Av. Epaminondas, 722, Centro, Manaus, AM, Brazil
+55 (92) 3232-1890
cnbbnorte1@gmail.com

Autor: cnbbnorte1blog@gmail.com

Hermanos, o documentário que mostra que “Deus nos dá a oportunidade de dizer sim ao nosso próximo”

Mostrar a realidade dos migrantes venezuelanos no Brasil, especialmente em Roraima, esse é o objetivo do documentário “HERMANOS – O Brasil na resposta humanitária à crise venezuelana”, que está sendo lançado pela Fraternidade – Federação Humanitária Internacional – FFHI. Com imagens captadas entre janeiro e fevereiro de 2020, o documentário apresenta uma narrativa plural, construída por meio de relatos de migrantes, refugiados e diferentes integrantes da Operação Acolhida, uma grande força-tarefa humanitária de acolhimento a milhares de venezuelanos, no estado de Roraima e em Manaus. Escutando diferentes atores que fazem parte da Operação Acolhida, o relato mostra que “é possível minimizar consequências sociais e humanitárias e ir além”. O documentário conta as histórias nascidas na convivência entre os migrantes e aqueles que tem se empenhado em acolhe-los, uma atitude muito presente na Diocese se Roraima, que tem assumido esse acolhimento aos migrantes como prioridade diocesana. Os relatos apresentados pela irmã Telma Lage, pelo padre Jesús López de Bobadilla, por Áurea Cruz, da ONG Mexendo a Panela, entre outros, são uma mostra do trabalho que muitos homens e mulheres, a partir da sua fé, vem realizando na Diocese de Roraima nos últimos anos, em parceria com outros atores que participam desse processo de acolhimento, dentre eles a Fraternidade – Humanitária, que foi a primeira organização a chegar na região em 2016 para uma missão emergencial e, que diante da contínua demanda, tornou-se uma missão permanente. Seu Gestor geral, Frei Luciano, insiste na necessidade de diálogo, de trabalhar em políticas públicas e estratégias que promovam uma mínima oportunidade de dignidade de vida para o povo. Ao longo de quase uma hora, o documentário, de um modo dinâmico e envolvente, propicia ao espectador um olhar aprofundado sobre esta realidade contemporânea, ainda pouco conhecida por grande parte da sociedade brasileira. Não podemos esquecer que, de acordo com dados de agências da ONU, como aparece relatado no documentário, mais de 5 milhões de homens, mulheres e crianças deixaram a Venezuela desde 2015, gerando uma das maiores crises de deslocamento do mundo. O Brasil é o quinto destino mais procurado por eles. São pessoas concretas, com histórias que mostram as dificuldades vividas ao longo de um percurso cheio de dificuldades. Uma delas é a de Miladys del Carmen, que deixou família, amigos, e tudo mais que fazia parte do seu mundo, percorrendo a pé todo o caminho até o Brasil. Após ser acolhida, ela tem encontrado uma luz que pode ajuda-la para reconstruir a sua vida e a dos seus familiares, algo que é motivo de gratidão para alguém que sonha com um futuro melhor e com a possibilidade de um dia retornar à sua pátria. Essas histórias fazem parte da vida do padre Jesús, que ao longo dos últimos anos tem escutado muitos relatos, de pessoas que tiveram que deixar tudo para não morrer de fome, para chegar em Pacaraima – RR, a porta de entrada da maioria dos venezuelanos no Brasil. Ele que faz um chamado a assumir a atitude do Bom Samaritano, diz que os venezuelanos chegam “sem nada, sem dinheiro, sem roupa, sem moradia, sem saúde, muitos, sem ter nada”. O sacerdote maldisse “as fronteiras e tudo aquilo que nos desune”, insistindo em que “quando o conceito pátria está só para dividir, para enfrentar, para daqui não passe, para que o conceito pátria sirva de muralha, de separação, de arrogância, que pena, a pátria é o Planeta Terra”. O padre afirma que “não somos santos, nem somos heróis, estamos só cumprindo a nossa obrigação” Desde o início da Operação Acolhida em 2018, mais de 50 mil pessoas venezuelanas já foram interiorizadas para 600 cidades dos 26 estados brasileiros. É uma resposta humanitária sem precedentes, como citou Áurea Cruz, para quem “Deus nos dá a oportunidade de dizer sim ao nosso próximo”. “É um exemplo para o mundo” o fato de que diferentes organizações civis, governamentais, religiosas e agências internacionais, possam unir esforços em prol do bem comum, e juntos, buscar soluções para acolher os irmãos, os “Hermanos” venezuelanos. Não podemos nos acostumar, “as pessoas passarem fome não é normal, as pessoas ter que sair do seu país para não morrer de fome, não é normal”, afirma a irmã Telma Lage. É tempo de entender e assumir que juntos somos mais fortes! Luis Miguel Modino, assessor de comunicação, CNBB Norte 1

Segunda fase da Ação Solidária Emergencial “É Tempo de Cuidar’ será lançada no Domingo da Misericórdia, 11/4, às 15h, com o badalar dos sinos no Brasil

Ao completar um ano, no próximo dia 12 de abril, a Ação Solidária Emergencial “É Tempo de Cuidar” entrará numa segunda fase e ganhará um novo impulso segundo informou o secretário-executivo de Campanhas da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), padre Patriky Samuel Batista.  “Esta segunda fase se torna mais evidente frente ao cenário pandêmico que se agravou”, disse o padre. Como exemplo, ele citou que o que foi anunciado em 2020 sobre o retorno do Brasil ao Mapa da Fome se confirmou. Segundo estudos do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IBGE), o Brasil deixou o chamado Mapa da Fome em 2014. No entanto, de acordo com o balanço referente a 2020, o país deve voltar a figurar na geopolítica da miséria. A pandemia deixou 19 milhões com fome em 2020, atingindo 9% da população brasileira, a maior taxa desde 2004, há 17 anos, quando essa parcela tinha alcançado 9,5%. E quase o dobro do que havia em 2018, quando o IBGE identificou 10,3 milhões de brasileiros nessa situação. Além do recrudescimento da pandemia e do impacto com as quase 4 mil mortes diárias pela Covid-19, há uma tempestade perfeita nesse caos que coloca em risco também sua segurança alimentar: inflação alta, desemprego e ausência do auxílio emergencial – ao menos num nível que permita a compra de uma cesta básica. 2ª fase “É Tempo de Cuidar” O início desta segunda fase da Ação Solidária Emergencial, explica o padre Patriky, começa no próximo domingo, 11 de abril, Domingo da Misericórdia, quando todas as comunidades e paróquias católicas do Brasil são convidadas a repicar os sinos, às 15h.  A iniciativa foi aprovada pelo Conselho Permanente da CNBB que ratificou a importância da manifestação de sinais de esperança, fé e solidariedade diante das mortes pela covid-19. Frente aos números alarmantes de mortos em consequência da pandemia, o padre Patriky Samuel Batista disse que o repicar dos sinos vai reforçar a mensagem de que “Toda vida nos toca”. O bispo auxiliar do Rio de Janeiro e secretário-geral da CNBB, dom Joel Portella Amado, divulgou uma carta convite direcionada a todos os bispos do Brasil para esta ação que se caracterizará como um ato de comunhão com todas as famílias impedidas de vivenciar o luto, do esforço dispendido pelos profissionais da saúde e do desejo dos brasileiros quanto à superação da pandemia. O secretário-executivo de Campanhas da CNBB informa que está marcada, para o dia 19 de abril, uma reunião com os parceiros (Cáritas Brasileira e Conferência dos Religiosos do Brasil) e todos os organismos vinculados à CNBB para traçar as estratégias de mobilização desta segunda fase da ação emergencial. Uma carta com as novas orientações será divulgada após a reunião com os parceiros. Balanço da primeira fase Durante a programação da 58ª Assembleia Geral dos Bispos do Brasil (AG CNBB), na celebração de abertura, dia 12 de abril, será lançada esta segunda fase. Na apresentação do relatório do presidente, a ser apresentado aos bispos no primeiro dia da Assembleia, será feita um balanço com os resultados da primeira fase. A Cáritas Brasileira, organização que sistematiza e monitora os dados da campanha, no último balanço de 23 de março,  aponta 823 ações registradas em 140 arquidioceses e dioceses brasileiras, com a marca de 5,868.961 mil toneladas de alimentos. Em recursos financeiros, a campanha atingiu R$ 4,523.832,00. Em sua primeira fase, a campanha produziu e distribuiu para as populações mais vulnerável cerca de 717 mil alimentos (quentinhas), arrecadou e distribuiu 727.832 mil unidades de roupas e calçados, 411.580 mil kits de higiene e 414.114 mil equipamentos de proteção individual. Mais de 1,1 milhão de pessoas foram beneficiadas. O mapa com os dados pode ser acessado aqui. Fonte: https://www.cnbb.org.br/segunda-fase-da-acao-solidaria-emergencial-e-tempo-de-cuidar-sera-lancada-no-domingo-da-misericordia-11-4-as-15h-com-o-badalar-dos-sinos-no-brasil/

Oitava da Páscoa: ressuscitar um Brasil a caminho da morte

A Oitava da Páscoa é tempo para celebrar a Vida, aquela que nasce da Ressurreição e permanece para sempre. Mas como celebra-la diante de tanta morte, vendo como a cada dia se supera o trágico número de mortos pela Covid-19, numa escalada que ninguém sabe até onde vai chegar? Quem não se importa com 4.000 também não vai se importar com números ainda maiores. Celebrar a Oitava da Páscoa faz parte de quem sente a necessidade de defender a vida, lutando para que ela nunca seja ceifada. Nunca podemos esquecer que cuidar da vida tem que ser sempre a prioridade e tudo o que a gente faz tem que estar ao cuidado da vida de todos e todas, nem só da vida da gente. No final das contas, a Páscoa é a vitória sobre a morte de alguém que entregou sua própria vida para que todos tenham vida e vida em abundância. Também a religião deve estar em função desse cuidado da vida, superando a tentação de manipula-la e coloca-la ao serviço de interesses particulares. A religião nos oferece a possibilidade de nos relacionarmos com Deus, o Deus da vida, que fica distante de toda religião, falsa religião, que promove ou faz a vista grossa diante da morte, especialmente da morte dos inocentes. Ontem, 07 de abril, era comemorado o Dia Mundial da Saúde, uma boa oportunidade para refletir sobre esse cuidado com a vida, mas também para agradecer por aqueles que se empenham cada dia, especialmente no último ano, no cuidado com a vida, muitos dos quais tem perdido a própria vida em consequência do seu empenho em cuidar da vida dos outros. Num mundo em que tudo está interligado, como nos lembrava o Papa Francisco na encíclica Laudato Si´, o cuidado com a vida é algo que deve se tornar uma proposta multidisciplinar. A harmonia pessoal só se faz realidade quando a gente consegue alcançar uma harmonia com todos os seres humanos e com o ambiente do qual a gente faz parte. Isso tem que nos levar a superar o egoísmo, que parece ter tomado conta da vida de muita gente, e cultivar atitudes solidárias e de empatia, a promover a equidade como caminho de futuro, ainda mais para quem se guia pelos princípios cristãos e quer caminhar como discípulo e discípula de Jesus. Celebrar a Páscoa tem que nos levar a fazer tudo o que estiver na nossa mão para cuidar do SUS, para que remédios eficientes possam chegar a todos, para que a vacina seja aplicada a todo mundo e imediatamente, para garantir os direitos que favorecem a vida em plenitude, para cuidar do Planeta e das relações com as pessoas, promovendo mecanismos que ajudem a superar a exploração desmedida dos recursos e das pessoas, que deixem para trás nossa convivência social, injusta, desigual e intolerante. Nunca esqueçamos que a Páscoa é Ressurreição, celebração da vida, agradecimento a esse Deus que continua se fazendo presente no meio da gente e nos mostrando o caminho da vida em plenitude. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte 1 – Editorial Rádio Rio Mar

Primeiros passos para a Articulação da Economia de Francisco e Clara no Regional Norte 1

Criar uma economia com alma, um sistema que pensa no ser humano e no cuidado da casa comum, esse é o propósito da Economia de Francisco e Clara. Trazer essa reflexão para o Regional Norte 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, tentando envolver os jovens, tem sido a motivação do encontro virtual que aconteceu nesta terça-feira, 06 de abril, dando início a uma semeadura.  Na Amazônia foi criado em agosto de 2020 um grupo de animação com representações dos estados do Acre, Amazonas, Roraima, Rondônia e Pará, que nos últimos meses tem pensado juntos uma caminhada de semeaduras sobre o anúncio do Papa e como pensar os rostos dessa outra economia que já existe e acontece em nosso território. Partindo da ideia das vilas ou aldeias temáticas em que é dividida a Economia de Francisco e Clara, 12 espaços temáticos para debater a economia em nível global, querem ser dados passos que ajudem trazer essas propostas para o Regional Norte 1. Trata-se de subdivisões em grupos temáticos, realizadas com os jovens selecionados para o encontro em Assis. São laboratórios de diálogo, escuta e partilha de vida, com o propósito de encontrar soluções conjuntas e caminhos alternativos para uma nova economia. Junto com economistas, os jovens são chamados a pensar de forma crítica e sustentável, soluções para os problemas do mundo contemporâneo. O encontro serviu para fazer uma apresentação geral de cada uma das vilas, fazendo referência à articulação de cada uma delas no Brasil. Ao falar sobre “Finanças e Humanidade”, a Ir. Michele Silva, que faz parte da coordenação da Economia de Francisco e Clara no Regional Norte 1 e também em nível nacional e que apresentou as vilas, destacava a necessidades de promover o bem-estar das pessoas com as finanças, de investimentos que trabalhem pelo bem comum. A vila sobre “Agricultura e Justiça”, reflete sobre o papel da agricultura para enfrentar as mudanças climáticas e os conflitos por terra, assim como os direitos trabalhistas, o direito à água, a demarcação dos territórios dos povos indígenas, a segurança alimentar, a produção de biocombustíveis e as novas tecnologias.   A vila sobre “Energia e Pobreza” procura um futuro onde a energia não divida, não polua e inclua as pessoas mais frágeis. Falar de “Lucro e Vocação” deve levar a encontrar caminhos que ajudem as pessoas a florescer e encontrar sua vocação no trabalho. A vila sobre “Negócios em Transição”, nos faz entender a grande transformação que está vivendo a economia em decorrência da crise ambiental, a revolução tecnológica e as mudanças sociais envolvidas. Tudo isso buscando incluir os mais pobres e vulneráveis. “Gestão e Dom”, que é uma outra vila, deve levar a entender que a economia convencional pode levar a uma visão reduzida da natureza e dos seres humanos. Nela são abordadas questões antropológicas, éticas, relacionais, explorando novas abordagens para a gestão sustentável.  “Trabalho e Cuidado”, é uma vila que leva a refletir sobre novas perspectivas culturais da atividade do trabalho, a descobrir a necessidade de cuidar da criação a través do trabalho, desde uma perspectiva de “ecologia humana integral”. Falar sobre “Políticas e Felicidade”, bem-estar individual e social, relações em famílias, comunidades e cidades, é o propósito de uma outra vila, que fomenta as dimensões comunitárias. O “CO2 das Desigualdades” é o nome de outra vila, que leva a refletir sobre as crescentes desigualdades, determinadas pela economia, mas também a saúde e expectativa de vida, conquistas educacionais, bem-estar, funcionamentos, habilidades e competências, apoio social, pegada ecológica, poder democrático, direitos humanos e empoderamento de gênero.  “Vida e Estilo de Vida” é uma reflexão presente em outra das vilas, que deve nos levar a refletir sobre os hábitos de consumo, a combater a cultura do desperdício e propor novos modos de vida. Uma outra vila é “Negócios e Paz”, que quer levar a descobrir que a paz é frequentemente ameaçada pela desigualdade, vulnerabilidade econômica, pobreza e injustiça. Tudo isso gera conflitos, que podem ser resolvidos através das práticas de sustentabilidade socioambiental. Finalmente, a vila “Mulheres pela Economia”, procurando uma economia mais inclusiva, equitativa e centrada nas pessoas, que promova o reconhecimento total das capacidades das mulheres, assim como a necessidade da divisão de tarefas, novos estilos de governança e liderança, novas ferramentas de inclusão e equilíbrio entre trabalho e vida pessoal.   Partindo dessa visão geral, o desafio planteado tem sido construir as “Malocas” que contemplem a Articulação Brasileira da Economia de Francisco e Clara na realidade do Regional Norte 1. O primeiro passo é identificar as iniciativas que já existem, escutar as pessoas que dinamizam essa economia e pensar com elas meios de ampliá-la e torná-la sustentável. Também subsidiar essas iniciativas e ampliar o trabalho, para que Economias alternativas, tenham espaço e fomentem um consumo consciente e construir as Malocas com as temáticas (grupos de estudo) ligadas a nossa realidade local. Finalmente, criar uma Casa ou mais Casas de Francisco, como referencial da ECOFRAN Norte 1. A partir da partilha de experiências já presentes no Regional Norte 1, os partcipantes do encontro tem conhecido algumas realidades que fazem parte do trabalho de algumas pastorais, movimentos e grupos ligados com a Igreja católica, se propondo abrir esse espaço a outra igrejas e pessoas que não tem relação com nenhuma igreja. Na partilha tem aparecidos os rostos de pessoas e realidades, presidiarios, indígenas, famílias atendidas pela partoral da criança, vítimas do abuso e exploração sexual, juventudes, pessoas acompanhadas pela Caritas. Tem sido refletido sobre as consequências da pandemia em relação com aquilo que é abordado pela Economia de Francisco e Clara, que deve levar a pensar em diferentes alternativas diante de uma realidade que está provocando muito sofrimento, especialmente nos mais pobres. Frente ao desafio de semear e a necessidade de re-almar a economia, Marcela Vieira, que faz parte da coordenação da Economia de Francisco e Clara no Regional, foi realizado um chamado a somar forças, propondo frentes para actuar, no campo da formação, que ajude a entender o chamado do Papa Francisco, e gerar uma economia…
Leia mais

“Ser luz na escuridão que nos traz medo”. Mensagem Pascal de Dom Fernando Barbosa

  Cristo ressuscitou fazendo realidade sua promessa, algo que acontece “após dias de dores, sofrimentos e angústias”, afirmava Dom Fernando Barbosa em mensagem à Prelazia de Tefé com motivo da Páscoa. Diante dos sinais de morte, o bispo destaca que “em Jesus de Nazaré os sinais de vida se tornam visíveis como naquele tempo, e é preciso que no nosso coração renasça a esperança de dias melhores”. Isso é algo que nasce da fé e deve nos levar a “transbordar em nós esse amor que transcende nos libertando de tudo aquilo que nos impede de acreditar”. Dom Fernando diz na sua mensagem que “a Ressurreição é vida nova em Cristo”, uma certeza que deve nos levar a superar “a falta de esperança, a tristeza e muitas outras chagas que fazem sofrer toda a humanidade”. Seu convite é a que “a Páscoa de Cristo renove nossa fé”, a ser crédulos para descobrir a promessa de Deus, que “Jesus Ressuscitou e está no meio de nós, sendo luz na escuridão que nos traz medo”.

Cristo Ressuscitou, ressuscitemos com Ele. Aleluia! Felicitação Pascal do Regional Norte 1

  “Quanto mais densa for a escuridão da noite, mais luminosa será a madrugada”. Com essas palavras iniciava Dom Edson Damian, presidente do Regional Norte 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, sua felicitação pascal através de um vídeo. O bispo de São Gabriel da Cachoeira fazia um chamado para que “a luz resplandecente na manhã da Ressurreição renove em nós a certeza da presença do Crucificado ao nosso lado, Deus conosco”. Um Deus que diante da realidade que estamos vivenciando nos mostra que “Ele luta conosco contra as injustiças, as desigualdades sociais, as discriminações, as exclusões que gera a Covid-19, que não deixa de ceifar milhões de vidas de nossos irmãos e irmãs”, segundo Dom Edson. Ao refletir sobre a pandemia do coronavírus, o presidente do Regional Norte 1 da CNBB, afirmava que “essa tragédia global despertou em nós a consciência de que somos uma comunidade mundial, que navega no mesmo barco, e ninguém se salva sozinho, só é possível salvar-nos juntos”. Inspirado na última encíclica do Papa Francisco, Dom Edson Damian destacava que “Somos Fratelli tutti, todos irmãos, todas irmãs”, e lembrando as palavras do poeta amazonense Tiago de Melo, “faz escuro, mas eu canto, porque a madrugada vai chegar”, insistia na necessidade de nos esperançar. Cristo Ressuscitou, ressuscitemos com Ele. Aleluia! Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte 1

“O Servo Sofredor se faz presente nos Sofredores de nossos dias”, afirma Dom Ionilton na Sexta-feira Santa

“O Senhor é nossa esperança para combatermos a pandemia; é nossa esperança de que vamos conquistar nosso direito a ter vacina já e para todas as pessoas em todo o Brasil”. Com essas palavras, Dom Ionilton Lisboa de Oliveira atualizava as palavras que a liturgia do Ofício da Paixão nos apresenta para nossa reflexão: “Senhor, ponho em vós minha esperança. Eu entrego em vossas mãos meu destino”. Cristo, o Servo Sofredor, relatado pelo profeta Isaias, se faz presente nos Sofredores de nossos dias. É N´Ele que “permaneçamos firmes na fé que professamos”, o que levava ao Bispo de Itacoatiara a pedir “que nada nem ninguém nos roube a fé que professamos”, e junto com isso, “que nenhuma promessa ilusória de milagre, faça-nos abandonar o caminho como Igreja que estamos fazendo”. Ao falar sobre Jesus que saiu com os discípulos, Dom Ionilton afirmava que isso “lembra-nos Cristo andante, lembra-nos que somos uma Igreja missionária por natureza, lembra-nos o apelo do Papa Francisco: ser uma Igreja em saída, fazendo nossa missão ser eminentemente missionária e não apenas de conservação”. Um Jesus que é consciente de tudo o que está em volta dele, que tem uma identidade bem definida, o que deve nos levar a refletir, segundo o bispo sobre nossa consciência e identidade como cidadãos e como cristãos. Seguindo o princípio de Jesus da não violência, algo que faz ver a Pedro, o bispo de Itacoatiara chamava a “dizer não a toda forma de violência física, moral, policial, familiar, religiosa. Somos chamados a dizer não à pena de morte, a liberação das armas, aos linchamentos”. Seguindo o relato da Paixão, de Jesus prendido e amarrado, de Jesus inocente levado à prisão, Dom Ionilton lembrava dos “presos políticos na época da ditadura militar; presos políticos mais recentes, a partir de juízes parciais, que julgam não a partir da lei, do amplo direito de defesa, mas para obter vantagens, para eliminar opositores, para ganhar cargos no governo”. Mas é um Jesus que se defende, que pergunta por que lhe batem, o que tem que nos levar a “nos defender das injustiças e de toda maldade que queiram fazer a nós e ao nosso povo”, segundo o bispo. E junto com isso a “defender a nossa Casa Comum, a Mãe Natureza. Não podemos nos calar. Temos de nos indignar, não podemos deixar que anestesiem a nossa consciência social”, recordando assim as palavras do Papa Francisco na Querida Amazônia. Citando as palavras em que Jesus diz que “Vim dar testemunho da verdade. Quem é da verdade escuta a minha voz”, ele se perguntava se somos e estamos do lado da verdade. Isso o levava a refletir sobre as notícias falsas, e nossas postura diante delas, sobre nossa postura nesse tempo de pandemia para com a ciência, sobre nosso apoio à necessidade do isolamento, do uso de máscaras, álcool em gel, do apoio à vacina… Ou se pelo contrário somos da turma dos chamados negacionistas, daqueles que saem às ruas sem nenhuma proteção, que faz aglomeração de pessoas, que se opõem ao isolamento, afirmando que prejudica a economia… Situações tão presentes hoje em nossa sociedade. O bispo também refletia sobre as atitudes de alguns personagens que aparecem no relato da Paixão, sobre o medo de Pilatos, daquele que “julga por medo, para agradar a alguém, para garantir o emprego, para tirar benefícios, pro exemplo, ganhar um ministério, uma secretaria, sair candidato, receber dinheiro”. Pilatos que entrega Jesus para ser crucificado, “um julgamento falso feito por um juiz parcial, que age como defensor de um grupo político ou de um poder religioso, condena inocente a morte. Aconteceu com Jesus e aconteceu e acontece em nossa história até hoje”, insistia Dom Ionilton. Ele refletia sobre as mulheres ao pé da Cruz, “mulheres símbolos da resistência e da resiliência”. Aquelas que ao contrário dos homens que fugiram, “estavam lá ao pé da cruz, sendo solidárias com Jesus até o fim. Não se importando com o que poderia acontecer com elas”. Essas mulheres que hoje continuam presentes na Igreja, também na Amazônia, lembrando as palavras do Documento Final do Sínodo, onde diz que “a Igreja na Amazônia quer ampliar os espaços para uma presença feminina mais incisiva… Se a Igreja perde as mulheres… corre o risco da esterilidade”, e da Querida Amazônia, onde o Papa Francisco insiste para que “as mulheres tenham uma incidência real e efetiva na organização, nas decisões mais importantes e na coordenação das comunidades”. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte 1

Dom Ionilton lembra que “O Cristo reconhecido na Eucaristia remete ao encontro e serviço aos pobres”

O relato da Páscoa, presente na Liturgia da Palavra da Missa da Ceia do Senhor, é “memória da libertação do Povo de Israel da escravidão no Egito”, mas também “memória da libertação do pecado e da morte”. Com essas palavras começava sua homilia nesta Quinta-feira Santa Dom José Ionilton Lisboa de Oliveira, lembrando que com essa celebração “nós cristãos começamos hoje os três últimos dias de preparação”, fazendo um convite a vive-los intensamente. No dia em que se faz memória da instituição da Eucaristia, o bispo da Prelazia de Itacoatiara afirmava que “Eucaristia, acima de tudo, é isto: Vida de Jesus doada pela humanidade”, recordando as palavras do Evangelho de Lucas: “Isto é o meu corpo que é dado por vós… Este cálice é a nova aliança no meu sangue que é derramado por vós” (22, 19-20). Isso deve levar a quem participa de uma celebração da Eucaristia e quem comunga com Jesus na Eucaristia, a continuar fazendo o que Ele fez e mandou que a gente fizesse, memória. Dom Ionilton lembrava o recolhido no documento da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, “Comunidade de Comunidades: uma nova Paróquia”, onde diz que “O Cristo reconhecido na Eucaristia remete ao encontro e serviço aos pobres”. Também fazia referência às Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja 2008-2010: “O compromisso social tem sua raiz na própria fé; deve ser manifestado por toda a comunidade cristã e não apenas por algum grupo ou pastoral social; uma comunidade insensível às necessidades dos irmãos e à luta para vencer as injustiças, celebra indignamente a liturgia”. O bispo vê nas palavras da CNBB uma referência às palavras do Apóstolo Paulo, que “qualifica como ‘indigna’ uma comunidade cristã que celebra a Ceia do Senhor em um clima de discórdia e de indiferença pelos pobres“. No mesmo sentido, seguindo o Documento 100 da CNBB, Dom Ionilton lembrava que “é necessário evitar a separação entre culto e misericórdia, liturgia e ética, celebração e serviço aos irmãos. O Cristo reconhecido na Eucaristia remete ao encontro e serviço aos pobres”. Uma ideia que também se fez presente no pensamento do Bem-Aventurado Justino Russolillo, fundador dos Vocacionistas, congregação da qual faz parte Dom Ionilton, quem dizia: “Como mudaria nossa vida se compreendêssemos a vida Eucarística de Jesus”. “A Eucaristia não é um prêmio para os bons, mas a força para os débeis e os pecadores”, lembrava o bispo de Itacoatiara, seguindo as palavras do Papa Francisco. Ele lembrava que a santidade é um caminho e destacava a importância de cada Eucaristia, que “é única, não tem uma maior ou mais importante do que outra”. Dom Ionilton, que foi padre sinodal, lembrava que o Documento Final do Sínodo para a Amazônia constata que “muitas comunidades eclesiais do território amazônico têm enormes dificuldades em ter acesso a Eucaristia. Às vezes, não apenas meses se passam, mas vários anos para um sacerdote visitar a comunidade e celebrar a Eucaristia”. Uma realidade que levou o Papa Francisco na Querida Amazônia a dizer que “é urgente fazer com que os povos amazônicos não estejam privados do alimento de vida nova e do sacramento do perdão”. Lembrando que na Quinta-feira Santa a Igreja celebra a instituição do sacerdócio, Sacramento da Ordem, ele recordava as palavras do bispo na ordenação sacerdotal, afirmando que essas palavras tentam ajudar o presbítero a “viver intensamente o que a Igreja pediu“. Nesse sentido, tendo como referência o Documento de Aparecida, pedia para rezar para que os sacerdotes “sejam sempre e cada vez melhor Presbíteros-Discípulos, Presbíteros-Missionários, Presbíteros-Servidores da Vida e Presbíteros-Cheios de Misericórdia”. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte 1

Acreditar na vida, uma urgência pascal diante da morte de tantos inocentes

Acreditar na vida é fundamento da fé cristã. Os discípulos e discípulas de Jesus Cristo acreditamos que Ele está vivo, que Ele Ressuscitou e N´ele, nós vamos ressuscitar. Diante da realidade que estamos vivendo nos últimos dias no Brasil, em que a morte tomou conta do país, somos chamados a refletir sobre a importância da vida, do que ela significa. No Tríduo Pascal celebramos a Vitória sobre a morte daquele que morreu injustamente, crucificado por um sistema político e religioso que tinha virado as costas para o povo. O acontecido com Jesus é uma história que tem se repetido ao longo da história da humanidade. Hoje, de modos diferentes, muitos continuam sendo crucificados, se tornando mais uma vez vítimas inocentes. Diante dessa realidade, cuidar da vida e acreditar nela se faz cada vez mais urgente. Cada um de nós e todos juntos, como sociedade, como homens e mulheres de fé, somos desafiados constantemente a encontrar caminhos que tornem a vida e seu cuidado como uma prioridade universal. Contemplar o Crucificado tem que nos levar a enxergar aqueles e aquelas que hoje são pregados nas cruzes, que se tornaram imagem de Cristo sofrente. São muitas as vítimas que hoje contemplam desde suas cruzes a indiferença de muitos, inclusive o desprezo daqueles que ficam caçoando, rindo diante do sofrimento alheio. A falta de empatia continua presente no coração de muitos, inclusive daqueles que se rasgam as vestes ao ver a imagem do Filho de Deus pregado na Cruz, esquecendo que Ele é só um exemplo que representa situações que perpassam o tempo e o espaço. O que fazer para cuidar da vida? Como nos envolver, pessoal e comunitariamente, nesse cuidado? Quais os passos a serem dados para acreditar definitivamente na vida? Essas são perguntas diante das quais se faz necessária uma resposta urgente, que provoque uma reação que possa ajudar a acreditar definitivamente no cuidado com a vida. O nosso compromisso pessoal e comunitário se tornou uma urgência inadiável. Não assumir esse desafio faz com que centenas, milhares de pessoas continuem vendo ceifadas suas vidas a cada dia. Não podemos nos fazermos parceiros de quem mostra um claro descaso com a vida. Se nossos sentimentos humanos não fossem algo suficiente para isso, a nossa fé deve ser um imperativo a mais. Nunca podemos esquecer que acreditamos num Deus que não compactua com a morte, ainda menos com a morte do inocente. Ele é alguém que acredita decisivamente na vida e nós, se de fato queremos ser seus discípulos e discípulas, temos que trilhar o mesmo caminho, o caminho da vida. Viver e celebrar o Mistério da Paixão, Morte e Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo, não é uma lembrança do passado e sim uma memória que atualiza o acontecido quase dois mil anos atrás. As atitudes dos personagens que aparecem nos relatos evangélicos continuam presentes hoje em cada um e cada uma de nós. Qual é a minha? Qual é a sua? Realmente podemos dizer que somos parte de quem acreditou na vida? Deus continua nos questionando, nos desafiando a acreditar naquilo que realmente fundamenta a nossa vida.  Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte 1 – Editorial Rádio Rio Mar

Dom Leonardo Steiner chama a “ler a humanidade: as suas dores e sofreres, as suas buscas e sonhos”, na Missa Crismal

O Ginásio do Colégio Auxiliadora de Manaus acolhia na manhã da Quinta-feira Santa a Missa dos Santos Óleos da Arquidiocese de Manaus, um momento importante na vida de toda igreja particular, em que são abençoados os Santos Óleos que farão parte da vida sacramental da Arquidiocese e os padres renovam suas promessas sacerdotais. Seguindo uma imagem muito presente na sua reflexão nos últimos tempos, o Arcebispo de Manaus centrava sua homilia em torno da Palavra, afirmando que no trecho do Evangelho de Lucas, que faz parte da liturgia da Missa do Santo Crisma, “encontramos a passagem que dá sentido e vigor à nossa vocação e missão como discípulos missionários; nos apercebemos ungidos e enviados”. Dom Leonardo Steiner chamava aos presbíteros a “voltar ao nosso nascer, para ser nascidos, para vir à luz na nossa vida e missão, no nosso ministério”. O arcebispo destacava a importância de ler as “palavras que guardam a vida, as alegrias, as dores, os abandonos, a história, os amores, a solidão, as preces, a destruição, o esquecimento, a missão”. Mas também, junto com as palavras, “ler a humanidade: as suas dores e sofreres, as suas buscas e sonhos, a sua fé com seus cantos, lamentos, cantares, partilhas, os segredos reservados apenas para Deus”. Ler, e “ao ler, ler-se”, aprender com São João Maria Vianney, algo que lembrava Simone Weil, “a ler as almas”. Segundo Dom Leonardo, “lemos o coração aflito, as dores, a fome, a nudez, a prisão dos nossos irmãos e irmãs, quando na proximidade”, algo que a gente não consegue “enquanto girarmos em torno de nós mesmos”. Ser “evangelizadores da alegria, da esperança”, o que nasce do espírito e da unção, evangelizar inclusive sem palavras, “ser uma Boa-Nova! Não triste, neutra, indiferente”, insistia Dom Leonardo Steiner, que citava as palavras do Papa Francisco em que nos lembra a “alegria dum Pai que não quer que se perca nenhum dos seus pequeninos”. Ele colocava a Madre Teresa de Calcutá como exemplo de anuncio sem palavras. Falando aos sacerdotes, o Arcebispo de Manaus os lembrava que são “enviados para ungir”. Isso se faz realidade ao “deitar o óleo do consolo aos aflitos no coração, o óleo da proximidade aos descartados e abandonados das nossas ruas; ofertar o óleo da comida aos famintos, o óleo da acolhida, da casa, aos sem teto; revestir com esperança aos que estão nus sem destino”, relatando assim muitas ações desenvolvidas ao longo da pandemia na Arquidiocese de Manaus. Por isso, é necessário “não reter o bem gratuitamente recebido”. Nas suas palavras, o arcebispo fazia referência à Assembleia Sinodal, convocada recentemente, que mostra “a certeza de que ninguém caminha sozinho na nossa Arquidiocese; que as nossas comunidades são sinal do Reino novo; que os pobres são acolhidos;que podemos visibilizar esse Reino como novos ministérios”. Também agradecia aos sacerdotes, “pelo bem que realizam em favor do povo de Deus, das nossas comunidades neste tempo de pandemia”. O arcebispo agradecia “a disponibilidade e prontidão do óleo do consolo nos cemitérios, nos velórios; o óleo da misericórdia nos corações arrependidos, no atendimento aos pobres, aos irmãos e irmãs em situação de rua; o óleo do alimento na distribuição de cesta básicas; o óleo benfazejo que cobre a nudez, que agasalha, que oferece casa. O óleo da escuta aos desconsolados/as, aos buscantes de sentido na dor e despedida”. O mesmo agradecimento, o arcebispo fazia aos diáconos, à vida consagrada, às nossas lideranças, os ministros e ministras das nossas comunidades, pois “cada um externalizou o mais precioso, o amor terno e generoso. Cada um expressou a sua paternidade-materna no estar e ser presença de Jesus”. No final da celebração, Dom Leonardo lembrava que na Igreja de Manaus “as necessidades são muitas, mas se tivermos a ousadia de ler e nos sentirmos ungidos e enviados, nós conseguiremos chegar até onde nós às vezes imaginamos não chegar”. Ele relatava a visita que na segunda-feira fez em três aldeias indígenas, e o sentimento de gratidão do povo com sua presença, até o ponto de afirmar que “nós nunca esperávamos que o bispo viesse”. O arcebispo refletia, afirmando que “são comunidades pequenas, às vezes distantes, que nós não lembramos, mas eles se sentem igreja”. Diante disso insistia em que “nós temos essa tarefa de ir, sem medo de ir, temos que ir, talvez tenhamos que sair mais”, enfatizando que “isso é que nos realiza, quando saímos de nós mesmos, isso tem a ver com a integridade da nossa pessoa”. Luis Miguel Modino, assessor de cimunicação CNBB Norte 1