Av. Epaminondas, 722, Centro, Manaus, AM, Brazil
+55 (92) 3232-1890
cnbbnorte1@gmail.com

Autor: cnbbnorte1blog@gmail.com

Ir. Rose Bertoldo recebe o Prêmio Nacional Medalha Zilda Arns

A Dra. Zilda Arns é uma das grandes defensoras da vida na história do Brasil, especialmente das crianças. A fundadora da Pastoral da Criança, falecida em 2010 no Haiti, vítima do terremoto que assolou o país, é lembrada desde há pela Prefeitura Municipal de Forquilhinha (SC), sua terra natal, com o Prêmio Nacional Medalha Zilda Arns, de Boas Práticas para a Primeira Infância. A entrega do reconhecimento, dado em 2020, mas adiado em consequência da pandemia da Covid-19, aconteceu durante o “Seminário Nacional e Internacional de Políticas Públicas para a Primeira Infância – Um Tributo a Zilda Arns”, realizado os dias 6 e 7 de outubro na cidade do sul do Estado de Santa Catarina. Doze personalidades e entidades foram homenageadas com a medalha “Zilda Arns Neumann”, por se destacarem no seu trabalho em favor de crianças e adolescentes, dentre elas a Irmã Rose Bertoldo, missionária em Manaus desde 2012. A integrante da Rede um Grito pela Vida tem realizado ao longo de quase dez anos um trabalho de combate ao abuso e exploração sexual e tráfico de crianças e adolescentes nas dioceses e prelazias que fazem parte do Regional Norte 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. Segundo recolhe a placa de homenagem, o reconhecimento foi outorgado “pela valiosa contribuição em prol da humanidade através de trabalhos, ações e projetos sociais voltados ao atendimento de crianças, adolescentes e idosos, desenvolvidos sob os princípios da solidariedade, do amor ao próximo e em defesa da vida em todas as etapas”. A religiosa da Congregação das Irmãs do Imaculado Coração de Maria foi auditora no Sínodo para a Amazônia, que está completando dois anos de sua Assembleia Sinodal, aportando seu conhecimento e experiência aos participantes de um evento que abordou diferentes questões, dentre elas o cuidado com a vida das crianças. Um Sínodo que tem marcado o caminhar da Igreja da Amazônia e se tornou semente de mudança para a Igreja universal. Durante o seminário, a missionária no Regional Norte 1 da CNBB, contribuiu com uma reflexão sobre o “Papel da Sociedade Civil na Proteção à Infância”, momento em que foi apresentado o trabalho da Rede Um Grito Pela Vida no combate ao tráfico de crianças. Na sua intervenção, a religiosa denunciou o desmonte das políticas públicas no Brasil, o que está provocando o recorte de recursos públicos dedicados ao combate de um crime que o Papa Francisco considera “uma ferida no corpo da humanidade”. Segundo a Ir. Rose, “receber a Medalha Zilda Arns tem uma dimensão muito significativa”. Segundo a religiosa, “não é uma homenagem, recompensa, pelo trabalho, mas é uma homenagem cheia de inspiração, a qual Zilda Arns transmite a cada uma de nós, inspiração por levar adiante um trabalho de cuidado, de defesa da vida das crianças e dos adolescentes, da infância e da juventude, a qual ela tanto lutou”. A religiosa do Imaculado Coração de Maria diz dedicar a homenagem “a todas as crianças, adolescentes que a Rede um Grito pela Vida tem atendido. A todas as mulheres, principalmente aquelas que de tantas formas defendem a vida. Cada uma que faz a Rede um Grito pela Vida, cada uma que defende os direitos sem medir esforços”. A Irmã Rose Bertoldo também agradece “a minha congregação, a qual nos possibilita realizar essa missão no chão da Amazônia”. Também tem lembrado em suas palavras de “todos os promotores de direitos da Pan-Amazônia, que lutam na defesa da vida”. A Irmã Rose tem destacado que “receber a medalha no dia em que celebramos o segundo aniversário do Sínodo, tem significado muito profundo, pois a gente levou para o Sínodo da Amazônia essa temática do abuso, da exploração e do tráfico de pessoas, onde a vida é tão ferida neste chão sagrado da Amazônia”. A religiosa diz que “me ajudou a fazer memória desse processo, dessa construção sinodal que a gente continua com mais força, com mais esperança de conseguir formular políticas públicas voltadas para a infância e a adolescência”. No final do Seminário aconteceu a inauguração de um monumento em homenagem à Dra. Zilda Arns, algo que a Irma Rose considera “muito significativo, pois é um marco na história, não só de Forquilhinha, mas de todo o Brasil, um legado muito grande para toda a humanidade”. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte 1

Sínodo para a Amazônia: dois anos de um momento histórico

No dia 7 de outubro de 2019 começaram os trabalhos da Assembleia Sinodal do Sínodo para a Amazônia. Após a Eucaristia de abertura, celebrada no dia 6, naquela segunda-feira, o interior da Basílica de São Pedro acolhia os participantes da Assembleia e outros convidados. Aos pés do túmulo de Pedro, a Igreja da Amazônia e seus povos, iniciavam um momento marcante na Igreja católica. A sinodalidade dava um passo importante, concretizando ainda mais uma ideia que nasceu no Concilio Vaticano II, mais de 50 anos atrás, uma Igreja que caminha junto, em comunhão. As imagens do Papa Francisco, sorridente, no meio do povo de Deus em todas suas expressões, se tornaram virais em poucos minutos. O Sínodo para a Amazônia foi um momento que ultrapassou a dimensão eclesial, despertando o interesse de muita gente, inclusive da grande mídia. É verdade que movidos por interesses diferentes, mas em muitos casos tomando postura diante desse momento, tanto a favor como contra. Ninguém pode negar que se posicionar em defesa da Amazônia e de seus povos nos leva a nos enfrentarmos com aqueles que movidos pelo desejo de lucro rápido, veem a Amazônia como lugar a ser espoliado. Foi um Sínodo em que as vozes tradicionalmente colocadas em segundo plano, as mulheres, os povos indígenas, foram escutadas, aportando a parresia que sempre pede o Papa Francisco para a Igreja. Vozes proféticas, livres, sem amarras institucionais, que ajudaram a introduzir na sala sinodal visões novas, enriquecedoras, que ajudaram no processo de discernimento dos novos caminhos. Falar e entender a vida como um processo é algo fundamental para construir a história, também na Igreja. Enquanto os eventos, muitas vezes desligados uns dos outros, são a grande preocupação da maioria, o Papa Francisco insiste na necessidade de propor processos a longo prazo, provocando mudanças que possam se perpetuar no tempo. Frente a uma sociedade que bate palmas diante dos fogos de artificio, aquilo que fica no segundo plano, que muitas vezes não é visto, que muitos não querem ver. Podemos dizer que hoje falar de Sínodo vai além de eventos pontuais. Estamos diante de uma forma nova de entender a vida, que nos leva a escutar mais, a construir a vida a partir daquilo que faz parte da vida do povo, da vida da gente. Buscar dinâmicas comuns, que nos ajudem a entender que caminhar juntos nos faz crescer, nos faz ser mais e melhores. É tempo de continuar o caminho começado, de sonhar, de apostar na comunhão, de construir juntos um futuro comum. Na medida em que a gente se empenha em avançar num caminho comum estamos vivendo a sinodalidade e construindo um futuro onde todos podem falar, onde todos tem que escutar.    Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte 1 – Editorial Rádio Rio Mar

Dom José Ionilton denuncia Projeto de Lei 2633/20 como “invasão de terras públicas por grileiros e criminosos ambientais”

O bispo da Prelazia de Itacoatiara-AM e presidente da Comissão Pastoral da Terra (CPT), Dom José Ionilton Lisboa de Oliveira, defendeu que o Projeto de Lei 2633/20 não favorece os pequenos e que “abrirá caminhos para a invasão de terras públicas por grileiros e criminosos ambientais”.   Ele falou durante a audiência pública das Comissões de Agricultura e Reforme Agrária (CRA) e de Meio Ambiente (CMA) para debater propostas de regularização fundiária, como o PL 510/2021 e o PL 2.633/2020, que regulamenta legislação de regularização fundiária em terras da União, na Amazônia Legal, e do Incra.  Participaram da audiência o chefe-geral da Embrapa, Evaristo Miranda, e a procuradora da República Márcia Brandão Zollinger.  Dom Ionilton afirmou que é importante refletir sobre os interesses que estão por trás dessas propostas. “É importante que se pense nisso o que está por trás desses dois projetos de lei, que estão em discussão no Senado, para ver se beneficia povo ou se prejudica o povo e pensar que a função do eleito é garantir aquilo que faz bem para o povo brasileiro na sua maioria”.  “Nós, bispos da Amazônia, somos contra os Projetos de Lei 510/21 e 2633/20 e solicitamos que essas duas comissões que aqui se encontram e demais senadores e senadoras pensem na responsabilidade que tem ao aprovar essas leis”.   Confira a fala do presidente da CPT, Dom José Ionilton, na Audiência Pública:  Comunicação REPAM-Brasil 

Prelazia de Tefé comemora o Dia Internacional do Idoso

A Pastoral da Pessoa idosa e o Grupo Ser feliz não tem idade da Prelazia de Tefé celebraram na manhã do dia 1º de outubro, junto à comunidade, o Dia Internacional do Idoso. Em um momento tão delicado que ainda passamos, principalmente para as pessoas idosas, para este grupo é muito importante agradecer a Deus e celebrar pela vida de cada um e cada uma. Na oportunidade, foi momento de lembrar de todos os idosos dos municípios que compreendem a Prelazia de Tefé. Muitos dos que partiram para junto do pai devido a pandemia, foram recordados nessa celebração eu também aqueles que continuam junto de nós, apaixonados pela vida e com o coração jovem e cheio de esperança. Sem os idosos não teríamos em quem no espelhar. Cuide, dê carinho, amor, seja grato por tudo que um dia fizeram por nós. Francisca Andrade – Prelazia de Tefé

Conhecer a Bíblia evita radicalismos

Conhecer sempre ajuda a tomar decisões melhores, a encontrar o caminho a seguir. A Bíblia é um elemento fundamental na vida dos cristãos, mas nem sempre é conhecida do jeito que deveria ser. No Brasil, desde há 50 anos, a Igreja católica celebra todo mês de setembro o Mês da Bíblia, um tempo em que todos os católicos são chamados a aprofundar no conhecimento da Palavra de Deus. Cada ano, um livro diferente, sempre visando aprofundar num texto que nos mostra o caminho de Deus. No dia 30 de setembro, a Igreja católica celebra a festa de São Jerônimo, nascido no século IV, que poderia ser considerado como o primeiro grande apaixonado pela Bíblia na história da Igreja, traduzindo o texto bíblico ao latim. Na semana passada a Assembleia do Regional Norte 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil insistia na necessidade de traduzir a Bíblia às línguas indígenas, algo que pode ajudar a compreender melhor o texto bíblico. Entender e conhecer a Palavra de Deus ajuda a deixar para trás leituras literais do texto, o que muitas vezes leva a desfigurar a imagem de Deus, a se servir dele para sustentar projetos políticos, religiosos, econômicos, que nada tem a ver com a imagem do Deus bíblico, fomentando assim o fundamentalismo, uma atitude cada dia mais presente no meio de nós. Os falsos Messias sempre fizeram parte da história da humanidade, e de vez enquanto nos deparamos com personagens dessa laia. Uma leitura literal da Bíblia incentiva os radicalismos, aumenta os enfrentamentos, fomenta atitudes violentas, divide as pessoas. São atitudes que não estão presentes na Bíblia, que promove a fraternidade e um projeto de vida em comum sustentado no Deus Criador e, sobretudo, no Deus Encarnado em Jesus Cristo, que entrega sua vida para a salvação de todos. Quando a gente entende a Carta aos Gálatas, vemos como nela aparece o chamado à unidade, à caminhada em comum, a fazer realidade as palavras do Apóstolo em que nos lembra que “todos vós sois um só em Cristo Jesus”. Aí a gente entende que o texto bíblico perpassa a história, que aquilo que foi escrito quase dois mil anos atrás continua sendo atual. Diante das tentativas de se aproveitar de Deus e de sua palavra para satisfazer interesses pessoais somos desafiados a promover um maior conhecimento da Bíblia, a estudar a Palavra para evitar cair em tentações que nos levam a nos afastarmos de Deus e dos outros. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte 1 – Editorial Rádio Rio Mar

Assembleia Eclesial: uma novidade pelo número e presença de todas as vocações

Pouco a pouco os detalhes da Assembleia Eclesial da América Latina e do Caribe estão se tornando conhecidos. Alguns deles foram revelados na coletiva de imprensa desta quarta-feira, 29 de setembro, organizada pelo Celam, na qual foram anunciadas as etapas de um processo que realizará sua assembleia de 21 a 28 de novembro. “A Assembleia Eclesial tem algo novo e algo que está enraizado no caminho da Igreja da América Latina e do Caribe“, como afirmou o Secretário Geral do Celam. É algo que tem sido parte da Igreja no continente desde seus primeiros dias, lembrando os Concílios de Lima, mas é também um espírito que nos últimos anos tem gerado processos de assembleia em algumas conferências episcopais e dioceses, segundo Dom Jorge Lozano. O arcebispo de San Juan de Cuyo definiu a novidade da Assembleia no sentido de ser continental e composta de diferentes vocações, revelando que haverá cerca de mil delegados na Assembleia, 200 bispos, 200 sacerdotes e diáconos, 200 religiosos e religiosas, 400 leigos e leigas de diferentes áreas, também pessoas que estão em situações de periferia, de exclusão, a maioria dos quais participará virtualmente e pouco mais de 50 pessoas presencialmente na sede da Conferência Episcopal Mexicana. É um caminho que está sendo acompanhado por um itinerário espiritual, baseado na escuta da Palavra de Deus e da realidade, que formam um único ideal de vida, segundo a Irmã Daniela Cannavina. A coordenadora do Comitê de Espiritualidade e Liturgia dividiu este itinerário na espiritualidade da escuta e na espiritualidade do encontro, dentro da qual momentos de leitura orante, um encontro mariano continental ou uma Vigília do Santuário de Nossa Senhora de Guadalupe terão lugar nas próximas semanas. O processo de escuta da Assembleia Eclesial da América Latina e do Caribe foi um momento para dar razão a nossa esperança, nas palavras de Mauricio López. Para o coordenador do Centro de Programas de Ação Pastoral e Redes do Celam, a escuta é uma ação inerente da Igreja, algo que se baseia no espírito da Eclesiologia do Povo de Deus do Concílio Vaticano II e que foi promovida na Episcopalis Communio, que exige abraçar a fé do Povo de Deus. Quase 70.000 pessoas participaram do processo de escuta, 65% das quais são mulheres. Todas as contribuições geraram uma síntese, que foi colocada nas mãos do comitê de redação do Documento para o discernimento, e que, como uma grande novidade, seu conteúdo será dado a conhecer na próxima sexta-feira. Para o padre David Jasso, a Metodologia Pastoral é a própria Assembleia, pois não há assembleia sem acordos, sem questões que são colocadas em comum e que a própria comunidade pode levar aos outros. Estamos enfrentando uma oportunidade, afirma o secretário-geral adjunto do Celam, de responder aos novos desafios da Igreja na América Latina e no Caribe e de encontrar novas maneiras de responder a esses desafios. Tudo isso dentro de um processo que começará com as pre-assembleias e se desdobrará em pós-assembleias regionais. Segundo o Padre Jasso, é uma questão de apropriação de sonhos para responder a urgências. Neste sentido, ele anunciou a elaboração de uma mensagem final na qual quer se mostrar este sonho eclesial, estes novos caminhos, estas novas orientações e um documento inspirador a ser elaborado nos meses seguintes à Assembleia. Respondendo às perguntas dos jornalistas, os quatro anfitriões da coletiva de imprensa falaram sobre os participantes, cuja lista final será conhecida nos próximos dias, o que o processo de escuta deve envolver como instrumento de metanoia, de conversão, o plano de comunicação de uma assembleia a ser vivida não apenas em sua sede, mas também nos diferentes pontos a partir dos quais os membros da assembleia estarão conectados. A Assembleia é uma oportunidade de tornar realidade o mandato do Vaticano II, onde todos somos chamados a assumir o compromisso de proclamar o Reino, criando experiências que se tornam a presença do Espírito Santo, que continua a soprar com força para gerar novos caminhos. Estes novos caminhos emergem da escuta realizada nas periferias, nas comunidades amazônicas, em uma escola com crianças, em uma unidade penal ou em comunidades de toxicômanos em recuperação. A Vida Religiosa também percorre novos caminhos, e está muito presente no processo de escuta, está em saída, e quer que a dimensão sinodal permeie sua vida e seu serviço, tornando os rostos visíveis e compartilhando espaços concretos. Não podemos esquecer que na sinodalidade o caminho é a experiência, e que é necessário manter vivo o dinamismo da escuta. É hora de lembrar Aparecida com um olhar agradecido, mas também de olhar para o futuro, para o Evento Guadalupano de 2031 e da Redenção em 2033. Para isso somos chamados a entender que a alegria está mais no caminho do que na meta, que está sempre mudando. Na verdade, a escuta, que deve ser uma atitude permanente na vida da Igreja e não uma metodologia, não está terminada, e a assembleia já começou. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte 1

Dom Marcos abençoara Fazenda da Esperança em Coari no dia 2 de outubro

A realização de “um sonho que nasceu há cerca de 15 anos atrás”, afirma Dom Marcos Piatek diante da benção e inauguração da Fazenda da Esperança São Raimundo, em Coari, que vai acontecer no dia 2 de outubro de 2021. Entre os atos previstos está uma moto carreata, com concentração na Praça São Sebastião, do lado da catedral, às 8h00, até a sede da Fazenda, situada no Km 9 da estrada Coari-Mamiá, onde o bispo diocesano presidirá uma celebração eucarística às 9h00. Dom Marcos lembra que “Jesus veio pra que todos tenham vida e a tenham em abundância”, insistindo em que “a inauguração da Fazenda da Esperança São Raimundo tem uma importância muito grande para a Diocese de Coari e para a nossa população em geral”. O bispo diocesano lembra que até o momento presente as pessoas atingidas pela dependência química eram enviadas à Fazenda da Esperança, em Manaus. Segundo Dom Marcos Piatek, “a abertura da Fazenda da Esperança São Raimundo se insere dentro das Novas Diretrizes para a Ação Evangelizadora, recém aprovadas pela 48ª Assembleia Pastoral do Regional Norte 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB)”. As Novas Diretrizes, que vão acompanhar a vida das dioceses e prelazias do Regional Norte 1 até 2023, estão fundamentadas nas Diretrizes para a Ação Evangelizadora da CNBB Nacional e na exortação pós-sinodal Querida Amazônia e todo o processo sinodal vivido durante o Sínodo para a Amazônia, convocado pelo papa Francisco em outubro de 2017 e que teve sua Assembleia Sinodal em outubro de 2019, com a participação dos bispos do Regional Norte 1 da CNBB, dentre eles Dom Marcos Piatek, assim como padres, religiosos e religiosas, leigos e leigas, e representantes dos povos indígenas. O bispo de Coari lembra que nas Novas Diretrizes para a Ação Evangelizadora do Regional Norte 1, a terceira linha para a ação evangelizadora, fala da “Igreja Servidora e Salvadora da Vida“, sendo a Fazenda da Esperança uma expressão dessa linha. Segundo Dom Marcos Piatek, “o acontecimento se coloca na linha do Sonho Social do Papa Francisco na Querida Amazônia” e recolhe ideias que aparecerem na encíclica “Fratelli tutti”.  Finalmente, o bispo diocesano de Coari, diz “agradecer a Deus e a todas as pessoas que rezaram, que doaram a sua vida e que colaboraram materialmente“. É por isso que Dom Marcos Piatek pede “que esta obra profundamente humana, bíblica e eclesial seja copiosamente abençoada por Deus e protegida por Maria e São Raimundo”. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte 1

Lançamento do SIREPAM: Sistema de Informação para conhecer melhor a Pan-Amazônia

Anos atrás, a Rede Eclesial Pan-Amazônica (REPAM) iniciou um enorme trabalho para conhecer um pouco mais sobre a realidade eclesial, social e ambiental desta imensa região. O Mapeamento, como esta iniciativa foi chamada, foi o primeiro passo de algo que foi lançado em 27 de setembro de 2021: o Sistema de Informação sobre a Realidade Eclesial da Região Pan-Amazônica (SIREPAM). É uma plataforma bilíngue, em espanhol e português, hospedada no site da REPAM, que contém todas as informações coletadas no processo de Mapeamento realizado em todas as jurisdições eclesiásticas da região Pan-Amazônica. Dentro do sistema é possível encontrar gráficos, tabelas e dados em geral para cada eixo e questão do Mapeamento, organizado por Jurisdições Eclesiásticas, Regionais (no caso do Brasil), países e toda a região Pan-Amazônica. No SIREPAM, as informações estão organizadas em diferentes temas: dados sobre a presença da Igreja na Amazônia; paróquias, padres, religiosos, diáconos e líderes comunitários; dados sobre organizações da sociedade civil; realidade social; povos indígenas e comunidades tradicionais; formação e métodos pastorais numa perspectiva itinerante; direitos humanos e defesa internacional; justiça socioambiental e Bem Viver; e comunicação para transformação social. Com as informações fornecidas pela plataforma, o objetivo é obter um diagnóstico da realidade do território em diferentes níveis, principalmente eclesial e socioambiental. Neste sentido, as informações reunidas no SIREPAM podem ajudar como ponto de partida e guia para a formulação de planos e ações pastorais, respondendo assim ao pedido do Sínodo para a Amazônia, que insiste em realizar um trabalho evangelizador baseado na realidade local. Como informa a própria REPAM, este é um instrumento que abre a possibilidade de estabelecer estratégias de ação comunitária diante dos problemas e ameaças da Amazônia e de seus povos e, ao mesmo tempo, oferece apoio às iniciativas de organizações estatais, locais ou internacionais diante das exigências e exigências socioambientais. O lançamento aconteceu em vídeo com a participação do secretário executivo da REPAM, Irmão João Gutenberg Sampaio, e Diego Aguiar, que é o articulador da Rede Eclesial Pan-Amazônica. Em sua intervenção, eles enfatizam a importância da informação na vida da Igreja e explicam brevemente o conteúdo e o funcionamento, que serão atualizados à medida que surgirem novas informações, tanto em nível pan-amazônico como nas mais de 100 igrejas particulares localizadas na região pan-amazônica. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte 1

Cardeal José Freire Falcão, arcebispo emérito de Brasília, mais uma vítima da Covid-19

Faleceu às 22:40 deste domingo, 26 de setembro, aos 95 anos de idade, o Cardeal José Freire Falcão, arcebispo emérito de Brasília, em decorrência de complicações da Covid-19, segundo informações da Arquidiocese deBrasília. O cardeal estava internado desde o dia 17 de setembro, após ter testado positivo para Covid-19. Após piorar em seu estado de saúde, o purpurado foi entubado, vindo a falecer em consequência dessas complicações. Nascido no dia 23 de outubro de 1925 na cidade de Ereré, no Ceará, desde criança, incentivado pela família, sonhou em ser sacerdote. Aos 14 anos entrou no Seminário de Fortaleza, e foi ordenado padre em 19 de junho de 1949, exercendo seu ministério na diocese de Limoeiro do Norte, no Ceará, de onde se tornará bispo em 17 de junho de 1967. Após 4 anos, será eleito arcebispo de Teresina, no Piauí, em 1971, onde permaneceu até 1984, quando foi transferido para Brasília, arquidiocese que pastoreou até sua renúncia em 2004. Eleito cardeal em 28 de junho de 1988, participou, em 2005, dos funerais de João Paulo II e do conclave que elegeu o Papa Bento XVI. Como segundo arcebispo da capital do país, ordenou diversos padres e criou várias paróquias, acolhendo o Papa João Paulo II em 1991. Também criou a Casa do Clero e estimulou os movimentos eclesiais, entre outros trabalhos. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte 1

Rede um Grito pela Vida vai à rua para conscientizar contra a Exploração Sexual e Tráfico

A vida religiosa assumiu o enfrentamento do tráfico de pessoas como uma das suas prioridades. Sobretudo as religiosas gastam a sola do sapato indo ao encontro das vítimas e conscientizando a população para evitar cair nas redes do tráfico e descobrir a necessidade de denunciar esse crime. O Dia Internacional Contra a Exploração Sexual e o Tráfico de Mulheres e Crianças, que acontece todo 23 de setembro tem sido oportunidade para que as integrantes da Rede um Grito pela Vida em Manaus, em parceria com outras pastorais, como a pastoral da sobriedade e a pastoral da AIDS, e do núcleo da Rede da Tríplice Fronteira, se fizessem presentes nos terminais de ônibus da cidade, distribuindo informação que pode evitar sofrimento em muitas pessoas. Entre elas estava a irmã Santina Perin, que aos 80 anos não mede esforços para acompanhar a vida dos migrantes, especialmente os haitianos, ela foi missionária no Haiti por mais de 20 anos, e as vítimas do tráfico de pessoas. A religiosa insistia em que a presença na rua “ela é muito importante, porque o nosso povo, que está sofrendo, nosso povo que não tem consciência da gravidade da situação, se ele vê que alguém fala, que explica, que se empenha, ele vai tomando consciência”. A irmã Santina destaca que “o povo acolhe e agradece”. Segundo ela, “quando estão sentados, que dá para falar, a gente explica que hoje é o Dia Internacional Contra a Exploração Sexual e o Tráfico de Mulheres e Crianças, eles pegam e agradecem”. A religiosa da Congregação do Imaculado Coração de Maria, diz que “vale a pena, acolhem e a gente também se entusiasma com esse trabalho”. Ao ser perguntada se a vida religiosa está comprometida com essa causa, a religiosa afirma que “a vida religiosa toda acredito que indistintamente, toda faz opção pelos pobres, e o pobre é aquele que está sofrendo”. Para a irmã Santina, “graças a Deus, neste momento, os responsáveis pela vida religiosa estão se empenhando para incentivar o trabalho nessa área”. Ao mesmo tempo, a integrante da Rede um Grito pela Vida diz que “infelizmente também temos na vida religiosa, na vida sacerdotal, na vida dos bispos, que está temática ainda não entrou, ainda não conseguiram se dar conta de que a vida de Jesus Cristo foi essa, estar na rua, no meio dos mais pobres”. Uma luta comum, que precisa do compromisso de todos, e que aos poucos a Igreja como um todo vai tomando consciência da necessidade de se envolver. O exemplo da vida religiosa, inclusive daquelas mulheres que com o passar dos anos não desistem em seu empenho, representa um estímulo para nossa vida como discípulos e discípulas, sempre chamados a ir ao encontro daqueles que são vítimas de uma sociedade que explora.   Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte 1