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Regional Norte 1 manifesta solidariedade e conforto pelo falecimento de Dom Moacyr Grechi.

“Nós cremos na vida eterna e na feliz ressurreição! Quando de volta à casa paterna, Com o Pai os filhos se encontrarão”. (Miria T. Kolling)  O Regional Norte 1 da CNBB manifesta solidariedade e conforto a Arquidiocese de Porto Velho e ao Regional Noroeste pelo falecimento de Dom Moacyr Grechi. Uma voz sempre ativa na promoção dos excluídos e excluídas da Amazônia, Dom Moacyr foi um lutador incansável especialmente na luta pela causa indígena e pela defesa do território, um dos fundadores do CIMI e da CPT. Presidiu o Regional Norte 1 quando o Regional Noroeste ainda fazia parte do Regional Norte 1.  O Regional Norte 1 expressa seus mais sinceros e verdadeiros sentimentos neste momento de luto profundo. Na certeza de que neste tempo em que a Igreja da Amazônia vive este momento histórico tão importante do Sínodo para a Amazônia, queremos juntos continuar renovando nossa missão e esperança, nos colocamos a caminho, com vocês, animados/as pelo exemplo de vida do Dom Moacyr Grechi.  Presidência do Regional Norte 1

Instrumentum Laboris do Sínodo para a Amazônia, um novo passo de “um ‘kairós’ para a Igreja e o mundo”

Um fruto de um longo percurso, isso poderia definir o Instrumentum Laboris do Sínodo para a Amazônia que esta segunda-feira, 17 de junho, foi apresentado no Vaticano. Nele, como indicado na conclusão do documento, “tem se escutado a voz da Amazôniaà luz da fé (Parte I) e tem se tentado responder ao clamor do povo e do território amazônico por uma ecologia integral (Parte II) e pelos novos caminhos para uma Igreja profética na Amazônia (III Parte)”. A reportagem é de Luis Miguel Modino. A partir deste momento, a Igreja, especialmente os Padres Sinodais, são desafiados “a dar uma nova resposta às diferentes situações e a buscar novos caminhos que possibilitem um kairós para a Igreja e para o mundo”. Temos um pouco menos de quatro meses para o início da assembleia sinodal, que se reunirá no Vaticano de 6 a 27 de outubro. Neste momento, cabe aos Padres sinodais, especialmente os bispos das jurisdições eclesiásticas da Pan Amazônia, sempre chamados a conhecer a realidade local e a vida das pessoas que lhes são confiadas, a sentir o cheiro das ovelhas, para ver até onde o documento recolhe as necessidades de sua Igreja local. Não podemos esquecer que este documento, que segue o método da Igreja latino-americana, ver/escutar, julgar, agir, ainda é um instrumento a serviço de um processo mais amplo, que dará passos sucessivos nos próximos meses. Nesta perspectiva, devemos entender que, no Instrumentum Laboris, não encontraremos todos e cada um dos anseios pessoais. Como disse algumas semanas atrás Dom Mário Antônio da Silva, Bispo de Roraima e vice-presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, “que o Sínodo possa vir ao encontro, não de expectativas, mas de necessidades das comunidades da Amazônia”, algo que também pode ser dito sobre o Instrumento de Trabalho. Dom Roque Paloschi, arcebispo de Porto Velho – RO, e membro do Conselho Presinodal, afirma que o Instrumentum Laboris, “vai nos dando algumas possibilidades para também nos prepararmos com nossos grupos de sacerdotes, religiosos, religiosas, catequistas, ministros, e o Povo de Deus em geral, para algumas perspectivas”. Ele reconhece que “evidentemente que o documento, ele vai nos provocar para passos possíveis de concretiza-los logo com a conclusão do Sínodo, outros passos que vamos fazer processos e coisas que serão um horizonte para onde nós queremos caminhar como Igreja, Povo de Deus, como Igreja Pan-Amazônica”. Segundo o arcebispo de Porto Velho, “evidentemente que o Sínodo não vai atrás de curiosidades, mas tenta responder coisas concretas que nós precisamos enfrentar aqui na nossa região”. Desde sua condição de presidente do Conselho Indigenista Missionário – CIMI, ele diz que “o Sínodo, desde a sua convocação, o Papa nos interpela por uma relação diferenciada com os povos indígenas, com os povos originários”. É por isso que “nós temos que nos perguntar que passos nós estamos dando em nossas Igrejas para que verdadeiramente, os primeiros habitantes destas terras, sejam ouvidos, respeitados e acompanhados na sua luta por dignidade, por justiça e, sobretudo, respeito a suas culturas, a suas espiritualidades, a seus ritos, a suas línguas. Há o direito deles ser indígenas em sua integridade”, afirma Dom Roque. Dom Rafael Cob, também membro do Conselho Presinodal, e bispo do Vicariato Apostólico de Puyo, Equador, destaca no documento quatro eixos estruturais: escuta, diálogo, inculturação e profecia, em torno do eixo central, que é o rosto amazônico e mergulhado na ecologia integral. O bispo de Puyo destaca no Instrumentum Laboris o pano de fundo da Evangelii Gaudium, que nos chama a uma conversão pastoral, da Laudato Sí, que nos convida a uma conversão ecológica, e da Episcopalis Conmunio, fazendo uma Igreja samaritana com seus desafios e esperanças. Cada uma das partes é dividida em capítulos, quatro na primeira, que apresenta “a realidade do território e de seus povos”, nove na segunda, que inclui “a problemática ecológica e pastoral”, e oito na terceira parte, que aborda “a problemática eclesiológica e pastoral”. Na segunda e terceira partes, ao final de cada um dos capítulos, são oferecidas sugestões, todas colhidas da escuta do território e do povo de Deus, chamadas a influenciar não só a vida da Igreja, mas também a própria sociedade amazônica, tendo sempre como atitude fundamental a defesa profética da Amazônia e de seus povos. O Instrumentum Laboris tem como ponto de partida a necessidade da Igreja ser ouvinte, que escute, algo que “não é fácil”, mas que deve gerar “uma resposta concreta e reconciliadora”, que a Amazônia implora. Não nos esqueçamos de que esta é uma “realidade contrastante” que é “cheia de vida e sabedoria”, mas que sofre as consequências do “desmatamento e destruição extrativa que exige uma conversão ecológica integral”. Tudo isto deve levar a um “encontro com as culturas que inspiram os novos caminhos, desafios e esperanças de uma Igreja que quer ser samaritana e profética através de uma conversão pastoral”. A vida é a base do Sínodo para a Amazônia, que nesta região é identificada com a água. Uma vida em abundância, expressa no “bem viver”, mas que “está ameaçada pela destruição e exploração ambiental, pela violação sistemática dos direitos humanos”, que exige uma defesa e um cuidado, que “se opõe à cultura do descarte, da mentira, da exploração e da opressão”. Não se pode esquecer que “na Amazônia, a vida está inserida, ligada e integrada ao território”, onde tudo está interligado e se descobre “a obra-prima da criação do Deus da Vida”. O Sínodo é um tempo de graça, de inculturação e interculturalidade, de desafios sérios e urgentes, mas também de esperança. Ao mesmo tempo, esse evento eclesial quer gerar espaços de diálogo “que nos ajudem a sair do caminho da autodestruição da atual crise socioambiental”. Um diálogo que seja um ponto de partida para a missão e que tenha como interlocutores os povos amazônicos, que provoque uma dinâmica de aprendizado e resistência. O clamor da Terra é o clamor dos pobres, que são os que sofrem as consequências da destruição extrativista. Um clamor que vem dos povos da Amazônia, que não são reconhecidos seus…
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Pré-Congresso é realizado em preparação para evento nacional sobre vocação e discernimento

A Pastoral Vocacional do Regional Norte 1 – Amazonas e Roraima reuniu representantes das nove dioceses e prelazias em um pré-congresso vocacional realizado em Manaus, nas dependências da Casa de Retiro Maromba, entre os dias 14 e 16 de junho, para refletir e compartilhar as experiências vivenciadas pela Animação Vocacional na realidade de cada Igreja local, em preparação para o 4º Congresso Vocacional do Brasil que acontecerá em Aparecida – São Paulo, de 5 a 8 de setembro de 2019, com o tema “Vocação e Discernimento” e o lema “Mostra-me Senhor, os teus Caminhos”.  Estiveram presente Dom José Albuquerque, que é bispo auxiliar da Arquidiocese de Manaus e bispo referencial para o Serviço de Animação Vocacional no Regional Norte 1; Dom José Ionilton, bispo da Prelazia de Itacoatiara; e representantes de diversos setores que trabalham com a juventude no regional, como a Rede de Assessores e Cuidantes da Juventude (RACJ), Pastoral Vocacional, Seminário São José, Congregações Religiosas, Pastoral Catequética, dentre outros. Na ocasião, houve reflexões a partir das motivações do Papa para a animação vocacional em nossa Igreja, estudo do texto-base do congresso nacional, elencados pontos do Sínodo para a juventude que fez um caminho de escuta da juventude na tentativa de propor estratégias para uma pastoral vocacional, apresentação da caminhada percorrida pelo Regional Norte 1. Também foram elencados desafios como a ausência da cultura vocacional, criar a cultura de trabalhar a vocação também na perspectiva do leigo no matrimônio e em seus diversos ministérios, além de pensar a animação vocacional a partir da perspectiva do Sínodo para a Amazônia. Para Dom José Ionilton Lisboa de Oliveira, bispo da Prelazia de Itacoatiara, o assunto é importante e por isso enviou cinco representantes da equipe da Pastoral Vocacional. Ele também contribuiu com os participantes do pré-congresso através de uma reflexão sobre o que o Papa Francisco tem falado em suas mensagens que motivam o trabalho de animação das vocações. “Fizemos uma reflexão sobre as inspirações que vem do Papa Francisco para o trabalho vocacional e ele tem sempre procurado animar na certeza de que é Deus que chama, de que o trabalho da Pastoral Vocacional é um trabalho importante de colaboração para que esse chamado de Deus chegue até as pessoas e elas respondam, e assim a gente possa ter as pessoas atuando na missão da igreja com a consciência clara de sua missão, sempre partindo da origem que é Deus. O grande desafio que é a organização do serviço a fim de alcançar mais pessoas e trabalhar especialmente com a juventude pois essa é a grande fase de discernimento vocacional”, destacou Dom José Ionilton. “Tenho a certeza de que o pré-congresso ajudou os participantes na compreensão da outra dimensão importante da animação vocacional que é a universalidade da vocação, onde não apenas suscita para ministérios ordenados ou para a vida consagrada, mas também para ajudar os leigos a terem consciência de seu lugar dentro da grande missão da igreja. Creio que este trabalho vai fortalecer isso e também dentro da perspectiva do Sínodo para a Amazônia de encontrar novos caminhos, como nos pede o Papa Francisco. E eu creio que este é o tempo oportuno para a gente fortalecer o trabalho vocacional porque com o resultado do sínodo, a partir de outubro, nós vamos estar com pistas novas para o trabalho mais intenso, especialmente no que diz respeito aos ministérios”, explicou Dom José Ionilton.        Segundo a leiga Márcia Dozano, da Arquidiocese de Manaus, pertencente ao Movimento Serra São José cuja atuação é rezar e dar apoio às vocações presbiterais, esta foi uma oportunidade de conhecer mais sobre a animação vocacional e que ela se estende ao leigo, ajudando a dar um direcionamento para bem exercer seu papel na família, na comunidade, junto aos jovens. “Foi muito interessante por pensar e refletir mais sobre a vocação, pois pensamos logo em vocações para padre e para freira e aqui estamos vendo que não há somente essas dimensões, mas também há as outras vocações, como a matrimonial e mistérios leigos para atuarem em nossas comunidades que estão tão carentes de pessoas que realmente queiram atuar nos ministérios, nas pastorais, movimentos, especialmente no direcionamento dos jovens na Pastoral da Juventude e outras atividades”, afirmou Márcia. Para a missionária, Irmã Maria Letícia Pontini, da Congregação das Irmãs Discípulas do Divino Mestre, que representou a Diocese de Coari, o semear é o trabalho que deve ser feito sempre, sem desanimar, especialmente junto à juventude “Estamos todos presentes, das nove prelazias e dioceses do Regional Norte 1, e todos nós trabalhamos, de uma forma ou de outra em comunhão com a Igreja, com  o Papa e tendo o cuidado de conhecer as juventudes, hoje tão diversificadas. Discernimento é uma palavra que sempre se utilizou para qualquer chamado que Deus vai nos fazendo como mulheres e como homens, como cristãos batizados. A vocação, o chamado, parte de Deus. Deus é o autor e nós somos aqueles semeadores, descobrindo as nossas sementes, aprendendo como e onde lançar, como cultivar, acompanhar e discernir. Uma coisa que destacamos no despertar vocacional é o ato de semear, onde a semente vai caindo e nós não devemos nos cansar de semear, pois é a continuidade do despertar vocacional”, destacou Ir. Letícia. Ao final, os participantes do encontro produziram uma carta direcionada ao povo de Deus das comunidades eclesiais do Regional Norte 1 da CNBB elencando as riquezas do encontro e os compromissos firmados, dentre eles o de “amazonizar” as reflexões e ações da Animação Vocacional, empenhados a conhecer, reconhecer, conviver e defender a causa dos povos Amazônicos. Clique aqui e confira a carta na íntegra   Por Ana Paula Lourenço – Pascom Regional Norte 1 – AM/RR  

Temas sociais são tratado em seminário que reúne pastorais das dioceses e prelazias do Regional Norte 1

As Pastorais Sociais do Regional Norte 1 – Amazonas e Roraima estiveram reunidas em Manaus, no período de 13 a 16 de junho, na 3ª. edição do Seminário para debater diversas temáticas pertinentes, tais como Desafios para as Pastorais Sociais, Políticas Públicas, Sínodo para Amazônia – processo de escuta e síntese do processo,  causas comuns do regional, proposta de criação de uma Comissão de Justiça e Paz local, Grito dos Excluídos 2019 e Semana Social Brasileira. Conforme afirma Dom Adolfo Zon, bispo da Diocese do Alto Solimões e referencial para as Pastorais Sociais no Regional Norte 1, este encontro das Pastorais Sociais tem acontecido todo os anos na intenção de reunir as pastorais sociais do Regional Norte 1 e firmar seus objetivos de forma que possam trabalhar com unidade a dimensão sócio-transformadora da fé. “Este ano trabalhamos várias temáticas, dando continuidade ao que tratamos no ano passado que é a temática da Campanha da Fraternidade, as Políticas  Públicas e fizemos umas rodas de conversas sobre algumas políticas públicas.  Também falamos da 6ª Semana Social Brasileira e pensamos algumas propostas para enviar ao nacional e contribuir com o processo de preparação deste evento. Também vimos como criar a comissão de justiça e paz aqui no Regional Norte 1. Tudo em torno do objetivo de reunirmos, nos articularmos e, sobretudo, para manifestar o nosso jeito de fazer a dimensão sócio-transformadora da fé”, afirmou Dom Adolfo, ressaltando ainda a beleza de como o trabalho social ajuda a viver a experiência do Deus que é cáritas, comunhão e amor, e que as pastorais sociais devem mediar esta comunhão celeste para que ela possa ser vivida aqui na terra, respondendo à vocação principal do ser humano que é o amor e a comunhão. Rodas de Conversas sobre Saúde Pública Os participantes se debruçaram sobre cinco áreas que precisam de melhorias ou criação de novas políticas públicas: Indígenas, Segurança Pública, Socioambiental, Educação e Saúde. A atividade permitiu um exercício de pensar nas fragilidades e desafios de cada uma delas e propor o que poderia ser desenvolvido em nível de políticas públicas. Segundo Dom Adolfo, se quisermos praticar a caridade sem mediação política, a caridade fica apenas sendo uma ideologia, uma idéia. Para que de fato aconteça, são necessárias  mediações e a igreja tem agido neste campo, onde é preciso atuar com criatividade e eficácia. Ela é resultado de três elementos: lei, instituições e atividade política através dos grupos organizados da sociedade civil e partidos políticos. “Se queremos levar para frente a caridade, temos que encontrar a mediação certa e a política é uma delas. O Papa Paulo VI falou que a atividade política é uma as maiores ações de caridade e nós cristãos devemos saber usá-la, conhecer a sua natureza e suas técnicas para praticá-las. Caridade sem política é caridade platônica”, destacou o bispo referencial para as pastorais sociais no Regional Norte 1. Por Ana Paula Lourenço – Pascom Regional Norte 1 – AM/RR                                    

Bênção de pedra fundamental marca construção de uma unidade da Fazenda da Esperança na Prelazia de Itacoatiara

Na manhã do dia 4 de junho, aconteceu a cerimônia de bênção da pedra fundamental da unidade da Fazenda da Esperança na Prelazia de Itacoatiara,  após um período de conversas e acordos firmados entre a Prelazia e o responsável regional pela Fazenda da Esperança, Padre Vinícius Gouveia. A cerimônia de bênção foi presidida pelo Vigário Geral da Prelazia de Itacoatiara, Padre Graciomar Gama Fernandes, que na ausência do bispo Prelado, Dom José Ionilton Lisboa de Oliveira – SDV, ratificou o empenho do bispo e de toda a Prelazia para que esta Unidade se tornasse uma realidade. A unidade da Fazenda da Esperança em Itacoatiara terá o nome de Santo Oscar Romero. Na ocasião, fizeram-se presentes, membros do Grupo Esperança Viva (GEV) que, desde 2013 vem realizando trabalhos junto a dependentes, internos na Fazenda em Manaus e com diversas famílias, que buscam superar um mal, que tanto assola a nossa sociedade. O coordenador do GEV (Weberton Samuel Costa Lever) salientou que, a unidade da Fazenda da Esperança em Itacoatiara, é a realização de um sonho tanto para os membros do grupo, quanto para as famílias já assistidas. Que santo Oscar Romero e Nossa Senhora do Rosário, padroeira da Prelazia de Itacoatiara, possam abençoar os trabalhos que serão desenvolvidos nesta nova unidade. Por Leno    –  Pascom Prelazia de Itacoatiara Fotos: Ney Xavier

Regional Norte 1 realiza primeiro seminário de Iniciação à Vida Cristã

Conforme previsto nas Diretrizes Gerais para a Ação Evangelizadora do Regional Norte 1, aprovadas em 2015, na segunda Urgência: Igreja: Casa da Iniciação a Vida Cristã, foi realizado o primeiro Seminário Regional da Iniciação a Vida Cristã, com o Tema: Iniciação à Vida Cristã: Itinerário para formar discípulos missionários e o Lema “Se permanecerdes em minha palavra, sereis meus discípulos” (Jo 8,31). Participaram as Prelazias de Borba, Itacoatiara e Tefé, as dioceses de Alto Solimões, Coari, Parintins, Roraima e São Gabriel da Cachoeira e a Arquidiocese de Manaus, num total de 142 agentes de pastoral, sendo catequistas, ministros (as) da Palavra, equipes de liturgias e lideranças das diversas pastorais. O Seminário iniciou na noite do dia 30 com uma celebração presidida por Dom Mário Antônio da Silva, Bispo de Roraima, Bispo referencial da Iniciação a Vida Cristã no Regional e segundo Vice Presidente da CNBB. Dom Mário recordou o caminho feito no Regional para chegarmos a este seminário, “foi um caminho longo percorrido até aqui, mas que não se encerra, continua, a Iniciação a Vida Cristã é um caminho que não tem fim”. Na Dinâmica do Seminário ocorreram conferências pela parte da manhã: Itinerário para formar Discípulos Missionários (Dom Mário Antônio), Querigma e Introdutores (Pe. Lúcio Nicoletto), Celebrações a partir do Rito de Iniciação a Vida Cristã e Mistagogia (Pe. Domingos Ormonde), e Sínodo para a Amazônia – Novos caminhos para a Igreja e para uma Ecologia Integral (Márcia Oliveira). À tarde ocorreram as oficinas: Praticas dos introdutores, Celebração da Palavra, Leitura Orante da Palavra e experiências com Povos Indígenas. Esta dinâmica possibilitou que os participantes do seminário além de participar das conferências, pudessem de forma prática fazer a experiência.  Os participantes do seminário retornaram as suas dioceses, prelazias com compromissos assumidos para avançar no processo da iniciação a vida cristã. Na celebração de envio, o Bispo referencial, Dom Mário Antônio agradeceu a todos, e pediu que continuassem assumindo este importante serviço da Igreja, formar discípulos e discípulas missionários, comprometidos com as causas do Reino.  Fotos: Patrícia Cabral

Dom José Albuquerque, bispo auxiliar de Manaus: “Ajudar os presos a se arrepender”

“Sempre defenderemos a vida, em qualquer situação”, diz D. José Albuquerque. Para a Pastoral Carcerária, “é dever do Estado cuidar para que todos possam cumprir sua pena com dignidade; e cabe às famílias reclamar o direito à indenização pela morte de seus filhos”. Cristiane Murray – Cidade do Vaticano Pouco mais de dois anos após a rebeliãao que deixou 56 mortos no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj) de Manaus, outras 55 pessoas foram mortas, sendo 15 neste domingo (26/5) e 40 na segunda-feira (27/5), nos cárceres da capital amazonense. Os presos morreram no âmbito de uma briga interna da organização criminosa Família do Norte (FDN). Nesta semana, nove líderes da facção serão transferidos para presídios federais de segurança máxima. Segundo a Pastoral Carcerária de Manaus, “essas mortes são consequência a inevitável da manutenção da lógica de encarceramento em massa e banalização das vidas; e de aprisionar e exterminar uma população indesejável, em sua maioria pobre e negra” (leia artigo aqui ao lado). Dom José Albuquerque de Araújo, bispo auxiliar de Manaus, lamenta a reação de uma parte da sociedade e recorda que ‘os presos são filhos de Deus e mesmo que tenham cometido crimes, devem ser ajudados a se arrepender e a mudar de vida”. “Lamentamos a morte de dezenas de seres humanos, o crescimento da violência e do terror praticado pelas facções criminosas, assim como a reação de uma parte da sociedade que aplaude e torce para que estes acontecimentos de fato exterminem aqueles que estão nos presídios”. “ Eles são vítimas de toda uma sociedade que exclui, que não oferece oportunidades, que favorece e facilita o mundo do crime ” “Esta bomba-relógio que está em nossos presídios é uma realidade que deve sempre nos preocupar e nos convidar a uma reflexão, a fim de podermos rever as políticas aplicadas para o sistema penitenciário em nosso país”. “Como seguidores de Cristo, nós sempre defenderemos a vida, seja ela em qualquer situação. Todos são filhos de Deus e, mesmo quando condenados e presos por delitos cometidos, eles devem ser ajudados a se arrepender e a mudar de vida. Esta realidade triste deve então nos unir em oração e em ações concretas que nos levem a refletir sobre nossa vida em sociedade”. “ “Que Deus nos ajude a mudar esta realidade” ” O coordenador da Pastoral da Arquidiocese de Manaus, Padre Geraldo Bendaham, reitera: “As pessoas que morreram são filhas de Deus e quando presas, é dever do Estado cuidar para que todos possam cumprir sua pena com dignidade; inclusive, cabe às famílias reclamar o direito à indenização pela morte de seus filhos”. https://www.vaticannews.va/pt/igreja/news/2019-05/dom-jose-bispo-manaus-ajudar-presos-a-se-arrepender.html

Acolhida aos migrantes, “uma ação profética para nosso estado”, afirma Dom Mário Antônio da Silva

Migrantes venezuelanos em Roraima – Foto divulgação Uma corrente de xenofobia parece ter se instalado na sociedade mundial. Os discursos de alguns políticos cada vez têm mais repercussão numa sociedade que vai endurecendo seu coração. Frente a essa atitude o Papa Francisco nos diz, “que o medo não nos impeça de acolher”. Por Pe. Luis Miguel Modino. Esse chamado tem encontrado uma resposta clara na diocese de Roraima, que tem se tornado mãe para os milhares de refugiados que tem chegado desde a vizinha Venezuela. Só na paróquia de Pacaraima, na fronteira entre o Brasil e a Venezuela, chegam cada dia 1.500 venezuelanos esperando receber o café da manhã, para muitos seu único alimento ao longo da jornada. Podemos dizer que o contexto migratório faz da sociedade uma realidade diferente, como reconhece Dom Mário Antônio da Silva. Diante desse fenômeno, o bispo de Roraima faz um chamado a “disseminar o verdadeiro amor, que nos move e vai ao encontro das pessoas”. A Igreja católica em Roraima tem se tornado “uma ação profética para nosso estado”, afirma Dom Mário Antônio. Essa atitude encontra rejeição em boa parte da classe política local, assim como dentro da própria Igreja católica, onde tem gente que não compreende essa atitude da diocese e mostra resistência. O trabalho desenvolvido por pastorais, organismos, congregações religiosas que trabalham na diocese de Roraima lhes mostra como “líderes de uma ação eclesial”, afirma seu bispo, reconhecendo nesse trabalho “uma ação com incidência política e social”, que faz de todos os envolvidos e da própria diocese, sal, luz e fermento, revelando “verdadeiras páginas vivas do Evangelho”, insiste Dom Mário Antônio. Ele, seguindo a mensagem do Papa Francisco, diz que deve ser garantido o direito de migrar com liberdade, uma realidade cada vez mais difícil numa sociedade onde o próprio sistema prende os migrantes, lhes impedindo se libertar das correntes que os amarram. Algumas das pessoas que trabalham na acolhida aos migrantes e refugiados na diocese de Roraima, reconhecem que os migrantes os ajudaram a se abrir como Igreja, a sair dos templos, das próprias estruturas. Isso se traduz em um atendimento que se diversifica de múltiplas formas e que tem como objetivo final a interiorização dos migrantes venezuelanos no Brasil, a través do projeto da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, “Caminhos de Solidariedade”, que tem ajudado a milhares de pessoas nos últimos meses. Falar de migrantes tem que nos levar a descobrir a história de pessoas, de rostos concretos, de vidas, muitas vezes machucadas, exploradas por gente sem escrúpulo que se aproveita da necessidade alheia. Cada pessoa que consegue se estabelecer, representa uma vitória de todos os envolvidos, de tantos voluntários e voluntárias que tenderam sua mão ao irmão migrante. Como reconhece Dom Mário Antônio da Silva, o trabalho com os migrantes apresenta desafios para a igreja de Roraima. Um deles é a articulação entre os diferentes atores desse trabalho, mas que é difícil, pois “a cada dia surge uma nova emergência, é difícil estabelecer um processo”. No trabalho de conscientização eclesial e social, a Semana do Migrante tem um papel em destaque. Em 2019, na sua 34ª edição, que vai ser celebrada de 16 a 23 de junho, tem como tema, em relação com a Campanha da Fraternidade, “Migração e Políticas Públicas”. Lembrando as palavras do Papa Francisco, faz um chamado a “Acolher, proteger, promover, integrar e celebrar. A luta é todo dia!”. A Semana tem como propósito refletir a partir do rosto, raiz, rotas e respostas. Os migrantes são pessoas concretas, que passam por essa situação a partir de causas comuns, que entram num esquema que segue suas rotas. Tudo isso precisa de respostas da sociedade e da própria Igreja. É por isso, que podemos dizer que a diocese de Roraima tem se tornado uma referência no trabalho com os migrantes, mostrando que acima do medo, as incompreensões e resistências, a misericórdia tem que ser a atitude a seguir, fazendo assim realidade o Evangelho da vida, sempre atento ao excluído, àquele que a sociedade descarta.

Eleita a nova presidência do Regional Norte 1 para o quadriênio 2019-2023

    Na tarde do dia 9 de maio, os bispos do Regional Norte 1, que compreende nove (arqui) dioceses e prelazias dos estados do Amazonas e Roraima, escolheram sua nova presidência para o quadriênio 2019-2023. Foi escolhido para presidente o bispo de São Gabriel da Cachoeira, D. Edson Taschetto Damian; para vice-presidente o Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Manaus, D. Edmilson Tadeu Canavarros dos Santos, SDB; e para secretário Bispo da Prelazia de Borba, D. Zenildo Luiz Pereira da Silva, CSsR. O então presidente, Dom Mário Antonio da Silva, bispo da Diocese de Roraima e atualmente eleito segundo vice-presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), expressou sua gratidão aos que o auxiliaram no período de 2015 -2019 e a disponibilidade dos que assumem agora este regional. “Agradeço a nova Presidência do Regional Norte 1: Dom Edson, Dom Tadeu e Dom Zenildo pela prontidão em servir nossa Igreja na Amazônia.  Eu, Dom Mário Antonio, agradeço a colaboração de Dom Marcos e Dom Fernando no quadriênio que se encerra.  Gratidão ao Diácono Francisco, secretário executivo pela incansável dedicação. Gratidão a todos os Bispos pela confiança e apoio neste período de 2015-2019.  Vamos em frente com coragem e esperança! Abraços!”, disse Dom Mário Antonio.    

CNBB – Mensagem ao Povo Brasileiro

O Episcopado brasileiro, reunido em sua 57ª Assembleia Geral, de 1º a 10 de maio, em Aparecida (SP) emitiu no doa 7 de maio, a “Mensagem da CNBB ao povo brasileiro”. No documento, os bispos alertam que a opção por um liberalismo exacerbado e perverso, que desidrata o Estado quase ao ponto de eliminá-lo, ignorando as políticas sociais de vital importância para a maioria da população, favorece o aumento das desigualdades e a concentração de renda em níveis intoleráveis, tornando os ricos mais ricos à custa dos pobres cada vez mais pobres. O documento chama a atenção para os graves problemas vividos pelos brasileiros como o crescente desemprego, “outra chaga social, ao ultrapassar o patamar de 13 milhões de brasileiros, somados aos 28 milhões de subutilizados, segundo dados do IBGE, mostra que as medidas tomadas para combatê-lo, até agora, foram ineficazes. Além disto, é necessário preservar os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras”. Segundo o documento, “o verdadeiro discípulo de Jesus terá sempre no amor, no diálogo e na reconciliação a via eficaz para responder à violência e à falta de segurança, inspirado no mandamento “Não matarás” e não em projetos que flexibilizem a posse e o porte de armas”. Sobre as necessárias reformas política, tributária e da previdência, os bispos afirmam, na mensagem, que elas só se legitimam se feitas em vista do bem comum e com participação popular de forma a atender, em primeiro lugar, os pobres. “O Brasil que queremos emergirá do comprometimento de todos os brasileiros com os valores que têm o Evangelho como fonte da vida, da justiça e do amor”, afirma o texto. Veja, abaixo, a mensagem na íntegra: MENSAGEM DA CNBB AO POVO BRASILEIRO “Eis que faço novas todas as coisas” (Ap 21,5) Suplicando a assistência do Espírito Santo, na comunhão e na unidade, nós, Bispos do Brasil, reunidos na 57ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB, no Santuário Nacional, em Aparecida-SP, de 1 a 10 de maio de 2019, dirigimos nossa mensagem ao povo brasileiro, tomados pela ternura de pastores que amam e cuidam do rebanho. Desejamos que as alegrias pascais, vividas tão intensamente neste tempo, renovem, no coração e na mente de todos, a fé em Jesus Cristo Crucificado-Ressuscitado, razão de nossa esperança e certeza de nossa vitória sobre tudo que nos aflige. “Eis que estou convosco todos os dias, até o fim dos tempos” (Mt 28,20) Enche-nos de esperançosa alegria constatar o esforço de nossas comunidades e inúmeras pessoas de boa vontade em testemunhar o Evangelho de Jesus Cristo, comprometidas com a vivência do amor, a prática da justiça e o serviço aos que mais necessitam. São incontáveis os sinais do Reino de Deus entre nós a partir da ação solidária e fraterna, muitas vezes anônima, dos que consomem sua vida na transformação da sociedade e na construção da civilização do amor. Por essa razão, a esperança e a alegria, frutos da ressurreição de Cristo, hão de ser a identidade de todos os cristãos. Afinal, quando deixamos que o Senhor nos tire de nossa comodidade e mude a nossa vida, podemos cumprir o que ordena São Paulo: ‘Alegrai-vos sempre no Senhor! De novo o digo: alegrai-vos!’ (Fl 4,4) (cf. Papa Francisco, Exortação Apostólica Gaudete et Exultate, 122). “No mundo tereis aflições, mas tende coragem! Eu venci o mundo” (Jo 16,33). Longe de nos alienar, a alegria e a esperança pascais abrem nossos olhos para enxergarmos, com o olhar do Ressuscitado, os sinais de morte que ameaçam os filhos e filhas de Deus, especialmente, os mais vulneráveis. Estas situações são um apelo a que não nos conformemos com este mundo, mas o transformemos (cf. Rm 12,2), empenhando nossas forças na superação do que se opõe ao Reino de justiça e de paz inaugurado por Jesus. A crise ética, política, econômica e cultural tem se aprofundado cada vez mais no Brasil. A opção por um liberalismo exacerbado e perverso, que desidrata o Estado quase ao ponto de eliminá-lo, ignorando as políticas sociais de vital importância para a maioria da população, favorece o aumento das desigualdades e a concentração de renda em níveis intoleráveis, tornando os ricos mais ricos à custa dos pobres cada vez mais pobres, conforme já lembrava o Papa João Paulo II na Conferência de Puebla (1979). Nesse contexto e inspirados na Campanha da Fraternidade deste ano, urge reafirmar a necessidade de políticas públicas que assegurem a participação, a cidadania e o bem comum. Cuidado especial merece a educação, gravemente ameaçada com corte de verbas, retirada de disciplinas necessárias à formação humana e desconsideração da importância das pesquisas. A corrupção, classificada pelo Papa Francisco como um “câncer social” profundamente radicada em inúmeras estruturas do país, é uma das causas da pobreza e da exclusão social na medida em que desvia recursos que poderiam se destinar ao investimento na educação, na saúde e na assistência social, caminho de superação da atual crise. A eficácia do combate à corrupção passa também por uma mudança de mentalidade que leve a pessoa compreender que seu valor não está no ter, mas no ser e que sua vida se mede não por sua capacidade de consumir, mas de partilhar. O crescente desemprego, outra chaga social, ao ultrapassar o patamar de 13 milhões de brasileiros, somados aos 28 milhões de subutilizados, segundo dados do IBGE, mostra que as medidas tomadas para combatê-lo, até agora, foram ineficazes. Além disto, é necessário preservar os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras. O desenvolvimento que se busca tem, no trabalho digno, um caminho seguro desde que se respeite a primazia da pessoa sobre o mercado e do trabalho sobre o capital, como ensina a Doutrina Social da Igreja. Assim, “a dignidade de cada pessoa humana e o bem comum são questões que deveriam estruturar toda a política econômica, mas às vezes parecem somente apêndices adicionados de fora para completar um discurso político sem perspectivas nem programas de verdadeiro desenvolvimento integral” (Papa Francisco, Evangelii Gaudium, 203). A violência também atinge níveis insuportáveis. Aos nossos ouvidos de pastores chega o…
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