022, com os aportes do professor Venício Lima. Ele partiu do compromisso comum com a democracia, recordando que ela é um regime político caracterizado pela soberania popular com direitos iguais e liberdade de expressão. Segundo ele, o Brasil é inexperiente em democracia, insistindo em que “no Brasil, a mídia constitui um oligopólio do ponto de vista econômico e opera como um monopólio, do ponto de vista político”, algo que atinge à democracia. Tudo isso foi abordado no diálogo com os bispos, que realizaram seus aportes. Nesta etapa virtual da 59ª Assembleia Geral da CNBB serão tratados os assuntos que exigem dos bispos reflexão e discernimento. As votações e outras temáticas específicas serão tratadas na etapa presencial, em agosto. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação Regional Norte1 da CNBB, com informações da CNBB

Dorval de Almeida Carvalho novo diácono da Prelazia de Borba

No dia 23 de abril de 2022, na Paróquia Nossa Senhora Aparecida em Borba (AM), Dorval de Almeida Carvalho foi ordenado diácono permanente pela imposição das mãos de Dom Zenildo Luiz Pereira da Silva. A ordenação foi vivida com grande alegria pelo povo da Paróquia e da Prelazia, e contou coma presença da sua família, dos padres, dos diáconos permanentes e do povo da Prelazia, que louva e agradece a Deus pelo Sim deste irmão e sua família para a Missão de Evangelizar e ajudar na dilatação do Reino de Deus. Dorval de Almeida Carvalho, nasceu no dia 01 de setembro de 1972, no lugar Castanhal Grande no Lago do Arapapá, Rio Madeira, município de Borba-AM., filho de Otávio da Silva Carvalho e Vivina de Almeida Carvalho, tem cinco irmãos, uma já falecida, foi batizado no dia 12 de junho de 1974 na Paróquia de Santo Antônio de Pádua/Borba-AM, pelo Frei Roberto F. Glavey T.O.R. No ano 1996 foi morar na cidade de Borba, fez sua Primeira Eucaristia e Crisma no dia 07 de dezembro 1997, na Paróquia de Cristo Rei, pelas mãos de Dom José Afonso Ribeiro, Segundo Bispo Prelado de Borba. Recebeu o Sacramento do Matrimônio no dia 02 de setembro de 2001 com Laurene Queiroz Pantoja, com a qual tem quatro filhos: Lucas Otávio Pantoja Carvalho, Guilherme Augusto Pantoja Carvalho, Pedro Sávio Pantoja Carvalho e Luís Felipe Pantoja Carvalho. Cursou Técnico em Enfermagem – 2008/CETAM, Licenciatura em Matemática – 2015/UEA. É Servidor Público Municipal na Prefeitura Municipal de Borba-AM no cargo de Auxiliar Administrativo. Desde do ano de 1998 presta serviço como Líder Voluntário da Pastoral da Criança, Catequista e Ministro Extraordinário da Sagrada Comunhão e da Palavra de Deus. Atualmente preside a Associação Comunitária Centro Educacional lar Cristo Rei, instituição ligada a Igreja Católica que presta serviços de caridade aos menos favorecidos. Em 2018 foi convidado para as aulas da Escola Diaconal Dom Adriano, para cursar Teologia Pastoral visando formação para Diaconato Permanente. Seu lema para a missão de Diaconal é: “Em obediência a tua Palavra vou lançar as redes” (Lc 5,5). Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1 (Com informações da Prelazia de Borba)

Dom Mário Antônio da Silva: O que acontece com os Yanomami é “uma vergonha para nosso país”

Numa Carta ao Povo de Deus e aos Homens e Mulheres de Boa Vontade, dada a conhecer na celebração de envio para ser Arcebispo de Cuiabá, que aconteceu neste 23 de abril, Dom Mário Antônio da Silva, tem denunciado a grave situação que vive o povo Yanomami e sua defesa irrestrita. O bispo de Roraima começa fazendo uma leitura histórica dos primeiros contatos da Igreja católica com os povos indígenas de Roraima, mostrando que pela “defesa da vida, de suas culturas e de suas terras entrou no caminho da Evangelização”. A causa dos povos indígenas foi assumida “como anúncio da dignidade humana e, por vezes, com denúncia daquilo que negava o Evangelho e os direitos humanos”, segundo o Presidente da Caritas Brasileira. Dom Mário Antônio lembrou das palavras de São Paulo VI: “Passar de condições menos humanas para condições mais humanas é Evangelizar”, algo assumido pelos missionários da Consolata, especialmente na Missão Catrimani, fundada em 1965 e no seu acompanhamento diante das invasões acontecidas desde a década de 1970: construção da perimetral norte, invasão de garimpeiros nas décadas de 80 e 90, que colocou o povo Yanomami à beira do genocídio. Nessa conjuntura começou a luta pela demarcação da terra indígena, onde participou a Igreja católica, lembrando do massacre de Haximu, “em que vários indígenas foram dizimados num confronto cruel e desigual”. Isso está sendo revivido nos últimos 3 anos, lembrou o bispo, em que “o dragão devorador da mineração tomou força novamente e avança com toda ferocidade e poder das organizações criminosas sobre a Terra Yanomami”. Isso tem provocado notícias impactantes: a draga que sugou as duas crianças no rio Parima; a violação de meninas e mulheres que são aliciadas em troca de comida pelos donos do garimpo; abusos diários contra os Yanomami. Situações que Dom Mário Antônio define como “uma vergonha para nosso país e fazem o nosso coração sentir o sofrimento e a morte que os Yanomami e a natureza estão vivendo”. Também citou a distribuição de armas e bebidas que provocam conflitos entre eles. Diante disso, a Diocese de Roraima denunciou “a omissão e a responsabilidade do Governo Federal, que ao invés de cumprir seu papel constitucional na defesa dos povos indígenas e de suas terras, patrimônio da União, incentiva as invasões e coloca na pauta do Congresso Nacional o projeto de lei, que legaliza a mineração em terras indígenas”, uma proposta que é vista como “uma ilusão enganadora de supostos benefícios”. A Carta convida a se unir “na   defesa    e   na   garantia   da   vida   e   do   território   do   povo   Yanomami, estabelecidos na Constituição Federal; a   promover   a   Justiça   e   não   compactuar   com   o   projeto   de   morte   que   autoriza   a mineração nas terras indígenas; a assumir o compromisso de defesa e do cuidado para com a Casa Comum”. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Verónica Rubí: “A experiência da Ressurreição se vive em Comunidade”

No segundo domingo da Páscoa, Domingo da Misericórdia, festa instituída pelo Papa São João Paulo II no ano 2000, quem reflete sobre o Evangelho do dia é Verónica Rubí, missionária leiga na Diocese de Alto Solimões. Desde a Tríplice Fronteira entre o Brasil, a Colômbia e o Peru, Verónica, relatando a atitude dos discípulos “reunidos de portas fechadas, com medo”, relaciona essa situação com a vida da gente, afirmando que “aí também estamos nós, com eles, experimentando o medo pela solidão, o medo de que atentem contra nossa vida, o medo à morte, medos que nos paralisam e nos isolam”. A missionária lembra como é que Jesus se faz presente, “com uma saudação que nos conforta e nos enche de coragem: ‘A paz esteja convosco’”. Diante dessa aparição, “a alegria de vê-lo e ouvi-lo, nos confirma verdadeiramente que é ele, que está vivo, e elimina todos os nossos medos”, afirma. Igual aconteceu com os discípulos, “Jesus nos envia em missão: ‘Como o Pai me enviou, também eu vos envio’”, recorda coordenadora da Caritas Alto Solimões. Segundo ela, “não é para que fiquemos de portas fechadas, é para sair ao encontro, especialmente daqueles com quem Jesus esteve: as viúvas, os pobres, os doentes, os famintos…”. Algo que traduz à situação de hoje: “as vítimas de violência, os migrantes, os drogo-dependentes”. A missionária insiste em que “Jesus nos envia em missão com a força do Espírito Santo, experimentando o Reino pelo perdão dos pecados”. “A experiência da Ressurreição se vive em Comunidade”, destaca a missionária. Segundo ela, “Jesus se faz presente na relação com os outros, na construção coletiva, na partilha fraterna. Tomé se afastou da comunidade e perdeu essa experiência”. Essa experiência a leva a refletir sobre “quantas vezes também nós acabamos nos afastando da comunidade. Quantas vezes a soberba nos faz pensar que a nossa verdade é a mais importante, mais até do que aquela nos nossos irmãos, das nossas irmãs. Quantas vezes somos como Tomé, incrédulas, incrédulos, pessoas de pouca fé”. O relato do Evangelho nos mostra que “uma semana depois Jesus volta a nos confortar carinhosamente com sua saudação ‘a paz esteja convosco’”, nos lembra Verônica. Ela mostra que “desta vez Tomé está presente e confirma por ele mesmo a Ressurreição de Jesus, colocando seu dedo no lugar dos pregos e a mão no lado ferido pela lança”. Diante disso questiona: “E eu, como experimento a Ressurreição de Jesus? Acredito verdadeiramente que está vivo, ou ainda tenho desconfiança de sua presença no meio de nós? No meu dia a dia, sento alegria de estar com ele? Ou a tristeza, a autossuficiência, as dificuldades, me fazem não acreditar?” Finalmente, Verónica lembra que “neste Domingo da Misericórdia estamos chamadas e chamados a fazer profissão de fé e junto com Tomé, e dizer ‘Meu Senhor e meu Deus’. Acreditar sem ter visto, nos dispõe a viver a vida com um olhar de fé, reconhecendo a presença e Misericórdia de Deus que nos salva ‘Bem-aventurados os que creram sem terem visto’”.        Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Dom Mário Antônio: “Eu não sinto mais o coração partido, sinto que tenho um coração em partida”

A Diocese de Roraima enviou seu bispo Dom Mário Antônio da Silva para sua nova missão como Arcebispo de Cuiabá, para a qual foi nomeado pelo Papa Francisco no dia 23 de fevereiro de 2022, serviço que assumirá no dia 1º de maio. Foi uma celebração de agradecimento pelos cinco anos e meio de alguém de quem foi destacada sua presença no meio do povo, sua humanidade, sua alegria, acolhida e profecia, agradecimento por tudo aquilo que o povo da Diocese de Roraima teve a graça de aurir com a sua presença no meio deles. Foi momento para fazer memória do caminho percorrido, a través de luzes que recolheram o vivido por Dom Mário Antônio com a Vida Religiosa, o clero, as pastorais e movimentos.  Segundo o bispo são “testemunhos de palavras, de gratidão, de luz, não na minha vida, no meu ministério pessoal, mas na missão e nas páginas vivas do Evangelho da nossa Diocese de Roraima”. Dom Mário Antônio disse que no seu ministério episcopal em Roraima, “eu procurei não atrapalhar, procurei ajudar e motivar”, dizendo ter consciência de que colaborou, “porque vocês foram dóceis ao Espírito Santo e verdadeiras luzes nas situações de escuridão”. Ele disse ter ficado com o coração partido quando conheceu a notícia da sua transferência, mas que a celebração o curou, “eu não sinto mais o coração partido, sinto que tenho um coração em partida, em partida com o apoio, com a oração, com o carinho e com a benção de cada um de vocês”. O Arcebispo eleito de Cuiabá agradeceu, “por me enviarem, por me darem coragem, por me darem apoio e sustento na missão, não muitas vezes fácil e por vezes incompreendida”. Ele fez leitura de uma carta onde destacou a importância do trabalho da Igreja de Roraima com os povos indígenas, uma causa “assumida como anúncio da dignidade humana e por vezes como denúncia daquilo que negava o Evangelho e os direitos humanos”. Dom Mário Antônio insistiu, citando a São Paulo VI, em que “passar de condições menos humanas para condições mais humanas é evangelizar”. Ele foi relatando o sofrimento do povo yanomami em consequência da invasão do garimpo e a luta assumida pela Diocese em sua defesa, uma realidade que tem se acentuado nos três últimos anos, em que “o dragão devorador da mineração tomou força novamente e avança com toda a voracidade e poder das organizações criminosas sobre a Terra Yanomami”, denunciando os vários crimes que estão acontecendo com os yanomami, algo que definiu como “uma vergonha para nosso país e fazem o nosso coração sentir o sofrimento e a morte que os Yanomami e a natureza estão vivendo”. Diante disso denunciou “a omissão e a irresponsabilidade do Governo Federal, que em vez cumprir seu papel na defesa dos povos indígenas e de suas terras, patrimônio da União, incentiva as invasões e coloca na pauta do Congresso Nacional o Projeto de Lei que legaliza a mineração em terras indígenas”, o que só traz sofrimento. Por isso o bispo disse: “Deus nos livre dessa maldição!”, convidando a se unirem na defesa e na garantia da vida e do território Yanomami, a promover a justiça e assumir o compromisso para com a defesa e o cuidado da Casa Comum. No final da celebração se multiplicaram as homenagens e lembranças do vivido em seu tempo como Bispo de Roraima, para depois ser abençoado por diferentes pessoas em representação dos presentes na celebração, também os povos indígenas e seu irmão. A tudo isso, Dom Mário Antônio respondeu dizendo que “o Espirito Santo que sopra sobre nós, vai nos manter sempre em comunhão”, afirmando que “vai ser difícil sentir distância de vocês”. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1