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Jesus continua sendo crucificado hoje?

Celebrar a Semana Santa é fazer memória da Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus. A gente só faz memória quando atualiza aquilo que está celebrando. Senão fizer isso, a gente fica em ritos que não são mais do que uma peça de teatro, talvez com boa aparência estética, mas que não influencia, não muda, não transforma a vida das pessoas. Jesus foi condenado à morte por um poder político e religioso corrupto, querendo sufocar a voz daquele que escolheu o lado dos marginalizados, dos excluídos, dos descartados, daqueles e aquelas que eram colocados do lado de fora da história, pessoas sem voz e sem vez, condenadas ao sofrimento, ao silencio, à marginalização social e religiosa. Uma questão que cada um e cada uma de nós deveríamos responder é se Jesus continua sendo crucificado hoje. Junto com isso qual é nosso papel diante dessas situações, até que ponto colaboramos, também com nosso silêncio e falta de compromisso, de empatia, de compaixão, para que isso continue acontecendo. Muita gente pensa, muitos de nós pensamos, que Jesus continua sendo crucificado hoje. Não podemos esquecer que a figura de Jesus vai além de um individuo ou de um momento histórico. Jesus pode ser considerado a prova mais evidente da encarnação de Deus, de um Deus que se faz visível, presença no meio do nós. De fato, na liturgia católica, em diferentes momentos das celebrações, o povo diz que Ele está no meio de nós. Mas será que o reconhecemos nos momentos de dor ou só nos interessa nos momentos de glória e holofotes? São tantos os homens e mulheres que hoje carregam a sua cruz… são tantos os rostos onde deveríamos descobrir o rosto sofredor de Cristo… Ele passa fome, está sem casa, vive mendigando e no subemprego, está banido das rodas sociais e das igrejas, está doente, sedento, é difamado… Entre nós está e não o conhecemos, entre nós está e nós o desprezamos. Quem sabe nas celebrações da Semana Santa a gente não cante a música que tem em sua letra essas palavras. Mas será que isso vai nos ajudar a reconhecer o Cristo Crucificado nos crucificados de hoje, nas vítimas de tantos crimes que nos deixam indiferentes? Façamos memoria, celebremos o memorial da Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus, atualizemos o maior Mistério de Amor que o mundo já teve oportunidade de contemplar. Só ficando ao pé da Cruz entenderemos esse Mistério de Amor que hoje mais uma vez se faz presente no meio de nós. Entendamos e assumamos que não há maior prova de amor que doar a vida pelo irmão. Mas para isso precisa fé e coragem. Será que eu tenho? Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Prelazia de Borba celebra Missa dos Santos Óleos: “Momento de unidade, de comunhão e participação”

Seguindo a tradição da Prelazia Apostólica de Borba, onde a Missa dos Santos Óleos acontece cada ano em forma de rodizio numa paróquia diferente, no dia 7 de abril de 2022 foi celebrada na paróquia São Joaquim e Sant´Ana da cidade de Autazes, com a participação do povo de Deus: clero, Vida Religiosa, lideranças leigas, seminaristas, acolhidos pelo bispo no início da celebração. Se trata de uma celebração onde são abençoados os óleos “que vão ser usados durante o ano nos sacramentos, na unção do povo de Deus”, lembrou Dom Zenildo Luiz Pereira da Silva. Também é uma celebração onde os sacerdotes renovam suas promessas, “eles renovam a missão, a obediência e o amor à Igreja”, destacou o bispo da Prelazia de Borba, que vê a Missa dos Santos Óleos como “um momento grandioso, bonito de unidade, de comunhão e participação”. Dom Zenildo lembrou na homilia do Congresso Bíblico celebrado recentemente, “que motivou, animou e nos deu uma certeza, nós temos uma força que vem da Palavra, que deve ser anunciada, a Palavra que cria, recria, a Palavra de Deus que precisa ser celebrada”. Dentro da sinodalidade, presente na Igreja, também na Prelazia de Borba, o bispo a vê como aquilo que “nos faz irmãos e irmãs, que tem coragem de sentar um do lado do outro para escutar os apelos, as necessidades e as perspectivas pastorais daqui para frente”, uma Igreja que pensa que o caminho se faz juntos. Uma Prelazia de Borba reunida pelo amor e pela fé, para viver um momento eclesial importante e bem visível. Chamada, segundo o bispo, a viver a sinodalidade a partir da Palavra, mas também a ficar com o essencial a partir da esperança, a encontrar rumos, estradas, caminhos, a levar a benção de Deus para a vida cotidiana. À luz do capítulo 4 do Evangelho de Lucas, proclamado na celebração, Dom Zenildo chamou a tornar como próprio o projeto de vida de Jesus, no meio de tantos problemas e desafios, e a partir da Palavra realizar um anúncio profético, um anúncio da esperança, um anúncio que vai libertar e não manipular, e não escravizar. O bispo convidou a na Amazônia, no Rio Madeira e outros rios que fazem parte da Prelazia de Borba, “dar uma resposta eclesial, dar uma resposta de unção para esses problemas”. O bispo da Prelazia de Borba chamou os padres a rezar com o povo e pelo povo, lembrando sua missão assumida “por amor à causa, por amor à Igreja, por amor ao povo”, como ungidos para curar os corações abatidos, as ovelhas feridas, machucadas, deprimidas. Uma cura que se faz pela escuta, pela atenção, pela oração. Finalmente, Dom Zenildo insistiu em que “não podemos abrir mão de uma Igreja ministerial, uma Igreja missionária, uma Igreja sinodal”. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Missão na Tríplice Fronteira: “Viemos mais pra acrescentar do que para mudar”

O convento dos capuchinhos de Benjamim Constant, no lado brasileiro da Tríplice Fronteira entre o Brasil, a Colômbia e o Peru, acolheu nesta semana mais um encontro transfronteiriço dos missionários e missionárias que trabalham nessa região da Amazônia, onde se encontram a Diocese do Alto Solimões (Brasil), o Vicariato de Letícia (Colômbia) e o Vicariato de São José do Amazonas (Peru). O Documento Final do Sínodo para a Amazônia aborda a questão das estruturas sinodais regionais na Igreja Amazônica, fazendo um chamado a “articular espaços sinodais e gerar redes de apoio solidário”. Por isso, é visto como algo urgente “superar as fronteiras que a geografia impõe e construir pontes que unam”, algo que já aparece no documento de Aparecida 15 anos atrás. Movidos pelo desejo de encontrar-se e partilhar suas experiências de vida e evangelização, mais de 30 missionários e missionárias se reuniram, superando as dificuldades que na Igreja da Amazônia representam as distâncias e as dificuldades de comunicação e transporte. Leigos e leigas, padres, religiosos e religiosas se fizeram presentes, mostrando a diversidade missionária presente na região. Pessoas de diferentes idades, tinha missionários com 22 anos e com 81 anos de idade, mas também com diferente tempo de missão na região, uma semana na fronteira e 24 anos de presença. Os participantes destacaram a acolhida muito fraterna, “vislumbrada no sorriso de tantos que sentem na pele os gritos do povo e da natureza amazônicas clamando por vida, justiça, paz e cuidado amoroso e esperançoso, mas sabem que não estão sozinhos porque o Senhor da vida os acompanha. Gente que veio e soube ficar nesse mundo de água, céu e terra como missão de criaturas em busca do seu Criador. Lutadores da justiça ecológica nas fronteiras da querida Amazônia, anunciamos a fraternidade e a amizade social, denunciando a necropolitica”.  Como missionários e missionárias na Tríplice Fronteira, o encontro quis mostrar que “nosso grito é pela vida escondida nessas fronteiras, a dignidade humana, a sustentabilidade, a misericórdia, o amor de Cristo que não mata, mas morre de amor por nós”, insistiram os participantes do encontro, destacando que “afinal somos tudo e todos irmãos”. O capítulo IV da encíclica Fratelli tutti ajudou nas dinâmicas realizadas ao longo do encontro, querendo assim refletir sobre a importância de um coração aberto ao mundo inteiro. Nessa perspectiva, os missionários e missionárias falaram dos sinais de encarnação do seu agir missionário, insistindo no convite a serem pontes e não muros, uma atitude mais do que necessária nas regiões de fronteira.  O encontro foi momento para refletir sobre o fato de que “embora precisemos primeiro dar o pão a quem tem fome e depois o Evangelho, nossa prática pastoral não pode se deter no assistencialismo”, segundo os participantes. Nesse sentido, foi colocado em destaque que “viemos mais para acrescentar do que para mudar”, destacando que “o desafio do missionário é saber equilibrar o dar e o receber na missão”. Também apareceu com insistência o sentimento que os missionários e missionárias tem de ser um sinal de sinodalidade na fronteira. O encontro foi momento para escolher a nova coordenação, agradecendo àqueles que prestaram esse serviço nesses últimos anos. O capuchinho frei Manoel, a leiga marista Mayra, a irmã Dorinha do Peru e o padre Carlos da diocese do Alto Solimões formam a nova coordenação. O próximo encontro, marcado para o dia 24 de agosto em Atalaia do Norte, será oportunidade para refletir sobre a sinodalidade e a missionariedade, escutando os saberes e a ancestralidade dos povos originários, sobretudo dos indígenas isolados, numa região onde se encontra o maior número de povos indígenas nessa situação. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Conversão, bem mais do que uma palavra

  Existem palavras que deveriam ser mais do que conceitos para passar a ser atitudes, formas de vida, de enfrentar o dia-a-dia. Uma delas é conversão, algo que deveria ser assumido por todos os seres humano, mas que nunca pode ser deixado de lado por quem se diz cristão. Na Igreja católica estamos vivendo o tempo da Quaresma, uma ocasião propicia para mudar de vida. Existe uma música, habitual em muitas celebrações durante o tempo da Quaresma, cuja letra diz: “Eis o tempo de conversão, eis o dia da salvação, ao Pai voltemos, juntos andemos, eis o tempo de conversão”. Mas a gente se pergunta até que ponto isso se torna realidade na vida das pessoas. A conversão é um desafio pessoal, mas também social e eclesial. Uma pessoa que não se preocupa com mudar de vida está condenada a ficar reduzida a uma pequena expressão daquilo que ela pode chegar a ser. A conversão nos faz crescer, nos ajuda a colocar nossa vida ao serviço daquilo que ajuda a ser presença de Deus na vida dos outros e assim fazer realidade um mundo melhor para todos e todas. A mesma coisa podemos dizer da sociedade e da Igreja. A conversão é caminho para uma sociedade e uma Igreja plenificadas, cheias de vida, cheias de sentimentos que geram atitudes positivas. A conversão faz com que as relações melhorem e a vida seja enfrentada desde atitudes novas. Nos últimos dias da Quaresma, aqueles que têm fé devem se questionar o que tem representado este tempo em sua vida. Diante das situações que cada um está vivendo, mas também diante daquilo que acontece no mundo, no Brasil, em volta de cada um, como cada um viveu este tempo de conversão, em que tem melhorado, ou no mínimo em que tem descoberto que tem que melhorar. Ainda estamos diante da oportunidade de parar e pensar, de nos perguntarmos em relação com a nossa vida pessoal, mas também sobre a sociedade da qual a gente faz parte, e sobre a comunidade eclesial onde a gente vive a fé. A crueldade do ser humano, algo que mais uma vez está sendo manchete nos jornais diante do que está acontecendo na Ucrânia, aqueles que se aproveitam da religião para conseguir fazer realidade desejos pessoais, a educação cada vez mais distante daquilo que deveria ser, são algumas das coisas a termos em conta. De nada adianta falar de conversão, inclusive seguir os ritos próprios da Quaresma, se isso não nos leva a mudar de atitude, a viver de um modo diferente. Conversão é atitude, e nunca pode se reduzir a um conceito que a gente pronuncia, mas não vive e não assume como modo de vida. As pessoas se convertem quando vivem a conversão e não quando simplesmente falam de conversão. Se a gente não assume uma mudança de vida, não se converte; se a gente não se deixa transformar em suas relações com Deus e com os outros, não se converte; se a gente não olha os outros com sentimentos de amor e misericórdia, não se converte. Por isso, é bom se perguntar: será que estou no caminho da conversão? Será que a Quaresma tem me ajudado a dar algum passo nesse sentido? Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1 – Editorial Rádio Rio Mar

Dom Leonardo novo presidente da Comissão Episcopal para a Amazônia

Foi divulgado nesta quarta-feira, 6 de abril de 2022, que a Presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) nomeou, na segunda-feira, 4 de abril, Dom Leonardo Ulrich Steiner como presidente da Comissão Episcopal Especial para a Amazônia, cargo que ocupará até o fim do mandato 2019-2023. O novo presidente substitui no cargo ao cardeal Cláudio Hummes, que recentemente apresentou sua renúncia como presidente da Comissão Episcopal Especial para a Amazônia e da Conferência Eclesial da Amazônia por motivos de saúde. Além do Arcebispo de Manaus (AM), fazem parte da Comissão Episcopal Especial para a Amazônia, Dom Erwin Kräutler, CPPS , Bispo emérito da Prelazia do Xingú (PA), como Secretário, Dom Roque Paloschi, Arcebispo de Porto Velho (RO), Dom Evaristo Pascoal Spengler, OFM, Bispo da Prelazia de Marajó (PA), e Dom José Ionilton Lisboa de Oliveira, SDV, Bispo da Prelazia de Itacoatiara (AM), como membros. A assessora da comissão é a Ir. Maria Irene Lopes dos Santos. Nascido em 6 de novembro de 1950 em Forquilhinha (SC), Dom Leonardo Ulrich Steiner pertence à Ordem dos Frades Menores (OFM). Foi ordenado presbítero em 21 de janeiro de 1978, desempenhando diferentes serviços no Brasil e em Roma, onde foi professor no Pontifício Ateneu Antoniano. Em 2 de fevereiro de 2005, Dom Leonardo Ulrich Steiner foi nomeado bispo da Prelazia de São Félix do Araguaia (MT), sucedendo a Dom Pedro Casaldáliga. Foi Secretário Geral da CNBB de 2011 a 2019, sendo nomeado Bispo auxiliar de Brasília em 21 de setembro de 2011. Dom Leonardo Ulrich Steiner é Arcebispo de Manaus desde 27 de novembro de 2019, tomando posse da Arquidiocese no dia 31 de janeiro de 2020. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Moradores da zona rural de Coari recebem assistência para combate à Covid-19

Em meio à flexibilização ao uso de máscaras e regras de distanciamento contra a Covid-19 no Amazonas, a Cáritas Brasileira segue realizando ações de combate à pandemia que vitimou mais de 14 mil vidas no estado. Através do Projeto Ajuri – Pela Vida da Amazônia, a organização realizou no último mês a entrega de cartões de compra de produtos de higiene para moradores de Coari, município localizado a 363 km de Manaus. A distribuição de cartões faz parte da segunda etapa do projeto. Foram distribuídos 39 cartões com saldo de R$ 45 que serão usados pelos moradores da zona urbana da cidade cadastrados no projeto para comprar produtos de higiene como água sanitária, álcool em gel, sabonetes, entre outros. Para a dona de casa Yasmin Gomes, 18, moradora do bairro Nazaré Pinheiro, o recurso chega no momento certo. “Foi muito boa essa ajuda que estão nos dando porque são materiais que ajudam a prevenir a covid e  são essenciais nesse tempo de pandemia”, afirma Yasmin. Informação como prevenção Além dos cartões, os moradores da zona rural receberam 149 kits de higiene e orientações de educadores sociais sobre higiene pessoal, importância da vacinação e uso da máscara.  O acesso à informação disponibilizado pelo Ajuri sobre a gravidade e prevenção da Covid-19 foi uma ferramenta que transformou a vida dos beneficiários do projeto.  É o caso da pescadora Luzinete da Silva, 46, moradora da comunidade São Francisco do Laranjal, zona rural de Coari. A pescadora contraiu a doença junto com sua família e perdeu sua mãe para Covid-19 em 2021. Após participar do projeto Ajuri, ela entendeu a importância de se proteger contra a doença. “O projeto chegou numa hora boa, ajudou não só a minha família, mas outras também na questão da prevenção. Agora sabemos mais sobre como lavar as mãos, usar o álcool em gel e limpar a casa”, afirma Luzinete. Vacinas O estímulo à vacinação é um ponto de destaque na atual fase do projeto. Coari ocupa atualmente o nono lugar no ranking de vacinação contra a Covid-19 no estado com 95.266 doses aplicadas.  Por meio de dinâmicas que esclarecem as dúvidas sobre a vacina, os beneficiários do projeto combatem as fake news.  “Eu acho a vacina muito importante, já deveria ter tido há muito tempo e assim muitas vidas teriam sido salvas”, concluiu a agricultora Maria Pontes da Silva, 38, moradora do bairro Vila Lourenço. Para Jason Katz, oficial de programas do Escritório de Assistência Humanitária (BHA) da Agência dos Estados Unidos pelo Desenvolvimento Internacional-USAID, financiadora do Ajuri, que esteve presente em Coari, passar a mensagem da importância da vacinação é algo primordial para garantir a saúde das pessoas atendidas pelo projeto. Na primeira fase do projeto, famílias foram atendidas com a doação de sistemas de captação de água da chuva para consumo. Desde que iniciou, em dezembro de 2020, o Ajuri já beneficiou cerca de 22.500 pessoas nos municípios que atua: Coari, Tefé, Fonte Boa, Itacoatiara e Parintins. Nestes municípios foram realizadas ainda reuniões para debater o andamento do projeto com parceiros locais que vão desde o poder público até pequenos comerciantes. De acordo com a coordenadora do Ajuri, Márcia Miranda, levar o projeto para localidades que muitas vezes o poder público não chega, faz com que seja importante o diálogo com diferentes segmentos de atuação para atender mais pessoas. Um outro ponto levantado pela coordenadora foi o fortalecimento da economia local causado pelo projeto. “Em Parintins, tivemos comerciantes que precisaram contratar mais pessoas para que assim conseguissem atender o projeto que prioriza a compra no comércio local”, enfatiza Márcia. O Projeto Ajuri pela Vida na Amazônia é desenvolvido pela Cáritas Brasileira, com financiamento da USAID – US Agency for International Development, e apoio da Catholic Relief Services. A execução do projeto acontece em parceria com a Articulação Norte 1 da Cáritas Brasileira, e com as Cáritas das Prelazias de Tefé e Itacoatiara e das Dioceses de Coari e Parintins. Atualmente, o projeto segue em sua segunda fase de realização, continuando com as ações de enfrentamento à pandemia do novo coronavírus nos territórios do interior do Estado do Amazonas.   Dirce Quintino – Assessoria local de comunicação do Projeto Ajuri

Nova Secretaria do Regional é apresentada em encontro com as pastorais do Regional

Com os representantes das pastorais, movimentos e organismos que fazem parte do Regional Norte1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, aconteceu na tarde desta terça-feira, 5 de abril de 2022, o encontro onde foi apresentada a nova equipe do Regional. Dom Tadeu Canavarros, vice-presidente do Regional Norte 1, agradeceu a presença de cada um e cada uma, apresentando a nova equipe, formada pela Ir. Rose Bertoldo, secretária executiva, Eduardo Soares, auxiliar administrativo, e Maria Raimunda, assistente de serviços gerais. Uma equipe chamada, segundo o bispo auxiliar de Manaus, a continuar construindo o rosto desta Igreja na Amazônia. O padre Zenildo Lima, que já foi secretário executivo do Regional Norte1, explicou a caminhada do Regional Norte1, filial da CNBB Nacional. O reitor do Seminário São José de Manaus, explicitou as peculiaridades do nosso Regional, fazendo um recorrido pela história do Regional e as figuras dos secretários e secretárias executivos, destacando os aportes de cada um e cada uma. Ele definiu o secretário como aquele que articula a comunhão entre as igrejas particulares e as pastorais seguindo o plano de evangelização e as diretrizes do Regional. Após se apresentar os coordenadores e coordenadoras presentes, a nova secretária, afirmou que “Deus vai fazendo seus caminhos”, dizendo se sentir “muito pequena para o tamanho do Regional”. A Ir. Rose Bertoldo se colocou “nessa disposição de caminhar juntos, de aprender, dar continuidade ao trabalho que vinha sendo realizado pelo anterior secretário, o diácono Francisco Lima”. A Ir. Rose Bertoldo insistiu na importância desse grupo que ajuda na caminhada pastoral do Regional e na construção coletiva dos momentos importantes na caminhada do Regional, como é a Assembleia, os seminários e encontros que o Regional realiza ao longo do ano. Um grupo marcado pelo protagonismo das mulheres, que aos poucos vai se fortalecendo, algo nem sempre fácil em um Regional condicionado pelas distâncias, segundo indicou o padre Zenildo Lima. Nesse sentido, ele lembrava a predominância feminina na Igreja da Amazônia, algo colocado com intensidade no Sínodo para a Amazônia. Ao longo da reunião foi explicado como funciona a sustentabilidade do Regional nas despesas ordinárias e nos encontros das pastorais, organismos e movimentos, com os aportes das dioceses e prelazias e os projetos que chegam de fora, também com os aportes das coletas estipuladas pela CNBB ao longo do ano, algo que aos poucos vai aumentando. A Ir. Rose Bertoldo chamou a dar corpo às diretrizes do Regional, colocar em prática as diretrizes, o Documento Final do Sínodo para a Amazônia e a Querida Amazônia, na dinâmica da sinodalidade. Nesse sentido, lembrou os Seminários sobre Trafico Humano e das Pastorais Sociais, que serão realizados de 15 a 19 de junho. Também foi lembrado a Assembleia do Regional que será realizada de 19 a 23 setembro. Foi destacada a importância de se preocupar como Regional com a articulação das temáticas que fazem referência a fé e cidadania. A secretária se colocou a disposição para participar na medida das possibilidades dos encontros das pastorais, organismos e movimentos em nível regional, algo que aos poucos está sendo retomado. Nesse sentido, as pastorais foram apresentando o que está sendo realizado e planejado para este ano de 2022, relatando as luzes e as lutas que fazem parte da vida do povo e da Igreja do Regional Norte1.   A secretária executiva do Regional insistiu em “fazer circular essas atividades e a gente ter uma comunhão entre as pastorais, organismos e movimentos”. Ela disse sonhar com não ser grupos aparte, lembrando que a sinodalidade nos ensina muito. Também refletiu sobre se questionar o que cada um pode contribuir com outras pastorais, destacando que “não dá para não fazer um trabalho em rede”. Finalmente Dom Tadeu Canavarros agradeceu novamente a presença dos representantes das pastorais, organismos e movimentos, insistindo em que “possamos juntos avançar mais neste caminho da Amazônia”. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

50 anos de Santarém: “Renovar, reencarnar, atualizar, essa obra missionária inserida na história da Amazônia”

De 24 a 30 de maio de 1972, o Seminário São Pio X de Santarém acolheu um encontro que muitos consideram decisivo, marcando as linhas prioritárias pastorais da Amazônia, recolhidas no Documento de Santarém. De 6 a 9 de junho de 2022, no mesmo local vai acontecer um novo encontro, apresentado em coletiva de imprensa neste 5 de abril. Um encontro que, em palavras de Dom Irineu Roman, é visto como “um tempo oportuno para a Igreja na Amazônia fortalecer o espírito de unidade e colegialidade, expressão da caminhada sinodal que estamos vivenciando”. Segundo o Arcebispo de Santarém, estamos diante de uma oportunidade para “a Igreja experimentar uma nova missão na encarnação na realidade e uma ação libertadora”, lembrando as palavras do Papa Paulo VI, onde dizia que “Cristo aponta para a Amazônia”, algo que chama à “responsabilidade comum diante dos grandes problemas e à opção preferencial pelos pobres”. O encontro que vai acontecer no mês de junho é visto por Dom Irineu Roman como momento para “renovar, reencarnar, atualizar, essa obra missionária inserida na história da Amazônia”, lançada 50 anos atrás. Um encontro que deve ser realizado em espírito sinodal, vivendo assim “uma experiencia de fraternidade e de fortalecimento de nossa caminhada eclesial na Amazônia”. “Celebrar 50 anos e revisitar este encontro que foi tão importante para nossa Querida Amazônia”, afirmou Dom Leonardo Ulrich Steiner. O Arcebispo de Manaus fez memória de como a “preocupação dos bispos reunidos fez com que se pensara numa Igreja encarnada e uma evangelização libertadora, duas linhas que ainda norteiam nossa evangelização na Amazônia”, o que deve levar a “revisitar esse documento inspirador”. Dom Leonardo vê o acontecido em Santarém 50 anos atrás como “o início do fruto que colhemos com o Sínodo”, de uma caminhada onde se discutiram as questões até chegar ao Sínodo que hoje nos orienta. De fato, muitos dos elementos do Documentos estão presentes no Sínodo, inclusive nos sonhos do Papa Francisco. Daí, o Arcebispo de Manaus lançou um convite: “Nos deixemos impregnar por aquele espírito que guiou os nossos irmãos e irmãs naquela ocasião, para podermos continuar a sermos testemunhas de Jesus, podermos continuar a sermos testemunhas do Reino de Deus, e buscarmos ser uma presença de esperança para a Amazônia, especialmente para os povos originários, mas também para o meio ambiente tão agredido nos últimos tempos”, insistindo na necessidade de “caminharmos com ousadia e coragem na nossa ação evangelizadora na Amazônia”. Santarém foi “um sopro do Vaticano II e de Medellín, que forçaram a Igreja da Amazônia a tomar decisões que nortearam os rumos da Igreja”, segundo Dom Roque Paloschi. Foi um momento que “dá os rumos para uma Igreja povo de Deus, valorizando os leigos e leigas, uma Igreja em saída, uma Igreja missionária”, segundo o Arcebispo de Porto Velho. Ele chamou a entender que “revisitar Santarém é agradecer e louvar a Deus pelos passos que a Igreja conseguiu dar”. Destacando “a importância de uma Igreja profética que não tem medo de defender a vida”, que se fez presente em Santarém 50 anos atrás, ele lembrou que no encontro surge o Conselho Indigenista Missionário (CIMI), que atualmente ele preside e que também está completando 50 anos, e em seguida surge a Comissão Pastoral da Terra (CPT), “o que mostra a sensibilidade da Igreja e de seus pastores com o povo de Deus, para dar respostas concretas a realidades tão sofridas”. Uma oportunidade para “uma tomada de decisão muito profunda da Igreja na Amazônia em favor dos povos da Amazônia, em defesa da questão ambiental”, é um elemento que define o encontro de Santarém em 1972, segundo Márcia de Oliveira. A assessora da REPAM-Brasil destaca que “já nascia 50 anos atrás sementes de uma ecologia integral que hoje estamos cultivando na missão, no trabalho, na atuação da Igreja em toda a Amazônia”. “Santarém traz para o debate da Igreja novos lugares de fala, novos lugares de participação, novos territórios, novos avanços para a Igreja nos grandes desafios que a Igreja passa a assumir naquele momento”, segundo a socióloga. Ela insistiu em que “em Santarém se reposiciona uma Igreja dos pobres, uma Igreja com rosto dos camponeses, com rosto dos povos indígenas, com rosto das mulheres, com rosto das periferias”. Santarém nos mostra “uma Igreja que se compromete com a causa dos pobres da Amazônia”, vendo naquele encontro “um momento importante que reconhece o protagonismo dos povos indígenas na defesa da Amazônia”. O encontro de junho será oportunidade para aprofundar os desafios surgidos 50 anos atrás, “porque os problemas também se multiplicaram, os desafios estão aí presentes”, segundo o Arcebispo de Santarém, quem também destacou elementos positivos, que geram esperança. No encontro terão que aparecer algumas questões muito preocupantes para a Amazônia, como é a questão do garimpo e o mercúrio, que cada vez atinge mais pessoas na Amazônia, algo que “vai matando as pessoas devagar”, afirmou Dom Leonardo Steiner. Santarém foi um encontro que ajudou estreitar os laços entre a Igreja da Amazônia e a Igreja do resto do Brasil, aumentando o número de missionários na região, segundo o Arcebispo de Manaus, algo que marcou a vida da Igreja nos últimos 50 anos, insistindo em que “a caminhada da Igreja na Amazônia fez bem para a Igreja no Brasil”, ajudando em uma caminhada de esperança, fecunda, profética. Uma caminhada extraordinária que sempre tem estado muito presente no coração do Papa Francisco. Em relação com os povos originários, Dom Leonardo insistiu em que “há necessidade de nós aprofundarmos a nossa relação”, em dar cada vez mais voz a eles, em não ter receio de a Igreja estar presente em meio desses povos. Não podemos esquecer que “os territórios indígenas são as áreas mais bem preservadas do Brasil”, insistiu Dom Roque Paloschi, que também destacou que “a nossa fé não está desligada da vida”, e que “não é possível como cristãos caminhar por caminhos de morte e destruição, onde se alimenta o ódio”. Em relação com isso, Márcia de Oliveira chamou a atenção sobre a descolonização das práticas pastorais…
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Prelazia de Borba celebra Congressos Bíblicos dentro do Ano da Palavra

A Prelazia de Borba está celebrando em 2022 o Ano da Palavra. Dentro da programação e na tentativa de aprofundar no conhecimento da Palavra de Deus, aconteceu de 1º a 3 de abril de 2022 o Congresso Bíblico na Forania São Marcos, com grande participação dos representantes das 4 paróquias que fazem parte dessa Forania: Paróquia Cristo Rei, de Borba; Paróquia São João Batista, de Axinim; Paróquia Santo Antônio de Borba; e Paróquia Nossa Senhora Aparecida, de Borba. Na Missa de abertura, presidida por Dom Zenildo Luiz Pereira da Silva, o bispo da Prelazia de Borba insistiu em que “tudo tem que partir da Palavra de Deus”, que deve “ser para nós uma experiência de interpelação, de aprofundamento”, onde Deus manifesta seu amor. Segundo Dom Zenildo, “participar desse Congresso significa participar da graça de Deus”, encontrando nele uma proposta a missão. Ele insistiu em que o Espírito Santo no Congresso vai ajudar a ensinar, recordar, guardar. Também neste último final de semana, com grande participação, aconteceu o Congresso Bíblico na Forania São Mateus, com a participação da Paróquias Nossa Senhora de Nazaré e São José, de Nova Olinda do Norte e N. S. do Rosário, de Canumã. O Ano da Palavra na Prelazia de Borba tem como tema “A Palavra habitou entre nós” e seguirá o Documento 114 da CNBB. O Ano da Palavra “vem para dar um impulso em nossas prioridades e motivações”, tendo como objetivo “animar, reforçar e formar para a Evangelização”. O Ano da Palavra pretende ajudar a “conhecer a Deus, tomar consciência de sua vontade”. Ao longo de 2022 serão celebrados congressos bíblicos em cada umas da foranias, multiplicados os grupos de reflexão, formar ministros e catequistas… Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Agenor Brighenti: Na Reforma da Cúria “não é o mais importante a ortodoxia senão a ortopraxia”

No dia 19 de março foi dado a conhecer o resultado de “uma tarefa encomendada a Francisco ainda nas congregações de sua eleição”, segundo Agenor Brighenti. Essa missão era a Reforma da Cúria. Para isso, “foi constituída uma comissão para pensar isso, e foi um processo realmente longo, praticamente 9 anos, mas é porque o Papa Francisco quis fazer um processo de uma maneira sinodal”. O teólogo brasileiro destaca que o Papa consultou não só a Cúria, mas também as conferências episcopais, os canonistas, as faculdades de teologia, “um processo longo, mas que desemboca em passos importantes”. Ele destaca cinco elementos na Constituição Apostólica Praedicate Evangelium. O primeiro é “a passagem do administrativo ao pastoral, colocar a evangelização no centro da natureza e da organização da Cúria”. Essa passagem foi feita pelo Vaticano II, “mas em termos de organismos de Igreja, nós continuamos muito no administrativo”, em todos os níveis de Igreja. Por isso, o pastoralista destaca que “um ponto importante aqui é colocar no centro o pastoral, a evangelização”. Isso atinge os funcionários da Cúria, “vai ter que ser gente que além da competência, tem que ser gente com experiência de pastoral, com processos de engajamento na evangelização”, afirma o padre Brighenti. O segundo ponto, que destaca, “é desvincular o poder de governo na Igreja do clero”. Para o teólogo, “o poder de governo na Constituição não vem do Sacramento da Ordem, mas o poder de governo na Igreja, ele se funda no Sacramento do Batismo”, uma ideia presente na exortação Querida Amazônia. Nesse sentido, Agenor Brighenti faz referência a que “não precisa ser clérigo nem para presidir o dicastério, basta ser um cristão, que reúne evidentemente o perfil, a competência, o testemunho, a vivência”. Isso contrasta com a eclesiologia pré-conciliar, onde “se dizia expressamente que a Igreja é composta por dois géneros de cristãos, os clérigos e os leigos, o clero é o polo ativo, em que reside todo o poder e toda iniciativa, e os leigos são o polo passivo, a quem cabe obedecer docilmente ao clero”, lembra o teólogo. Mesmo superada no Vaticano II, “ficou a meio caminho como tarefa pendente, porque em muitos aspectos, o próprio Direito Canônico, ele praticamente reserva o poder de governo aos ministros ordenados, quando em realidade isso brota do Batismo, todos pelo Batismo se tornam sacerdotes, profetas e reis”. Em terceiro lugar coloca “que a Cúria deixa de ser uma instância intermediaria entre o Papa e os bispos, entre Roma e as dioceses, para ser uma instância de serviço a ambos, tanto ao Papa quanto às igrejas locais. A Cúria deixa de ser uma instância de controle, ou de poder, para ser uma instância de serviço”. Ele lembra que “a Cúria historicamente, ela aprendeu a ser uma instância de controle, de poder, uma instância intermediaria entre o Papa e os bispos, as igrejas locais, inclusive com poder sobre as Igrejas locais, tomando às vezes decisões, quase como que com certa autonomia em relação ao Papa. Agora a Cúria Romana está ao serviço das igrejas locais e ao Papa, não é uma instância intermediaria, é uma instância de serviço”. A quarta mudança “é a maior autonomia às igrejas locais e ao bispo diocesano”, algo presente na Evangelii Gaudium, que fala da “necessidade de uma sã descentralização do poder na Igreja, da gestão, da administração do governo na Igreja”. Com esta Constituição, “ao ministério petrino são reservadas questões de doutrina, mais ligadas à questão da ortodoxia, em questão mais centrais, mas em outras questões, os bispos e as dioceses locais, terão muita maior autonomia, muito maior poder de governo, porque na maneira que a Igreja anda, quase que o bispo diocesano era um colaborador do Papa”, afirma o teólogo. Na Praedicate Evangelium, “o bispo diocesano ele faz parte do colégio e esse colégio tem uma preocupação pelas solicitudes das igrejas, mas tem como finalidade, desde o princípio de subsidiariedade, apoiar as igrejas locais, servir as igrejas locais. Para poder haver corresponsabilidade, tem que haver autonomia. Com esta Constituição as igrejas locais vão ter muita maior autonomia e o bispo diocesano também”, segundo Agenor Brighenti. A quinta mudança é com relação às conferências episcopais, “que elas também deixam de ser instâncias intermediarias, como eram concebidas”, em palavras do pastoralista. Agora “são organismos de subsidiariedade. Elas não interferem nem no ministério petrino e nem nas igrejas locais. Elas servem tanto o ministério petrino como servem também às igrejas locais. São organismos de serviço em ordem à evangelização”. “As conferências episcopais vão ter também muito maior autonomia, para poder fazer esse serviço de subsidiariedade”, lembra Brighenti, insistindo em que “não é interferência, é no sentido de serviço, de apoio, de subsidiar”. Agora a Constituição “dá uma força, dá uma visibilidade, dá uma margem de aplicação desse princípio de subsidiariedade no governo da Igreja”, segundo ele, que vê a necessidade de “as conferências episcopais repensar seus estatutos, tornar-se muito mais eclesiais do que simplesmente episcopais”, na linha da sinodalidade. Ele destaca outros pontos em relação com a Cúria: “o mandato de 5 anos, porque trabalhar na Cúria não é carreira, não é prêmio, não é algo vitalício, é um serviço temporário”, que tem que ser realizado por gente engajada na pastoral. O Dicastério para a Evangelização, “que é o primeiro, é central, vai unir dois organismos que existiam anteriormente e eles vão ser chefiados pelo Papa”. Segundo Agenor Brighenti, “a tarefa de evangelizar é a essência da Igreja e isso é a missão do ministério petrino, e essa é a missão de todo bispo, a centralidade da evangelização, e isso a Cúria Romana o coloca em primeiro lugar, uma mudança importante”. Também destaca a criação do Dicastério para o Serviço da Caridade, central na fé cristã, na linha do desenvolvimento dos povos de Gaudium et Spes. A Constituição cita explicitamente, lembra o teólogo, “a opção preferencial pelos pobres”, uma categoria muito latino-americana. Quer se superar o assistencialismo, mostrando “preocupação com a emancipação, com a inclusão dos marginalizados”. Deixa de ser central o Dicastério da Doutrina…
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