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Francisco à Vida Religiosa do Brasil: “A vida consagrada, se permanecer firme no amor do Senhor, vê a beleza”

Mais de 800 religiosos e religiosas do Brasil estão reunidos em Fortaleza (CE), de 30 de maio a 02 de junho, com representantes do Regional Norte1, dentre eles o bispo auxiliar de Manaus, dom Edmilson Tadeu Canavarros dos Santos, para o Congresso dos 70 anos da Conferência dos Religiosos e Religiosas do Brasil, que tem como tema: “CRB 70 anos: Memória agradecida, Mística, Profecia e Esperança”, e como lema: “Permanecei no meu amor” (Jo 15, 9). Na abertura do Congresso foi lida uma mensagem do Papa Francisco, onde ele lhes assegura sua proximidade e suas orações “pelo bom andamento do encontro e para que produza abundantes frutos na vida de cada comunidade religiosa e da Igreja no Brasil”. O Papa mostrou sua gratidão “pelo imenso dom da vocação à vida consagrada que, nos seus mais diversos carismas, enriquece a comunhão eclesial e colabora grandemente com a missão da Igreja em todo o mundo”, destacando que “de fato, em muitos lugares do planeta o primeiro anúncio do Evangelho tem a face dos consagrados e consagradas que assumem com grande empenho, e com a dedicação da própria vida, o mandato do Senhor: ‘Ide pelo mundo inteiro e anunciai a Boa-Nova a toda criatura’ (Mc 16, 15)”. O texto faz um chamado aos religiosos e religiosas para que tenham consciência de que “o dom da vocação deve ser custodiado e cultivado a cada dia, para que produza bons frutos na vida de cada religioso e de cada religiosa”, alegrando-se com o lema, inspirado na última ceia. Para permanecer, Francisco destaca a necessidade “do diálogo constante com Jesus na oração diária e da fidelidade aos votos que expressam de maneira belíssima nossa consagração”. Ele recordou as palavras da homilia proferida em 1º de fevereiro de 2020, onde diz que “A vida consagrada, se permanecer firme no amor do Senhor, vê a beleza. Vê que a pobreza não é um esforço titânico, mas uma liberdade superior, que nos presenteia como verdadeiras riquezas Deus e os outros. Vê que a castidade não é uma esterilidade austera, mas o caminho para amar sem se apoderar. Vê que a obediência não é disciplina, mas a vitória, no estilo de Jesus, sobre a nossa anarquia”. Para o encontro, o Santo Padre espera que “seja momento de recordar com gratidão o passado – 70 anos de história! –, de viver o presente sustentados pela mística dos carismas específicos de cada família religiosa e comprometidos de maneira profética com o anúncio do Evangelho, e de olhar para o futuro com esperança”. A todos, com a intercessão de Nossa Senhora Aparecida, envia sua bênção, e como ée costume, pede “que não deixem de rezar por mim”. Mensagem do Papa Francisco ao Congresso dos 70 anos da CRB FRANCISCO Queridos religiosos e religiosas do Brasil, Com o coração repleto de gratidão ao Senhor, dirijo-me a todos os participantes do Congresso da vida religiosa consagrada, promovido pela Conferência dos religiosos do Brasil, na comemoração dos seus 70 anos de fundação, com o tema “CRB 70 anos: Memória agradecida, Mística, Profecia e Esperança”. Quero assegurar-lhes minha proximidade e minhas orações pelo bom andamento do encontro e para que produza abundantes frutos na vida de cada comunidade religiosa e da Igreja no Brasil. Sou grato pelo imenso dom da vocação à vida consagrada que, nos seus mais diversos carismas, enriquece a comunhão eclesial e colabora grandemente com a missão da Igreja em todo o mundo. De fato, em muitos lugares do planeta o primeiro anúncio do Evangelho tem a face dos consagrados e consagradas que assumem com grande empenho, e com a dedicação da própria vida, o mandato do Senhor: “Ide pelo mundo inteiro e anunciai a Boa-Nova a toda criatura” (Mc 16, 15). Sabemos, entretanto, que o dom da vocação deve ser custodiado e cultivado a cada dia, para que produza bons frutos na vida de cada religioso e de cada religiosa. Por isso, muito me alegrou saber que o lema escolhido para esse Congresso foi a recomendação de Jesus aos apóstolos, durante a última ceia: “Permanecei no meu amor” (Jo 15, 9). Com efeito, para viver bem o chamado divino é necessário permanecer em Seu amor, através do diálogo constante com Jesus na oração diária e da fidelidade aos votos que expressam de maneira belíssima nossa consagração, como recordei há alguns anos: “A vida consagrada, se permanecer firme no amor do Senhor, vê a beleza. Vê que a pobreza não é um esforço titânico, mas uma liberdade superior, que nos presenteia como verdadeiras riquezas Deus e os outros. Vê que a castidade não é uma esterilidade austera, mas o caminho para amar sem se apoderar. Vê que a obediência não é disciplina, mas a vitória, no estilo de Jesus, sobre a nossa anarquia” (Homilia, 1º de fevereiro de 2020). Como já expresso no tema do Congresso, faço votos que esse encontro seja momento de recordar com gratidão o passado – 70 anos de história! –, de viver o presente sustentados pela mística dos carismas específicos de cada família religiosa e comprometidos de maneira profética com o anúncio do Evangelho, e de olhar para o futuro com esperança. Confio estes desejos e preces à intercessão de Virgem Santíssima de Aparecida, Mãe dos consagrados e das consagradas do Brasil, a quem concedo de coração a minha bênção, pedindo ainda que não deixem de rezar por mim. Roma, São João de Latrão, 14 de abril de 2024 FRANCISCO Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Eucaristia: até quando teremos comunidades sem possibilidade de celebrá-la assiduamente?

A Solenidade de Corpus Christi é a Festa da Eucaristia. Neste dia somos desafiados a refletir sobre o que significa a Eucaristia na vida do povo católico e as dificuldades para que as pessoas possam celebrar a Eucaristia em alguns lugares. Muitas comunidades da periferia de Manaus, do interior da Amazônia, de muitas regiões do Brasil e do mundo, não têm a possibilidade de celebrar a Eucaristia cada domingo. Um dos mandamentos da Igreja fala da necessidade de participar da celebração da Missa todos os domingos. Diante dessa situação, como fazer realidade nessas comunidades esse mandamento? Como continuar sustentando a afirmação do Concílio Vaticano II que diz que a Eucaristia é a fonte e o ápice da vida cristã? O Sínodo para a Amazônia refletiu sobre essa realidade, propondo caminhos para que as comunidades possam celebrar a Eucaristia no dia do Senhor. Mas as resistências são grandes, não é fácil dar passos que ajudem no caminhar da Igreja, para fazer realidade aquilo que a própria Igreja sustenta em seu Magistério, em seus ensinamentos. Presidir a celebração da Eucaristia é algo que compete aos presbíteros e bispos, mas a falta de padres em muitas regiões é uma realidade que nos desafia. Também deve ser refletido sobre a distribuição do clero. Enquanto algumas comunidades contam com a presença de vários ministros ordenados, muitas outras tem que dividir o padre entre dezenas de comunidades. Também a falta de recursos, de disposição para chegar nos locais mais distantes, são situações que dificultam a possibilidade dessas comunidades poder celebrar a Eucaristia. Mas estamos diante de comunidades que valorizam grandemente a celebração da Eucaristia. Para as comunidades do interior, também na arquidiocese de Manaus, a Missa é momento de grande importância. O encontro em volta do pão partilhado, do sangue entregado em favor de todos, alimenta a vida de fé daqueles que, mesmo na dificuldade, vivenciam sua fé nesses locais. A Missa não é algo monótono, é sinal da presença do ressuscitado, que nos leva a fazer memória do mistério da fé que é celebrado. Daí a pergunta que nos leva a questionar até quando teremos comunidades sem possibilidade de celebrar a Eucaristia assiduamente? Encontrar novos caminhos para a Igreja, um dos propósitos do Sínodo para a Amazônia, é uma realidade que precisa de respostas, não só na região amazônica, mas em muitos lugares do mundo, em muitas comunidades eclesiais, que gostariam que a Eucaristia fosse celebrada com maior frequência. Aproveitemos a Solenidade de Corpus Christi para refletir sobre a Festa da Eucaristia, mas como uma festa para todos e todas, como um alimento cotidiano, que fortalece a vida de fé de todas as comunidades. O local onde as pessoas moram não deveria ser empecilho para que elas possam participar assiduamente da fonte e o ápice da vida cristã. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1 – Editorial Rádio Rio Mar

Encontro da Comissão Ampliada para dar respostas como Igreja para a proteção de Crianças, Adolescentes e Pessoas Vulneráveis no Regional Norte1

O cuidado e proteção de crianças e adolescentes tem que ser uma prioridade na vida da Igreja católica. O Papa Francisco afirma que “como Igreja, somos chamados a percorrer todos juntos este caminho, impelidos pela dor e pela vergonha de não termos sido sempre bons guardiões, protegendo os menores que nos foram confiados em nossas atividades educacionais e sociais”.  Segundo o Papa, “este processo de conversão requer com urgência uma formação renovada de todos aqueles que têm responsabilidades educacionais e trabalham em ambientes com menores, na Igreja, na sociedade e na família. Somente assim, com uma ação sistemática de aliança preventiva, será possível desenraizar a cultura de morte que toda forma de abuso, sexual, de consciência, de poder, traz consigo”. Ele insiste em que “se o abuso é um ato de traição da confiança, que condena à morte quem o sofre e gera fendas profundas no contexto em que ocorre, a prevenção deve ser um caminho permanente de promoção de uma confiança renovada e certa em relação à vida e ao futuro, com a qual os menores devem poder contar.” Nessa perspectiva aconteceu nesta quarta-feira, 29 de maio, na Maromba de Manaus, o Encontro de formação com a Comissão Ampliada de proteção de Crianças, Adolescentes e Pessoas em situação de Vulnerabilidade do Regional Norte1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB Norte1), com representantes das igrejas locais. Os participantes abordaram os compromissos da comissão e aprofundamento dos documentos: Comissão, Protocolo e Manual, sendo refletido sobre os encaminhamentos práticos da comissão. “Um encontro importante para todos nós, porque a gente esclarece sobre o papel das comissões criadas para proteção de crianças e adolescentes e pessoas vulneráveis de todo o Regional Norte1”, destacou o bispo auxiliar de Manaus, dom Hudson Ribeiro, que assessorou o encontro. Segundo dom Hudson, “percebesse neste momento uma grande adesão dos participantes, vontade de aprender, como também preocupações inerentes a esse processo de dar respostas como Igreja nos diversos ambientes de pastoral, no ambiente eclesial propriamente dito”. Na construção do manual, o bispo auxiliar ressaltou que “ela é uma construção que envolve muitas mãos, muitos corações, uma construção coletiva com a participação direta dos bispos do Regional Norte1, que deram sua colaboração, e agora com a participação do Núcleo da Comissão Lux Mundi ligada à CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) e à CRB (Conferência dos Religiosos do Brasil)”. O encontro foi oportunidade para estudar o regulamento do decreto, com algumas alterações que aconteceram, e ao mesmo tempo, tentar pensar depois um calendário de continuidade do processo de formação continuada para as comissões que foram instaladas, e que depois eles se tornem multiplicadores para os agentes pastorais, para o clero, para a Vida Religiosa, todos aqueles que estão presentes nas diversas instâncias que constituem a Metropolia de Manaus, enfatizou dom Hudson. Trata-se de um encontro com “pessoas que possam nos ajudar a superar a questão do abuso de crianças e adolescentes”, segundo o arcebispo de Manaus e presidente do Regional Norte1 da CNBB, cardeal Leonardo Steiner. Ele destacou o bonito trabalho já existente na arquidiocese de Manaus, mostrando o desejo de estendê-lo para as outras igrejas do Regional. Dom Leonardo Steiner destacou a elaboração e aprovação do Manual, “que vai nos orientar nesse serviço dentro do nosso Regional, e agora com a reunião fazemos o Manual conhecido e vamos devagar implementando as orientações que esse Manual nos dá, que é o Manual que os bispos propuseram para o nosso Regional Norte1”. O arcebispo de Manaus disse que “vamos caminhando na esperança para que as nossas crianças e adolescentes se sintam bem nas nossas comunidades, se sintam bem na sua dignidade, se sintam bem como filhos e filhas de Deus e se sintam por nós protegidas, amadas”. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

42ª Assembleia Geral do Laicato do Brasil em Manaus: Testemunho de “leigos que compreendem que eles são Igreja”

Inicia nesta quinta-feira, 30 de junho, a 42ª Assembleia Geral Ordinária do Conselho Nacional do Laicato, que será realizada em Manaus. Um momento para “ajudar a compreender a importância do leigo na Igreja”, segundo o arcebispo de Manaus e presidente do Regional Norte1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB Norte1), cardeal Leonardo Steiner. O arcebispo da igreja local que acolhe a Assembleia destacou a importância do Documento 105 da CNBB: “Sal da Terra, Luz do Mundo: A Missão do Leigo na Igreja”, um documento longamente refletido, discutido, que até hoje ajuda muito na dinâmica da Igreja do Brasil. Falando sobre a Igreja do Amazonas, o presidente do Regional Norte1 disse que ela “se caracteriza por uma participação muito grande dos leigos, historicamente nós ficamos mais de um século sem a presença do presbítero, e os leigos assumiram a vida das comunidades, e isso ainda está muito presente hoje”. Segundo dom Leonardo, “as nossas comunidades, elas são dirigidas por mulheres e homens, no interior, a dinâmica é dirigida pelos leigos e leigas, especialmente pelas mulheres, e é bonito ver o entusiasmo dos nossos leigos, nas assembleias diocesanas, nas assembleias do Regional, o interesse”, relatando a experiência da Assembleia Sinodal da Arquidiocese de Manaus, quando o maior pedido dos leigos foi a formação, “os leigos que estão interessados, os leigos que compreendem que eles são Igreja”, com uma consciência dos leigos de ser Igreja missionária, uma experiência que segundo o arcebispo de Manaus nasceu em Santarém, em 1972. Ele disse que “se a Igreja do Brasil tivesse a dinâmica que se impregnou aqui no Amazonas, nós teremos sempre uma participação muito grande dos leigos e leigas, aqui especialmente as mulheres”. A 42ª Assembleia Geral do Laicato tem como tema “Cristãos Leigos e Leigas, Testemunhas do Reino”, e como lema “Não podemos nos calar sobre aquilo que vimos e ouvimos”, lembrou Francisco Meirelles, presidente do Conselho do Laicato no Regional Norte1. Ele destacou que a Igreja de Manaus está “acolhendo a cada irmã e irmão que está chegando de todo o Brasil para esse grande encontro nacional que vai acontecer em Manaus”. 180 participantes para vivenciar um momento de fraternidade, de partilha e também de discutir um pouco sobre o testemunho do cristão leigo e leiga, e também sobre nossa Querida Amazônia e o Sínodo sobre a Sinodalidade. Aqueles que estão chegando para participar da assembleia “está com o coração ardendo, um pouco numa alegria, já vivendo essa experiência de chegar nessa terra acolhedora, de chegar nesse espaço e já sentir o clima do que é essa Igreja”, destacou a presidenta do Conselho Nacional do Laicato do Brasil, Sônia Gomes de Oliveira. A 42ª Assembleia acontece num itinerário de três anos de preparação dos 50 anos do laicato no Brasil, e nessa perspectiva, “nada melhor do que vir parar nestas terras para viver essa experiência de testemunho. É o local onde nós conseguimos perceber esse testemunho, testemunho do Reino, testemunho de justiça, um testemunho de paz, um testemunho de igualdade”, ressaltou Sônia Gomes. Uma fonte de testemunho numa Igreja sinodal, que a presidenta do laicato do Brasil espera possa marcar àqueles que estão chegando para participar da assembleia e levar para outros lugares do Brasil. Por isso, nada melhor do que viver essa experiência da sinodalidade da Igreja de Manaus, segundo Sônia Gomes de Oliveira, que destacou a importância de viver essa experiência. Segundo a presidenta do laicato, “não é inventar muita coisa, é simplesmente recuperar a beleza daquilo que nós já temos nas nossas comunidades, na nossa Igreja”, insistindo no grande aporte do Documento 105 da CNBB na 42ª Assembleia Nacional do Laicato, pois “é recuperar esse sujeito eclesial, maduro na fé, que não só pertence à Igreja, mas ele é Igreja” fazendo um chamado ao laicato a “redescobrir este encantamento de ser Igreja”. Segundo Sônia Gomes de Oliveira, “a nossa missão primeira é na sociedade, e estar na sociedade testemunhando Jesus Cristo é justamente viver essa experiência de romper com as polarizações e ser sinal do Reino. Muitas vezes a polarização, ela só acontece onde o Reino não está, a Palavra não chega, o Evangelho não chega, e nós queremos nos testemunhar a nós mesmos”. Frente a isso, fez um chamado a testemunhar o Reino, a justiça, a igualdade e o projeto de Jesus Cristo para romper com essa polarização, que definiu como o grande desafio do laicato, “entender o seu ser sujeito, de onde nós viemos, para onde nós queremos chegar, que é o Reino”. No ano do testemunho, a presidenta do CNLB destacou a voz que oferece a Igreja de Manaus, que “formou o laicato para serem essas testemunhas e conseguem dar essa voz”, algo a ser disseminado para outras igrejas do Brasil, especialmente o testemunho de tantas mulheres que na Igreja de Manaus, “e conseguir encantar outras mulheres na Igreja do Brasil”. Igualmente destacou a importância da integridade da Criação, da ecologia integral, tema que será abordado na assembleia, que aborda situações presentes na vida de muitos participantes, que poderão conhecer as experiências de articulação e de união de forças presentes na Amazônia nesse sentido. O cardeal Steiner destacou a importância do testemunho nos processos evangelizadores, e do encontro como momento para partilhar e receber experiências dos leigos como sujeitos na Igreja, afirmando que na Igreja do Amazonas, “nós temos uma rica experiência”, com leigos que se sentem responsáveis pelas comunidades e sua participação na vida da Igreja, com boa preparação para o exercício dos serviços que eles realizam. Com relação ao clericalismo, uma das temáticas da assembleia, o cardeal Steiner disse que “a dinâmica da Igreja na Amazônia não tem essa dinâmica”, insistindo na dinâmica profundamente sinodal das igrejas da Amazônia, com participação de todos nas discussões, fazendo um chamado a “estar cada vez atentos, para que todos nós nos sintamos Igreja”. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

I Simpósio do Tribunal Eclesiástico de Manaus: Ajuda nos processos de nulidade e acompanhamento da vida matrimonial

O Regional Norte1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB Norte1) organizou nos dias 27 e 28 de maio o I Simpósio do Tribunal Eclesiástico do Regional Norte1, que compreende as igrejas locais da Metropolia de Manaus. Um encontro que, segundo o arcebispo de Manaus e presidente do Regional Norte1, cardeal Leonardo Steiner, “visa preparar cada vez mais irmãos e irmãs que possam nos ajudar nos processos de nulidade, mas também encaminhamento para um acompanhamento da vida matrimonial”. O presidente do Regional Norte1 destacou a assessoria do bispo de Itumbiara (GO), de dom José Aparecido Gonçalves de Almeida, grande especialista em Direito Canônico, que, segundo dom Leonardo Steiner, “compreende o Direito Canónico como salva-vidas, como estar a disponibilidade da vida para buscar sempre de novo a salvação. Ele nos ajuda a compreender melhor o significado do próprio processo matrimonial, mas também a existência do próprio Tribunal Eclesiástico”. O cardeal agradeceu a presença do assessor e que isso possibilita ter “cada vez mais pessoas capacitadas para nos ajudar em cada uma das dioceses e prelazias, e também na arquidiocese de Manaus”. No encontro participaram os juízes e os notários das câmaras eclesiásticas das igrejas locais do Regional Norte1. Igualmente estavam presentes os seminaristas do último ano da Teologia e alguns padres da arquidiocese de Manaus. Dom José Aparecido Gonçalves de Almeida ressaltou que o Papa Francisco insistiu desde a Declaração Dominus Iesus “para que a gente desse formação permanente para as pessoas que trabalham com as causas de nulidade matrimonial”. Segundo o bispo de Itumbiara “trata-se de preparar pessoas para ajudar a redescobrir a alegria do amor e a preservar a alegria do amor de disfunções ou defeitos que podem causar nulidade matrimonial e sofrimentos em muitas pessoas”. O assessor disse que “a importância desse encontro nosso é justamente a de oferecer instrumentos teóricos e práticos para os operadores da justiça eclesiástica no julgamento e no tratamento das questões de nulidade matrimonial”. Nubia Gonzaga, da arquidiocese de Manaus destacou a importância de contribuir com aqueles que vieram das outras câmaras eclesiásticas de outras dioceses e prelazias do Regional Norte1. Um encontro para “nivelar as informações e a forma como nós estamos trabalhando com relação às solicitações de nulidades que nós temos recebido”. Segundo a representante arquidiocesana, “isso faz com que nós tenhamos uma noção melhor, com que nós possamos fazer um atendimento bem mais direcionado, bem mais explicativo, e um acolhimento bom para aquelas pessoas que procuram as câmaras eclesiásticas”. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Regional Norte1 participa do 14° Simpósio e 14ª Peregrinação Nacional das Famílias

Com o tema “Fraternidade e Amizade” e o lema “Já não vos chamo servos, vos chamo amigos” (Jo 15, 15) aconteceu nos dias 25 e 26 de maio em Aparecida (SP) o 14° Simpósio nacional e a 14ª Peregrinação Nacional das Famílias. O evento contou com diversas palestras, dentre elas a do padre Zezinho e a pediatra Filomena, momentos de louvor, reflexões com vivências e partilhas. A Pastoral Familiar do Regional Norte1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil se fez representar pelos irmãos da arquidiocese de Manaus, Marcio e Angelica – casal arquidiocesano; diocese de Roraima, Márcia e Gilberto, casal diocesano, padre Enrico Louvato, assessor eclesiástico diocesano e vigário geral da diocese de Roraima, Josimar e Ângela, casal do setor Pré- Matrimonial paróquia São Francisco da Chagas. Casal Francisco e Lúcia, vice-coordenadores regionais, e Frei José Faustino, assessor aclesiástico Regional. Para os que participaram representando nosso regional foram momentos de muita reflexão, conhecimentos e partilhas, se fortalecendo pessoalmente no compromisso da missão de anunciar o Evangelho às famílias, em particular com foco na Fraternidade e Amizade Social. A coordenação regional irmana-se e agradece aos participantes, bem como, com a coordenação nacional por esse importante momento evangelizador, e roga a Nossa Senhora da Amazônia para que continue intercedendo por nossas missões sinodais. Pastoral Familiar Regional Norte1  

Encontrão da Juventude da Forania São João – Autazes, na Diocese de Borba

No dia 25 de maio de 2024, na comunidade Santa Luzia em Autazes, ocorreu o Encontrão da Juventude da Forania São João. O evento teve início às 7h da manhã com a chegada e acolhida, seguido pelo credenciamento realizado pelos jovens de Autazes. Participaram 102 jovens das localidades: Área Missionária Nossa Senhora do Perpétuo Socorro – Lago do Miguel, Área Pastoral Divino Espírito Santo – Urucurituba, e os grupos de jovens da Paróquia São Joaquim e Sant’Ana. Após o café, às 8h, o grupo de canto fez a acolhida e animou os participantes. Em seguida, houve um momento de espiritualidade conduzido pelo jovem Juan Diego, baseado no Evangelho de Marcos 3,13-19, onde Jesus escolheu os doze apóstolos. Os assessores Diácono Roberto Gomes Taquita e o jovem Diogo Ribeiro da Pastoral da Juventude de Manaus abordaram o tema “Cristo nos chama e nos envia à missão” com base no documento “Christus Vivit” para os jovens (Papa Francisco), enfatizando a importância de viver a fase da juventude hoje, de não pular fases, de buscar viver na confiança e no diálogo com os pais, que o jovem é chamado a seguir o Cristo sendo jovem, e para ouvir o chamado Deus é necessário viver uma vida de intimidade com Deus, e questiona os jovens: Qual dia que vocês faz Adoração ao Santíssimo Sacramento? Tem ido às missas e rezado? E hoje temos um número alto de suicídio da juventude, devido a ansiedade e depressão, que leva a pessoa a perder o sentido de vida, e dizia, não desista da vida jovem, não desista de você, pois Cristo o chama hoje a um ministério do serviço dentro igreja para ser catequista, padre, irmã, diácono permanente ou a uma profissão. E encerrou às 10h com um momento de animação. Após o almoço, o assessor Diogo Ribeiro abordou a temática “Juventude e grupos”, a partir da dinâmica do discipulado dos doze apóstolos, Jesus convoca, e chama cada um pessoalmente a uma experiência transformadora de amadurecimento da fé e ao discipulado missionário. Destacou também que o grupo de jovem é um espaço de formação do discípulo Jesus. A partir do texto João 4,10-26 sobre a Samaritana que teve um encontro transformador com Jesus, os jovens foram questionados sobre a relevância desse Evangelho para suas vidas em grupo. Foram enfatizadas algumas etapas importantes no processo grupal, como a convocação, nucleação, iniciação e missão, além das dimensões afetiva, social, espiritual e política. Após uma pausa para o intervalo, o evento retornou com animação e uma roda de conversa conduzida por Diogo e Irmã Ana Lúcia. Às 14h, os jovens Samira e Willian conduziram dinâmicas antes do encerramento do Encontrão às 17h30 com um momento de Adoração conduzido pelo Diácono Toti e uma celebração da palavra às 18h com a participação dos jovens e da comunidade Santa Luzia. No final, Irmã Ana Lúcia fez os agradecimentos. Irmã Ana Lúcia- Diocese de Borba

Canoa de Saída dá início aos festejos de Santo Antônio de Borba

Na manhã deste domingo, 26 de maio, Solenidade da Santíssima Trindade, após a Santa Missa, os fiéis e devotos de Santo Antônio saíram em procissão fluvial, no rito conhecido como Canoa de Saída, com a imagem do padroeiro da diocese de Borba até a comunidade ribeirinha do Acará. Durante o percurso, foram rezando o terço, cantando e agradecendo por poder dar início mais um ano a uma das festas com maior tradição no Estado do Amazonas. A viagem contou com a colaboração do terço dos homens, os Filhos do Altíssimo, músicos da paróquia de Santo Antônio de Borba y a animação do diácono permanente José Carlos. A imagem de Santo Antônio foi recebida com grande alegria na comunidade do Acará pelos Vicentinos, que junto com todo o povo deram continuidade a uma tradição que se realiza há mais de 30 anos. Em seguida, padre Joseph Raj, pároco da Paróquia de Santo Antônio, deu a benção sobre os reunidos. A imagem permanecerá durante uma semana, tempo em que visitará as residências, reunindo as famílias e a vizinhança para rezar, louvar e agradecer. No dia 1º de junho a imagem retornará à cidade de Borba em procissão fluvial, na denominada Canoa de Entrada, dando início ao primeiro dia da trezena de Santo Antônio. A diocese de Borba agradece a todos os devotos que foram deixar a imagem e ao casal benfeitores, sr. Denis Coimbra e sra. Adrielle, que disponibilizaram a embarcação para transportar a imagem e todos os fiéis. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1 – Com informações da diocese de Borba

Dom Leonardo: “Participamos da vida da Trindade ao nos movermos em caridade, no amor”

Na Solenidade da Santíssima Trindade, o arcebispo de Manaus, cardeal Leonardo Steiner, iniciou sua homilia destacando “o Evangelho com quatro frases a nos provocar”. Algo que ele definiu como “uma provocação admirável, pois Jesus pede que todos fossem mergulhados na dinâmica: Pai, Filho, Espírito Santo. Todos batizados, purificados, acolhidos, inseridos no Pai e no Filho e no Espírito Santo. Pai e Filho e Espírito Santo! Não são três nomes apenas, são três pessoas. Em nome das três, nos leva à percepção de que no mover de três, somos movidos. Somos atraídos para dentro do mistério de três, da Trindade”. “A primeira leitura a nos despertar para a presença de Deus na história do povo da Aliança”, disse o cardeal. Segundo ele, “depois de memorar a sua presença Moisés irrompa com as palavras: Reconhece e grava-o em teu coração, que o Senhor é o Deus lá em cima no céu e cá em baixo na terra, e que não há outro além dele (cf. Dt4,39). Deus, presença amorosa que tudo cria, salva, santifica”. Dom Leonardo Steiner disse que a “Solenidade de Pentecostes nos leva a contemplar a Deus como Santíssima Trindade, revelada por Jesus. Ele a nos mostrar que Deus é amor ‘não na unidade de uma só pessoa, mas na Trindade de uma só substância’, no Amor”, lembrando as palavras do Prefácio da Santíssima Trindade. “É Criador e Pai misericordioso; é Filho unigênito, eterna Sabedoria encarnada, morto e ressuscitado por nós; é Espírito Santo que move tudo, o cosmos e a história, até chegar à plenitude do Reino definitivo. O Pai é amor, o Filho é amor, o Espírito é amor. Deus é todo amor e só amor, amor puríssimo, infinito e eterno. Não vive em solidão, mas na dinamicidade doadora de três pessoas”, destacou o arcebispo de Manaus. “É o Pai que ama o Filho e o Espírito, o Espírito que ama o Pai e o Filho, o Filho a amar o Pai e o Espírito. Tudo na liberdade de apenas estar a amar, em sendo amor, sem aperceber-se que ama. O amor gerativo, vai continuamente gerando o Pai, o Filho e o Espírito. E na dinâmica para fora e para dentro ao mesmo tempo, vai criando e recriando todo o universo. Tudo como expansão do amor na Trindade Santa. Como é extraordinária a nossa fé que nasce do amor trinitário. Não somos para nós mesmos e não somos somente para ti, somos uma dinamicidade amorosa-expansiva”, expplicou o arcebispo de Manaus. Segundo ele, “é nessa dinâmica amorosa que fomos recebidos no batismo: eu te batizo em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Nesse amor nos movemos e somos. Desse amor vivemos, nos restauramos, nos santificamos. Para essa montanha sagrada somos elevados e temos a certeza de que nunca estamos sós”. “Batizando-os em nome da Trindade: mergulhados na Trindade, inseridos na Trindade, enxertados na Trindade; ‘estantes’ no Pai e no Filho e no Espírito Santo. ‘Em nome’, das três pessoas, poderia ser no vigor, na força, na confiança, no amor, na receptividade doadora do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Em um único Deus! Recebidos na Comunidade do Amor: o Pai que ama e doa a deidade, o Filho que a recebe do Pai e que a Ele corresponde no amar, e o Espírito Santo que é o Dom do Amor, a força da Vida divina em que vivem o Pai e o Filho, o Sopro que eles respiram. E neles e deles recebemos o Sopro indelével e sagrado do amor. E no sopro recebemos um nome que nos insere na nova comunhão, na nova vida, no mistério de um amor uno e trino: filho, filha no Filho! Amor que é fonte de vida inesgotável, ininterrupta, generosa, refrescante que se entrega e comunica. Amor que é essencialmente comunicação. Sim, na Trindade somos gerados como filhos e filhas, pois filhos, filhas no Filho”, ressaltou o arcebispo de Manaus. Segundo o cardeal Steiner, “no batismo fomos recebidos na dinâmica trinitária para nascer, crescer e florescer a partir da raiz do mistério trinitário: a Comunhão das Três Pessoas divinas. Comunhão, pois nas nossas rogações e louvações, nossas intempéries e cruzes, nos desalentos e caminhos somos movimentados pelo Pai e pelo Filho e pelo Espírito Santo. Na comunhão da Trindade, participantes da Trindade, somos sempre mais irmãos e irmãs! Na comunhão da Trindade é que reconhecemos melhor as palavras de envio, o ensinar de Jesus: ‘Eis que estarei convosco todos os dias’, nos afirmava Jesus”. Analisando a vida litúrgica, dom Leonardo lembrou que “Em nome da Trindade Santa, do Pai e do Filho e do Espírito Santo, iniciamos nossos encontros, nossas preces, nossos sacramentais, as nossas celebrações, os nossos sacramentos. Nos colocamos diante da Trindade; mais que diante da Trindade, recordamos a nós mesmos que tudo está a mover-se na Trindade, na possibilidade e na graça da Trindade. Nela celebramos, rogamos, imploramos, agradecemos, cantamos, bendizemos, silenciamos. As nossas orações estão envoltas pela ação da Trindade, ao nos dirigirmos ao Pai, concluímos: “Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. Amém!” Ele recordou as palavras de Santo Agostinho, “o enamorado da Trindade, admirado da amorosidade gerativa na relação das pessoas da Trindade Santa, nos ensina”, que em “A Trindade 7.12”, diz: “Creia o homem no Pai, no Filho e no Espírito Santo, como um só Deus, grande, onipotente, bom, justo, misericordioso, criador de todas as coisas visíveis e invisíveis, e tudo o mais que dele se possa dizer digna e verdadeiramente, conforme a capacidade da inteligência humana. E quando ouvir dizer que o Pai é um só Deus, não separe o Filho e o Espírito Santo, porque com ele são um só Deus. Quando ouvir dizer que o Filho é um só Deus é mister entender assim, mas sem separá-lo do Pai e do Espírito Santo. E de tal modo diga que existe uma só essência, e não considere a essência de…
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Jovens indígenas de Belém do Solimões vencem Prêmio Assis 2024

Jovens indígenas do povo ticuna de Belém do Solimões, na diocese de Alto Solimões, receberam no dia 18 de maio de 2024 o Prêmio Internacional Assis 2024 pelo Projeto “Avicultura Indígena – A Graça do Trabalho”. O Prêmio internacional “Francisco de Assis e Carlo Acutis por uma economia da fraternidade”, foi entregue no Santuário do Despojamento, em Assis (Itália), reconhecendo o projeto “A Graça do trabalho” (Avicultura Familiar Indígena, de corte e de postura), dos jovens indígenas Ticuna. Este Prêmio foi instituído pelo arcebispo de Assis em 10 de outubro de 2020, dia da beatificação de Carlo Acutis, e pretende encorajar projetos econômicos fraternos “de baixo”, a partir das difíceis condições em que se encontram nossos irmãos e irmãs menores e sofredores. O Prêmio visa inspirar generativamente pessoas com baixos recursos econômicos, especialmente jovens com menos de 35 anos e nas regiões mais pobres do mundo, incentivando a se unirem (“Fratelli tutti” – “Todos irmãos”), e apresentarem, como agentes de mudança, um projeto específico e válido, submetido ao criterioso exame e julgamento de uma Comissão de Avaliação, para beneficiar e satisfazer as necessidades concretas dos mais desfavorecidos e necessitados entre eles. Os jovens indígenas agradecem de coração os Frades Menores Capuchinhos, as Mulheres Indígenas da Associação MAPANA, o casal missionário, Rivea e Rui, da OFS, pelo constante apoio e incentivo, por acreditar nos jovens como protagonistas e caminhar juntos com eles, sempre. Fonte: Blog Povo Ticuna de Belém do Solimões