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Igreja Sinodal: TVs católicas aprofundam na reflexão sobre a Sinodalidade

Estreia neste sábado 12 de março o Programa Igreja Sinodal, que será exibido semanalmente nas TVs da inspiração católica. O objetivo é repercutir assuntos ligados à primeira Assembleia Eclesial da América Latina e Caribe e aprofundar as reflexões do Sínodo sobre Sinodalidade. A escolha da data de estreia do programa quer também lembrar os 9 anos de eleição do Papa Francisco, em 13 de março de 2013. Ao longo de 30 minutos, o coordenador-geral da Pascom Brasil e membro da equipe de comunicação do Anima PUC Minas, Marcus Tullius irá dialogando com especialistas que ajudarão a refletir sobre a sinodalidade. Na estreia, os convidados são o teólogo Pe. Francisco de Aquino Junior, presbítero da diocese de Limoeiro do Norte (CE) e doutor em Teologia, que refletirá sobre a inspiração do nome do programa Igreja Sinodal e a também doutora em Teologia e professora da PUC-Rio, Maria Clara Bingemer, sobre os 9 anos de pontificado do Papa Francisco. Segundo os organizadores do programa, ele terá exibição inédita pela TV Horizonte todos os sábados, às 8h30, sendo também veiculado pela TV Pai Eterno todos os sábados, às 14h30. A TV Aparecida exibe o primeiro programa no 15 de março, excepcionalmente, às 23h, e a partir de 22 de março, todas as terças-feiras, às 22h30. A Rádio América, de Belo Horizonte, também exibe o programa todas as quartas-feiras, a partir de 16 de março, às 20h30. Todos os horários são no horário de Brasília. O programa tem como base a reflexão do Serviço Teológico-Pastoral, um grupo de trabalho atento às questões pastorais na realidade latino-americana e ao magistério do Papa Francisco. Um dos membros do grupo é o professor da Faculdade Jesuíta (FAJE) e doutor em Teologia, Padre Geraldo Luiz De Mori SJ, que junto com um grupo de teólogos e pastoralistas, provocados pela Primeira Assembleia Eclesial da América Latina e do Caribe, começou a se reunir para pensar juntos como participar do processo de recepção da Assembleia na Igreja do Brasil, contribuindo com isso à “reforma” eclesial querida pelo Papa Francisco e aos processos sinodais que ele tem implementado na Igreja. Segundo o professor da FAJE, “o grupo organizou um seminário com alguns dos representantes do Brasil na Assembleia e vem se reunindo todas as semanas para pensar não só a divulgação dos resultados da Assembleia, mas também as questões que ela levanta ao conjunto da Igreja”. Nesse sentido, podemos dizer que o programa e a reflexão que está sendo realizada desde o Serviço Teológico-Pastoral, pode ajudar nos passos a serem dados no processo pós Assembleia Eclesial. Na mensagem publicada pelo Conselho Episcopal Latino-americano (Celam) no dia 4 de março, foi explicado o itinerário que deve seguir a Assembleia Eclesial e os passos que o organismo deve dar na realização do Sínodo sobre a Sinodalidade. O ponto de partida está nos 41 desafios pastorais propostos pela Assembleia Eclesial e as 200 orientações pastorais nascidas do processo de discernimento, algo que deve ser concretizado até o mês de maio pela Equipe de Reflexão Teológica do Celam. O Celam considera o processo da Assembleia Eclesial como um processo de mudança paradigmático. Mas para avançar se faz imprescindível o envolvimento das Conferências Episcopais do continente e das organizações adscritas ao Celam, buscando assim avançar em sua implementação A Assembleia Eclesial é vista pelo Celam como um processo ligado ao Sínodo sobre a Sinodalidade, buscando avançar, desde a complementariedade e o enriquecimento mútuo, nos vínculos de comunhão episcopal na perspectiva da eclesialidad. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1  

Ir. Rose Bertoldo, assume Secretaria do Regional Norte1 “com o coração livre, pois percebo a presença de Deus”

A irmã Rose Bertoldo acaba de assumir sua nova missão como secretária executiva do Regional Norte1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). A religiosa da Congregação do Imaculado Coração de Maria completou recentemente 10 anos de missão na Amazônia, da qual já se sente parte, dedicados de modo especial no enfrentamento ao abuso, exploração sexual e o tráfico de pessoas na Rede um Grito pela Vida.   A religiosa assume sua nova missão “com o coração livre, pois percebo a presença de Deus”, se colocando “numa atitude de muita abertura, escuta, como mulher que continua aprendendo”. Ela vai relatando os desafios que espera encontrar, mas ao mesmo tempo, enfrenta o futuro desde a perspectiva da sinodalidade, juntos, em comunhão, buscando “construir e solidificar processos”, desde “a capacidade de escutar, ser presença”.   Recentemente a senhora completou dez anos de missão na Amazônia. Como se sente diante deste novo serviço que o Regional Norte1 está lhe encomendando?   Celebrar os 10 anos de presença na Amazônia é reavivar a paixão, esse grande amor que tenho pela Amazônia. É também fazer memória de toda a construção coletiva feita juntos ao longo desses anos. O trabalho da Rede Um Grito pela Vida me possibilitou conhecer as nove dioceses e prelazias do Regional Norte 1 e isso me ajudou muito a conhecer os diversos territórios e muitas das realidades, todo o processo sinodal e a sinodalidade construída juntos.   Não me sinto alguém que olha a Amazônia de fora, mas alguém que já se sente parte dela.  Quando a gente é parte integrante, a gente caminha junto, constrói, sonha, aprende e reaprende no cotidiano da vida. Quando a gente mais conhece a história da Igreja da Amazônia mais a gente se apaixona por ela. As coisas não são fáceis, cada vez mais os territórios e seus povos estão sendo feridos, destruídos, a gente sente a dor dessa realidade no nosso próprio corpo, e por isso a gente se envolve cada vez mais nos processos de mudanças, pois sonha com tempos melhores.   Estar neste território sagrado é motivo de muita gratidão. Para mim, sempre foi uma opção estar na Amazônia, e depois de 10 anos também a gente vai avaliando essa presença, a gente vai percebendo o caminho realizado, e me dou conta de que neste caminho tem muita gente que trilhou comigo. Foram caminhos construídos juntos, é um caminho perpassado por muitos desafios, mas sempre cheio de esperança.   Na Congregação a gente prima muito pela itinerância de não ficar muito tempo numa comunidade, mas eu sempre tive a consciência de que para estar na Amazônia é necessário permanecer mais tempo, porque aqui o tempo tem outra dimensão. É presença, para poder adentrar, conhecer com mais profundidade essa realidade e também ser essa presença missionária junto às populações, e justo neste momento, eu recebo o convite para este novo serviço no Regional.    Posso dizer que não foi fácil decidir, porém não foi uma decisão individual. Rezei muito, conversei com minha comunidade e depois conversei com minha provincial. Por isso não assumo sozinha, assumo como uma presença Congregacional nesse território da Amazônia. E hoje também não entendemos os serviços como uma responsabilidade individual e sim tem a dimensão coletiva. Por isso conto com muita gente que contribuirá nesse caminho.   Me sinto e assumo essa missão com o coração livre, pois percebo a presença de Deus. Ele vai dando sinais na vida da gente e vai preparando a gente para a missão, basta a gente estar com o coração aberto. Me coloco numa atitude de muita abertura, escuta, como mulher que continua aprendendo e se desafia a continuar na tessitura da grande rede do cuidado da vida, da pastoral no nosso Regional.   Quais os desafios que enfrenta diante da nova missão? O Regional Norte 1 tem uma história de construção coletiva, o secretário tem a missão de articular os serviços no território do Regional. Por isso, o primeiro desafio é conhecer cada pastoral, serviço, me apropriar dos trabalhos de cada grupo, para poder contribuir no fortalecimento das pastorais que existem no Regional, bem como os organismos, redes e caminhar juntos, construindo pontes, tecendo caminhos coletivos. Também ser uma presença junto às dioceses, prelazias, acompanhando os trabalhos dos coordenadores e coordenadoras, dos bispos, dentro do possível. Se trata de dar continuidade de todo o processo sinodal, uma experiência vivenciada com profundidade no Regional, construída por muitas mãos. Contribuir para que as dioceses e prelazias deem vida ao Documento Final do Sínodo e a Querida Amazônia, e sejam base para a realização dos planos de pastoral. Como secretária executiva do Regional Norte1, quero continuar sendo presença enquanto Rede Um Grito pela Vida, ampliando a articulação nas dioceses e prelazias. Junto com isso conhecer toda dinâmica da CNBB Nacional mais de perto. E por fim neste processo de construção de novos caminhos, dinamizar a implementação das Diretrizes do Regional Norte 1, que a partir das Diretrizes Gerais da CNBB, foram construídas a muitas mãos e tem um rosto próprio no coração da Amazônia. Uma das funções do secretariado executivo do Regional é a articulação pastoral, marcada nos últimos anos pela sinodalidade. A senhora foi auditora no Sínodo para a Amazônia, como continuar avançando no caminho sinodal no Regional Norte1? As sementes de todo processo sinodal construído juntos estão vivas, estão guardadas na terra – coração, nos mais diversos cantos e recantos dessa Pan-Amazônia. No tempo certo vão germinando e aos poucos se tornando árvores, dando seus frutos e abrigando muitos sonhos que ao longo do tempo vão se tornando realidade nos diversos territórios. É preciso respeitar os tempos que são diferentes para cada realidade, para cada povo, nas diferentes culturas, mas nunca sufocar as sementes e impedir seu processo de germinação. Assumo o compromisso de cuidar para que no tempo certo possam germinar, diria, continuarei cultivando terrenos e ajudando nos processos. A sinodalidade é uma opção do Regional Norte1 e o caminho percorrido pelo mesmo. Todas as Assembleias do Regional foram marcadas…
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Reconhecer os direitos das mulheres, uma luta que não pode ser ignorada

Nesta semana em que é comemorado o Dia Internacional da Mulher somos desafiados a refletir, cada um de nós, mas também como sociedade, sobre como a gente vê às mulheres. Ninguém pode esquecer que essa data surgiu a partir de um momento de luta por direitos, uma luta que, por outro lado, ainda continua. Devemos reconhecer que os direitos das mulheres em muitos países, também no Brasil, ainda não são garantidos. Nascer mulher é ser condenada desde o início da vida a viver com menos direitos, a ser marginalizada por uma sociedade que as inferioriza, que as coloca em um plano inferior. Como a gente reage diante dessa inferioridade? O que a gente faz, seja homem ou mulher, para combater essa injustiça instalada secularmente no meio de nós? Quais passos devem ser dados para que aquilo que aparece no papel, na lei, direitos iguais para homens e mulheres, seja vivenciado na prática, na vida cotidiana? As atitudes machistas estão presentes em muitos de nós, inclusive em muitas mulheres, que toleram situações machistas e inclusive apoiam, ou simplesmente se calam diante de injustiças com as que se deparam a cada momento. São situações que em muitos casos são assumidas como normais, quando de fato não deveriam ser vistas assim, pois na medida em que elas se perpetuam, a injustiça continua presente no meio de nós. Todos deveríamos colocar em nossa cabeça, mas também em nossa vida prática, que ser mulher não inferioriza ninguém, que o sexo feminino não faz ninguém menor, mais limitado. Ter capacidades diferentes entre homens e mulheres é algo que complementa, que enriquece, que nos faz ter visões que ajudam a crescer como sociedade, mas também como pessoas. Como Igreja também somos desafiados a descobrir o papel fundamental das mulheres nessa caminhada. Devemos reconhecer que a Igreja católica é uma Igreja de mulheres ainda “governada” por homens, que ocupam a grande maioria dos espaços de decisão. O Papa Francisco insiste constantemente em avançar nessa presença cada vez maior das mulheres nos espaços de decisão da Igreja. Aos poucos estão sendo dados passos, nem sempre tão grandes como deveriam ser dados, mas que são sinais de esperança para poder avançar em um caminho muitas vezes cheio de empecilhos. Como trazer isso para nossa realidade local, como garantir maior presença feminina nos espaços de decisão sociais e eclesiais? Como vivenciar em nossas comunidades esse protagonismo feminino que vai enriquecer a vida pessoal e comunitária de muita gente? Como ajudar no empoderamento das mulheres, também em nossa Igreja católica? Aproveitemos este tempo que estamos vivendo para avançar em uma reflexão que não pode ser adiada. É tempo de avançar na luta por direitos, por reconhecimento, por empoderamento feminino. Uma luta que é de todos, também de você, seja homem ou mulher. Não deixe passar mais uma oportunidade. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1 -Editorial Rádio Rio Mar

Dom Altevir chega em Tefé “com o espírito missionário da sinodalidade para caminharmos juntos”

O bispo eleito da Prelazia de Tefé, Dom José Altevir da Silva, diante de sua nomeação enviou uma mensagem ao administrado diocesano da Prelatura, Pe. Waibena Atama Mahoba Mellon, demais Presbíteros, Religiosos (as) e todo Povo de Deus. Dom Altevir afirma ter recebido sua nomeação “com espírito de fé”, dizendo chegar “com o espírito missionário da sinodalidade para caminharmos juntos”. Segundo o bispo eleito, “é precisamente no contexto deste caminho sinodal que aceitei de coração aberto esta minha nomeação para ser vosso pastor”. Ele tem lembrado seu lema episcopal: “Escuta, aprende, anuncia com alegria, esperança e caridade”, que insiste o bispo “indica o que desejo construir com vocês”. Segundo Dom Altevir, “mais que palavras é um programa de vida, que quer ser um indicativo que nos aponta um dinamismo missionário de quem quer servir, respondendo generosamente o sim na direção do anúncio da alegria do Evangelho, animados pelos sonhos do Papa Francisco contidos na ‘Querida Amazônia’”. Em uma Igreja missionada por seus irmãos espiritanos, anima ao novo bispo “saber que encontrarei uma Igreja viva, missionária, acolhedora e defensora da vida”. Junto com isso saber, “que posso contar com homens e mulheres de fé, cristãos leigos e leigas dispostos em avançar para águas mais profundas”, com os presbíteros e diáconos. Para exercer seu pastoreio pede a inspiração do Espirito Santo, seguindo o pedido do Papa Francisco: “O bispo deve sempre favorecer a comunhão missionária na sua Igreja diocesana, seguindo o ideal das primeiras comunidades cristãs, em que os crentes tinham um só coração e uma só alma. Para isso, às vezes pôr-se-á à frente para indicar a estrada, e sustentar a esperança do povo, outras vezes manter-se-á simplesmente no meio de todos com a sua proximidade simples e misericordiosa e, em certas circunstâncias, deverá caminhar atrás do povo, para ajudar aqueles que se atrasaram e, sobretudo, porque o próprio rebanho possui o olfato para encontrar novas estradas”. Finalmente, o bispo eleito coloca seu ministério apostólico “sob os cuidados maternos da Mãe de Deus, Nossa Senhora da Amazônia e de Santa Tereza D’Ávila”, querendo como pastor, junto com o rebanho, “encontremos no caminho sinodal a identidade de uma Igreja, comunhão, participação e missão”.   Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Dom José Altevir da Silva, CSSp, nomeado Bispo da Prelazia de Tefé

O Papa Francisco nomeou nesta quarta-feira 9 de março, Dom José Altevir da Silva, CSSp, novo bispo da Prelazia de Tefé (AM). Nascido em Ipixuna (AM), Diocese de Cruzeiro do Sul (AC), no dia 30 de setembro de 1962, estudou Filosofia em Manaus e Teologia no Instituto São Paulo de Estudos Superiores (Itesp), em São Paulo, realizando seus votos perpétuos na Congregação do Espírito Santo em 18 de novembro de 1989.  Após dois anos de estágio missionário na Nigéria, foi ordenado presbítero em 6 de dezembro de 1992, em Cruzeiro do Sul (AC). Dom Altevir realizou diferentes serviços na Congregação e na Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, onde foi secretário executivo da Comissão Episcopal para a Ação Missionária e Cooperação Intereclesial, sendo eleito provincial da Província Espiritana do Brasil em 2012, missão que desempenhou até ser nomeado bispo da Diocese de Cametá (PA) em 27 de setembro de 2017, recebendo a ordenação episcopal no dia 16 de dezembro de 2017, em Cametá, das mãos de Dom Leonardo Ulrich Steiner, OFM, sendo os co-consagrantes Dom Sérgio Eduardo Castriani, CSSp e Dom Frei Jesús María Cizaurre Berdonces, OAR, e tomou posse da diocese no mesmo dia. Seu lema episcopal é “Escuta, aprende e anuncia com alegria, esperança e caridade”. O Regional Norte 1 da CNBB publicou uma mensagem de acolhida ao novo bispo da Prelazia de Tefé, mostrando sua alegria diante da nomeação realizada pelo Papa Francisco. Dom Altevir, segundo a mensagem, “já conhece a realidade amazônica, pois nasceu no Estado do Amazonas e está sendo transferido da Diocese de Cametá (PA)”. A presidência do Regional Norte1, em nome dos seus irmãos bispos, o acolhe “de coração e de braços abertos e lhe desejamos longo e fecundo ministério entre nós”. Finalmente, suplicam “à Santa Teresa D´Avila, padroeira da Prelazia de Tefé, que o conduza em sua nova missão como pastor desta Igreja particular”. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Regional Norte1 nomeou Ir. Rose Bertoldo Secretária do Regional

A Presidência do Regional Norte1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, emitiu um comunicado onde deu a conhecer “que a Ir. Roselei Bertoldo foi nomeada Secretaria Executiva do Regional”. Segundo o texto, assinado pelo Presidente, Dom Edson Tasquetto Damian, o Vice-presidente, Dom Edmilson Tadeu Canavarros dos Santos, e o Secretário, Dom Zenildo Luiz Pereira da Silva, “a religiosa do Imaculado Coração de Maria assumirá sua missão nesta terça-feira 8 de março, Dia Internacional da Mulher”. A religiosa, segundo relata o comunicado, é “missionária no Regional Norte1 da CNBB desde há 10 anos”, tendo “acompanhado a vida das 9 Igrejas Particulares do Regional em diferentes presenças e atividades, de modo especial no enfrentamento ao abuso, exploração sexual e o tráfico de pessoas na Rede um Grito pela Vida”. A nova Secretária, “que participou como auditora na Assembleia Sinodal do Sínodo para a Amazônia”, segundo afirma o comunicado, “dará continuidade aos trabalhos que vem sendo realizados no Regional Norte1”. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Novas missionárias no Alto Solimões: mais um esforço para testemunhar una Igreja de presença

“Querida Diocese de Alto Solimões, a Comunidade Missionária de Cristo Ressuscitado está muito feliz de estar finalmente aqui, junto a vocês, no município de Tonantins”. Essas são as palavras da nova comunidade chegada na Diocese de Alto Solimões, mais uma presença da missionária no Alto Solimões, segundo Dom Adolfo Zon Pereira. As novas missionárias, afirma o bispo, irão colaborar com as Irmãs de Santa Catarina na Paróquia de São Pedro no Município de Tonantins. Dom Adolfo destaca que essa nova presença é “mais um esforço para estar mais perto do povo ribeirinho e testemunhando una Igreja cada vez mais de presença”. A novas missionárias são uma leiga (Maria Virgínia) e duas consagradas (Maria Inês e Mariana), que irão ficar “pelo menos este ano nesta terra, fazendo caminho de comunidade intercongregacional junto às irmãs de Santa Catarina, quem nos acolheram com muito amor e alegria”.  Eles estão vivendo este momento desde “a certeza que Deus guia os nossos passos, que foi a mesma Ruáh, o ‘Vento de Deus’, o Espirito que guiou o caminho de Jesus, quem inspira agora esse sonho e nos trouxe até aqui”.  As recém chegadas, que participaram do Curso de Realidade Amazônia, insistem que “nossa maior expectativa é partilhar a vida com esse povo que vamos ir conhecendo, fortalecer o que o mesmo Deus já vem fazendo aqui na vida das pessoas e através da congregação que nos acolhe”. Finalmente afirmam esperar “no caminho ter elementos para continuar o nosso discernimento: com quem, aonde e como é que Deus nos chama a entregar nossas vidas nesta terra amazônica”. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

CPT Regional e Arquidiocesana se reúnem em Manaus

Nos dias 3 a 6 de março, reuniram-se a na Casa de Retiro Santana agentes de pastoral da Comissão Pastoral da Terra (CPT), de vários municípios da Arquidiocese de Manaus e da Prelazia de Itacoatiara. Após 2 anos sem encontros presenciais devido à pandemia, a CPT conseguiu realizar este encontro de formação. Segundo a irmã Agostinha, “como sempre, a convivência e troca de experiências foram especialmente enriquecedoras”. Ao longo dos dias foram realizadas diversas atividades. A primeira noite foi dedicada à escuta sinodal da CPT na Arquidiocese de Manaus. Já no segundo dia de manhã Valeria Regina Gomes da Silva, advogada e Coordenadora Territorial do Memorial Chico Mendes, dialogou com os participantes do encontro sobre vários conflitos de terra no Estado do Amazonas, esclarecendo sobre várias situações fundiárias e seus impactos socioambientais. Irmã Jeane Bellini, da CPT Nacional, apresentou a Missão e Metodologia da CPT e Manuel da Carmo, filosofo e teólogo e agente da CPT da Arquidiocese de Manaus apresentou a integração da CPT nas pastorais das dioceses e prelazias no Amazonas. O encontro também serviu para acolher duas irmãs que chegaram em Manaus faz pouco tempo e pretendem somar com a Rede Grito pela Vida e a CPT. Aos poucos, vai se criando uma rede de articulações entre as pastorais e outras entidades que apoiam e acompanham as comunidades tradicionais, ribeirinhas e indígenas. Luis Miguel Modino, assessor de Comunicação CNBB Norte1 – Com informações da CPT

“Na Câmara dos Deputados não se discute pensando no povo”, afirma Dom Ionilton sobre “PL do Veneno”

Um Projeto de Lei que estava em discussão na Câmara Federal desde 2002 e que finalmente, depois de 20 anos, tem sido aprovado. Com o PL 6299/2002 estamos diante da legalização da produção de agrotóxicos genéricos no Brasil, e flexibiliza os critérios de controle dessas substâncias com a intenção com a intenção de favorecer o pessoal do agronegócio, segundo Dom José Ionilton Lisboa de Oliveira, presidente da Comissão Pastoral da Terra (CPT). Uma aprovação que decreta “a morte da floresta, a morte dos ecossistemas e o adoecimento da população do Brasil de forma legalizada, um ecocídio e um genocídio legalizado, de gigantescas proporções”, afirma Tainá Marajoara. A diretora do projeto CATA – Cultura Alimentar Tradicional Amazônica – da ONG Amazônia Viva defende que na Amazônia, “os investimentos deveriam ser em conservação, preservação e a economia gerada na floresta, a partir da justiça social e do bem viver”. Para alguém que é uma das lideranças nacionais pelo reconhecimento da comida como cultura, “os investimentos no veneno são o oposto do que o próprio G20 está colocando como amenização dos impactos das mudanças climáticas. É uma política de destruição e de devastação, que ela vem para acirrar conflitos, ela dá muita força para o agronegócio, e ela decreta uma guerra aos povos da Amazônia, é a morte dos povos da Amazônia pelo envenenamento”, até o ponto de dizer que “o agro recebe o poder de envenenar os povos da Amazônia”.  Não podemos esquecer que o atual Governo Federal já aprovou 1517 novos agrotóxicos, em um país que é o que mais gasta em agrotóxico no mundo com 10 bilhões de reais. As consequências a gente vê nas doenças que provocam os venenos: “doenças neurológicas, dificuldades respiratórias, irritações na pele, problemas gastrointestinais, alterações no sistema reprodutor masculino e feminino, câncer no cérebro, câncer de mama, câncer no esófago, câncer de pele, câncer no sistema digestivo, fibrose pulmonar, o mal de Parkinson, as alergias respiratórias e as lesões renais”, afirma Dom José Ionilton. Junto com isso, nos deparamos com as consequências para o meio ambiente. Nesse ponto, o bispo da Prelazia de Itacoatiara, insiste em que “para nós que estamos aqui na Amazônia, os agrotóxicos, eles contaminam o solo e contaminam as águas. Evidentemente que contaminando o solo e contaminando as águas, eles vão trazer problemas sérios na saúde das pessoas que estão aqui, vivendo na Amazônia, na margem dos nossos rios, lagos e igarapés, que só tem acesso a essas águas, a população que consome o peixe, que vão estar já contaminados”. Segundo Tainá Marajoara, “o Pacote do Veneno não gera alimento, gera fome, escassez, conflito, morte”. Ela insiste em que estamos diante de “um pacote de maldades que está aliado a legalização da grilagem, destruição das políticas ambientais, concentração de terras e renda e a violação dos Direitos Humanos”. Por isso, a conselheira nacional de Cultura Alimentar, denuncia que o veneno “é usado cada vez mais como arma química em sobrevoos acima das populações e a contaminação dos solos, água e plantações provoca o deslocamento das populações, sendo essas áreas tomadas pelo agronegócio, seja na bala, seja na contaminação, seja por decreto”. Tainá insiste em que existem alternativas, fazendo um chamado a dar “visibilidade às economias que mantem a floresta em pé e o seu povo vivo, que são produções baseadas em justiça social, sem precarização do trabalho, são processos de produção que são aliados à conservação da floresta, é a geração de renda sem gerar escassez”. Insistindo em que isso é possível, se posiciona abertamente contra “a narrativa de que é preciso destruir e os povos têm que deixar suas terras”, algo que define como “uma narrativa do sistema hegemónico, que transforma a nossa realidade de conservação aliada ao bem viver dos povos em utopia”. Diante da falta de reação da população brasileira diante desses fatos, tanto o presidente da CPT como Tainá Marajoara, fazem um “chamando a fazer pressão para fazer valer a lei. É tempo de mobilização e fazer os nossos protestos diante de uma lei que traz doenças e morte”, insiste o bispo. Segundo a Diretora do projeto CATA, “o governo foi eleito com um discurso fascista, um discurso racista, um discurso machista e um discurso de eliminação dos povos da floresta, dos quilombolas, das comunidades locais, aonde esse discurso é financiado por esse lobby nacional e mundial, para que haja uma comunicação de convencimento de que o desenvolvimento do pais, ele está concentrado na mão de uma pequena parcela da população aonde essa parcela que é detentora do poder económico, ela se apresenta como um exemplo de saída da miséria, de saída pobreza”. Ela denuncia o discurso colonialista do bolsonarismo, chamando a derrubar o que ela denomina “os pilares fascistas que estão calcados no colonialismo”.  Nesse sentido, Tainá vê a aprovação do PL do veneno, como “uma vitória do agronegócio que está sendo sustentada pelo governo da morte”. Estamos diante de mais um projeto pensado a partir de “interesses de grupos que tem poder econômico e que influenciam essas votações”, segundo Dom José Ionilton. Ele lembra que os membros do poder legislativo “são eleitos para representar o povo”, mas “na Câmara dos Deputados não se discute pensando no povo”, algo que diz ser “muito triste, muito lamentável”, fazendo um chamado à Igreja da Amazônia a se posicionar diante dessa realidade e a lutar pela vida e pela natureza, dons de Deus que precisam ser preservados, um pedido do Papa Francisco em Laudato Si e Querida Amazônia. Tainá Marajoara faz um chamado a se tornar conscientes das inúmeras atividades que geram riqueza, frente ao agronegócio, que “traz a oneração do governo brasileiro em suas mais diversas formas, não contribui com impostos, ele gera um adoecimento da população, desde a hora que ele começa o manejo no campo, com veneno, com transgénicos, até o consumidor que está dentro da barriga da mãe, quando essa criança já tem problemas genéticos provocados por esse tipo de produção do agronegócio”. Por isso, ela insiste em que “barrar o PL do Veneno…
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Missionários de Guadalupe assumem Missão na Amazônia para superar as fronteiras

Os Missionários de Guadalupe, inspirados e desafiados pela mensagem da Exortação Apostólica pós-sinodal Querida Amazônia, estabeleceram o objetivo de um projeto missionário que transcende as fronteiras em uma Amazônia onde os rios se unem. A decisão foi tomada no XI Capítulo Geral dos Missionários de Guadalupe, um Instituto fundado em 1949 pelos bispos do México para impulsar a missão ad gentes, realizada em novembro de 2020 na cidade mexicana de Guadalajara, onde decidiram “ser um Instituto em movimento que responda a todas as áreas da missão“. Uma decisão que os levou a rever seus compromissos e a proceder para cumprir, preservar e abrir novos compromissos.  Querida Amazônia, em seu número 61, diz que “A Igreja é chamada a caminhar com os povos da Amazônia”. Já em seu número 90, chama “…a promover a oração pelas vocações sacerdotais” e “a ser mais generoso em levar aqueles que mostram vocação missionária a optarem pela Amazônia“. Na Tríplice Fronteira Brasil-Peru-Colômbia, os Missionários de Guadalupe trabalharão na Diocese de Alto Solimões, na cidade de Tabatinga, nos bairros da periferia Umariaçu I e II (Ticuna) e na área de Ifam-Kokama. Também o farão no lado peruano, no Vicariato de San José del Amazonas, onde assumirão a paróquia de Caballo Cocha e a Comunidade de Pebas, este último lugar, onde também colocarão o ano de formação pastoral e espiritual dos seua seminaristas (CESPA). Os Missionários de Guadalupe pretendem “retomar nosso carisma missionário de acordo com a realidade atual; responder ao chamado da Missão inspirada na Querida Amazônia: estar presentes e a serviço de nossos irmãos e irmãs dos povos originários, das comunidades ribeirinhas e das periferias; seguir uma rota amazônica de Pucallpa (Ucayali) ao Amazonas (Manaos), passando por pontos estratégicos, Solimões, Javari, etc.”. Em relação ao Povo Ticuna, pretende unir o esforço que está sendo realizado para relacionar, comunicar e integrar a atividade evangelizadora entre os Ticuna que vivem na Colômbia, no Brasil e no Peru. Para realizar esta missão, os Missionários de Guadalupe estão criando equipes missionárias formadas por missionários leigos, seminaristas, diáconos, sacerdotes diocesanos associados aos Missionários de Guadalupe e os sacerdotes Missionários de Guadalupe, em colaboração com os bispos das Igrejas particulares, onde realizarão sua missão, acompanhando e realizando os Planos Pastorais das dioceses e vicariatos. Segundo o padre Eugenio Romo, a nova missão visa realizar algo que o cardeal Pedro Barreto, presidente da Rede Eclesial Pan-Amazônica (REPAM), lhe indicou, o que o fez ver que “era necessário ir além das fronteiras geográficas e políticas para olhar a Amazônia como uma realidade territorial onde vivem grupos étnicos e precisam ser acompanhados pastoral e espiritualmente em seu caminho”. O Padre Geral afirma que “os Missionários de Guadalupe decidiram romper com esta realidade geográfica e política para ver e ir em direção a estes grupos étnicos“. Por isso decidimos concentrar nossa presença missionária no Vicariato Apostólico de Pucallpa, no Vicariato Apostólico de São José do Amazonas, na Diocese de Alto Solimões e na Arquidiocese de Manaus”, insistindo em sua decisão de acompanhar o que os bispos pedirem. Os Missionários de Guadalupe pretendem acompanhar as comunidades indígenas, algo que já fazem com diferentes povos, e que é visto por seu General como “um passo muito importante que os Missionários de Guadalupe estão dando ao considerar a Amazônia como uma missão ad gentes”, algo pelo qual eles se confiam à Virgem de Guadalupe. Uma missão que eles querem realizar junto com os leigos, “entendendo a vocação dos leigos não como alguém que vem nos ajudar como sacerdotes, mas como alguém que tem sua própria vocação para pregar Cristo“, afirma o Padre Romo, que insiste que “sacerdotes e leigos se complementam e nós podemos responder às necessidades destas comunidades”. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte 1