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Faleceu Dom Geraldo Dantas de Andrade, Bispo Auxiliar Emérito de São Luís do Maranhão

Faleceu no dia 1º de maio, festa de São José Operário, aos 89 anos, dom Geraldo Dantas de Andrade, bispo auxiliar emérito de São Luís do Maranhão – MA, segundo comunicou, por meio de nota assinada pelo arcebispo metropolitano dom José Belisário da Silva, a arquidiocese de São Luís do Maranhão. O bispo falecido será sepultado neste domingo, 2 de maio, na Catedral da Sé, numa celebração que será restrita, dados os protocolos e recomendações de prevenção à Covid-19. Nascido no Rio de Janeiro em 29 de setembro de 1931, dom Geraldo foi ordenado padre pela Congregação do Sagrado Coração de Jesus (SCJ) em 18 de dezembro de 1957, em Taubaté (SP). Foi nomeado Bispo de Titular de Cibaliana e Auxiliar da arquidiocese de São Luís em 18 de fevereiro de 1998. Recebeu a ordenação episcopal no dia 18 de abril desse mesmo ano das mãos de dom Paulo Eduardo Andrade Ponte, dom José Nelson Westrupp e dom Xavier Gilles de Maupeou d’Ableiges. Dentre as atividades como bispo, dom Geraldo foi vigário geral da arquidiocese de São Luís e reitor do Seminário Interdiocesano do Regional Nordeste 5 da CNBB (Maranhão). Seu lema episcopal é “Sei em quem acreditei”. Em 15 de setembro de 2010 foi aceito seu pedido de renúncia, tornando-se bispo auxiliar emérito. A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, em nota assinada pela presidência, manifestou seu pesar pelo falecimento do Bispo Auxiliar Emérito de São Luís do Maranhão, mostrando solidariedade aos familiares e amigos, à Igreja local e à Congregação do Sagrado Coração de Jesus. A presidência da CNBB agradece pela vida de Dom Geraldo e pede para ele a intercessão de nossa mãe Maria e São José Operário. Fonte: CNBB

Dom Fernando faz a benção da imagem de São José no Seminário de Tefé

Na tarde do dia 1° de Maio, festa de São José Operario, o bispo de Tefé, Dom Fernando Barbosa, fez a bênção da imagem de São José erguida em frente ao Seminário e a placa que marcará o Ano de São José. A Prelazia de Tefé também está comemorando os 100 anos do prédio do Seminário e do jubileu da Prelazia. A celebração contou com a presença de alguns padres e representantes das diferentes pastorais da Prelazia. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte 1

Dom Ionilton sauda os trabalhores e trabalhadoras do Regional Norte 1

Quero saudar todos os Trabalhadores e todas as Trabalhadoras da Arquidiocese de Manaus, de nossas Prelazias e Dioceses do Regional Norte 1 da CNBB, em suas Comunidades Ribeirinhas, Urbanas e Estrada e de todas as Paróquias. Obrigado pelo que vocês são e fazem no mundo do trabalho: Pescadores, Agricultores, Profissionais da Educação, da Saúde física e mental, do Transporte fluvial, rodoviário e aéreo, da Construção Civil, da Comunicação, dos Serviços Públicos, da Música, do Esporte, da Cultura, Costureiras, Garis, Comerciários, Industriários, Domésticas, Secretárias, Profissionais Liberais… Um agradecimento, também, a quem presta serviço voluntário nas Associações, Movimentos Populares, Sindicatos, ONGs – Organizações Não Governamentais. Estendo este agradecimento especial aos Agentes Voluntários de Pastorais, Organismos, Movimentos de nosso Regional e às Lideranças de nossas Comunidades Ribeirinhas, de Estrada e Urbanas. Nossa comunhão com os Trabalhadores e as Trabalhadoras que estão desempregados, desempregadas; Nossa palavra de incentivo para nossos Leigos Trabalhadores e nossas Leigas Trabalhadoras se filiarem ao Sindicato de sua classe trabalhadora, para ajudar na luta pela preservação de seus direitos e pela conquista de direitos retirados. Encerro com a letra do canto de Padre Zezinho: “Trabalhadores, Trabalhadoras, Deus também é Trabalhador!”. São José Operário, rogai por nós! Dom José Ionilton Lisboa de Oliveira, SDV – Bispo da Prelazia de Itacoatiara e Referencial para o Laicato

Início da peregrinação da imagem de São José: “A Igreja quer chegar ao coração de todos os católicos”

Dentro das atividades do Ano de São José, a Arquidiocese de Manaus tem organizado a peregrinação da imagem de São José em todas as paróquias e áreas missionárias. Cada uma das Regiões Episcopais em que está dividida a Arquidiocese, Nossa Senhora dos Remédios, Nossa Senhora Aparecida e Nossa Senhora dos Navegantes, estão dando início às atividades. Coincidindo com a festa de São José Operário, neste 1º de maio, a Catedral Nossa Senhora da Conceição acolhia a celebração da Região Episcopal Nossa Senhora dos Remédios, que contou com a participação do clero, a vida religiosa e os leigos e leigas das paróquias e áreas missionárias. Monsenhor José Carlos Sabino de Andrade destacava a importância deste momento, lembrando que o Ano de São José é uma iniciativa do Papa Francisco, o que tem sido aderido pela Arquidiocese de Manaus e pela Região Episcopal Nossa Senhora dos Remédios. Monsenhor Sabino afirmava que “evidentemente, São José é um dos santos mais populares que existem para o povo brasileiro”, algo que está muito presente na devoção do povo, dado que “São José era um homem extraordinário”, segundo o Vigário Episcopal. Na sua homilia, Monsenhor Sabino destacava a figura de São José como “um modelo, um referencial” no mundo do trabalho, que ele definia como aquilo que “edifica, enobrece e dá ao ser humano mais dignidade”. O trabalho é algo que nos refere a Deus, “que criou todas as coisas com muito amor e ternura”, algo que fez parte da vida de Jesus, “que acompanhou seu pai na carpintaria e noutros trabalhos que lhe encomendavam”. Refletindo sobre o trabalho, o Vigário Episcopal disse não poder se imaginar “ninguém sem se empenhar em usar os dons e talentos, dados por Deus, para construir, edificar e fazer com que o mundo seja melhor”, insistindo em que “todo trabalho feito com dignidade é abençoado por Deus”, e caminho de santificação. Dentro das realidades muitos duras enfrentadas no mundo do trabalho, Monsenhor Sabino destacava o desemprego, uma situação cada vez mais presente no Brasil, que tem aumentado neste tempo de pandemia, fazendo com que o desemprego atinja mais de 14% da população ativa do país, situação que ele definia como uma tragedia, que provoca fome, fazendo um chamado à responsabilidade pessoal, buscando resolver essa situação. Conhecer a figura de São José se torna uma necessidade segundo o Vigário Episcopal, vendo a peregrinação da sua imagem como um modo em que “a Igreja quer chegar ao coração de todos os católicos”. Na Carta Patris corde, o Papa Francisco “lembra de tantos pais que não conseguem oferecer o básico aos seus familiares”, e também de “tantos pais ausentes que não conseguem acompanhar a vida dos filhos”, lembrava Monsenhor Sabino, que convidava a ler a carta do Papa para o Ano de São José. A celebração, como recordava o Vigário Episcopal, inicia uma peregrinação que vai se prolongar até 13 de março de 2022. A imagem vai visitar todas as paróquias, áreas missionárias e comunidades, sendo acompanhada por um livrinho que recolhe o Angelus em honra de São José, o Tríduo em honra de São José e trechos da Carta Patris corde, assim como o calendário com as datas do percurso da imagem. Estamos diante de uma oportunidade, segundo Monsenhor Sabino, para que “aprendamos também nós, neste Ano Josefino, a recorrer, ainda com mais fervor, a São José e peçamos a ele que alcance de Deus a graça de imitarmos as suas virtudes”. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte 1

“Temos dificuldade para compreender como existe insensibilidade para com os pobres”, afirma Dom Leonardo se referindo ao Governo e ao Congresso

Diante de uma pandemia que já provocou a morte de ao menos 400 mil brasileiros e brasileiras, o Pacto pela Vida e pelo Brasil, assinado em 7 de abril de 2020, dia Mundial da Saúde, se tornou um instrumento para “provocar a união de toda a sociedade, solidariedade, disciplina e conduta ética e transparente do governo, tomando por base as orientações da ciência e dos organismos nacionais e internacionais de saúde pública no enfrentamento da pandemia de coronavírus no País”. Concretizar isso na região amazônica é uma exigência, sobre a qual tem sido refletido no encontro organizado pelo Serviço Amazônico de Ação, Reflexão e Educação Socioambiental – SARES, nesta quinta-feira, 29 de abril, “Construindo o Pacto pela Vida e pelo Brasil na Amazônia”. No evento, transmitido pelas redes sociais se fizeram presentes Patrícia Cabral do Conselho do Laicato da Arquidiocese de Manaus, Dom Leonardo Steiner, arcebispo de Manaus, Helso do Carmo Ribeiro Filho, presidente da Comissão de Relações Internacionais – CORI/OAB-AM e Marcivana Sateré Mawé, coordenadora Geral da COPIME, Coordenação dos Povos Indígenas de Manaus e Entorno. Gerar consciência crítica é um dos objetivos do Conselho Nacional do Laicato do Brasil diante do Pacto pela Vida e pelo Brasil, segundo sua presidenta na Arquidiocese de Manaus. O CNLB tem criado grupos de trabalho nos Regionais da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, para se mobilizar a través de encontros de formação, que partem da realidade local. As bandeiras do CNLB, segundo Patrícia Cabral, são a vacina para todos, a defesa do SUS, o auxílio emergencial e a investigação diante da falta de responsabilidade nas decisões do poder público em relação com a pandemia. Lembrando a festa de Santa Catarina de Sena, comemorada no dia 29 de abril, uma das primeiras doutoras da Igreja, que viveu um momento de obscurantismo similar ao atual, o representante da OAB defendia a necessidade de conjugar fé e razão, de apostar numa cidadania ativa, de agir, ainda mais numa Amazônia vista como algo periférico, sem importância, para o Governo Federal. Helso do Carmo Ribeiro Filho denunciava que o alto número de vítimas da Covid-19 é consequência do obscurantismo, fazendo um chamado a fazer cobranças para o efetivo exercício de direitos da nossa cidadania, cobrando “vacina no braço e comida no prato”, uma exigência urgente diante do fato da vacinação ter sido suspensa por duas semanas em Manaus como consequência do descaso. Os povos indígenas tem sido vítimas da negação da história e de seus direitos, segundo Marcivana Sateré Mawé. Essa política que separa se faz presente hoje no fato de que quer ser negada a condição de indígenas àqueles que moram nas cidades, uma injustiça, pois “estamos no nosso território”, insistia Marcivana. Isso é provado pelos “muitos sinais da presença dos nossos ancestrais”, segundo a coordenadora da COPIME. A pandemia, que ela definia como “um dos momentos mais sombrios da história”, nega os direitos dos povos indígenas que moram nas cidades, que não estão tendo acesso à vacina, que são vítimas da falta de segurança alimentar, e tem visto sua economia, baseada no artesanato e no turismo, gravemente atingida. A liderança indígena denunciava a violação dos direitos, o que coloca em risco a existência dos povos indígenas. Não pode ser esquecido que a Amazônia é berço de muitos povos, a partir dos elementos sagrados da criação que fazem parte das cosmovisões indígenas. Ela fazia um chamado a não alimentar discursos colonialistas, algo que também está presente nos próprios povos indígenas. Isso deve levar a uma mudança de paradigma, da forma de olhar os povos indígenas, destacando a necessidade de enxergar a Mãe Terra como geradora de vida. O Brasil corre perigo, advertia Dom Leonardo Steiner, “corre perigo não apenas contra sua saúde, mas o Brasil corre perigo quanto à saúde democrática, quanto à saúde institucional, quanto à saúde na justiça”. O Pacto pela Vida e pelo Brasil é visto pelo arcebispo de Manaus como “um sinal de uma construção muito maior”, enfatizando que defendemos a vida humana e de todos os seres, a vida que está em perigo. Ele insistia em que “o Pacto deseja também superar determinados negacionismos e realmente tomar o caminho da ciência”. Ao mesmo tempo insistia na importância dos espaços em que vai se ampliando a reflexão em torno ao Pacto, como tem acontecido no encontro organizado pelo SARES. Dom Leonardo denunciava que o governo atual e o anterior está dilapidando o SUS, algo que tem mostrado sua importância decisiva para enfrentar a pandemia. Ele fazia referência à vacinação e à fome, que começa crescer, algo cada vez sensível em Manaus. O arcebispo de Manaus reclamava sensibilidade do Governo e do Congresso Nacional, definido como “um pequeno ninho de cobras”. Nesse sentido, insistia em que “temos dificuldade para compreender como existe insensibilidade para com os pobres, insensibilidade para com a questão da justiça”. A democracia no Brasil “está sendo mais atacada, atacada no sentido de que não se respeita a democracia, não com a participação de todas as pessoas”, segundo Dom Leonardo. Em sua reflexão relacionava os elementos presentes no Pacto com os quatro sonhos do Papa Francisco em Querida Amazônia, que “falam de uma totalidade do existir”, pudendo ser considerados como “a visibilização da nossa casa comum”. No Pacto pela Vida e pelo Brasil, “nós estamos vendo a necessidade do cuidado em relação ao meio ambiente”, afirmava o arcebispo. Ele também insistia na “necessidade do cuidado e do respeito com as culturas”, lembrando a diversidade cultural presente na Amazônia e a necessidade de ser cultivadas. O Pacto, no qual a Igreja está participando ativamente, quer levar em consideração os grandes desequilíbrios presentes na sociedade amazônica, segundo Dom Leonardo. Ele insistia em que “onde existe dor, onde existe sofrimento nós temos que estar. Nós não podemos passar ao largo das dores e dos sofrimentos da humanidade e das pessoas. Nós não podemos passar longe dos problemas. Nós, como pessoas que desejam seguir Jesus, sermos seus discípulos missionários, vivermos o Evangelho, nós levamos em consideração a dor e o…
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Trabalho digno, uma realidade cada vez mais distante

O dia 1º de maio é comemorado o Dia do Trabalhador, uma boa oportunidade para refletir sobre o trabalho, uma realidade cada vez mais precarizada no Brasil. Nos últimos anos, especialmente com a reforma trabalhista, as condições laborais no Brasil foram piorando. A pandemia tem acrescentado a precarização laboral fazendo aumentar o desemprego e que muitos trabalhadores e trabalhadoras sofram com condições de trabalho cada vez mais injustas, prejudicando assim o sustento de suas famílias. O Papa Francisco, na sua Carta Patris Corde, escrita com motivo do Ano de São José, nos fala sobre sua dimensão de Pai trabalhador. Ele nos diz que “São José era um carpinteiro que trabalhou honestamente para garantir o sustento da sua família. Com ele, Jesus aprendeu o valor, a dignidade e a alegria do que significa comer o pão fruto do próprio trabalho”. Diante da pandemia da Covid-19, “em que o trabalho parece ter voltado a constituir uma urgente questão social e o desemprego atinge por vezes níveis impressionantes”, nos diz a carta do Papa, “é necessário tomar renovada consciência do significado do trabalho que dignifica”. Para isso se faz necessário lutar para que todos os trabalhadores e trabalhadoras tenham condições laborais que respeitem seus direitos. O Papa Francisco insiste na visão do trabalho como oportunidade para “desenvolver as próprias potencialidades e qualidades, colocando-as ao serviço da sociedade e da comunhão”. A gente não deveria trabalhar só para garantir recursos e sim como modo de realização pessoal e de construção de um mundo melhor para todos e todas, melhorando a condição de vida da humanidade. O trabalho também tem muito a ver com a família, segundo a Carta Patris Corde. Neste tempo de pandemia, em que muitas famílias sofrem a perda de seus entes queridos, o trabalho também tem sido outra das grandes preocupações. O Santo Padre nos diz que “uma família onde falte o trabalho está mais exposta a dificuldades, tensões”. Diante dessa realidade, o Papa Francisco se pergunta, “como poderemos falar da dignidade humana sem nos empenharmos para que todos, e cada um, tenham a possibilidade dum digno sustento?”. Por isso, ele faz “um apelo a redescobrir o valor, a importância e a necessidade do trabalho para dar origem a uma nova ‘normalidade’, em que ninguém seja excluído”. Lembremos as palavras do Papa Francisco: “nenhuma família sem casa, nenhum camponês sem terra, nenhum trabalhador sem direitos, nenhuma pessoa sem a dignidade que o trabalho dá”. A Santidade se faz realidade na vida cotidiana, também fazendo realidade um trabalho digno para todos e todas, mesmo sabendo que essa é uma realidade cada vez mais distante da vida de muitos trabalhadores e trabalhadoras. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte 1 – Editorial Rádio Rio Mar

Da Amazônia à Guiné-Bissau, a experiencia missionária do Padre Jaime Coimbra do Nascimento

América Latina foi tradicionalmente um continente que recebeu muitos missionários, a maioria vindos da Europa. Aos poucos a consciência missionária além fronteiras foi se fazendo presente na vida da Igreja latino-americana. Um exemplo dessa nova dinâmica é o padre Jaime Coimbra do Nascimento, que está esperando viajar para a diocese de Bafatá, Guiné-Bissau, que no dia 31 de março perdia seu bispo, também brasileiro, Dom Pedro Zilli, vítima da Covid-19. Ele já trabalhou lá durante 6 anos, de 2005 a 2011. Nascido na diocese de Parintins, Estado do Amazonas, ele é padre do Pontifício Instituto das Missões Estrangeiras – PIME, que foi quem praticamente fundou essa diocese, segundo ele afirma, pois o Instituto “tem como carisma a fundação da Igreja local”. Aos poucos o Instituto foi providenciando a estrutura da diocese e formando um clero local. O padre Jaime diz que “por enquanto eu sou o único da diocese, como sacerdote, que respondi a esse chamado missionário e tem também algumas irmãs daquela diocese que estão em países asiáticos e africanos, até na Europa, na Itália”. Sua vocação surgiu do convívio com os missionários do PIME, “desde a minha infância e adolescência sempre me fascinou, ter deixado terra, família, língua para estar ali junto com a gente”. Esse fascínio, segundo o missionário, “foi aumentando aos poucos, e a idade de 18 anos fiz um discernimento com a diocese”. Ele, que foi ordenado em 1999, estudou a filosofia em Manaus, no seminário da Arquidiocese, como seminarista do PIME, mas hóspede, “para fazer um discernimento para ver se de fato essa vocação que vem de Deus era missionária ou de seminarista diocesano”, para depois estudar a teologia na Itália. Afetivamente se sente incardinado na diocese de Parintins, algo que aparece nas constituições do PIME, que pedem “que onde o bispo aceitar, o candidato ao sacerdócio peça a incardinação afetiva a sua diocese de origem”. Seus primeiros anos como padre foram como animador vocacional missionário, na Arquidiocese de Londrina, nas comissões missionarias e vocacional, um trabalho de equipe, com a presença de padres diocesanos, padres missionários, religiosas, para ajudar a Igreja do Brasil, aos poucos, ter essa abertura missionária além fronteiras. Na sua primeira ida para Guiné-Bissau, onde passou seis anos, o missionário diz que “ali realizei plenamente a minha vocação missionária, porque um dos pilares do instituto é inspirado por Cristo missionário do Pai, o Cristo Missionário além fronteiras, fora da própria pátria, em países de maioria não cristã, por toda a vida”. Segundo o padre Jaime, “uma vez que um missionário brasileiro, italiano, filipino, é destinado para um país, aquele país passa a ser o seu país de missão, de adoção, até sua velhice, até mesmo a sua morte”. Guiné-Bissau é um país de um milhão seiscentos mil habitantes, a maioria, 60% de religião tradicional africana, 30% são muçulmanos e 10 % são cristãos. Falando daquele tempo, o padre diz que “a gente trabalha muito na linha de frente na educação, em todas as missões nós temos escolas e posto de saúde, são as duas linhas de frente”, onde todo mundo é acolhido. Trata-se de uma Igreja muito jovem, a maioria das conversões acontecem no meio da juventude. Em 2011 foi destinado ao seminário de teologia internacional, onde estudam os formandos do PIME do mundo todo, em Monza, Itália, uma comunidade de 50, 60 jovens, provenientes de 11 nações, onde fez parte da equipe formativa durante 6 anos. Ele define esse tempo como “uma experiência missionária, uma riqueza intercultural, intereclesial”. Após esse tempo, mesmo estando pronto para voltar para Guiné-Bissau, foi chamado de novo para trabalhar em Londrina, uma experiência que concluiu em dezembro de 2020. Agora espera que a pandemia o deixe viajar para sua missão na Guiné-Bissau, o quinto país mais pobre do mundo, sem energia elétrica, onde a maioria das pessoas vivem numa simplicidade, numa precariedade, no básico para a sobrevivência. Na Guiné-Bissau, o missionário destaca o trabalho inter-religioso com os muçulmanos, que enriquece a todos, “onde a gente procura viver aquilo que nos une, que é lutar e exigir da parte do governo a dignidade ao povo”. Num país com muito golpe de estado, os líderes muçulmanos e católicos se reúnem quando isso acontece para verem soluções. Esse diálogo inter-religioso “se concretiza com fatos, com atitudes, a oração pela paz na Guiné e ser intermediários para uma pacificação entre os políticos da Guiné-Bissau”, afirma o padre Jaime. O importante é descobrir que o muçulmano é uma pessoa humana, segundo o padre. Ele diz que “as escolas nossas também acolhem pessoas muçulmanas, jovens, crianças, e de outras igrejas, sem proselitismo”, algo que não acontece nas escolas evangélicas. O padre Jaime entende a vocação como dom de Deus, uma resposta que ele dá quando alguém questiona como diante das grandes necessidades que existem na Amazônia, ele é missionário na África. Ele entende isso a partir da atitude da oferta da viúva, uma Igreja que “mesmo precisando doa um dos seus membros para a missão”. Ele lembra do Documento de Puebla, onde se pede à Igreja da América Latina “doar da tua pobreza para o mundo, para a evangelização de países não cristãos”. Na Igreja do Brasil, “se estão dando passos muito significativos para se criar essa dimensão missionária a partir do Batismo, nos leigos, nos jovens, a través das várias comissões que a gente tem aqui no Brasil”. Esse trabalho missionário se realiza partindo do, Comissão Missionária Nacional (COMINA), Comissão Missionária Regional (COMIRE), Comissão Missionária Diocesana (COMIDI), Comissão Diocesana Paroquial (COMIPA), e algo que aos poucos está surgindo nos seminários, o COMISE. Ele também fala da Juventude Missionária, Adolescência Missionária, Infância Missionária. “Tem todo um trabalho, ao meu ver muito significativo, de conscientização de que a dimensão missionária, ela faz parte da vida de um cristão a partir do seu Batismo”, afirma o missionário do PIME. Segundo ele, “em nenhuma igreja que eu já estive, na Itália, na África, acontece esse trabalho missionário” Para que essa missionariedade se torne realidade, o padre Jaime vê necessário “fazer com que…
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A Pan-Amazônia chega em quase 72 mil óbitos pela Covid-19 e o Regional Norte 1 supera os 13.500

No último informe semanal da Rede Eclesial Pan-Amazônica, que recolhe os dados até 26 de abril de 2021, o número oficial de contagiados chegou em 2.727.341, com 71.957 falecidos. Segundo o informe, houve um aumento de 65.855 casos e 2.663 falecidos na última semana. O maior número dos contagiados e falecidos estão na Amazônia brasileira, com 2.090.519 casos e 53.458 falecidos. No Regional Norte 1 da CNBB o número de contagios é de 421.920 e os falecidos chegam em 13.538. Manaus com 195.648 casos e 9.207 falecidos é a circunscrição eclesiástica da Pan-Amazônia com maior número de casos e óbitos. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte 1

Rádio Educação Rural de Tefé tem novo diretor

Na manhã de domingo, dia 25 de abril, foi realizada na Catedral de Santa Teresa a Missa em Ação de Gracas à Fundação Dom Joaquim – Rádio Educação Rural, pela transição de diretor do departamento da Rádio. Durante 33 anos a Rádio teve como diretor o senhor Thomas Schwamborn, um jovem alemão que chegou à Prelazia de Tefé como missionário da Congregação do Espírito Santo a convite do Bispo Dom Mário Clemente Neto, e que agora transmite ao Padre Hélio Rafael Benedetti a missão de fazer com que a Rádio continue sendo instrumento de ação evangelizadora na Prelazia de Tefé. Em sua fala de agradecimento, o bispo Dom Fernando destacou o grande compromisso e empenho que o senhor Thomas desempenhou a frente da Rádio como diretor: “Partilhou de muitas lutas e esforços para manter a Rádio e fazer com que continuasse sendo instrumento de ação Missionária da Prelazia, um dos principais meios pelo qual a evangelização chegou para tantos homens e mulheres e aproximou as mais longínquas comunidades desta Prelazia”, e falou também da gratidão que a Prelazia tem por seu serviço. Como uma pessoa carregada de tantos conhecimentos e apaixonado por Tefé, Thomas continuará na Prelazia, certamente fazendo outros serviços. Em sua fala de agradecimento, Thomas relatou um pouco de como foram esses 33 anos como diretor e do quanto aprendeu com esse serviço. A Rádio como uma de suas paixões sempre o dividiu com sua família, muitas vezes até vindo em primeiro lugar, falou do quanto ama esse meio de comunicação e do quanto o mesmo colaborou para a formação de muitas pessoas. Prestou agradecimentos a Dom Joaquim, como fundador da Rádio, a Dom Mário, a Dom Sérgio Castrianni e a Dom Fernando pela confiança depositada em seu serviço, e também a sua equipe que tanto o ajudou e que agora auxiliará o novo diretor. Ao final, Thomas recebeu das mãos do Padre Hélio uma placa em agradecimento de toda a Prelazia pela doação da vida ao serviço de contribuir para o Reino de Deus através da Rádio Educação Rural de Tefé. Para finalizar esse momento de confraternização, foi oferecido um almoço com os funcionários e alguns representantes de pastorais da Prelazia, seguindo os protocolos de segurança. Pascom Prelazia de Tefé

PJ inicia sua Assembleia Regional refletindo sobre o ciclo de violência contra as mulheres

Aconteceu neste sábado, 24 de abril, a primeira etapa da 11ª Assembleia Regional da Pastoral da Juventude Regional Norte 1, Amazonas e Roraima, que tem como tema: “Nos banzeiros desses rios, vamos juntos: Resistir, Esperançar e Profetizar”, e como lema “Fica conosco Senhor”. A Assembleia, que terá sua continuidade nos dias 4, 5 e 6 de junho, foi celebrada em formato virtual, foi sobretudo um momento de reflexão, que iniciou com uma mesa de debate, sobre o enfrentamento do ciclo de violência contra a mulher, onde teve a presença e a participação da Secretaria Nacional da Pastoral da Juventude, Michele Gonçalves, e da coordenadora regional, da Diocese de Coari, Ayslen Reis. Segundo Luiz Filipe Fialho, Secretário da PJ Norte 1, “nós debatemos, fizemos uma análise de conjuntura sobre o ciclo de violência contra a mulher, como está a realidade aqui no nosso Regional Norte 1, Amazonas e Roraima, sobre essa temática, tudo o que foi levantado durante esse tempo, seminários, debates, rodas de conversa, subsídios e um análise de conjuntura do Brasil”. Junto com isso foi refletido sobre “a importância da participação da mulher no seio da Igreja, nas estruturas, na sociedade, na política, como um caminho e um horizonte na construção da civilização do amor”, segundo Fialho. Os processos pastorais da Pastoral da Juventude e uma análise de conjuntura política, ocupou a reflexão na parte da tarde. Quem participou dessa mesa de debate foi Roberta e Marcos Dantas, ambos da comissão nacional de assessores da Pastoral da Juventude, com a presença de Altervir, que é assessor regional, e da irmã Elsie. Foi um momento, segundo o secretário da PJ Norte 1, “para fazer perguntas, tirar dúvidas”. Diferentes rodas de conversa a partir de algumas perguntas, serviram para debater sobre a realidade das Igrejas que fazem parte do Regional, sobre como está a articulação da Pastoral da Juventude e quais ações em tempo de pandemia, podem ser realizadas “em prol da construção de um novo puxirum, de uma nova sociedade e sobretudo de um novo projeto para a Pastoral da Juventude” segundo Luiz Filipe Fialho, que está encerrando seu serviço como secretário regional, assim como Filipe Santos, que encerra também seu tempo como coordenador regional. No fim da Assembleia foram apresentados os nomes indicados para os serviços que compõe a coordenação regional, para o novo secretario e o novo coordenador regional e a nova equipe de assessoria também, que serão concretizados nesta segunda-feira, 26 de abril, num momento de oração e mística, onde será eleita essa nova equipe. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação Regional Norte 1