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Comunidade São Pedro, na Diocese de Coari, sofre ato de vandalismo e profanação

A comunidade São Pedro, da paróquia Nossa Senhora de Nazaré, na Diocese de Coari, sofreu na última terça-feira, 21 de dezembro de 2021, o vandalismo e a profanação da Eucaristia, dos objetos sagrados e das imagens presentes na capela. A pequena comunidade, situada no município de Beruri, tem sido alvo de um episódio de intolerância religiosa, dado que nada foi furtado. A cabeça da imagem de São Pedro, padroeiro da comunidade, foi quebrada, assim como a imagem de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, da qual foram arrancadas a cabeça e as mãos. Além disso, as hóstias consagradas foram retiradas do sacrário e diversos objetos sagrados, que estavam na sacristia foram jogados do lado de fora da capela. Em nota, o bispo diocesano, Dom Marcos Piatek, mostrou sua dor e consternação, “pelos gravíssimos atos de destruição e de intolerância religiosa”. Segundo o bispo, “os atos de vandalismo e o ódio contra os valores religiosos são sinais de cristianofóbia!”, insistindo em que “o mais grave é a profanação da Eucaristia”. Seguindo o recolhido na Constituição Brasileira, o bispo pede que os atos acontecidos sejam “veementemente condenados”, pedindo das autoridades “cuidar e proteger as nossas igrejas para evitar acontecimentos como este”. Junto com isso, Dom Marcos Piatek conclama as autoridades competentes “para apurar com extremo rigor os fatos acontecidos e punir exemplarmente os responsáveis”. Na nota, o bispo diocesano diz que realizará uma “Missa de Desagravo”, que deve acontecer no próximo dia 27 de dezembro na comunidade São Pedro da cidade de Beruri. Também pede que “nos próximos dias seja feita nas nossas paróquias da diocese, uma adoração ao Santíssimo Sacramento em desagravo”. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte 1

Onde Ele vai nascer? Com certeza do seu lado, é só o enxergar

Quase na data que o calendário marca como Dia do Natal, temos que nos perguntamos se estamos preparados para celebrar esse momento marcante na vida da humanidade. Quem tem fé, quem acredita que Deus se fez gente e escolheu caminhar conosco, é desafiado a reconhecer sua presença no meio de nós. Mas onde é que a gente busca esse Deus que se faz gente? Não podemos esquecer que Ele está no meio de nós e que é por isso que nós devemos procura-lo lá onde a gente vive seu dia a dia. Deus sempre vem ao nosso encontro, continua batendo na porta da gente, esperando ser acolhido e fazer parte da nossa vida, de modo cotidiano, e não só quando a gente precisa dele. A Encarnação de Deus, o Mistério do Natal, nos leva a estar sempre atentos para reconhece-lo no momento em que ele vem ao nosso encontro. O modo concreto, o rosto e as circunstâncias é Ele que escolhe, cabendo a nós reconhecer esse jeito de Deus que muitas vezes nos surpreende. Sempre é mais fácil acreditar num Deus à medida da gente do que fazer que nossa vida seja à medida de Deus. Deus continua se encarnando nas periferias, como sempre Ele fez, nesses lugares onde poucos querem chegar, nesses ambientes onde todo mundo tem cabida, onde todos e todas, também aqueles que não contam, têm seu espaço. Quando Ele não encontra lugar entre aqueles que se autodenominam “gente de bem”, Ele vai ao encontro dos descartados, sempre com maior facilidade para entender quem é que está no meio deles. O desafio é fazer uma leitura do Mistério de Deus desde nossa realidade, desde nossas circunstâncias. Só quando a gente sente a necessidade dos outros e do Outro, vai ficar atento para descobrir sua chegada e acolher sua presença que traz vida, alegria e esperança. Na história de Deus mudam os rostos, mas as circunstâncias se repetem. Isso faz dele alguém sempre atual, sempre presente na vida do povo. Onde vou procurar Deus neste Natal, neste ano de 2021, tão carregado de situações que tem provocado tantos sentimentos encontrados? Em quem vou querer enxergar a presença do Messias, do Salvador, que com certeza vai se fazer presente na vida de cada um de nós neste tempo? Será que Ele está no barraco de uma família migrante? Será que Ele está embaixo do cobertor de quem dorme no relento da rua? Será que está na casa de uma família que passa necessidade, algo cada vez mais presente no meio de nós? O importante é estar atento, porque na vida de cada um de nós Ele vai se fazer presente de um modo diferente para cada um e cada uma de nós, mas com certeza Ele vai estar aí. De nós depende reconhecer aquele que traz a justiça e a paz, a alegria que vem de Deus, a vida que plenifica. É tempo de Natal, mas será de verdade, além de uma data marcada no calendário, se a gente reconhece e acolhe aquele que vem para estar no meio de nós, para caminhar para sempre com a gente. Feliz Natal! Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte 1, editorial Radio Rio Mar

Cáritas Brasileira inicia entrega de Kits higiene e prevenção à Covid-19 para povos amazônidas

O Projeto Ajuri pela Vida na Amazônia atende comunidades ribeirinhas, indígenas e quilombolas no estado do Amazonas O projeto Ajuri pela Vida na Amazônia iniciou a primeira entrega dos kits de higiene e prevenção à Covid-19 para as 4.500 famílias cadastradas que são diretamente beneficiadas pelas ações do projeto, totalizando 22.500 pessoas atendidas. Essas primeiras entregas iniciaram dia 06/12 e acontecerão até o fim de dezembro. Nesta segunda fase, o projeto chegará a mais de 100 comunidades no contexto de vulnerabilidade social de nove municípios amazônicos: Coari, Tefé, Maraã, Alvarães, Fonte Boa, Juruá, Uarini, Itacoatiara e Parintins.  Na comunidade da Agrovila do Caburi, em Parintins, Francisca Rocha Sanches, beneficiária do projeto, afirma que o Ajuri tem ajudado a transformar a realidade do local. “Eu achei a iniciativa muito importante para gente que está participando do projeto e para a comunidade, principalmente dos educadores virem até nós para dar as devidas orientações e palestras que são bem interativas para conscientizar sobre a importância de lavar as mãos e o uso da máscara em todos os lugares que a gente vai”, declara.  Os kits, que estão sendo distribuídos nas regiões de abrangência do projeto, contêm álcool em gel, máscara facial de pano reutilizável, água sanitária e sabonetes, para incentivar a lavagem das mãos. As ações de entregas dos kits permanecerão pelos próximos quatro meses. De acordo com a consultora técnica da CRS para resposta de emergência, Anna Hrybyk, a promoção de higiene e prevenção à Covid-19 é uma prioridade de todo o projeto. “A prática de desenvolver atividades educativas tem como objetivo incentivar a lavagem correta de mãos, uso de máscaras, álcool em gel, entre outras orientações que são aliadas à vacinação, e por isso devem ser mantidas, mesmo depois que o ciclo de imunização estiver completo”. Água, saneamento e higiene Os/as educadores/as sociais também estão realizando nas comunidades a demonstração do uso correto da máscara, orientações de higiene e lavagem correta das mãos, baseadas nos cinco momentos críticos para lavar as mãos, assim como sobre o distanciamento social e a sensibilização para tomar as duas doses da vacina contra a Covid-19.  Além disso, o/as educadore/as sociais estão fazendo grupos focais com as populações indígenas, ribeirinhas, quilombolas e periurbanas para implementar as ferramentas de WASH (água, saneamento e higiene), a fim de identificar quais são os desafios e entendimento sobre percepção de enfermidades; pontos de contato; e motivos para lavagem de mãos.  Na primeira etapa desta edição do projeto, os/as educadores/as sociais foram até as comunidades para conhecer a realidade de cada família. A distribuição de cadastros para cada município seguiu o seguinte quantitativo: 1.068 novas famílias em Tefé; em Coari; 100 em Parintins; e 150 em Itacoatiara.  Ajuri Pela Vida na Amazônia O Projeto Ajuri pela Vida na Amazônia é desenvolvido pela Cáritas Brasileira, com financiamento da USAID – US Agency for International Development, e apoio da Catholic Relief Services. A execução do projeto acontece em parceria com a Articulação Norte 1, da Cáritas Brasileira, e com as Cáritas das Prelazias de Tefé e Itacoatiara e Diocesanas de Coari e Parintins. Atualmente, o projeto segue em sua segunda fase de realização, continuando com as ações de enfrentamento à pandemia do novo coronavírus nos territórios do interior do estado do Amazonas. Essas práticas serão desenvolvidas em comunidades de nove municípios amazônidas (Coari, Tefé, Maraã, Alvarães, Fonte Boa, Juruá, Uarini, Itacoatiara e Parintins), através da orientação popular para promoção de higiene, distribuição de kits de higiene e prevenção, conscientização sobre a importância de adesão à vacina, bem como a sensibilização para a adoção à lavagem adequada das mãos como principal fator de prevenção eficaz contra o novo coronavírus (SARS-CoV-2), causador da Covid-19, assim como pode evitar outras doenças infecciosas, transmitidas por vírus ou bactérias. Isto é, uma ação que pode parecer simples, mas que pode salvar vidas.  Ao total, além das 4 mil famílias cadastradas na primeira edição do projeto, nesta segunda edição 1400 novos núcleos familiares serão beneficiados, correspondendo a um quantitativo de 22.500 pessoas atendidas diretamente pelas ações aplicadas por uma equipe multidisciplinar, como educadores, assistentes sociais, psicólogos e comunicadores. Equipe de comunicação Projeto Ajuri Pela Vida na Amazônia

Encontro Rede Clamor Brasil: Pensar juntos os próximos passos de uma Rede que ganha força

“Um passo importante para a consolidação da nossa Rede Clamor no Brasil”. Assim define o padre Agnaldo Junior, SJ, o encontro da Rede Clamor Brasil acontecido em São Paulo de 7 e 9 de dezembro de 2021. O encontro começou com uma troca de experiências com a Comissão de Enfrentamento ao Tráfico Humano da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), momento para partilhar o planejamento estratégico da Comissão para os próximos dois anos e apresentar o que é a Rede Clamor e os passos que está dando no Brasil, buscando como caminhar juntos, dados os objetivos comuns que fazem referência à migração, refugio e enfrentamento ao tráfico humano. O padre Agnaldo Junior considerou este primeiro momento como algo importante, de conhecimento mutuo e busca para 2022 iniciativas comuns. Após um momento de mística, a análise de conjuntura, desenvolvida pelo padre Alfredinho Gonçalves, no dia 8, foi oportunidade para apresentar quatro cenários que tem a ver com os desafios enfrentados no dia a dia na missão que a Rede Clamor Brasil desenvolve. A dimensão econômica e tudo o que gira em torno do capital financeiro; a dimensão social, com a situação crítica que hoje vive o Brasil, com grande crescimento da desigualdade social e da fome; a dimensão política, a Covid, o negacionismo, que tem impactado na perda de vida e gerado um abismo relacional entre famílias, amigos, impossibilitando falar de política; e a dimensão religiosa, marcada pelo profetismo do Papa Francisco, a única voz líder no mundo, mas que nem sempre é seguido na prática. Os passos dados pela Rede Clamor no Brasil foram apresentados pela irmã Rosita Milesi, um caminho que surgiu em 2019 e que foi abordado em vista das estratégias e planejamento para 2022. No encontro também foi apresentado o vivido em referência com a migração forçada na Assembleia Eclesial da América Latina e o Caribe. A professora Márcia Oliveira refletiu sobre os desafios que fazem referência à temática da migração apresentados na Assembleia. Junto com isso foi abordado o Estatuto da Rede Clamor Latino-américa e Caribe, que está sendo elaborado. O encontro teve um momento de partilha com a Rede Clamor local de São Paulo, que deu a conhecer o trabalho que as diferentes realidades que fazem parte da Rede realizam em diferentes âmbitos e locais da capital paulista, mostrando, segundo o padre Agnaldo Junior, “como na cidade onde estamos várias organizações atuando, é possível sentarmos à mesma mesa, nos conhecermos e também avançar juntos em temas de incidência, em temas de vazios de proteção, em temas de não invisibilizar os outros”. O planejamento estratégico foi o trabalho do último dia do encontro, “levantando ideias, iniciativas, atividades e ações que podemos realizar no próximo ano como Rede Clamor”, segundo o padre Agnaldo. Após recolher as reflexões surgidas no encontro foi momento para elaborar um calendário e propostas de atuação para 2022. O jesuíta ressalta que “concluímos o encontro com a sensação bastante positiva de termos superado as adversidades para fazer esse encontro de forma presencial, o que nos possibilitou um diálogo, um nos conhecermos pessoalmente, e também pensar juntos os próximos passos da Rede Clamor no Brasil”. Com o encontro, “a Rede ganha mais força”, insiste, em vista da dar seguimento à caminhada da Rede. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte 1

Comissões e organismos da CNBB clamam “Em defesa da Amazônia”

“Em defesa da Amazônia” é o título da Mensagem (ver aqui) que no Dia Internacional dos Direitos Humanos tem lançado a Comissão Ecologia Integral e Mineração, a Comissão Episcopal para a Amazônia, a REPAM-Brasil, o Conselho Indigenista Missionário – CIMI, a Comissão Pastoral da Terra – CPT e a Comissão Brasileira Justiça e Paz. O texto começa afirmando que “a Amazônia está sendo atacada de modo frontal, organizado, apoiado também por diversas autoridades políticas”, relatando o que está acontecendo com a descontrolada expansão do garimpo ilegal ao longo do Rio Madeira em Rondônia e Amazonas, e o apoio a diferentes projetos de garimpo em terras indígenas no município de São Gabriel da Cachoeira, apoiados pelo General Augusto Heleno, ministro do Gabinete de Segurança Institucional e secretário-executivo do Conselho de Defesa Nacional da Presidência da República. Junto com isso, a mensagem denuncia “a ameaça inconstitucional de entregar metade de uma Terra Indígena já demarcada e homologada para agricultores não indígenas. O Território Apyterewa (PA), da etnia Parakanã, foi invadido há tempo por devastadores da floresta, apoiados pelos políticos locais”. Segundo o texto, “a aliança de poder e desmatamento, formada por grileiros, garimpeiros, grandes mineradoras e, sobretudo, o agronegócio, vem se reforçando cada vez mais dentro do Congresso Nacional”. Prova disso são os três Projetos de Lei, considerados “muito perigosos para o futuro do País: o PL 191 propõe a liberação da mineração e do garimpo, bem como a construção de usinas hidrelétricas, em terras indígenas; o PL 2159 propõe a “flexibilização” do licenciamento ambiental, permitindo uma simples “licença por adesão de compromisso”, auto declaratória; e o PL 510, da chamada regularização fundiária, anistia os desmatamentos e invasões ilegais de terras feitas até 2014. Citando o Papa Francisco: “Os interesses colonizadores que, legal e ilegalmente, fizeram – e fazem – aumentar o corte de madeira e a indústria minerária e que foram expulsando e encurralando os povos indígenas, ribeirinhos e afrodescendentes, provocam um clamor que brada ao céu”, pedem unir-se a este clamor: “se cuidarmos da Amazônia com sabedoria e visão de futuro, ela cuidará de todos nós”. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte 1

OAB homenageia a Igreja de Manaus com placa Dom Sérgio Castriani

O Arcebispo Metropolitano de Manaus, Dom Leonardo Steiner, Padre Geraldo Bendaham; Frei Paulo Xavier, Irmã Santina Perin, a representante do Conselho de Leigos e Leigas Patrícia Cabral, a coordenadora de Jornalismo da Rádio Rio Mar Gecilene Sales e o jornalista Bruno Elander receberam a placa Dom Sérgio Castriani nesta quinta-feira (09), Dia Internacional de Combate à Corrupção. A honraria foi concedida pelo Comitê Amazonas de Combate à Corrupção (CACC), em reconhecimento aos serviços prestados nas eleições 2020. A cerimônia ocorreu na sede da Ordem dos Advogados do Brasil, Seção Amazonas. A placa foi instituída em junho de 2021, após o falecimento de Dom Sérgio Castriani, um dos fundadores do Comitê. Para Dom Leonardo Steiner, a homenagem é, principalmente, uma forma de reforçar o legado de Dom Sérgio e a importância do Comitê. “É um Comitê muito importante no momento em que nós vivemos, está em jogo a questão da democracia, está em jogo a questão da ética, da justiça, da fraternidade. E temos tantas entidades que colaboram, que ajudam, isso é uma possibilidade de transformação. Essa comenda entregue de Dom Sérgio é significativa porque ele se empenhou tanto em criar este Comitê e nós somos muito agradecidos”, afirmou o Arcebispo Metropolitano de Manaus. O Comitê Amazonas de Combate à Corrupção Eleitoral possui três objetivos principais: a conscientização do eleitor sobre a importância de votar com responsabilidade e não trocar o voto por promessas ou vantagens; combater o uso do caixa dois nas eleições e qualquer forma ilegal de propaganda eleitoral; e propor políticas públicas aos governantes para resolver os problemas da sociedade e fiscalizar os atos da Administração Pública. O Comitê reconheceu a excelência da Rádio Rio Mar durante a cobertura jornalística das eleições municipais no ano passado, tanto na capital quanto no interior do Amazonas. A Coordenadora de Jornalismo, Gecilene Sales, parabenizou a inciativa. ”É um reconhecimento aos profissionais, não só às instituições, mas aos profissionais de comunicação que se utilizam da ferramenta que têm, no caso da Rádio Rio Mar dos microfones, para levar informação fidedigna aos nossos ouvintes. A população necessita de informação séria, uma isenção editorial e acho que esse papel é fundamental para que a gente possa informar a população com qualidade, principalmente com ética e tratando a informação como ela merece, de forma séria”, afirmou a Coordenadora de Jornalismo da Rádio Rio Mar. O coordenador de pastoral Padre Geraldo Bendaham, um dos homenageados, dedicou a placa que leva o nome de Dom Sérgio Castriani à uma população muito especial que resiste às tentativas de corrupção. “Àquelas pessoas pobres, simples da periferia, que não vendem o voto, são resistentes, elas têm esperança e acreditam ainda num mundo melhor, num mundo sem corrupção, onde a gente tenha pessoas de caráter, com responsabilidade, que pensam no bem comum. À essas pessoas que moram na periferia, que talvez a gente nem conheça de nome, pessoas sérias que não se deixam se vender, que não se alienam ou não deixam serem induzidas por qualquer conversa eleitoreira. Que essas pessoas continuem resistindo. Também foram homenageados advogados, contadores, administradores, economistas, promotores de justiça e representantes da Polícia Civil e Poder Judiciário. Ana Maria Reis / Rádio Rio Mar

Maria, rosto da Solidariedade que nasce em Deus

Remar juntos, ter consciência que estamos no mesmo barco, sermos solidários diante da necessidade dos outros… São atitudes que sempre devem estar presentes na vida de todo batizado, mas especialmente diante de momentos de grave dificuldade. A pandemia tem sido um tempo que marcou a vida de muita gente, o sofrimento tem se instalado na vida de muitas pessoas, que sofrem diante de uma realidade que atingiu a todos, mas especialmente os mais pobres. A Igreja católica tem mostrado nesse tempo o rosto da misericórdia de Deus, sua solidariedade diante de tantas situações de dor. Na Arquidiocese de Manaus, Caritas tem sido a caricia de Deus na vida dos vulneráveis. A solidariedade se faz realidade na prática, em pequenas ações que ajudam as pessoas a caminhar com as próprias pernas. Por isso deve ser valorizada a Feira da Solidariedade, que de 6 a 8 de dezembro realizou sua X edição. Tudo isso acontece em volta da festa de Nossa Senhora da Conceição, padroeira do Estado do Amazonas e da Arquidiocese de Manaus. Maria, sempre atenta e serviçal diante das necessidades dos outros, se apresenta como modelo para quem quer ser fiel àquilo que Deus espera de nós, mostrar seu amor pela humanidade, especialmente pelos pequenos, pelos mais vulneráveis, por aqueles que a história coloca do lado de fora do caminho. Maria é referência de cuidado, uma atitude cada vez mais necessária na vida da humanidade diante de tanto sofrimento com que nos deparamos a cada dia. Em Nossa Senhora podemos destacar sua capacidade de assumir a vontade de Deus, mas também sua disposição para estar sempre atenta à necessidade dos outros. Maria é a intercessora diante do Filho de Deus, para quem sempre pede misericórdia para com aquele que passa por momentos de dificuldade. Esse viver em função dos outros nos ajuda a descobrir em Maria a presença daquela que desse modo se torna presença de Deus na vida da humanidade. A devoção a Nossa Senhora não pode ficar num sentimento, tem que ir além, assumindo suas atitudes na vida cotidiana. Quando a gente é devoto, deve sentir a necessidade de imitar, de se parecer cada vez mais com quem provoca devoção em nós. Superar um falso sentimentalismo e chegar num compromisso cada vez maior deve ser um caminho a ser trilhado em nossa vida como homens e mulheres de fé. Deixemos que o compromisso solidário se torne atitude presente na nossa vida, assumamos atitudes próprias daqueles que dizem querer caminhar com Deus, daqueles que estão dispostos a assumir sua vontade em sua vida. É tempo de testemunhas, que vão além das palavras, que com sua vida limitada mostram a grandeza que vem de Deus, permanentemente comprometido com a vida em plenitude para todos e todas. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte 1 – Editorial Rádio Rio Mar

Dom Leonardo: “Em Maria, nós encontramos respostas, nós nos tornamos pessoas mais disponíveis”

“O caminho da nossa relação com Nossa Senhora”. Isso foi o que Dom Leonardo Ulrich Steiner descobriu na Palavra de Deus no dia em que a Arquidiocese de Manaus celebrou a festa da sua padroeira. Ele fez uma reflexão em torno à Palavra, destacando como “por causa da fraqueza, por causa da nudez, por causa do rompimento”, Deus continua a buscar à Adão, lhe perguntando onde está. Dom Leonardo insistiu em que Deus não desiste, em que Deus continua a buscar, e que Ele nos encontra. Um continuar a buscar presente no Evangelho, onde aparece como “Deus continua na história a buscar a humanidade, o seu povo, a cada um de nós. Deus que em Maria nos busca, Deus que em Maria nos oferece a salvação”. Um Deus que “se manifesta na fraqueza, no pecado, na esterilidade, na velhice”. O arcebispo se perguntava por que Deus nos busca, encontrando a resposta na carta aos Efésios, onde aparece que “no Filho fomos adotados como filhos e filhas”, algo que nasce do fato de Maria ter aceitado. Ele insistiu em que as leituras da festa de Nossa Senhora da Conceição, que “abrem a perspectiva para olharmos para Nossa Senhora, e nela ver que Deus nos procura”. Dom Leonardo também destacou a resposta de disponibilidade, de prontidão, de quase medo, de insegurança, mas também o “eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua Palavra”. Recorremos a ela no momento da solidão, no momento da morte, porque “ela sempre nos mostra a Jesus”, segundo o arcebispo. Uma presença no meio das dificuldades, distorções, injustiças, violência, traição, política desastrada. Aí que com Maria dizemos eis aqui a serva, o servo do Senhor. O arcebispo convidou a “em Maria deixarmos gerar em nós o anunciador da paz”, da justiça, da fraternidade, da irmandade, insistindo em que “não traiamos a nossa fé, não nos afastemos de Maria, permaneçamos juntos porque ela nos indica o caminho da irmandade, da fraternidade”. Se pertencemos ao Reino que Jesus veio instaurar, “por que tanta necessidade, por que tanta gente passando fome no nosso meio, por que tanta gente dormindo nas nossas ruas”. Diante disso, afirmou que “em Maria, nós encontramos respostas, nós nos tornamos pessoas mais disponíveis”, chamado a que “deixemos que Deus nos procure”, também na nossa fraqueza. Finalmente pediu “que Nossa Senhora nos ajude a nos sentirmos procurados por Deus, desejados por Deus, mas também tenhamos a disponibilidade de Maria: ‘Eis aqui a serva do Senhor’. Nos sintamos todos irmãos e irmãs de Jesus, mas também sintamos irmãos e irmãs de Jesus aqueles que as vezes estão à margem do nosso olhar e muito mais à margem do nosso coração”.     Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte 1

X Feira da Economia Solidária: dar visibilidade a projetos alternativos que geram vida

A Caritas Arquidiocesana de Manaus está realizando, de 6 a 8 de dezembro de 2021, na Praça da Matriz, a X Feira de Economia Solidária e Agricultura Familiar 2021. Segundo o diácono Afonso Brito, secretário executivo da entidade, “o objetivo da Feira é trazer os empreendimentos acompanhados pela Caritas Arquidiocesana de Manaus nessa área da agricultura familiar, da economia do artesanato, grupos de mulheres, grupos de jovens”. Junto com isso, ele destaca o empenho em dar visibilidade ao trabalho das pastorais sociais, presentes na Feira, além de trazer a Pastoral da Saúde, a Pastoral da AIDS, presentes todos os anos, que estão fazendo testes gratuitos de diferentes doenças, com grande aceitação entre os visitantes da Feira. Nesta X Feira são 45 barracas presentes, com todo tipo de produtos, desde o vestuário, produzido pelas mulheres, até os alimentos da Agricultura Familiar.   A Feira está ligada à festa da padroeira da Arquidiocese de Manaus, Nossa Senhora da Conceição. Como acostuma acontecer, o tema da Feira acompanha a temática da Festa da Padroeira. Neste ano, nos lembra o diácono Afonso Brito é: “Com Maria somos Sal da Terra e Luz do Mundo”. Ele ressalta a presença neste ano das Caritas das Dioceses de Parintins e Alto Solimões e da Prelazia de Tefé, além de outros empreendimentos, como a Rede Biriba, que abriga 10 empreendimentos. Durante a Feira tem acontecido apresentações culturais, com a presença de vários grupos, entre eles venezuelanos, indígenas, com uma presença muito destacada neste ano, também nas barracas, principalmente com o artesanato e outros produtos e remédios. O secretário executivo da Caritas também destaca a presença de um grupo de alunos do SENAC. Trata-se de mais um exemplo de economia popular solidária, um tema presente no Seminário prévio à Feira, realizado no sábado dia 4 de dezembro, no intuito de orientar e capacitar os agentes Caritas e empreendedores. O Seminário que versou em torno à Economia de Francisco e Clara contou com a assessoria da Irmã Michele Silva da Articulação Brasileira da Economia de Francisco e Clara, que ajudou a trazer para a realidade amazônica uma proposta que, surgida da juventude, pretende oferecer alternativas que ajudem a ter uma visão diferente da economia e deixar para trás a “economia que mata”, tantas vezes criticada pelo Papa Francisco. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte 1

Dom Tadeu comemora Jubileu de Prata Presbiteral na “certeza de ter construído uma vida feliz”

Uma celebração eucarística na Paróquia São José Operário Leste de Manaus foi momento de ação de graças pelo Jubileu de Prata de Dom Edmilson Tadeu Canavarros dos Santos, bispo auxiliar de Manaus e Vice-presidente do Regional Norte 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que contou com a presença de salesianos, vida religiosa e presbíteros da Arquidiocese de Manaus, e do Arcebispo Metropolitano, Dom Leonardo Ulrich Steiner. Dom Tadeu começou sua homilia lembrando o pensamento de Dom Bosco, que pede aos salesianos “ser sinal e portador do amor de Deus aos jovens, às pessoas”. Segundo o bispo auxiliar de Manaus, “o amor de Deus por nós é uma questão fundamental para a vida e apresenta questões decisivas sobre quem é Deus e sobre quem nós somos”, lembrando assim as palavras com que iniciava seu ministério petrino o Papa Bento XVI. Ao celebrar o Jubileu de prata presbiteral, o bispo afirmou que “viver significa sermos amados”, lembrando à luz do Evangelho do dia, que “nos ajuda a entendermos o amor de Deus através do cuidado, desenvolver o cuidado sobretudo para com os pequeninos”. Dom Tadeu Canavarros afirmou que sua vocação sacerdotal nasce dentro da espiritualidade do Bom Pastor, lembrando seu lema sacerdotal “Ouro ou prata não tenho, mas o que eu tenho isso te dou”. Lembrando que foi questionado pelo bispo ordenante por aquilo que tinha para dar, ele respondeu que “a experiência de ser amado por Deus e desenvolver o cuidado para com todos”, lembrando sua caminhada vocacional, a importância e cuidado de sua família, e o vivido neste tempo, insistindo em ter “a certeza de ter construído uma vida feliz”, uma felicidade que ele alicerça em “amar, trabalhar e saber sofrer”. “Celebrar 25 anos de ordenação presbiteral é celebrar 25 anos de vocação, de chamado diário e de resposta positiva, fazendo próprio diariamente, assim como a Virgem Maria, o sim”, insistiu o bispo, que diz ter vivido “25 anos de diálogo entre Jesus e seu servo, entre o Sumo e Eterno sacerdote e seu ministro, entre a misericórdia de Deus e a gratidão do filho”. Olhando para trás disse contatar “a fidelidade, a perseverança, a dedicação, inclusive sofrimentos, o bem feito a milhares de pessoas, pensamentos, palavras e atos em favor do Evangelho, da Igreja e de tantos homens e mulheres”. Olhando para a frente disse ver a messe que espera a disponibilidade. Finalmente agradeceu a sua família, à Congregação Salesiana, à paróquia São José Operário que acolheu a celebração, à Arquidiocese de Manaus e seu arcebispo Dom Leonardo, à vida consagrada, aos amigos de perto e de longe, a todos que contribuíram com uma festa bonita. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte 1