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Prelazia de Itacoatiara realiza formação sobre a CFE, “um presente de Deus para a Igreja do Brasil”

  A Prelazia de Itacoatiara organizava nesta quarta-feira, 24 de fevereiro, um encontro formativo sobre a Campanha da Fraternidade Ecumênica 2021 (pode assistir aqui a live), que tem como tema “Fraternidade e Diálogo: compromisso de amor”. A assessoria foi realizada por Marilza Schuina, padre Zenildo Lima e Dom José Albuquerque. Ao apresentar o ver, Marilza Schuina afirmava que “a diferença, ela não pode nos impedir de conversar”, um elemento importante na hora de abordar o diálogo, que deve ser desenvolvido com as pessoas e as instituições. Ela analisava aquilo que a gente vê pelo caminho, aquilo que a gente conversa, tendo em conta que a Campanha da Fraternidade Ecumênica 2021, marcada pela pandemia, tem como elo condutor o caminho dos discípulos de Emaús. A partir dai se faz necessário procurar saídas, encaminhamentos, que sejam coerentes com a Boa Nova do Evangelho. O Brasil vive uma crise do Estado-nação, uma crise da democracia, um acirramento do ódio e um aumento das violências, que se faz presente de diferentes formas e tem aumentado na pandemia. O estado brasileiro está cada vez dominado pelo mercado, produzindo separação entre as pessoas, o que leva a questionar como falar de fraternidade. Isso demanda respostas que ajudem a evitar que as pessoas sejam descartadas para a manutenção de um poder segregador. Nessa conjuntura, Marilza Schuina se questionava onde estão as igrejas nesse contexto e o que cada um pode fazer, buscando construir pontes e não muros, estabelecer redes, ajudar a repensar o humano. No julgar, o padre Zenildo Lima começava se questionando sobre o que nos impacta. Segundo ele, a conversa muda, como aconteceu com os discípulos de Emaús, quando Jesus nos ajuda a reinterpretar, a fazer memória, sabendo que ele não suscita inimizades e perseguições, impulsiona a uma nova vida, não julga mais transforma, inaugura novas relações. Em suas palavras, o reitor do Seminário São José de Manaus, analisava as primeiras comunidades cristãs desde o contexto da comunidade de Éfeso, que vivia situações conflitivas, mas que na carta a eles escrita por Paulo se propõe a unidade a partir da centralidade da pessoa de Jesus. Nesse contexto, a paz é alcançada “quando estas situações de negação da vida, elas forem transformadas em plenitude de vida para cada homem e para cada mulher”. Desde a carta ao Efésios, o padre Zenildo refletia sobre o conceito de universalidade, entendido como uma unidade que consegue concentrar em se a diversidade. Desde aí se parte para uma nova humanidade, vista no Texto Base como ação do Espírito de Deus, que “nos ajuda a tirar a poeira ou a rigidez das nossas estruturas institucionais”. Ele refletia sobre alguns elementos que considera importantes, como é a consciência que todos somos filhos, os elementos da identidade cristã, dentre os quais destaca o diálogo, insistindo em que as atitudes de intolerância, elas não estão enraizadas naquilo que é fundamental de uma experiência religiosa. Finalmente, Dom José Albuquerque começava dizendo que “a Campanha da Fraternidade para a Igreja é uma benção, é uma realidade que já está consolidada”, insistindo em que “a Campanha da Fraternidade é uma ação do Espírito, um presente de Deus para a Igreja do Brasil”. Não podemos esquecer que já são quase 60 anos de caminhada. Na terceira parada do caminho, no agir, ele enfatizava a importância da Campanha da Fraternidade Ecumênica de 2021, que já é a quinta. Segundo o bispo auxiliar de Manaus, nas famílias brasileiras se fazem presentes diferentes experiências cristãs. No campo do ecumenismo somos chamados a evitar uma discussão que é fundada em preconceitos, em distorções, segundo Dom José, que destacava a importância do diálogo, tema da campanha de 2021. O desafio é ter um relacionamento mais fraterno entre as diferentes Igrejas, afirmava o bispo auxiliar de Manaus, dando um testemunho de amor, “porque não existe maior escândalo do que a divisão entre nós, entre os cristãos”. Segundo Dom José, a terceira parada do Texto Base, “ela nos aponta para as boas práticas que existem”, algo que não está muito implantado na Região Norte do Brasil. Nesse sentido, ele pedia que “o amor aos mais pobres, de fato nos uma mais”, que se procurem encontros que visem o bem da sociedade. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1   

Não deixemos ser destruída a nossa casa comum, obra da criação de Deus

  40 Dias navengando com a Laudato Si´ na Querida Amazônia  25 DE FEVEREIRO: Quinta-feira da 1ª Semana da Quaresma PEDIDO DA GRAÇA No início de cada dia, busco entrar em clima de oração e rezo: Senhor, neste  tempo favorável a voltarmos o nosso coração para os teus sonhos para a humanidade e para toda as tuas criaturas, te pedimos luz para refletirmos sobre como estamos vivendo as nossas relações contigo, com as pessoas, com o mundo que é a nossa casa comum e conosco mesmo. Ajuda-nos a reencontrar o sentido da vida no louvor e na contemplação agradecida da Criação, na saída de nós mesmos em direção aos que mais sofrem e se sentem sós, especialmente nestes tempos de pandemia, e na construção do teu reino de justiça e paz, tecendo redes de solidariedade e fraternidade entre todos os povos e culturas desta imensa região pan-amazônica e pelo mundo inteiro. Em especial hoje te peço … (apresente o seu pedido particular). Amém. OUVINDO A PALAVRA QUE NOS GUIA Ó Senhor, de coração eu vos dou graças, porque ouvistes as palavras dos meus lábios! Perante os vossos anjos vou cantar-vos e ante o vosso templo vou prostrar-me. Eu agradeço vosso amor, vossa verdade, porque fizestes muito mais que prometestes; naquele dia em que gritei, vós me escutastes e aumentastes o vigor da minha alma.   Estendereis o vosso braço em meu auxílio e havereis de me salvar com vossa destra. Completai em mim a obra começada; ó Senhor, vossa bondade é para sempre! Eu vos peço: não deixeis inacabada esta obra que fizeram vossas mãos! (Sl 137, 1-3.7c-8) REFLETINDO COM A LAUDATO SI’ Contemplando o mundo criado por Deus – a nossa casa comum – não podemos deixar de louvar e agradecer pela beleza da criação, como faziam as primeiras comunidades cristãs: “Grandes e admiráveis são as tuas obras, Senhor Deus todo-poderoso! Justos e verdadeiros são os teus caminhos!” (Ap 15, 3). Contudo, muitas vezes, em muitas épocas e em diferentes lugares, o ser humano não soube e não sabe ainda respeitar a Criação divina, mas quer simplesmente explorar seus recursos e, finalmente, destruí-la. Junto a isso, está a exploração e destruição da própria dignidade e da pessoa humana, como vemos acontecer na Amazônia em relação aos povos indígenas, às comunidades tradicionais, que sofrem um verdadeiro genocídio e etnocídio. Diante desse quadro, pedimos ao Senhor que não deixe ficar inacabada a obra de suas mãos, como reza o salmista, nem tão pouco ser destruída, pois sabemos que “se Deus pôde criar o universo a partir do nada, também pode intervir neste mundo e vencer qualquer forma de mal.” (LS 74). Que neste tempo de Quaresma, que prefigura a vitória de Cristo sobre a morte e o mal, possamos fortalecer a nossa esperança cristã de que “o destino da criação inteira passa pelo mistério de Cristo, que nela está presente desde a origem” (LS 99), pois afinal “todas as coisas foram criadas por Ele e para Ele” (Cl 1, 16). AVANÇANDO PARA ÁGUAS MAIS PROFUNDAS Após um momento de silêncio… À luz do texto bíblico e das palavras do Papa Francisco, busco aprofundar minha experiência de encontro com o Senhor, trazendo para a minha oração a realidade concreta na qual estou envolvido, a situação pela qual passa o mundo, a região pan-amazônica, a minha cidade ou comunidade, a Igreja etc. Procuro perceber os apelos de mudança que Deus me faz e peço forças para concretizá-los, a fim de que o meu louvor a Ele se manifeste em obras concretas de compromisso pela vida, na defesa da nossa Querida Amazônia, dos seus povos e dos pobres da Terra. Concluo com um Pai-Nosso e uma Ave-Maria.  FRASE PARA ME AJUDAR A CONTINUAR MEDITANDO NESTE DIA “Deus criou o mundo, inscrevendo nele uma ordem e um dinamismo que o ser humano não tem o direito de ignorar” (Laudato Si’, 221) Pe. Adelson Araújo dos Santos, SJ

Os sinais de Deus em nossa casa comum

  40 Dias navengando com a Laudato Si´ na Querida Amazônia  24 DE FEVEREIRO: Quarta-feira da 1ª Semana da Quaresma PEDIDO DA GRAÇA No início de cada dia, busco entrar em clima de oração e rezo: Senhor, neste  tempo favorável a voltarmos o nosso coração para os teus sonhos para a humanidade e para toda as tuas criaturas, te pedimos luz para refletirmos sobre como estamos vivendo as nossas relações contigo, com as pessoas, com o mundo que é a nossa casa comum e conosco mesmo. Ajuda-nos a reencontrar o sentido da vida no louvor e na contemplação agradecida da Criação, na saída de nós mesmos em direção aos que mais sofrem e se sentem sós, especialmente nestes tempos de pandemia, e na construção do teu reino de justiça e paz, tecendo redes de solidariedade e fraternidade entre todos os povos e culturas desta imensa região pan-amazônica e pelo mundo inteiro. Em especial hoje te peço … (apresente o seu pedido particular). Amém. OUVINDO A PALAVRA QUE NOS GUIA Naquele tempo: Quando as multidões se reuniram em grande quantidade, Jesus começou a dizer: ‘Esta geração é uma geração má.Ela busca um sinal, mas nenhum sinal lhe será dado, a não ser o sinal de Jonas.Com efeito, assim como Jonas foi um sinal para os ninivitas, assim também será o Filho do Homem para esta geração. No dia do julgamento, a rainha do Sul se levantará juntamente com os homens desta geração, e os condenará. Porque ela veio de uma terra distante para ouvir a sabedoria de Salomão. E aqui está quem é maior do que Salomão. No dia do julgamento, os ninivitas se levantarão juntamente com esta geração e a condenarão. Porque eles se converteram quando ouviram a pregação de Jonas. E aqui está quem é maior do que Jonas. (Lc 11,29-32) REFLETINDO COM A LAUDATO SI’ Como no tempo de Jesus, muitas pessoas ainda hoje vivem uma religião baseada na busca de sinais espetaculares, curas milagrosas e poderes extraordinários para acreditar que Deus está em nosso meio, quando na verdade bastaria contemplar a natureza para ter a certeza da sua presença. Afinal, “todo o universo material é uma linguagem do amor de Deus, do seu carinho sem medida por nós. O solo, a água, as montanhas: tudo é carícia de Deus. A história da própria amizade com Deus desenrola-se sempre num espaço geográfico que se torna um sinal muito pessoal” (LS 84).  Por isso é que o Papa Francisco nos ensina que “não fugimos do mundo, nem negamos a natureza, quando queremos encontrar-nos com Deus” (LS 235), mas fazemos justamente o contrário, procurando e encontrando a Deus em todas as suas criaturas, nessa casa comum onde tudo está interligado. Ser conscientes disso nos faz ser mais gratos pelo dom da vida e da Criação, mas também mais comprometidos com a defesa da mesma, sobretudo onde ela estiver sendo mais ameaçada, como acontece em tantas partes da Amazônia. AVANÇANDO PARA ÁGUAS MAIS PROFUNDAS Após um momento de silêncio… À luz do texto bíblico e das palavras do Papa Francisco, busco aprofundar minha experiência de encontro com o Senhor, trazendo para a minha oração a realidade concreta na qual estou envolvido, a situação pela qual passa o mundo, a região pan-amazônica, a minha cidade ou comunidade, a Igreja etc. Procuro perceber os apelos de mudança que Deus me faz e peço forças para concretizá-los, a fim de que o meu louvor a Ele se manifeste em obras concretas de compromisso pela vida, na defesa da nossa Querida Amazônia, dos seus povos e dos pobres da Terra. Concluo com um Pai-Nosso e uma Ave-Maria.  FRASE PARA ME AJUDAR A CONTINUAR MEDITANDO NESTE DIA “O Sínodo para a Amazônia se transforma assim em um sinal de esperança para o povo amazônico e para a humanidade inteira. Trata-se de uma grande oportunidade para que a Igreja possa descobrir a presença encarnada e ativa de Deus”.  (Instrumentum laboris, 33) Pe. Adelson Araújo dos Santos, SJ

Ir. Maria Inês Ribeiro: “É um avanço o Papa Francisco querer colocar cada vez mais, mulheres no serviço da Igreja”

O Papa Francisco nomeou a presidenta da Conferência dos Religiosos do Brasil – CRB, consultora da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e das Sociedades de Vida Apostólica, por cinco anos. Junto com a irmã Maria Inês Vieira Ribeiro foi nomeada a irmã Márian Ambrósio, presidenta da CRB entre os anos de 2007 e 2013. Segundo a irmã Maria Inês, o novo serviço “representa, acima de tudo, um gesto de confiança de Deus, do Papa Francisco, pela Vida Consagrada”. Ela, que é presidenta da CRB desde 2016, diz que “é uma continuidade daquilo que venho já realizando como consagrada, como responsável pela nossa Conferência”. Irmã Maria Inês Vieira Ribeiro, que faz parte da Congregação das Mensageiras do Amor Divino, pretende mostrar o que ela tem descoberto na realidade brasileira. Segundo ela, trata-se “de uma Igreja servidora, de uma Igreja sinodal, de uma Igreja aberta para os pobres, uma Vida Consagrada que estamos insistindo cada vez mais para o compromisso de fidelidade ao Evangelho e ao carisma de cada Instituto”. A religiosa vê o desafio de caminhar juntos, da tolerância e do respeito. Nas suas palavras, ela destaca que o Papa Francisco “desejou fazer um colégio de consultores numa paridade, que seja o mesmo número de homens e mulheres, para que possamos dar o nosso contributo”, algo que para a irmã “tem um significado muito forte, porque nós temos diferenças, a psicologia feminina é diferente da psicologia masculina, e nós temos que encaminhar isso com igualdade”. Segundo a presidenta da CRB, onde a vida “está mais sofrida e ameaçada, é o nosso lugar”. Junto com isso, insiste na necessidade de a Igreja escutar o laicato e a vida religiosa feminina, algo que ela vê estar sendo feito pelo Papa Francisco, que “está vendo que a Igreja não pode caminhar só com as pernas masculinas”. A senhora acaba de ser nomeada pelo Papa Francisco como consultora da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e das Sociedades de Vida Apostólica. O que representa esse novo serviço que a Igreja está lhe pedindo? Para mim representa um gesto de confiança da Igreja, em primeiro lugar. Um novo chamado de Deus para minha vida consagrada, porque está sempre nos chamando cada dia à fidelidade, ao compromisso, às respostas mesmo, na generosidade. Para mim representa, acima de tudo, um gesto de confiança de Deus, do Papa Francisco, pela Vida Consagrada. Quase para mim é uma continuidade daquilo que venho já realizando como consagrada, como responsável pela nossa Conferência. Para mim é uma confirmação, um ato de confiança. A Vida Religiosa no Brasil tem coisas a aportar para a missão da Vida Religiosa na Igreja universal. O que a senhora pensa que, desde seu novo serviço, pode aportar como representante da Vida Religiosa no Brasil para a missão da Vida Religiosa no mundo? Conforme a orientação da Sagrada Congregação dos Religiosos, do Dicastério, a orientação que recebi exatamente é esta: eu vou receber consultas sobre diversos e variados assuntos que surgirem para a Congregação dos Religiosos, serei consultada a dar a minha opinião. Com certeza, eu vejo que na medida que a gente abre o coração, abre a boca para dar uma opinião sobre qualquer assunto, seja no nossos país ou para o mundo, será a partir da experiência de vida, da minha comunhão com Deus, da minha fidelidade ao Evangelho, darei a minha opinião, porque justamente essa é a missão, de consulta. Serei consultada, como diz Dom João Braz de Aviz, para as diversas situações, receberei correspondência, comunicados, e participarei de assembleias que acontecerão em Roma para todos os consultores e consultores. Para mim, o posicionamento, a resposta, como uma consagrada do Brasil, claro que vai a partir da nossa experiência também, de uma Igreja servidora, de uma Igreja sinodal, de uma Igreja aberta para os pobres, uma Vida Consagrada que estamos insistindo cada vez mais para o compromisso de fidelidade ao Evangelho e ao carisma de cada Instituto. Um desafio grande também, porque estamos vivendo situações difíceis, não só na Vida Consagrada como na Igreja. O momento agora é de dor, é de dificuldade, de problemas, que estamos vivendo na Igreja do Brasil face à Campanha da Fraternidade e outras situações. Mas eu acredito que responderei com a experiência de vida que o Senhor já me concedeu. Em que deve insistir a Vida Religiosa na missão da Igreja? Quais, segundo a senhora, deveriam ser os principais aportes e os principais desafios a serem enfrentados? Um dos principais desafios que colocaria é justamente esse caminhar juntos, essa tolerância, o respeito. O próprio Dom João Braz me disse no telefone ontem, irmã, isso é coisa do Papa Francisco, ele que desejou fazer um colégio de consultores numa paridade, que seja o mesmo número de homens e mulheres, para que possamos dar o nosso contributo. A Vida Consagrada no Brasil e no mundo deve existir sobre esse caminhar juntos, sobre esse respeito às diferenças, sobre esse amor verdadeiro às diferenças, às pessoas, amar cada vez mais as realidades que nós vivemos mais sofridas, estar onde a vida está ameaçada, este é o lugar da Vida Consagrada. Para mim temos que insistir aí, porque realmente, onde ela está mais sofrida e ameaçada, é o nosso lugar. Não precisamos ficar colocando a Vida Religiosa no destaque, no pedestal, à luz dos holofotes, mas a Vida Consagrada encarnada, inserida, humilde, simples. Esse é o grande desafio, tanto para a Igreja como para a Vida Consagrada. A senhora fala da insistência do Papa Francisco na paridade nesse conselho de consultores entre homens e mulheres. Recentemente, uma religiosa foi nomeada subsecretária do Sínodo para os Bispos, e em consequência disso, ela vai ser a primeira mulher a votar num Sínodo para os Bispos. Para a vida religiosa feminina, o que significam esses passos que o Papa Francisco está dando nos últimos anos? Isso tem um significado muito forte, porque nós temos diferenças, a psicologia feminina é diferente da psicologia masculina, e nós temos que encaminhar isso com igualdade. Para todos…
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Leve melhora nos números da Covid no Regional Norte1, mas a situação ainda é muito grave

  A Rede Eclesial Pan-Amazônica tem lançado nesta terça-feira o informe semanal que recolhe os números da Covid-19 na Pan-Amazônia. Até 22 de fevereiro de 2021, segundo os números oficiais, os casos já chegaram em 2.114.223 e o número de mortes é de 52.448. Na última semana, o aumento dos casos foi de 89.000 e os óbitos foram 2.084. O número mais elevado encontra-se no Brasil, onde a pandemia está fora de controlo e o programa de vacinação está sendo realizado muito lentamente, uma consequência da falta de planeamento por parte do governo. Já há 1.592.311 casos e 36.724 mortes na Amazónia brasileira, 47.020 e 1.650, respectivamente, na última semana. No Regional Norte 1 da CNBB, o número de casos é de 355.131 e os óbitos 11.171. Nos últimos 7 dias, os casos foram 14.340 e os falecidos chegaram em 661. Em referência com a semana anterior, em que os casos foram 13.791 e os óbitos foram 934, teve uma melhora significativa no número de mortos, mas aumentaram os casos registrados. Na perspectiva de “analisar as propostas para enfrentar estes fatos duros e difíceis como a Covid-19, mas também outras pandemias”, a Rede Eclesial Pan-Amazônica – REPAM, tem se unido ao evento “O Grito da Selva: Vozes da Amazónia“, convocado pela Coordenação das Organizações Indígenas da Bacia Amazónica – COICA, que será realizado na próxima sexta-feira e sábado, 26 e 27 de fevereiro. Segundo o cardeal Pedro Barreto, presidente da REPAM, “a segunda onda da pandemia da Covid-19 está inexoravelmente a avançar em toda a humanidade, mas especialmente no território amazónico”. Ele afirma que “os povos indígenas são seriamente afetados, mas existem também outras ‘pandemias’: a pandemia do extrativismo, a pandemia da corrupção, e outros aspectos que afetam diretamente estas comunidades indígenas”. Por esta razão, o cardeal peruano apela à participação neste evento, que ele considera muito importante. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

A palavra criadora e a nossa casa comum

40 Dias navengando com a Laudato Si´ na Querida Amazônia  23 DE FEVEREIRO: Terça-feira da 1ª Semana da Quaresma PEDIDO DA GRAÇA No início de cada dia, busco entrar em clima de oração e rezo: Senhor, neste  tempo favorável a voltarmos o nosso coração para os teus sonhos para a humanidade e para toda as tuas criaturas, te pedimos luz para refletirmos sobre como estamos vivendo as nossas relações contigo, com as pessoas, com o mundo que é a nossa casa comum e conosco mesmo. Ajuda-nos a reencontrar o sentido da vida no louvor e na contemplação agradecida da Criação, na saída de nós mesmos em direção aos que mais sofrem e se sentem sós, especialmente nestes tempos de pandemia, e na construção do teu reino de justiça e paz, tecendo redes de solidariedade e fraternidade entre todos os povos e culturas desta imensa região pan-amazônica e pelo mundo inteiro. Em especial hoje te peço … (apresente o seu pedido particular). Amém. OUVINDO A PALAVRA QUE NOS GUIA Isto diz o Senhor: assim como a chuva e a neve descem do céu e para lá não voltam mais, mas vêm irrigar e fecundar a terra, e fazê-la germinar e dar semente, para o plantio e para a alimentação, assim a palavra que sair de minha boca: não voltará para mim vazia; antes, realizará tudo que for de minha vontade e produzirá os efeitos que pretendi, ao enviá-la. (Is 55, 10-11)   REFLETINDO COM A LAUDATO SI’ A Palavra de Deus nunca é estéril, mas sempre dá frutos bons, irrigando e fecundado o terreno das nossas vidas e comunidades. Na Laudato Si’, o Papa Francisco explica que a Palavra de Deus é uma “palavra criadora” e que, portanto, “o mundo procede, não do caos nem do acaso, mas de uma decisão, o que o exalta ainda mais” (LS 77). Francisco ensina que a nossa casa comum é fruto do amor divino, pois “o universo não apareceu como resultado de uma omnipotência arbitrária, de uma demonstração de força ou de um desejo de auto-afirmação. A criação pertence à ordem do amor. O amor de Deus é a razão fundamental de toda a criação” (LS 77).  Olhando para a imensidão da Amazônia, o Papa “nos convida a defender esta região ameaçada, a fim de a preservar e restaurar para o bem de todos, incutindo esperança em nossas capacidades para construir o bem de todos e a Casa Comum” (Instrumento de Trabalho do Sínodo para a Amazônia, 2). Assim, também nós somos chamados a levar uma palavra de vida, de solidariedade e de fraternidade a todos os povos e criaturas da Amazônia. AVANÇANDO PARA ÁGUAS MAIS PROFUNDAS Após um momento de silêncio… À luz do texto bíblico e das palavras do Papa Francisco, busco aprofundar minha experiência de encontro com o Senhor, trazendo para a minha oração a realidade concreta na qual estou envolvido, a situação pela qual passa o mundo, a região pan-amazônica, a minha cidade ou comunidade, a Igreja etc. Procuro perceber os apelos de mudança que Deus me faz e peço forças para concretizá-los, a fim de que o meu louvor a Ele se manifeste em obras concretas de compromisso pela vida, na defesa da nossa Querida Amazônia, dos seus povos e dos pobres da Terra. Concluo com um Pai-Nosso e uma Ave-Maria.  FRASE PARA ME AJUDAR A CONTINUAR MEDITANDO NESTE DIA “Como Igreja de discípulos missionários, imploramos a graça dessa conversão que ‘implica deixar escapar todas as consequências do encontro com Jesus Cristo nas relações com o mundo ao seu redor’ ( LS, 217)” (Documento Final do Sínodo para a Amazônia, 18) Pe. Adelson Araújo dos Santos, SJ

Custodia Capuchinha do Amazonas e Roraima doa concentradores de oxigênio para combater a Covid-19

  A Igreja católica está sendo uma das instituições que mais está se empenhando no enfrentamento da pandemia da Covid-19. O Estado do Amazonas, especialmente Manaus, tem sido um dos focos principais de morte em consequência da doença, especialmente em 2021. Desde o início do ano até o dia 21 de fevereiro, segundo números oficiais da Fundação de Vigilância em Saúde do Estado do Amazonas, o número óbitos é de 5.177, deles 4.127 em Manaus. Desde o início da pandemia, o total de falecidos é de 10.462 no Estado do Amazonas e 7.407 na capital do estado. Diferentes congregações, dioceses, o Regional Norte1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, tem empreendido campanhas solidárias na tentativa de ajudar a superar esse momento que está provocando tanta dor na vida do povo. A crise sanitária, que está tendo consequências muito trágicas, está unida a uma crise social e econômica, que está atingindo sobretudo os mais pobres. A Custodia dos Capuchinhos de Amazonas e Roraima está realizando neste ano de 2021, com a ajuda da Missão Central dos Franciscanos na Alemanha e o apoio do Departamento de Solidariedade da Cúria Geral da Ordem dos Frades Capuchinhos, sete projetos para ajudar a mitigar as graves consequências que a pandemia está provocando na região. Trata-se de concentradores de oxigênio, mini usina de oxigênio, escuta psicológica, higiene bucal infantil, distribuição de alimentos nos hospitais e ao povo de rua, cestas básicas, documentação para migrantes, bolsas de estudo, remédios, EPI´s, dentre outros. Foram entregues nos últimos dias 17 concentradores de oxigênio, dentro do projeto “SOS Oxigênio”. Segundo frei Paulo Xavier Ribeiro, o “projeto veio da missão central dos Franciscanos na Alemanha e nós estamos buscando caminhos que possam ser caminhos de solidariedade, buscando a vida, traduzindo isso na vida das pessoas, como frades menores capuchinhos, procurando melhor servir”. Os concentradores têm sido entregues em diferentes Unidades Básicas de Saúde da capital amazonense, algo que também foi realizado nas cidades de Tabatinga e Benjamin Constant, na Tríplice Fronteira entre o Brasil, a Colômbia e o Peru. Segundo o pároco da paróquia São Sebastião de Manaus, “isso também nos ajuda a fazer a caridade com qualidade, com dedicação, com empenho, com responsabilidade e com transparência. Isso ajuda a gente a levar em frente aquilo que faz parte da nossa vida, na equidade, na ética, no respeito com aquilo que é de todos”. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Sob a liderança do Papa, somos Igreja em constante conversão

  40 Dias navengando com a Laudato Si´ na Querida Amazônia  22 DE FEVEREIRO: Cátedra de São Pedro, Apóstolo PEDIDO DA GRAÇA No início de cada dia, busco entrar em clima de oração e rezo: Senhor, neste  tempo favorável a voltarmos o nosso coração para os teus sonhos para a humanidade e para toda as tuas criaturas, te pedimos luz para refletirmos sobre como estamos vivendo as nossas relações contigo, com as pessoas, com o mundo que é a nossa casa comum e conosco mesmo. Ajuda-nos a reencontrar o sentido da vida no louvor e na contemplação agradecida da Criação, na saída de nós mesmos em direção aos que mais sofrem e se sentem sós, especialmente nestes tempos de pandemia, e na construção do teu reino de justiça e paz, tecendo redes de solidariedade e fraternidade entre todos os povos e culturas desta imensa região pan-amazônica e pelo mundo inteiro. Em especial hoje te peço … (apresente o seu pedido particular). Amém. OUVINDO A PALAVRA QUE NOS GUIA Naquele tempo: Jesus foi à região de Cesaréia de Filipe e ali perguntou aos seus discípulos: “Quem dizem os homens ser o Filho do Homem?” Eles responderam: “Alguns dizem que é João Batista; outros que é Elias; Outros ainda, que é Jeremias ou algum dos profetas”. Então Jesus lhes perguntou: “E vós, quem dizeis que eu sou?” Simão Pedro respondeu: “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo”. Respondendo, Jesus lhe disse: “Feliz es tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi um ser humano que te revelou isso, mas o meu Pai que está no céu. Por isso eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e o poder do inferno nunca poderá vencê-la. Eu te darei as chaves do Reino dos Céus: tudo o que tu ligares na terra será ligado nos céus; tudo o que tu desligares na terra será desligado nos céus”. (Mt 16,13-19)   REFLETINDO COM A LAUDATO SI’ Neste dia em que celebramos a festa da Cátedra de São Pedro, louvamos a Deus pela pessoa do Papa Francisco, sucessor de Pedro, por nos guiar e provocar a não sermos uma Igreja alienada e fechada em si mesma, por nos ensinar que “a Igreja, com a sua ação, procura não só lembrar o dever de cuidar da natureza, mas também e ‘sobretudo proteger o homem da destruição de si mesmo’” (LS, 79). Contudo, muitos ainda preferem viver um tipo de espiritualidade desligada da realidade e acusam o Papa de se envolver em questões “mundanas” como a situação ecológica, econômica, migratória etc.  Diante disso, Francisco é o primeiro a falar da necessidade de superarmos uma concepção de fé espiritualista e voltada apenas para as “almas”, quando diz: “Temos de reconhecer que nós, cristãos, nem sempre recolhemos e fizemos frutificar as riquezas dadas por Deus à Igreja, nas quais a espiritualidade não está desligada do próprio corpo nem da natureza ou das realidades deste mundo, mas vive com elas e nelas, em comunhão com tudo o que nos rodeia” (LS 216). AVANÇANDO PARA ÁGUAS MAIS PROFUNDAS Após um momento de silêncio… À luz do texto bíblico e das palavras do Papa Francisco, busco aprofundar minha experiência de encontro com o Senhor, trazendo para a minha oração a realidade concreta na qual estou envolvido, a situação pela qual passa o mundo, a região pan-amazônica, a minha cidade ou comunidade, a Igreja etc. Procuro perceber os apelos de mudança que Deus me faz e peço forças para concretizá-los, a fim de que o meu louvor a Ele se manifeste em obras concretas de compromisso pela vida, na defesa da nossa Querida Amazônia, dos seus povos e dos pobres da Terra. Concluo com um Pai-Nosso e uma Ave-Maria.    FRASE PARA ME AJUDAR A CONTINUAR MEDITANDO NESTE DIA “Como Igreja de discípulos missionários, imploramos a graça dessa conversão que ‘implica deixar escapar todas as consequências do encontro com Jesus Cristo nas relações com o mundo ao seu redor’ ( LS, 217)” (Documento Final do Sínodo para a Amazônia, 18) Pe. Adelson Araújo dos Santos, SJ

“A vacina é o único meio que nós temos de superar esse momento pandémico”, insiste Dom Leonardo

A pandemia da Covid-19 está provocando graves consequências. Diante do alto número de contágios e de mortes que estão acontecendo nas últimas semanas, o Arcebispo de Manaus, Dom Leonardo Steiner, no final da missa do Primeiro Domingo da Quaresma, fazia um apelo a se vacinar. Segundo Dom Leonardo, “a vacina é o único meio que nós temos de superar esse momento pandémico, a vacina é a única saída”. Manaus é uma das cidades brasileiras onde a vacinação está mais adiantada, tendo sido vacinadas boa parte das pessoas acima de 70 anos, assim como outros grupos de risco. Mesmo assim, não são todos os que estão indo nos postos de vacinação, alguns por dificuldade para se deslocar, outros influenciados pelas declarações de alguns políticos em referência à eficácia da vacina, querendo assim tirar o foco da falta de planejamento. No último sábado, 20 de fevereiro, a prefeitura de Manaus organizava uma visita a idosos que moram na Zona Sul da cidade por agentes comunitários da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) para orienta-los a receber a vacina contra a Covid-19. Também Dom Leonardo dizia que “gostaria de insistir caríssimos irmãos e irmãs na necessidade da vacina e do cuidado”. Mesmo tendo diminuído a gravidade da segunda onda em Manaus, com menos internações e óbitos, ele afirmava que “nós não podemos agora achar que tudo está tranquilo”, pois segundo o arcebispo, “a situação ainda é grave, especialmente no nosso interior”. A falta de cuidado tem sido uma das causas da segunda onda da pandemia em Manaus. É por isso, que Dom Leonardo Steiner, seguindo aquilo que está sendo advertido pelos especialistas em infectologia, afirmava que “talvez se não cuidarmos, teremos um terceiro momento, o que seria extremamente difícil e grave para todos nós”. O arcebispo, que já recebeu a primeira dose da vacina, disse que “vamos cuidar, vamos colaborar, mas na primeira oportunidade que cada um, cada uma tiver, deixe-se vacinar, procure vacinar”. Dom Leonardo Steiner afirmava não saber “por que tanta resistência à vacina, dado que nós temos no Brasil uma experiencia enorme de vacinação”. Na verdade, boa parte dessa situação que o Brasil vive hoje tem sua origem no poder público, algo que o arcebispo sustentava quando disse que “infelizmente não houve organização suficiente da parte do governo”. Diante da situação atual, ele insistia na necessidade da vacina “para podermos voltar a uma convivência mais tranquila e voltarmos também às nossas celebrações, às nossas atividades pastorais”. A Arquidiocese de Manaus cancelou as missas e encontros com o povo no dia 05 de janeiro e tem ido prorrogando as orientações nesse sentido. Na última semana, foi decretado que essa situação vai permanecer até o dia 12 de março, inclusive. Na homilia da missa, o arcebispo falava sobre aquilo que o deserto representa na tradição bíblica e na vida dos cristãos, sobre a importância da conversão e do diálogo, tema da Campanha da Fraternidade Ecuménica de 2021. Ela “vem a despertar em todos nós o desejo do diálogo”, que na passagem do Evangelho do Primeiro Domingo da Quaresma “se manifesta como anúncio benévolo e transformante”. O Arcebispo de Manaus destacava a importância da conversão à escuta, de “assumir um novo estilo de vida, de diálogo”, também de “desideologizar a escuta”. Segundo Dom Leonardo, se faz necessário estarmos atentos ao “barulho ensurdecedor da violência verbal e física, o barulho da ideologia tomada pela brutalidade que busca destruir os ouvidos da convivência, o barulho da religiosidade que trai a essência, o vigor da fé e nos afasta de Deus e dos irmãos”. Tudo isso deve levar, segundo Dom Leonardo “a implorar escuta, diálogo”, para evitar cair na agressão. “O tempo da pandemia é um tempo de deserto, o tempo da pandemia também é um tempo do Espírito”, segundo Dom Leonardo. Diante dessa realidade, ele se perguntava “Como estamos ouvindo, qual a purificação, qual a transformação que a pandemia pode nos proporcionar, indicar? Nos deixamos visitar pelo Espírito? Assumimos melhor, depois desta pandemia, a nossa vocação e a nossa missão como cristãos?”. Responder essas perguntas podem ajudar a humanidade, especialmente os cristãos, os católicos, a encontrar uma saída diante da grave situação que estamos vivendo, uma saída que, segundo Dom Leonardo Steiner, está na vacina, “a única saída”. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

O Reino de Deus está próximo, é tempo de conversão ecológica

  40 Dias navengando com a Laudato Si´ na Querida Amazônia  21 DE FEVEREIRO: 1º Domingo da Quaresma PEDIDO DA GRAÇA No início de cada dia, busco entrar em clima de oração e rezo: Senhor, neste  tempo favorável a voltarmos o nosso coração para os teus sonhos para a humanidade e para toda as tuas criaturas, te pedimos luz para refletirmos sobre como estamos vivendo as nossas relações contigo, com as pessoas, com o mundo que é a nossa casa comum e conosco mesmo. Ajuda-nos a reencontrar o sentido da vida no louvor e na contemplação agradecida da Criação, na saída de nós mesmos em direção aos que mais sofrem e se sentem sós, especialmente nestes tempos de pandemia, e na construção do teu reino de justiça e paz, tecendo redes de solidariedade e fraternidade entre todos os povos e culturas desta imensa região pan-amazônica e pelo mundo inteiro. Em especial hoje te peço … (apresente o seu pedido particular). Amém. OUVINDO A PALAVRA QUE NOS GUIA Naquele tempo: O Espírito levou Jesus para o deserto. E ele ficou no deserto durante quarenta dias, e ali foi tentado por Satanás. Vivia entre os animais selvagens, e os anjos o serviam. Depois que João Batista foi preso, Jesus foi para a Galiléia, pregando o Evangelho de Deus e dizendo: ‘O tempo já se completou e o Reino de Deus está próximo. Convertei-vos e crede no Evangelho!’. (Mc 1, 12-15)   REFLETINDO COM A LAUDATO SI’ Durante o processo dinâmico de escuta e discernimento de preparação ao Sínodo para a Amazônia, foi ficando claro a necessidade de três tipos de conversões a que todos nós, como Igreja na pan-amazônia, deveríamos experimentar, segundo o Papa Francisco: “a conversão pastoral, a qual nos chama através da Exortação Apostólica Evangelii Gaudium (ver-escutar); a conversão ecológica, mediante a Encíclica Laudato Si’, que orienta o rumo (julgar-atuar); e a conversão à sinodalidade eclesial, através da Constituição Apostólica Episcopalis Communio, que estrutura o caminhar juntos (julgar-atuar)” (IL 5). Em relação à conversão ecológica, o Papa explica na Laudato Si’ que este termo foi utilizado antes por São João Paulo II e que tanto a conversão, como a espiritualidade ecológica “nascem das convicções da nossa fé, pois aquilo que o Evangelho nos ensina tem consequências no nosso modo de pensar, sentir e viver” (LS 216). E, ao mesmo tempo, Francisco recorda que toda “crise ecológica é um apelo a uma profunda conversão interior” (LS 217). Louvemos a Deus que nunca desiste de nós, mas nos oferece sempre a oportunidade de reorientar a nossa vida na direção do Reino.  AVANÇANDO PARA ÁGUAS MAIS PROFUNDAS Após um momento de silêncio… À luz do texto bíblico e das palavras do Papa Francisco, busco aprofundar minha experiência de encontro com o Senhor, trazendo para a minha oração a realidade concreta na qual estou envolvido, a situação pela qual passa o mundo, a região pan-amazônica, a minha cidade ou comunidade, a Igreja etc. Procuro perceber os apelos de mudança que Deus me faz e peço forças para concretizá-los, a fim de que o meu louvor a Ele se manifeste em obras concretas de compromisso pela vida, na defesa da nossa Querida Amazônia, dos seus povos e dos pobres da Terra. Concluo com um Pai-Nosso e uma Ave-Maria.    FRASE PARA ME AJUDAR A CONTINUAR MEDITANDO NESTE DIA Devemos examinar as nossas vidas e reconhecer de que modo ofendemos a criação de Deus com as nossas ações e com a nossa incapacidade de agir. Devemos fazer a experiência de uma conversão, de uma mudança do coração.  (Laudato Si’, 218) Pe. Adelson Araújo dos Santos, SJ