Av. Epaminondas, 722, Centro, Manaus, AM, Brazil
+55 (92) 3232-1890
cnbbnorte1@gmail.com

Autor: cnbbnorte1blog@gmail.com

Reunião entre secretarias da Prefeitura e Arquidiocese de Manaus encontra ações em benefício da população em situação de rua

Após diversas ações de retirada de pertences, destruição de lugares de dormida, levar documentos, contra pessoas que vivem em situação de rua, por parte da Prefeitura de Manaus, fato acontecido por última vez nesta quinta-feira, 23 de maio, na Praça dos Remédios, situada no Centro da capital amazonense, aconteceu nesta sexta-feira 24 de maio uma reunião na sede da Secretaria Municipal de Infraestrutura da Prefeitura de Manaus, onde estiveram presentes o secretário da SEMINF, Renato Junior, o secretário da SEMACC, Wanderson Silva, a subsexretária da SEMMASC, Graça Prola, junto com as representantes de média complexidade, Márcia e Neila, o bispo auxiliar de Manaus, dom Hudson Ribeiro, a Pastoral do Povo da Rua e a Comunidade Nova e Eterna Alinça. Em entrevista à Rádio Rio Mar, o bispo auxiliar disse que foi falado que “a gente quer o melhor para a população em situação de rua, e que é preciso de fato que a gente cuide dos logradouros públicos, mas que de fato precisa se pensar como melhorar a abordagem em se tratando de população em situação de rua”. Reconhecendo a necessidade de pensar na melhoria da Praça dos Remédios, quanto do comércio, quanto da segurança da feira, mas pensar numa pactuação entre secretarias com a ajuda do comitê municipal intersetorial das políticas públicas para a população em situação de rua, pedindo que “ele seja consultado sobre as novas ações que devem ocorrer ali no centro da cidade para pensar em ações coletivas”. Dom Hudson Ribeiro destacou que foi uma conversa muito frutífera, mostrando a Prefeitura de Manaus que está buscando um abrigo para essa população em situação de rua, assim como ações que possam identificar melhor a população em situação de rua, escutá-la, verificar as próprias necessidades e o cadastro dessa população, um trabalho a ser realizado entre as entidades da Igreja católica que atuam nesse campo e as secretarias da Prefeitura de Manaus. Tudo isso com um planejamento continuado e buscando encontrar lugares de abrigamento para essa população no entorno do centro de Manaus. O secretario da SEMINF, Renato Junior, agradeceu a dom Hudson pela frutífera reunião, mostrando sua disposição a escutar àqueles que no dia a dia trabalham com a população em situação de rua, “para que a gente possa agora fazer uma ação em conjunto” em busca do atendimento dessas pessoas, “que precisam dessa atenção, desse cuidado, e, porque temos condição de ajudar, não nos furtaremos de fazê-lo”, mostrando sua disposição pessoal e como secretário a ajudar. Renato Junior garantiu a participação de várias secretarias no atendimento e que o prefeito terá conhecimento do abordado na reunião, “para sair daqui em diante ações diretas que mudem a vida das pessoas”, insistindo no empenho em tornar isso frutífero, em que isso dê resultados, e mostrando a disposição a trabalhar unindo as mãos, unindo propósitos, unindo vontades e fazendo uma questão delicada, mas extremamente necessária para quem está vivendo nessas condições”. Na reunião foi falado, segundo dom Hudson Ribeiro, sobre a forma de abordagem à população em situação de rua, que implica a não confiscação dos bens dessa população, respeitar os locais de dormida e abrigamento, pedindo que seja conversado por aqueles que estão presentes nas ações, que sejam comunicadas as datas, e seja feito o que for preciso para evitar que haja violação de direitos, e evitar que seja associada a violência no centro de Manaus à população em situação de rua, e que se instale um estigma de criminosos da população em situação de rua, insistindo em que “se dê uma olhada de que existe uma diferença entre alguém que é marginal e alguém que é marginalizado”. O bispo auxiliar definiu a população em situação de rua como “pessoas violentadas”, assumindo que entre essa população existem vínculos com o consumo e tráfico de drogas, mas demandando “estratégias de segurança pública que não seja apenas de coibir, de prender, mas que possa dar respostas mais inteligentes enquanto a poder atuar  ver a população que vive em situação de rua como uma aliada e não como uma inimiga, não como alguém estigmatizado, que provoca todas as situações que envolvem situações de assaltos e roubos no centro da cidade”. Dom Hudson ressaltou que “tem muita gente que chegou na rua por histórias de muito sofrimento”, vendo a rua como a última etapa antes da morte para muitos daqueles que fazem parte dessa população em situação de rua. Diante disso, o bispo disse acreditar que “muitas pessoas podem refazer suas histórias a partir de condições de ser retomada sua dignidade, de ser olhados como sujeitos de direitos”, buscando respostas que possam ajudar essas pessoas a sair daquela condição, como papel de toda a sociedade, mas sobretudo daqueles que se dizem cristãos. Após um aperto de mãos entre o secretário da SEMINF e o bispo auxiliar de Manaus, dom Hudson fez um chamado a buscar que “a gente saiba lidar, não ignorando, nem tampouco sendo perpetrador de continuidade de violência em relação à população em situação de rua, porque isso realmente a gente não quer e também não vai admitir”. Foto: Rádio Rio Mar Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1  

Apresentado ao clero de Manaus o Manual para a Proteção de Crianças, Adolescentes e Pessoas Vulneráveis, um documento preventivo e cheio de esperança

“Um Manual que ajude a cuidar melhor de crianças, adolescentes e pessoas vulneráveis”. Esse é propósito da Manual para a Proteção de Crianças, Adolescentes e Pessoas Vulneráveis da Metropolia de Manaus – Orientações de Cuidados e Condutas, feito em conjunto pelas igrejas locais do Regional Norte1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB Norte1), e que nesta sexta-feira, 24 de maio, foi apresentado pelo bispo auxiliar, dom Hudson Ribeiro, ao clero da arquidiocese de Manaus. Um Manual inspirado nas palavras de Jesus: “Deixai vir a mim as crianças e não as impeçais, porque delas é o Reino dos Céus” (Mt 19,14), um Manual para “ser manuseado todos os dias”. O texto ressalta que “na missão da Igreja está inerente a arte de cuidar, proteger e promover a vida em todas as suas circunstâncias”. Esse cuidado é visto como “o caminho para prevenir todas as formas de violência, se evitar a negligência e resgatar a responsabilidade pessoal, social, ética, profética, promotora de uma cultura do cuidado, conforme nos convoca o Papa Francisco”. O arcebispo de Manaus, cardeal Leonardo Steiner fez ver a “necessidade de não permanecermos nas normas, mas caminhar para a prevenção”. Ele ressaltou que “a sociedade começa a despertar para essa questão”, sendo o Manual uma apresentação de um caminho percorrido. Um texto, que segundo o metropolita, tem que ser levado para aqueles que colaboram nos trabalhos das paróquias, áreas missionárias e comunidades, “um caminho longo, mas um caminho necessário”, enfatizou. Uma atitude presente na Igreja da Amazônia, que “por vocação, zela pelo valor e dignidade de cada ser humano em todas as suas circunstâncias, com particular cuidado aos povos amazônicos nos quais resplandece o rosto de Cristo, sobretudo os que mais se encontram em situações de risco e vulnerabilidade”, destaca o Manual, que insiste em que “ele seja conhecido e efetivado em todas as instâncias das igrejas particulares desse chão amazônico”. O texto define “linhas diretivas, conceitos sobre as diversas dinâmicas abusivas, aspectos jurídicos (canônico e civil), regras de condutas e orientações para ações de prevenção e encaminhamentos para casos de abuso de crianças, adolescentes e pessoas vulneráveis, assim como sugere formas saudáveis de relacionamentos na vida fraterna, na vida da Igreja, e na sociedade, em vista de uma cultura do cuidado”. O Manual apresenta os objetivos, sendo o principal “prevenir e intervir, em casos de abuso”, explicitando como fazer isso, apresentando também os objetivos secundários e definindo as diversas categorias e atitudes abordadas. Igualmente, o texto relata os compromissos a ser assumidos pelas Igrejas do Regional Norte1, pelos agentes de pastoral e pelos colaboradores nos diversos níveis, detalhando cuidados e condutas inerentes a todos e todas aqueles que trabalham nos diversos ambientes eclesiais, contendo anexos que devem servir para as diversas atividades realizadas na Igreja. O Manual, algo que foi destacado por dom Hudson Ribeiro, não é “nem proibitivo, nem ameaçador, nem coercitivo, mas preventivo, interventivo e pedagogicamente cheio de esperança”, existindo o sonho de “que esse Manual não seja mais necessário”. Para isso, se faz necessário que todos entendam e assimilem “a ideia de que criança e adolescente têm que ser protegidos como expressão de verdadeiro amor cuidadoso”. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

“O tempo do higienismo social já passou”, denuncia Dom Hudson Ribeiro após ação da Prefeitura de Manaus contra a população de rua

Que os direitos da população de rua sejam respeitados é uma preocupação da Pastoral do Povo de Rua da arquidiocese de Manaus, segundo dom Hudson Ribeiro, bispo auxiliar de Manaus, que denunciou as ações de retirada de pertences, destruição de lugares de dormida, levar documentos, fatos acontecidos nesta quinta-feira, 23 de maio, na Praça dos Remédios, Centro de Manaus, insistindo em que a Igreja de Manaus “não pode permitir que isso volte a acontecer”. Segundo o bispo auxiliar, em entrevista à Rádio Rio Mar, “são ações constantes, que vem acontecendo com uma grande quantidade de policiais”, uma ação similar aconteceu no dia 14 de maio, denunciando o modo em que a operação da Prefeitura de Manaus foi feita, que não respeita as políticas públicas voltadas para a população de rua. É a quarta ação desse gênero, segundo o bispo, “existe uma insistência em continuar com esse tipo de ação. Hoje foi mais uma delas”. As pessoas que vivem em situação de rua afirmaram que essas ações conduzidas por secretarias da Prefeitura de Manaus com o suporte da Polícia Militar e da Guarda Municipal, estão se tornando constantes no Centro de Manaus. Essas ações têm provocado que pessoas que vivem em situação de rua, assustados e com receio, tenham procurado outros lugares, sobretudo para dormir. Uma pessoa que vive em situação de rua, que já está nessa situação há 13 anos, disse que os policiais chegaram derrubando tudo, questionando a presença de tantos policiais na operação, e perguntando por que não chegaram falando normal. Segundo a mulher, os policiais levaram até os pratos, “e a gente come aí”, disse com pesar. Outro homem em situação de rua, falando da operação realizada no dia 14 de maio, disse que “as pessoas mais atingidas foram os moradores da até então conhecida por eles como Cracolândia, que é onde os usuários utilizam as drogas mais pesadas e que apresentam maior risco a segurança”. Outros pequenos vendedores ambulantes no entorno da feira da Manaus Moderna denunciaram que seus pertences de vendas, carrinhos e produtos, foram apreendidos. Dom Hudson Ribeiro insiste em “não permitir com que direitos humanos sejam violados, as pessoas não podem ser retiradas se elas não tiverem um lugar onde serem abrigadas, se não tiverem condições de poder estar ali, que seus pertences não podem ser retirados, e que nas praças e lugares públicos, as pessoas têm direito de ir e vir, porque a Constituição permite isso, e elas não podem ser ceceadas desses direitos que são direitos básicos”, afirmando que “o tempo do higienismo social já passou”. Segundo o bispo auxiliar, “são mulheres e homens que tentam sobreviver com o pouco que adquirem para vender e têm seus meios de sustento confiscados”. A Pastoral do Povo de Rua se fez presente no local e denunciou os fatos acontecidos, “para evitar que situações piores possam vir a acontecer”, segundo o bispo auxiliar da arquidiocese de Manaus. Dizendo respeitar as ações da Prefeitura de Manaus com relação ao reordenamento do Centro de Manaus, ele denunciou que se faz necessário que o poder público entenda que nesses espaços existem pessoas e que “as pessoas são mais importantes do que monumentos e que é preciso que as políticas públicas voltadas para a população de rua, de fato sejam pactuadas entre as secretarias do campo, em vista da ação, e não sejam ações separadas, onde um não sabe o que o outro faz, onde a sociedade civil organizada também não é comunicada para poder acompanhar, e as coisas acabam acontecendo na calada da noite”. “A população de rua anda muito assustada, se sente ameaçada, e a Igreja precisa estar do lado daqueles que realmente precisam que alguém possa ajudar a falar com eles e por eles”, sublinhou o bispo auxiliar de Manaus. Dom Hudson Ribeiro denunciou a falta de diálogo entre as próprias secretarias da Prefeitura de Manaus, “para pensar e evitar com que esse tipo de situação possa vir a ocorrer”, questionando quem tem ordenado essas ações. Ele perguntou onde está o Ministério Público diante dessa situação, para exigir que os direitos das pessoas sejam respeitados e efetivados. Francilene Carneiro, assistente social da Comunidade Nova e Eterna Aliança, destaca o trabalho de escuta que é realizado com a população de rua, buscando assim conhecer as demandas dessas pessoas. Ela insiste na necessidade de um plano de ação por parte da Prefeitura de Manaus, “porque não adianta chegar na praça e destruir uma casa, porque por mais que seja um papelão, mas é a moradia dele”. Ao mesmo tempo questionou que o direito de ir e vir não é garantido para todas as pessoas, perguntando para onde levar as pessoas em situação de rua. Os organismos que acompanham a população de rua em Manaus pedem acompanhar as reuniões em que a Prefeitura de Manaus decide os passos a serem dados com essa população. A arquidiocese de Manaus a través da Pastoral do Povo de Rua, segundo Josilene Lustosa, assistente social da Pastoral, oferece diariamente café da manhã, serviço se banho, acolhida assistencial e encaminhamentos/acompanhamentos a outros órgãos em vista de resgate e promoção da dignidade deles. Ela denunciou a situação dos abrigos da Prefeitura de Manaus. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Milagre na Amazônia leva a canonização do fundador dos Missionários e Missionárias da Consolata

Papa Francisco aprovou na manhã deste 23 de maio o decreto que leva à canonização do Bem-Aventurado José Allamano, a quem se atribui o milagre da cura do indígena Sorino Yanomami, na Terra Indígena Yanomami, em Roraima Na manhã desta quarta-feira, 23 de maio, o Papa Francisco recebeu o cardeal Marcelo Semeraro, Prefeito do Dicastério da Causa dos Santos, e autorizou a publicação do decreto que leva a canonização do bem-aventurado José Allamano, fundador dos missionários e missionárias da Consolata. Na audiência também foram aprovados os decretos de canonização do jovem Carlos Acutis e de um grupo de franciscanos martirizados na Síria, de beatificação de um missionário do Precioso Sangue e dois mártires da Polônia e Hungria. No mesmo ato foram reconhecidas as virtudes heróicas de três servos de Deus da Itália e Espanha.   Milagre Os missionários da Consolata chegaram à Amazônia em 1948, justamente em Roraima, na região norte do Brasil que faz fronteiras com Venezuela e Guiana. Desde o princípio estiveram dedicados ao acompanhamento das comunidades desse território e fazendo paulatinamento uma opção preferencial pelos povos indígenas das atuais Terras Indígenas Raposa-Serra do Sol e Yanomami. Foi justamente na Terra Indígena Yanomami, a partir da missão na região Catrimani, onde os missionários e missionárias da Consolata tem uma presença efetiva e significativa desde 1965, onde vive o indígena Sorino Yanomami, que foi curado milagrosamente. No dia 7 de fevereiro de 1996, no primeiro dia da novena ao Bem-Aventurado José Allamano, o indígena Sorino, com 40 anos de idade, foi atacado por uma onça no interior da floresta, colocando em risco sua vida, pois teve parte do cérebro exposto e sendo declarado com poucas chances de sobreviver. Realizando o atendimento inicial à sua saúde na missão Catrimani, tendo que esperar oito horas até que foi transladado em avião ao hospital de Boa Vista, onde foi operado e ingressou a cuidados intensivos. Neste caminho, invocando ao bem-aventurado José Allamano e realizando a novena colocam uma relíquia dele junto à cama de Sorino e ao lado da sua esposa, um grupo de missionárias e missionários o acompanhou nesse caminho. Assim que, contrariando a muitos diagnósticos médicos, Sorino despertou dez dias depois da operação sem problemas neurológicos. No dia 4 de março saiu do hospital e no dia 8 de maio regressou completamente curando ao Catrimani, retomando sua vida normalmente na Terra Indígena Yanomami. A pedido dos missionários e das missionárias da Consolata, o bispo de Roraima, Dom Mário Antônio da Silva, no dia 29 de julho de 2020 nomeou os membros do Tribunal Diocesano para a Causa dos Santos local que estiveram reunidos em Boa Vista de 7 a 15 de março de 2021 estudando a veracidade da cura milagrosa de Sorino Yanomami atribuida a intercessão do Bem-Aventurado José Allamano, e enviando posteriormente as conclusões e relatórios ao Dicastério da Causa dos Santos, no Vaticano. Segundo o padre Luiz Carlos Emer, superior regional dos missionários no Brasil naquele tempo, “a graça recebida pelo indígena Sorino Yanomami, membro de um povo originário de nossa terra brasileira, é muito simbólica e carregada de esperanças para os missionários e para as missionárias da Consolata, que sempre levaram o povo Yanomami no coração e no centro de suas prioridades pastorais e teriam, graças a este milagre concedido a um de seus filhos prediletos, a consolação de ver finalmente seu fundador elevado aos altares. Por isso, convidamos todos a unirem-se em oração à Família Consolata para pedir que esta graça possa ser confirmada e reconhecida pela Igreja”.   José Allamano O padre José Allamano nasceu no dia 21 de janeiro de 1851, em Castelnuovo d’Asti (hoje Castelnuovo Don Bosco), norte da Itália. Educado solidamente nas virtudes humanas e cristãs pela mãe, irmã de São José Cafasso, e pelo próprio Dom Bosco, de quem foi aluno por quatro anos, respondeu à vocação sacerdotal com firmeza e decisão. Ordenado presbítero em 20 de setembro de 1873, foi por sete anos formador e diretor espi­ritual no seminário maior da diocese de Turim. Em 1880 foi nomeado Reitor do Santuário da Consolata, ofício que desem­penhou por 46 anos até a morte. Ali desenvolveu o ministé­rio sacerdotal em todas as dimensões: restaurou completamente e ampliou o santuário, transformando-o num centro vital de devoção mariana e de iniciativas apostólicas. Reabriu e dirigiu o Instituto de Pas­toral (Convitto Ecclesiastico) para os jovens sacerdotes. Empe­nhou-se carinhosamente na formação espiritual, intelectual e pastoral deles. Empreendeu a Causa de Canonização do seu tio José Cafasso. Restituiu grande vigor à casa de retiros espirituais da diocese no santuário de Santo Inácio, em Lanzo. Foi procurado para direção espiritual, confissão e conselho por inumeráveis pes­soas de toda categoria social. Promoveu associações católicas para a formação cristã, deu grande apoio ao trabalho dos leigos empenhados no campo social, editorial e educativo. Para enriquecer a  Igreja com a nota essencial da missionariedade, em 1901 fundou o Instituto dos Missionários e em 1910 o das Missionárias da Consolata, para a missão na África. A eles, embora continuasse seus numerosos empenhos diocesanos, dedicou os principais cuidados, formando-os àquele espírito que ele sabia ter recebido de Deus. Morreu santamente no dia 16 de fevereiro de 1926, em Turim, junto ao Santuário da Consolata. Foi beatificado pelo Papa João Paulo II, a 7 de outubro de 1990. A festa litúrgica do Bem-Aventurado José Allamano celebra-se no dia 16 de fevereiro. Com o atual milagre atribuído a sua intercessão neste dia 23 de maio, o papa Francisco informa que em breve convocará o Consistório para a cerimônia de canonização.   Por Julio Caldeira IMC – Com informações de Consolata América e VaticanNews

O Espírito não pode ficar preso no sambódromo

Não é fácil juntar oitenta mil pessoas, um número importante, mas que só representa pouco mais de seis por cento daqueles que se declaram católicos na arquidiocese de Manaus. A Festa de Pentecostes, a Festa do Espírito Santo é um momento importante na vida das comunidades da Igreja de Manaus, mas o desafio é que esse momento seja mais do que um evento, que se torne parte de um processo que leve aos católicos a assumir sua condição de enviados e enviadas com a força do Espírito Santo para anunciar o Evangelho. Nessa grande festa, que encheu de alegria o coração de muitos daqueles que se fizeram presentes, o arcebispo de Manaus, cardeal Leonardo Steiner, refletiu na homilia sobre a riqueza da Igreja católica nas vocações, nos ministérios, nos serviços, nas pastorais, “tudo sendo alimentados, revigorados, fortalecidos pelo Espírito”, que vai suscitando ministérios. Ele fez um chamado a ter na arquidiocese de Manaus o ministério da missão, “em cada comunidade termos irmãos e irmãs que levam a Palavra de Deus nas casas, para que a nossa Igreja seja cada vez mais missionária, cada vez mais evangelizadora, empurrada pelo Espírito, atraída pelo Espírito”. Isso porque “a comunidade não é para ela, a comunidade é para os outros”, pedindo “colocar os nossos dons ao serviço”. Esse ministério da missão tem que nos levar àqueles que nos dizemos católicos a pensar em caminhos de missão, lá onde a gente vivencia seu batismo. O grande desafio é conseguir que as pessoas possam descobrir a presença de Jesus em sua vida do dia a dia, que Jesus é alguém que está ao nosso lado sempre, que Deus está no meio das panelas, segundo dizia Santa Teresa D´Avila. Ninguém pode prender Deus ou pensar que Deus só se faz presente em alguns lugares, em alguns momentos. Deus habita a história em todo momento, em todo lugar, em toda circunstância, o desafio é fazer com que cada pessoa possa descobrir essa presença. Daí a importância do nosso testemunho, de assumir a missão como batizados e batizadas, mas também como Igreja. Sem isso, Deus vai continuar preso em determinados momentos, em determinados lugares. A gente vai precisar esperar o tempo passar ou se deslocar num lugar concreto para poder nos encontrarmos com Deus. Isso faz com que a gente esqueça que Deus, através de seu Espírito habita todos os cantos do mundo, Ele está no meio de nós, se faz presente na vida cotidiana, uma afirmação que faz parte da liturgia da Igreja católica, e que deve nos levar como cristãos a ter um olhar diferente, que nos permita enxergar essa presença. Uma Igreja missionária ajuda a entender quem é o Deus Trinitário, esse Deus que é Pai, Filho e Espírito Santo, esse Deus que se manifesta de diversos modos e que sempre acompanha a vida da humanidade. Quando cada batizado, cada batizada, descobre isso e o testemunha com sua vida, as pessoas vão se interessando em seguir esse Deus que nunca fica preso em nenhum espaço, em nenhum evento, esse Deus que em todo momento e em todo lugar acompanha a vida da humanidade, também a tua e a minha. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1 – Editorial Rádio Rio Mar

Dom Leonardo: O abuso contra crianças, “às vezes não se consegue fechar a ferida durante toda uma existência”

A luta contra o abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes deveria ser uma luta de todos, pois quando esse crime é enfrentado de mãos dadas os direitos são garantidos. Mas para isso, o atendimento às vítimas tem que funcionar, algo que nem sempre acontece, segundo foi denunciado no Seminário Estadual de Enfrentamento à Violência Sexual Contra Crianças e Adolescentes em Alusão ao 18 de Maio, que está sendo realizado em Manaus os dias 20 e 21 de maio de 2024. Se faz necessário que as crianças sejam tratadas como seres humanos, que precisam seus direitos garantidos, segundo denunciou Amanda Cristina Ferreira, presidenta do Instituto de Assistência à Criança e ao Adolescente Santo Antônio (IACAS), um organismo inspirado em princípios cristãos. Ela reclamou a necessidade de uma infância e uma adolescência sadia, demando que os adultos têm o papel de proteger. No seminário se fez presente o arcebispo de Manaus, cardeal Leonardo Steiner, que iniciou sua fala agradecendo o trabalho daqueles que, na pessoa da presidenta do IACAS, definiu como grandes batalhadores por esta causa, enfrentada com liberdade e um amor muito grande. O cardeal insistiu em que “nós estamos abordando uma essência da pessoa humana, a sexualidade, nós não estamos falando de um aparelho genital, nós estamos falando de uma intimidade própria de cada pessoa”. Isso porque “a sexualidade é que existe de mais íntimo, de mais único, a sexualidade que nos leva a buscar relações, assexualidade que nos leva a entregar no amor, a sexualidade que nos inspira até na poesia. Essa sexualidade que nos leva a gerar, dar vida, dar descendência”. Uma sexualidade, que tem a ver com Deus, pois ele a definiu como “essa energia extraordinária que Deus nos deu, e é essa energia extraordinária que é agredida, essa intimidade que é agredida”. Dom Leonardo Steiner disse que “é por isso que machuca tanto, que às vezes não se consegue fechar a ferida durante toda uma existência, dada a grandeza, a intimidade, a unicidade da sexualidade”. O arcebispo de Manaus ressaltou a importância do encontro, “mas especialmente a importância de tentarmos buscar a superação do abuso, da exploração das crianças e adolescentes”. Falando da Igreja católica, destacou o esforço extraordinário do Papa Francisco, insistindo em que “tem exigido de nós bispos, ações muito concretas”, afirmando a atenção da Arquidiocese de Manaus, há muito tempo, a essa questão, ajudando na reflexão e nos embates. O cardeal destacou dois questões que considera muito importantes na superação do abuso e exploração de crianças e adolescentes, e que não tem dado passos. Em primeiro lugar, a vara da justiça, que assume diversas funções, além do combate ao abuso e exploração de crianças e adolescentes, dizendo que “é a sociedade civil que deve propor, é a sociedade civil que deve exigir proteção, nós devemos exigir”. O segundo elemento que recordou foi o centro integrado, que mesmo com várias reuniões não chega a uma conclusão, denunciando que “orçamento tem, o dinheiro está aí, mas não sai”, pedindo que isso seja abordado ao longo do Seminário. “Nós como sociedade temos obrigação, se realmente quisermos superar, quisermos proteger, nós teríamos uma boa base se tivéssemos o centro integrado”, insistiu, agradecendo o trabalho, o esforço, que as pessoas fazem, e pedindo que “de mãos dadas ajudemos a superar essa violência contra crianças e adolescentes”, em vista de que as crianças possam “crescer com saúde psíquica, com saúde religiosa, com saúde cultural, com saúde educacional”. A coordenadora do Comitê Estadual de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes, Ir. Michele da Silva, denunciou o desmanche das instituições que possibilitam o enfrentamento. Uma luta que é muito mais do que uma campanha ou um dia, pois “o cuidado da vida é um compromisso de todos e todas, e nós temos que assumir isso como algo inerente a nossa vida. A criança e o adolescente precisam se cuidado e ter os seus direitos respeitados e garantidos todos os dias”. A Procuradora-Chefe do Ministério Público do Trabalho no Amazonas e Roraima, Alzira Melo Costa, fez um chamado a refletir sobre o papel de cada um, de cada instituição, da sociedade, da família, do Estado, no enfrentamento desse crime. Indo além do enfrentamento, disse que “temos que começar a falar em erradicação da violência sexual contra crianças e adolescentes”, ter a convicção que é possível erradicar. Para isso se faz preciso efetivar, fazer um esforço árduo para atender as vítimas, com mais pessoas dedicadas a isso, angariando mais forças. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

80 mil pessoas celebram Pentecostes em Manaus: aprender a linguagem do Espírito, da suavidade do amor, do sair para encontrar

Uma celebração para agradecer a Deus pelo dom do Espírito Santo reuniu no Sambódromo de Manaus umas 80 mil pessoas. A grande festa da Igreja de Manaus, uma festa da partilha, onde a partilha de alimentos, arrecadados pela Caritas, ajuda aos mais carentes, é oportunidade para descobrir “como é bom estarmos aqui a nossa Igreja de Manaus e podermos invocar os dons do Espírito, dos quais não somos merecedores”, disse o arcebispo de Manaus, cardeal Leonardo Steiner no início da celebração, que destacou o fato de “nos sentirmos no Espírito, todos irmãos e irmãs”, lembrando o lema da Festa de Pentecostes 2024. Na homilia, o arcebispo iniciou agradecendo os 2000 voluntários na organização da Festa e aos funcionários públicos da Prefeitura de Manaus e do Estado do Amazonas que garantiram a tranquilidade durante a celebração. Comentando a passagem do Livro dos Atos dos Apóstolos lida na primeira leitura, o cardeal Steiner destacou diante da diversidade de procedências, o fato de ser “todos, no Espírito, irmãos e irmãs”, um Espírito que não escolheu, mas que abundantemente se apresentou, iluminou, “e pelo fato de ser irmãos e irmãs no Espírito, é que ouviram falar na própria língua, na própria cultura, no seu modo próprio de pensar, de ser”. O arcebispo de Manaus ressaltou que “a linguagem do Espírito, não é a nossa linguagem, porque a linguagem do Espírito é a suavidade do amor, mas é a suavidade da gratuidade, do dom da graça, a linguagem do Espírito é sempre a linguagem da proximidade, é sempre a linguagem do caminho, é sempre um sair para encontrar”. Uma Festa de Pentecostes inspirada na Campanha da Fraternidade 2024, “para reafirmar mais uma vez: irmãos e irmãs no Espírito”, disse o cardeal, enfatizando que “nós somos irmãos e irmãs”. Dom Leonardo comparou o sopro do Espírito sobre os discípulos, relatado no Evangelho, com o que acontece diante de uma criança que se machuca, que com o sopro da mãe, a dor se vai. Segundo ele, “é o sopro do Espírito, porque é o sopro da maternidade, é o sopro da paternidade, é esse sopro que cura as feridas, é esse sopro que cura as quedas da vida, é esse Espírito que vai sempre renovando, colocando de pé, esse Espírito que vai afastando a divisão, esse Espírito que sempre de novo recolhe e acolhe, o sopro do Espírito”. “Jesus soprou sobre eles, e nós recebemos esse sopro na Crisma”, disse o arcebispo de Manaus. Ele destacou que “todos nós recebemos o Espírito Santo, e todos nós somos iluminados pelo Espírito Santo, e todos nós temos o vigor do Espírito Santo, só que às vezes não nos damos conta, porque achamos que nós é que sabemos tudo, que nós é que sabemos os passos a serem dados, não temos a paciência de recolher, de esperar, para que o Espírito possa indicar qual é o melhor caminho, qual a melhor escolha, qual a melhor vocação, qual é o melhor ministério que nos é confiado”. Igualmente, dom Leonardo destacou que “o Espírito nos leva ao perdão, o Espírito nos leva à reconciliação, o Espírito harmoniza de novo a nossa vida, o Espírito que é capaz de sempre de novo tecer as relações familiares, as relações amorosas, as relações mais íntimas. É o Espírito que sempre de novo tece as relações da comunidade, as relações sociais”. Isso porque, “não existe família sem perdão, não existe irmãos e irmãs sem perdão”, disse o arcebispo, que destacou o fato de receber e oferecer o perdão, algo que aproxima, “porque aprendemos esse acarinhar de Deus no perdão”, chamando a perdão do modo de Deus, “porque o nome de Deus é misericórdia”. O cardeal Steiner refletiu sobre a riqueza da Igreja católica nas vocações, nos ministérios, nos serviços, nas pastorais, “tudo sendo alimentados, revigorados, fortalecidos pelo Espírito”, que vai suscitando ministérios. Ele fez um chamado a ter na Arquidiocese de Manaus o ministério da missão, “em cada comunidade termos irmãos e irmãs que levam a Palavra de Deus nas casas, para que a nossa Igreja seja cada vez mais missionária, cada vez mais evangelizadora, empurrada pelo Espírito, atraída pelo Espírito”. Isso porque “a comunidade não é para ela, a comunidade é para os outros”, pedindo “colocar os nossos dons ao serviço”. Um se colocar ao dispor porque Espírito é Pai e Mãe dos pobres, e porque o recebemos, “ele quer que sejamos pais dos pobres, ele pede que sejamos mãe dos pobres, que não deixemos ninguém de lado, que vamos sempre ao encontro dos outros, não apenas para oferecer o perdão, que já é muito, mas oferecer também o conforto, a justiça, o lazer, a cultura, a educação, a oportunidade de trabalho”. Lembrando que ao menos da metade da coleta seria destinada a ajudar os irmãos e irmãs que estão sofrendo no Rio Grande do Sul, ele fez um chamado a ver “o que nós estamos fazendo com a natureza, nós estamos empobrecendo a natureza, nós estamos destruindo, nós estamos dominando, nós estamos obrigando a natureza a fazer aquilo que ela não pode fazer”. Uma preocupação que deve estar presente em que mora na Amazônia, afirmando que “nós deveríamos estar profundamente preocupados com o meio ambiente, porque estamos delapidando a Mãe Terra, estamos destruindo a Mãe Terra, e ela necessita de um novo espírito, ela necessita de um novo cuidado”, dizendo que “porque recebemos os sete dons do Espírito, queremos dela cuidar”. Finalmente, o cardeal Steiner fez um chamado a cuidar das crianças e adolescentes abusadas sexualmente, “são os pobres, atingidos na alma, porque atingidos na sexualidade. Destruir a vida não é possível, porque são morada do Espírito, receberam o Espírito, é obrigação nossa termos um cuidado cada vez maior”. Para isso, dom Leonardo pediu que “o Espírito nos eleve, nos encante, nos transforme, nos alegre, nos dê a jovialidade, nos dê a graça da gratuidade para bem servir”, rezando: “Vinde Pai dos pobres, vinde doador dos dons, vinde, transformai as nossas vidas, alegrai as nossas comunidades, elevai a nossa pobreza de alma, enriquecei…
Leia mais

Diocese de Borba institucionaliza a Caritas diocesana: “A fé sem obras é morta”

“Caridade, amor ao próximo, solidariedade, escuta às dores alheias…”, foram alguns dos conceitos atribuídos ao significado de Caritas. Assim pontuou a Articuladora da Caritas Regional Norte1, Márcia Maria Miranda, no em encontro diocesano, com a participação de representantes das quatro foranias da diocese, que institucionalizou a Caritas na diocese de Borba. A formação trouxe o histórico das Cáritas no Brasil e no mundo. Sua origem está na ação mobilizadora de dom Helder Câmara, na época, secretário geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Assim, a Caritas brasileira foi fundada em 12 de novembro de 1956, como parte da ação social da Igreja e organismo da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. As orientações do Concílio Vaticano ll marcaram a ação deste organismo eclesial que desde então, vive sobre os valores da pastoralidade transformadora. A assessora afirmou que a missão da Cáritas é testemunhar e anunciar Jesus Cristo. E neste ensejo, o Papa Francisco pontua que “Caritas é a carícia da Igreja”. Sob a orientação da Sagrada Escritura, dos Documentos da Doutrina Social da Igreja e pelo encontro pessoal de amor aos pobres a Caritas foi institucionalizada por dom Zenildo Luiz Pereira da Silva na celebração de encerramento do encontro, na Basílica de Santo Antônio, que afirmou que “a fé sem obras é morta”. O momento celebrativo foi também marcado pela missa em ação de graças aos cinco anos de ordenação do padre Jair Vieira, coordenador de Pastoral da Diocese de Borba e presidente da Caritas nesta diocese. Que o amor a Deus e ao próximo venha guiar os agentes deste organismo de pastoral, para encontrar no outro a pessoa de Jesus Cristo. Fonte: Diocesede Borba

Faleceu aos 61 anos a Ir. Frida Schröder, missionária na Prelazia de Tefé

Segundo informou a prelazia de Tefé em Nota de Pesar, assinada pelo bispo, dom José Altevir da Silva, CSSp, faleceu neste sábado, 18 de maio de 2024, às 7:45 horas, no Hospital 28 de agosto em Manaus, a Ir. Frida Schröder. A Nota mostra o profundo pesar da Prelazia de Tefé e de seu bispo, apresentando suas sentidas condolências aos parentes, amigos e toda a sua Congregação de Santa Catarina, “a quem a Prelazia de Tefé tem muita gratidão pelo serviço missionário que dedicou a esta Igreja Local”. A religiosa nasceu em Iporã (SC) aos 13 de março de 1963. O texto informa que “o corpo está sendo velado em Manaus, em preparação para que depois de alguns procedimentos, possa ser transladado para o Sul. Tais procedimentos serão feitos nesta segunda feira, 20 de maio”. Novas informações apontam que o velório será aberto neste domingo 19 de maio no Memorial São Francisco, em Iranduba (AM). A missa de corpo presente será celebrada na segunda-feira, 20 de maio, às 14 horas. Logo após a missa seguirá o sepultamento. Finalmente, dom José Altevir da Silva pede que “Deus a acolha em sua morada eterna. Que nossa irmã descanse em paz!” Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Diocese de Parintins cria Paróquia de São Pedro no município de Maues, com quase 70 comunidades

A diocese de Parintins tem mais uma paróquia, criada neste sábado 18 de maio na cidade de Maués. “A Paróquia São Pedro Apóstolo nasce de um desejo, de um sonho antigo, há mais de 20 anos as comunidades desta área da cidade vêm pedido para torná-la paróquia”, segundo o bispo diocesano, dom José Albuquerque de Araújo. Na cidade de Maues, que é uma das cidades com maior população do Estado do Amazonas, só havia uma paróquia, dedicada à Nossa Senhora da Conceição. A paróquia de São Pedro está formada por cinco comunidades da área urbana e 63 comunidades da área rural. O primeiro pároco, padre Ozéias Pontes Cativo, do clero diocesano, foi empossado com a criação da paróquia. Ele é natural de Parintins e tem 10 anos de ministério. A celebração eucarística de criação da paróquia e posse do novo pároco iniciou lembrando o histórico da comunidade, iniciada em 1967, a leitura do Decreto de fundação da paróquia, pelo vigário geral da diocese de Parintins, padre Dorival Nascimento, e a leitura de provisão do novo pároco, pelo coordenador de pastoral diocesano, padre Jânio Negreiros. Dom José Albuquerque fez um chamado a rezar pelo novo pároco, alguém que o bispo espera “continue sendo esse bom pastor”,  que inicia sua missão às vésperas da grande Solenidade de Pentecostes, pois “é o Espírito Santo que conduz a Igreja, é o Espirito Santo que nos ajuda a discernirmos, a agirmos sempre com prudência, sabedoria”. Após a celebração da criação da paróquia, presidida pelo bispo diocesano, o padre Ozéias disse que “iniciamos essa grande missão, juntamente com o povo de Deus, juntamente com as comunidades urbanas e rurais, esse desafio a frente dessa paróquia São Pedro Apóstolo”. Segundo o pároco, “nós queremos agradecer muito a Deus, agradecer as orações de cada um de vocês, agradecer todos os que estiveram aqui conosco, nesta manhã de sábado, véspera de Pentecostes, que celebraram conosco”. Ele insistiu em agradecer a quem colaborou, às diversas equipes de trabalho, pedindo “as orações de cada um para que possamos fazer um frutuoso trabalho, uma linda missão”. Segundo dom José Albuquerque, “foi um dia de grande comoção, de alegria, de entusiasmo, com esta nova paróquia no município de Maués”. O bispo ressaltou que “sabemos que esta paróquia, ela sempre vai estar em sintonia, em comunhão com nosso plano de evangelização, e fazemos votos para que essa sinodalidade aconteça”. A final de contas, disse o bispo diocesano de Parintins, “nós não estamos nos dividindo, mas pelo contrário, estamos nos multiplicando para atender os desafios da evangelização nesse grande município, principalmente na área rural”. Ele lembrou que a única paróquia existente até agora, Nossa Senhora da Conceição, além das comunidades da área urbana, ela tinha 126 comunidades na área rural, espalhadas numa grande região. Isso sem contar as 28 comunidades na Área Indígena, na região do Marau”. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1