Av. Epaminondas, 722, Centro, Manaus, AM, Brazil
+55 (92) 3232-1890
cnbbnorte1@gmail.com

Autor: cnbbnorte1blog@gmail.com

Taracuá, na Diocese de São Gabriel da Cachoeira, acolhe voluntarias da REIBA

A comunidade indígena de Taracuá, no Rio Uaupés, na Região conhecida como Triângulo Tucano, recebeu nesta quinta-feira 3 de março as duas missionárias enviadas pela Rede de Educação Intercultural Bilíngue Amazônica (REIBA). A REIBA, que faz parte da Rede Eclesial Pan-Amazônica (REPAM) está realizando o processo de articulação e fortalecimento das propostas educativas em perspectiva intercultural bilíngue nos países da Pan-Amazônia,e conta com o apoio da Confederação de Religiosos de Latino-américa e Caribe (CLAR), da Confederação dos Religiosos do Brasil (CRB), e da Conferência Eclesial da Amazônia (CEAMA). Fundada em 2020, a REIBA quer responder aos desafios do Sínodo para a Amazônia, recolhidos no Documento Final e na Querida Amazônia, buscando novos caminhos para uma educação que responda às necessidades das comunidades, respeitando e integrando a identidade cultural e linguística. O programa conta com educadores voluntários, que acompanham a dinâmica educativa local, aprendendo com os professores das comunidades para ensinar melhor, conhecendo a cultura, a língua, o modo de ser das comunidades. A Irmã Tatiana Barbosa, chegada da Bahia, e Luciana Maran Ferreira, chegada de Belo Horizonte, são as voluntárias que vão permanecer na comunidade de Taracuá por dois anos. Elas foram acompanhadas na sua viagem desde São Gabriel da Cachoeira por Dom Edson Damian, que presidiu a Eucaristia onde as voluntárias foram apresentadas pelo bispo diocesano e acolhidas com grande alegria pela comunidade. Segundo a Ir. Mariluce Mesquita, “a chegada das missionárias significa a concretização do resultado do Sinodo da Amazônia”. A religiosa salesiana, que foi uma das representantes dos povos indígenas na Assembleia Sinodal do Sínodo para a Amazônia, e é professora na escola indígena da comunidade, afirmou que “são voluntarias da REIBA que vão colaborar na escola indígena bilíngue intercultural em Taracuá, principalmente vão ajudar aos professores de Língua Tukano que é língua materna nas séries iniciais da alfabetização”. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Destacada presença de profissionais da educação no lançamento da CF na Diocese de Coari

Com uma Celebração Eucarística na catedral de Sant’Ana presidida pelo bispo diocesano, Dom Marcos Piatek, a Diocese de Coari lançou na Quarta-feira de Cinzas a Campanha da Fraternidade 2022, que tem como tema “Fraternidade e Educação”, e como lema “Fala com Sabedoria, ensina com amor”. Na celebração, segundo o bispo local, foram convidados os gestores e gestoras das 35 escolas municipais e estaduais, juntamente com as instituições do ensino particular. Dom Marcos Piatek mostrou sua satisfação diante da grande presença de profissionais da área da educação na celebração. Segundo o bispo da Diocese de Coari, essa presença mostra “o grande interesse pelo tema da Campanha da Fraternidade deste ano”. Na sua homilia, o bispo apresentou o significado da Quaresma, sua espiritualidade e compromissos, e junto com isso refletiu brevemente sobre o conteúdo do Texto Base da Campanha da Fraternidade 2022. Seguindo o pedido do Papa Francisco, que convocou a Jornada Mundial de Oração e Jejum pela Paz na Ucrânia, Dom Marcos Piatek convidou todos para orar pela paz no mundo, especialmente pelo fim do conflito no país do Leste da Europa. Na hora da imposição das cinzas, querendo valorizar os profissionais da educação, a primeira pessoa que recebeu as cinzas das mãos de Dom Marcos foi a gestora de uma das escolas, que depois impus as cinzas na fronte do bispo. No final da celebração o bispo da Diocese de Coari agradeceu a presença dos professores e servidores da área da educação e mostrou o desejo de “colaborarmos juntos pela educação integral das pessoas no mundo atual”. Para ajudar a trabalhar a Campanha da Fraternidade na cidade de Coari, todos os gestores e gestoras receberam o Texto Base da Campanha da Fraternidade e o Cartaz. Junto com Dom Marcos Piatek, participaram da celebração de abertura da Quaresma e da Campanha da Fraternidade, os padres que trabalham na cidade de Coari, a Vida Religiosa, os seminaristas e numerosos fieis. Finalmente, o bispo diocesano pediu “para que esta Quaresma seja copiosamente abençoada por Deus e para que saibamos ‘falar com sabedoria e ensinar com amor’”. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

A necessidade e a urgência de não nos cansarmos de fazer o bem

A Carta aos Gálatas nos diz: “Não nos cansemos de fazer o bem; porque, a seu tempo colheremos, se não tivermos esmorecido. Portanto, enquanto temos tempo, pratiquemos o bem para com todos”. Esse texto tem inspirado o Papa Francisco em sua mensagem para a Quaresma de 2022. Quem participou da celebração das Cinzas escutou: “Convertei-vos e crede no Evangelho”. É um chamado pessoal, mas também comunitário. Somos chamados a mudar de vida, mas também de horizonte social, uma necessidade mais do que urgente em um mundo enfrentado pelas guerras, fruto do ódio cada vez mais presente na vida da humanidade.  O texto da Carta aos Gálatas nos fala de colheita, algo que é consequência da semeadura. Mas o que a gente está semeando, será que temos semeado o bem? Quais atitudes se fazem presentes na nossa vida? Em que valores educamos as futuras gerações? O Papa Francisco nos faz ver que “muitas vezes, na nossa vida, prevalecem a ganância e a soberba, o anseio de possuir, acumular e consumir”. Daí o chamado da Quaresma “à conversão, a mudar mentalidade, de tal modo que a vida encontre a sua verdade e beleza menos no possuir do que no doar, menos no acumular do que no semear o bem e partilhá-lo”, afirma o Papa. Muitas vezes nós reclamamos do que vemos em volta, mas esquecemos que isso é consequência do plantio em tempos passados. Pouco temos nos preocupado de semear o bem para os outros, nos deixando prender pelas “lógicas mesquinhas do lucro pessoal”, deixando de lado toda atitude de gratuidade, segundo nos diz a mensagem pontifícia.   A pandemia nos lembrou que estamos todos no mesmo barco, que ninguém se salva sozinho, algo que muitos não querem entender. Por isso somos desafiados a cada dia a não nos cansarmos de extirpar o mal da nossa vida, e assumir a necessidade de não nos cansarmos de fazer o bem, de praticar a caridade, de cuidar de quem está próximo de nós, especialmente de quem está ferido “para procurar, e não evitar, quem passa necessidade; para chamar, e não ignorar, quem deseja atenção e uma boa palavra; para visitar, e não abandonar, quem sofre a solidão”, insiste o Papa Francisco. Essa mudança pessoal e comunitária deve ser constante, aos poucos, juntos, porque juntos somos mais e chegamos mais longe. Porque no cuidado mutuo encontramos os melhores caminhos para alcançar os frutos. Porque o amor fraterno é sinal de alegria e presença na vida da gente de um Deus que sempre ama, que sempre se doa, que nunca cansa de fazer o bem. E a gente, será que vai cansar? Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1 – Editorial Rádio Rio Mar

Caritas Alto Solimões e Rede de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas da Tríplice Fronteira planejam ações para 2022

A Diocese do Alto Solimões realizou de 26 a 28 de fevereiro a Assembleia da Caritas Diocesana, que teve como tema: “Economia de Francisco e Clara” e como lema: “O trabalho dignifica”. Segundo Marcia Maria de Souza Miranda, articuladora da Caritas Regional Norte 1, “foram três dias de reencontro, aprendizado e planejamento das ações para 2022”, contando com a assessoria da Ir. Michele Silva. Segundo a articuladora da Caritas Regional Norte 1, “a Caritas diocesana pretende aprofundar o conhecimento na área de ação da economia solidária, através do fortalecimento dos grupos e investindo na promoção humana”. Após a reflexão ao longo da Assembleia, onde fizeram-se presentes 50 agentes Caritas, entre padres, leigos, religiosos e religiosas, representantes das oito paroquias da diocese, surgiram propostas de planejamento, que devem repercutir no trabalho que é realizado nas bases. Em continuidade com a Assembleia da Caritas, no dia 1º de março, a Rede de Enfrentamento ao Tráfico De Pessoas da Tríplice Fronteira se reuniu em uma roda de conversa. Participaram 35 pessoas dos três países: Colômbia, Peru e Brasil, e teve também como assessora a Ir. Michele Silva da Rede um Grito pela Vida, contando com a presença de Marcia Maria de Souza Miranda, que é membro do Conselho Estadual de Proteção a Crianças e Adolescentes. Foi ocasião de diálogo e de rearticulação da Rede na Fronteira, depois de dois anos de pandemia. Segundo Verónica Rubi, foi “um momento para partilhar a realidade e situações que fazem parte da vida do povo, situações de tráfico de Pessoas, de violência, de desaparecimento de pessoas, de morte”. A articuladora da Rede de Enfrentamento ao Tráfico De Pessoas da Tríplice Fronteira, afirmou que “partindo do diálogo buscamos formas de enfrentar aquilo que está acontecendo, em base da prevenção e da visibilidade do tráfico de Pessoas”. O retorno das aulas presenciais é uma oportunidade para retomar o trabalho de prevenção nas escolas, segundo Verônica, que diz estar planejando um seminário de formação para final de julho, onde quer se dar a conhecer o trabalho da rede e avançar na parceria com instituições da Tríplice Fronteira. Verónica Rubi destaca que no encontro participaram pessoas da Paróquia Santos Anjos de Tabatinga, que estão se somando ao trabalho da Rede, da qual fazem parte missionários e missionárias leigos, padres, religiosos e religiosas, sensíveis com esta causa e dispostos a fortalecer esta rede de vida. Também se fez presente Dom Adolfo Zon, bispo da Diocese de Alto Solimões. Em resumo, a articuladora da Rede de Enfrentamento ao Tráfico De Pessoas da Tríplice Fronteira insiste em que foi um espaço para “retomar o contato, reconhecer novos rostos que querem se unir nesta rede e planificar os passos nos próximos meses, sobretudo naquilo que faz referência à prevenção”.   Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Dom Leonardo na abertura da CF: “Uma educação que nos leva a sermos mais pessoas, mais humanos”

  Promover diálogos a partir da realidade educativa do Brasil à luz da fé cristã, buscando caminhos de humanismo integral e solidário. Esse é o objetivo da Campanha da Fraternidade 2022, que como aconteceu em muitas cidades do Brasil, tem realizado sua abertura na Arquidiocese de Manaus, em uma celebração presidida por Dom Leonardo Stenier, e que contou com a presença dos bispos auxiliares, Dom José Albuquerque e Dom Tadeu Canavarros, assim como representantes do clero, da Vida Religiosa e das pastorais e movimentos da Arquidiocese. A celebração aconteceu no Instituto de Educação do Amazonas, instituição de ensino que acompanha a vida da capital do Amazonas há 130 anos, onde foi colocado o papel da educação como “serviço indispensável à vida”. Dom Leonardo iniciou suas palavras lembrando o convite do Papa Francisco ao jejum e a oração nesta Quarta-feira de Cinzas, pedindo pela Paz na Ucrânia, insistindo na importância de educar para a Paz. A celebração foi momento para denunciar tudo aquilo que está dificultando a educação no Brasil, chamando os presentes a refletir e pedir perdão pela indiferença diante disso. Dom Leonardo chamou a assumir o espírito da Quaresma, “caminharmos com Jesus que sofrem Jesus das dores, Jesus Crucificado”, insistindo em que todo caminho conduz à Ressurreição, à vida nova em Jesus. O arcebispo definiu a Quaresma como tempo de transformação, de conversão, de jejum, de esmola, de oração, como um tempo para refletir sobre a educação, que “é tão importante na nossa vida”, como algo que “vai nos introduzindo na vida”, que nos ajuda a ir descobrindo “valores que dão direção à nossa vida”, a ir percebendo “quais são dimensões maiores e necessárias para podermos viver e viver com dignidade, justiça, amor e paz”. Dom Leonardo também fez referência à educação na fé, a despertar para relações profundas, necessárias, relações realizadoras. O arcebispo destacou que “toda educação deseja ser o caminho da dignificação, da transformação, o caminho da fraternidade, do amor, da justiça e da paz”. Por isso, chamou as comunidades e as escolas a refletir a Campanha da Fraternidade, a gerar espaços para “uma educação humana, não apenas informativa, mas transformativa, uma educação que nos leva a sermos mais pessoas, mais humanos”. Ele chamou a refletir sobre o descuido que hoje acontece com a educação, especialmente a educação pública. Às escolas católicas, o arcebispo as chamou a promover uma educação não apenas na fé, mas na cidadania. Finalmente, Dom Leonardo lembrou da Mensagem do Papa Francisco com motivo da Campanha da Fraternidade, onde ele lembrou da importância da educação. Uma oportunidade para descobrir a educação como instrumento de elevação da pessoa, a pessoa que se sente de novo dignificada, inserida e não condenada à morte, segundo o arcebispo. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Papa Francisco chama os brasileiros a “uma educação promotora da fraternidade universal e do humanismo integral”

O Papa Francisco enviou nesta Quarta-feira de Cinzas uma mensagem à Igreja do Brasil refletindo sobre a importância da Campanha da Fraternidade, que neste ano tem como tema: “Fraternidade e Educação”. Na mensagem, o Santo Padre convida a refletir a relação entre Fraternidade e Educação, que ele considera “fundamental para a valorização do ser humano em sua integralidade, evitando a ‘cultura do descarte’ – que coloca os mais vulneráveis à margem da sociedade – e despertando-o para a importância do cuidado da criação”. O Santo Padre adverte sobre a “urgência em adotar ações transformadoras no âmbito educativo a fim de que tenhamos uma educação promotora da fraternidade universal e do humanismo integral”. O Papa Francisco lembra suas palavras no convite para um Pacto Educativo Global, onde diz que “Nunca, como agora, houve necessidade de unir esforços numa ampla aliança educativa para formar pessoas maduras, capazes de superar fragmentações e contrastes e reconstruir o tecido das relações em ordem a uma humanidade mais fraterna”. Em suas palavras, o Papa chama a “reconhecer e valorizar a importante missão da Igreja no âmbito educativo”, algo que deve ir unido com a “responsabilidade dos governos na tarefa de auxiliar as famílias na educação dos filhos, garantindo a todos o acesso à escola”. Nesse sentido, ele insiste em que: “As religiões sempre tiveram uma relação estreita com a educação, acompanhando as atividades religiosas com as educativas, escolares e acadêmicas. Como no passado, também hoje queremos, com a sabedoria e a humanidade das nossas tradições religiosas, ser estímulo para uma renovada ação educativa que possa fazer crescer no mundo a fraternidade universal”. Que a educação “torne-se causa de grande esperança em cada comunidade eclesial e de efetiva renovação nas escolas e universidades católicas”, é o desejo do Papa Francisco para a Igreja do Brasil nesta Quaresma, “tendo como modelo de seu projeto pedagógico a Cristo, transmitam a sabedoria educando com amor, tornando-se assim modelos desta formação integral para as demais instituições educativas”. Também insiste na verdadeira conversão que deve nascer da reflexão proposta pela Igreja do Brasil para esta Quaresma, e ao mesmo tempo, “que as sementes lançadas ao longo deste caminho encontrem nos corações dos fiéis a boa terra onde possam frutificar em ações concretas a favor de uma educação integral e de qualidade”. Finalmente, confia a Campanha da Fraternidade aos cuidados de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, dando a Bênção Apostólica “a todos os filhos e filhas da querida nação brasileira, de modo especial àqueles que se empenham por uma educação mais fraterna”, encerrando sua mensagem com seu já conhecido pedido que “continuem a rezar por mim”. Texto íntegro da Mensagem: Queridos irmãos e irmãs do Brasil!   Ao iniciarmos a caminhada quaresmal de conversão rumo à celebração do Mistério Pascal de Cristo, nos dispomos a ouvir o chamado de Deus que deseja conduzir-nos, através das práticas penitenciais do jejum, da esmola e da oração, ao encontro pessoal e renovador com o Ressuscitado, em quem temos a verdadeira vida e do qual devemos ser fiéis testemunhas. Para auxiliar os fiéis nesse percurso de encontro, a Igreja no Brasil propõe à reflexão de todos, na Campanha da Fraternidade deste ano, o importante tema da relação entre “Fraternidade e Educação”, fundamental para a valorização do ser humano em sua integralidade, evitando a “cultura do descarte” – que coloca os mais vulneráveis à margem da sociedade – e despertando-o para a importância do cuidado da criação. Efetivamente, ao olhar para a sociedade hodierna, percebe-se de maneira muito clara a urgência em adotar ações transformadoras no âmbito educativo a fim de que tenhamos uma educação promotora da fraternidade universal e do humanismo integral, como recordado no convite para um Pacto Educativo Global: “Nunca, como agora, houve necessidade de unir esforços numa ampla aliança educativa para formar pessoas maduras, capazes de superar fragmentações e contrastes e reconstruir o tecido das relações em ordem a uma humanidade mais fraterna” (Mensagem, 12/09/19). Ao mesmo tempo que se reconhece e valoriza a responsabilidade dos governos na tarefa de auxiliar as famílias na educação dos filhos, garantindo a todos o acesso à escola, deve-se igualmente reconhecer e valorizar a importante missão da Igreja no âmbito educativo: “As religiões sempre tiveram uma relação estreita com a educação, acompanhando as atividades religiosas com as educativas, escolares e acadêmicas. Como no passado, também hoje queremos, com a sabedoria e a humanidade das nossas tradições religiosas, ser estímulo para uma renovada ação educativa que possa fazer crescer no mundo a fraternidade universal” (Discurso, 5/10/21). Desejo de todo o coração que a escolha do tema “Fraternidade e Educação” torne-se causa de grande esperança em cada comunidade eclesial e de efetiva renovação nas escolas e universidades católicas, a fim de que, tendo como modelo de seu projeto pedagógico a Cristo, transmitam a sabedoria educando com amor, tornando-se assim modelos desta formação integral para as demais instituições educativas. Desejo igualmente, queridos irmãos e irmãs, que o itinerário quaresmal, iluminado pela reflexão proposta, seja ocasião de verdadeira conversão e que as sementes lançadas ao longo deste caminho encontrem nos corações dos fiéis a boa terra onde possam frutificar em ações concretas a favor de uma educação integral e de qualidade. Confiando estes votos aos cuidados de Nossa Senhora Aparecida e como penhor de abundantes graças celestes que auxiliem as iniciativas nascidas a partir da Campanha da Fraternidade, concedo de bom grado a todos os filhos e filhas da querida nação brasileira, de modo especial àqueles que se empenham por uma educação mais fraterna, a Bênção Apostólica, pedindo que continuem a rezar por mim. Roma, São João de Latrão, 10 de janeiro de 2022. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Dom Mário Antônio da Silva: Vou para Cuiabá “com o coração livre para continuar servindo à Igreja”

No dia 23 de fevereiro de 2022, Dom Mário Antônio da Silva foi nomeado arcebispo de Cuiabá, algo que está vivendo como “um segundo chamado, digamo-lo assim, para o local que Deus está indicando”. Ele afirma sair “com o coração apertado por deixar Roraima, mas também com o coração livre para continuar servindo à Igreja, na Arquidiocese de Cuiabá, porque acho que é o local que Deus está me indicando”. Dom Mário Antônio relata a mistura de sentimentos que está vivendo nos últimos dias diante uma responsabilidade maior, de um chamado a “avançar para águas mais profundas”. Ele insiste em que vai para Cuiabá “como continuidade de um processo que Deus colocou na minha vida”, carregando com ele o carinho e as dores do povo, “o Evangelho vivo com as pessoas”. Seu ministério episcopal em Roraima foi marcado fortemente pelo trabalho com os migrantes e refugiados venezuelanos de uma diocese onde segundo o bispo, teve que “nos preparar, nos reinventar, nos organizar, nos unir, para um trabalho de acolhida emergencial e também de proteção, de integração dos irmãos migrantes em nosso meio”. Também com os povos indígenas, onde em cada visita diz ter vivido “um aprendizado singular”. Em Cuiabá, seu arcebispo eleito quer “abraçar e aderir as nobres causas daquela Igreja, para que possamos construir um mundo justo e fraterno com os valores do Reino de Deus”. Atrás deixa uma terra que “me fez bem, me fez crescer, me fez missionário”, o que provoca nele um sentimento de gratidão. Na última quarta-feira, o Papa Francisco nos surpreendeu com uma notícia que pouca gente esperava, sua nomeação como Arcebispo de Cuiabá. Como está vivendo os primeiros momentos depois da nomeação? Os primeiros momentos depois da nomeação como Arcebispo de Cuiabá, no Mato Grosso, está sendo de experimentar primeiramente a graça de Deus, que me fortalece, que me ilumina e me ajuda a reconhecer que sair de Roraima e ir para Cuiabá em este momento, é uma transferência, é um deslocar-se, é um segundo chamado, digamo-lo assim, para o local que Deus está indicando. Vou com tranquilidade, com o coração apertado por deixar Roraima, mas também com o coração livre para continuar servindo à Igreja, na Arquidiocese de Cuiabá, porque acho que é o local que Deus está me indicando. Além dessa graça de Deus, dessa força que é indispensável, tenho recebido muitas mensagens de acolhida, de boas-vindas do povo de Cuiabá e do Mato Grosso. Também dos bispos e padres do Regional Oeste2, e isso me encoraja, isso abre portas para os preparativos de minha chegada, lá no início do mês de maio. Ao mesmo tempo, tenho recebido inúmeras mensagens como orações do povo da nossa Diocese de Roraima, também dos padres, bispos e Vida Religiosa Consagrada aqui do nosso Regional Norte1, Amazonas e Roraima. E isso também me fortalece, e tento ver também como momento de entrega, de envio, até mesmo de partilha com a Igreja do Regional Oeste2. O nosso Regional, a Diocese de Roraima, que partilha sua missão através da minha pessoa, do meu ministério, sobretudo com a graça de Deus nessa nova realidade, nessa nova missão que fui chamado. Este momento também está me fazendo vivenciar algo muito evangelizador através dos meios de comunicação, seja rádio, televisão, redes sociais, as reportagens por escrito, por vídeo, está sendo um momento evangelizador, de poder expressar a graça de Deus, a beleza do Evangelho, e também os desafios da nossa Amazônia, no cuidado da vida humana e de toda a Criação. É uma mistura de sentimentos, mas sobretudo uma prioridade de servir e continuar amando a todos. O senhor viveu seu ministério como padre no Paraná e como bispo no Regional Norte1, primeiro como auxiliar de Manaus e depois como bispo de Roraima. O que representa essa mudança para uma responsabilidade maior, como metropolita da Provincia Eclesiástica de Cuiabá, e para um novo Regional com uma realidade diferente? A minha vida missionária já começou no Paraná, como cristão e depois como seminarista, diácono e presbítero na Igreja Particular de Jacarezinho, na região norte do Paraná. Desde 2010 estou na Amazônia, iniciando minha missão em Manaus, como bispo auxiliar desde setembro de 2010, onde permaneci até setembro de 2016. Neste mesmo mês já cheguei em Roraima e de lá até aqui nesta querida Diocese de Roraima, pouco mais de 5 anos de missão. Quando recebi a nomeação, o reconhecimento e a confiança do Papa Francisco, da Igreja através da Nunciatura para ir à Arquidiocese de Cuiabá, é de fato um crescer em responsabilidade, tendo em vista que eu vou assumir o governo de uma Arquidiocese, ou seja de uma Província Eclesiástica na nossa Igreja católica. Uma responsabilidade maior, mas a vontade de servir permanece a mesma. A gente muda um pouco a idade, a disposição, vai amadurecendo, a experiência vai crescendo e a vontade de servir, a mesma alegria de poder conviver com todos. Mudança provoca mudança, tenho rezado, tenho me preparado para que a cada dia a mudança seja para o positivo, para o melhor, que revele aquilo mesmo que Jesus demostra no Evangelho, a transfiguração. O nosso ministério como bispos, a nossa vocação como cristãos, como batizados deve ser de transfiguração, de mudança para melhor. Quero aproveitar a agradecer à Provincia Eclesiástica de Manaus, da qual faço parte como bispo de Roraima, agora nestes 2 meses como administrador apostólico desta Igreja, por estes 12 anos, na pessoa do Arcebispo Dom Leonardo e os demais irmãos bispos do Regional Norte1. E agradecer a acolhida dos bispos do Regional Oeste2, tanto a presidência do Regional, na pessoa de Dom Canísio Klaus, que é o bispo de Sinop, quanto do arcebispo, agora administrador apostólico, Dom Milton de Cuiabá. É um chamado ao novo para mim, até diria à luz do Evangelho, para águas mais profundas, e tenho certeza que com a graça de Deus e com a colaboração de todos, tal como no Evangelho, vamos nos dedicar para que seja uma pesca exitosa, com o apoio de tantos pescadores e tantas…
Leia mais

Povo Ticuna assume o compromisso de traduzir a Bíblia a sua língua materna

Fazer realidade uma Igreja com rosto amazônico e rosto indígena foi um dos incentivos do Sínodo para a Amazônia, um caminho que em alguns lugares da Amazônia já está sendo trilhado há bastantes anos. Um desses lugares é a Paróquia São Francisco de Belém do Solimões, na Diocese de Alto Solimões. Aos poucos, o Povo Ticuna, o mais numeroso da região amazônica, vai fazendo realidade uma Igreja com rosto indígena. Um passo a mais foi dado de 23 a 27 de fevereiro de 2022, no encontro de formação em nível diocesano que aconteceu em Belém do Solimões. 208 ticuna entre Ministros da Palavra, Catequistas e Agentes do Dízimo, jovens e adultos, viveram uma intensa formação bíblica na língua materna. Fizeram-se presentes 21 comunidades de 5 paróquias da Diocese do Alto Solimões, de Santo Antônio do Içá até Benjamim Constant. O encontro tem sido um momento vivido com compromisso, envolvimento, participação, oração, dinâmicas, teatros, seriedade, cantos, alegria, união, segundo expressam os organizadores. Mas o grande passo dado, que significa um grande avanço no caminho de uma Igreja com rosto indígena, foi a firme decisão e compromisso unanime de traduzir a Bíblia em Ticuna. O primeiro passo será dado com a tradução do Evangelho de São Marcos, distribuindo esta nova missão bíblica em diversas comunidades. Dom Adolfo Zon, bispo da Diocese do Alto Solimões, destaca que “frei Paolo Braghini, seguindo as Diretrizes da CNBB e a Exortação Apostólica pós-sinodal Querida Amazônia, através desses encontros está criando as condições para que o Povo Ticuna possa contribuir a realizar o sonho da inculturação da Palavra de Deus em sua cultura”. Segundo o bispo, “depois de ter traduzido a Bíblia das crianças em língua Ticuna, que está sendo utilizada na Catequese, quer agora, tendo como fundamento uma Bíblia em língua Ticuna que já existe no Peru, fazer una versão própria do Novo Testamento iniciando pelo Evangelho de Marcos com a grafia dos Ticunas do Rio Solimões para usa-la na Liturgia da Palavra”. Dom Adolfo afirma que “esse processo precisa de tempo e de um bom número de colaboradores, pois exige várias revisões para chegar na redação final”. O Povo Ticuna agradece aos freis Capuchinhos, as Irmãs da Imaculada e aos tantos formadores e formadoras ticuna pela doação nestes dias intensos. É o compromisso dos missionários e missionárias e das lideranças locais que ajuda a tornar realidade essa Igreja com rosto indígena, um grande desafio que deve ser enfrentado com forte compromisso. 2022 está sendo um tempo importante na Paróquia São Francisco de Assis de Belém do Solimões, com a celebração do Ano Vocacional Capuchinho, que está sendo vivenciado como momento para agradecer a Deus pelos tantos freis missionários que evangelizaram nesta região amazônica e continuam esta missão. Desde as comunidades ticuna, agradecidas com essa entrega missionária, se comprometem também em pedir ao dono da Messe que envie mais operários para a sua messe. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1 – Com informações da Paróquia de Belém do Solimões 

“Que nós possamos ir e nos sintamos pessoas enviadas para anunciar”, pede Dom Leonardo no encerramento do Curso de Realidade Amazônica

  Uma Eucaristia presidida por Dom Leonardo Steiner encerrou neste sábado 26 de fevereiro o Curso de Realidade Amazônica, que desde o dia 9 deste mês reuniu 39 missionários e missionárias do Regional Norte 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), no Centro de Treinamento de Lideranças da Arquidiocese de Manaus Maromba. Organizado pelo o Instituto de Teologia, Pastoral e Ensino Superior da Amazônia (ITEPES), em parceria com o Regional Norte 1 da CNBB, a Comissão Episcopal para a Amazônia e em comunhão com a REPAM, tem sido uma oportunidade para tentar “apalpar um pouquinho da realidade da Amazônia, mas também sermos apalpados pela realidade da Amazônia”, segundo o Arcebispo de Manaus. Dom Leonardo levou os missionários e missionárias a se questionar com algumas perguntas: “Não podemos colocar em prática os propósitos? Não podemos partilhar o desejo de levar a Jesus, agradecer a Deus por suscitar em nós o desejo do aprendizado, da escuta? Agradecer a Deus neste momento em que nós nos sentimos enviados, enviadas?” Segundo o arcebispo “levaremos o desejo, o sentimento da fé, da esperança, nós nos espalharemos, mas seguiremos com um sentimento extraordinário quando nós pensarmos no seguimento de Jesus”. O Arcebispo de Manaus, disse aos participantes do curso que “nós voltaremos para as comunidades para onde seremos enviados e enviadas e talvez nós, desapercebidamente, não teremos a sensibilidade suficiente para não nos impormos”. Diante disso, Dom Leonardo convidou os missionários e missionárias a “nos centrarmos na familiaridade do convívio, nas expressões religiosas, nos pensamentos, nas ideias, nas cosmovisões, na compreensão do mundo, na compreensão de ser, de pessoa humana”. Segundo o arcebispo, “depois disso tudo é possível que haja uma liberdade de circular, de fazermos parte do mundo, da familiaridade das pessoas a quem nós vamos”. Isso levou Dom Leonardo a insistir na “importância de entender que são mundos que precisam ser respeitados, escutados, para que nós possamos levar o Reino de Deus, a vida de Jesus, o seguimento, de modo que as pessoas comecem a perceber que lá dentro existe uma possibilidade existencial, existe uma familiaridade de estar presente por muito tempo”. Finalmente, Dom Leonardo Steiner pediu a participantes do Curso de Realidade Amazônica 2022 “que Deus nos dê a graça da alegria de levarmos Jesus, que nós possamos ir e nos sintamos pessoas enviadas para anunciar”. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Papa Francisco: “Um cristão que não sabe como construir pontes esqueceu seu batismo”

Um momento para fazer bagunça com esperança, com uma esperança que não decepciona e que tem sido o fio condutor de um encontro histórico, mas que quer ser estabelecido como um costume para o futuro, permitindo um maior diálogo entre os Papas e os estudantes universitários. O encontro “Construindo Pontes Norte-Sul“, organizado pela Universidade Loyola de Chicago e pela Pontifícia Comissão para a América Latina, com o apoio de outras instituições, foi uma oportunidade para promover a sinodalidade como uma forma colaborativa de enfrentar a injustiça… juntos, e para fazê-lo em um dia, 24 de fevereiro de 2022, quando o mundo olha para a Ucrânia, para quem a oração foi pedida para ajudar a construir pontes para evitar a violência. Seria impossível resumir em poucas palavras o que foi vivido em “um quadrado virtual que nos faz iguais a todos em quadrinhos”, nas palavras de Emilce Cuda, secretária da Pontifícia Comissão para a América Latina, que definiu este momento como “um gesto sinodal concreto”, que, referindo-se ao Papa, “fala de seu espírito jovem, de sua capacidade de amar e de se apaixonar”. Ela o fez em um primeiro momento de acolhida, que foi precedido pelas palavras de boas-vindas do Cardeal Cupich, Arcebispo de Chicago, que, afirmando que o Espírito Santo precisa de nós, nos convidou a “não ter medo dos desafios que enfrentamos, das perguntas que são muito difíceis de responder”. O projeto, do qual participaram 121 estudantes de 21 países e 58 universidades, foi uma oportunidade para todos, mas especialmente para o Papa Francisco, que ao final do encontro garantiu aos estudantes que “o que vocês disseram me fez bem, hoje eu saio um pouco diferente do que entrei, vou ver se consigo mudar um pouco”. O Papa Francisco começou salientando a importância decisiva da construção de pontes, a ponto de afirmar categoricamente que “um cristão que não sabe como construir pontes esqueceu seu batismo“. Isto se concretiza aprendendo a entender as perguntas, insistindo que “mais do que dar respostas, nos pedem para acolher perguntas com a mente e com o coração, que as perguntas que a vida nos faz, que a cultura nos pede, que os problemas humanos nos pedem, sejam recebidos com a mente e com o coração, e que as respostas também sejam inteligentes, cordiais com o coração e pragmáticas com as mãos”. Para isso, é preciso respirar esperança, insistiu o Santo Padre, que denunciou o problema da migração como um dos dramas mais sérios, insistindo que os migrantes devem ser acolhidos, acompanhados, promovidos e integrados. Alguém que é filho de migrantes chamou os estudantes universitários para se perguntarem como cuidar dos migrantes, chamando o mundo universitário para cultivar a transdisciplinaridade, também para fazer uma bagunça e ter esperança como âncora. A partir daí, foi estabelecido um rico diálogo entre os estudantes universitários e um Papa que às vezes era visto como um professor, mas também como um estudante que anotou com atenção o que os 16 estudantes universitários e 4 professores expressaram, que, divididos em 4 grupos, abordaram diferentes questões às quais o Papa respondeu com a sabedoria de um ancião que guia as novas gerações na construção de um futuro melhor. Cada um dos professores apresentou aos alunos, que explicitaram algumas das questões presentes na vida dos migrantes, a começar pela falta de oportunidades que eles têm, que geram desafios e criam situações desumanizantes, manifestadas na pobreza extrema, que é também uma das causas da migração, na acumulação de riqueza, algo fortemente denunciado pelos representantes brasileiros em um país onde 20 homens brancos concentram tanta riqueza quanto os 60% mais pobres da população, a mudança climática e o pouco envolvimento dos bispos e do clero norte-americano, com grande desinteresse por estas questões, o que desilude os jovens com a Igreja, como eles próprios denunciaram, pedindo treinamento em espiritualidade e na ética da conversão ecológica, e assumindo a não-violência ativa como um modo de vida. Os jovens universitários também falaram das dificuldades com a língua por parte dos migrantes, assim como das dificuldades dos pastores e comunidades para serem sinais de hospitalidade, para ouvir e aprender de seu povo no cuidado com os pobres. Pessoas que foram obrigadas a migrar em busca de oportunidades que lhes foram negadas em sua pátria e que desafiam os jovens, como eles mesmos expressaram, a “criar um mundo mais justo do que aquele que encontramos como dever dos jovens”, a buscar economias alternativas e solidárias, espaços de diálogo em busca de políticas públicas. Tudo isso diante das atitudes dos líderes mundiais, dos quais os universitários dizem que “eles só cuidam de seus próprios interesses pessoais, mesmo que isso signifique gerar guerras“. Isto gerou vítimas de um sistema de exclusão, marcado por causas que provocam a migração, como a falta de cuidado com a casa comum, a violência ou as próprias instituições governamentais. Algo que leva os jovens a pedir “uma Igreja peregrina e não estática” para os migrantes, também nas universidades católicas, chamadas a serem centros de encontro, que ajudam a abrir portas para eles e a superar uma narrativa tóxica em torno dos migrantes, que não devem ser temidos, mas escutados. O Papa Francisco assumiu o desafio e em suas respostas declarou desde o início que “seria bom se este diálogo entre Papas e estudantes pudesse ser repetido, o Papa precisa de alguém que o faça pensar, algo que os estudantes podem fazer“. Neste sentido, assumindo sua condição de ancião, ele apresentou os idosos como as raízes da sociedade e os jovens como a parte visível da árvore, como os frutos, desafiando os migrantes a não esquecer suas raízes, migrantes que, com suas remessas, sustentam a economia de muitos de seus países de origem. Um dos desafios, nas palavras do Papa, é “passar da violência e da condenação à construção de atitudes não violentas como uma atitude mais desafiadora para os jovens“. Por isso ele afirmou a necessidade de “a profecia da não-violência”, convidando os estudantes universitários a realizá-la. Uma não-violência que “tem a força da doçura,…
Leia mais