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Padre Lúcio Nicoletto envia saudação à Prelazia de São Félix pedindo a luz do Senhor em sua nova missão

O padre Lúcio Nicoletto, bispo eleito da prelazia de São Félix do Araguaia, enviou nesta quinta-feira 14 de março, no mesmo dia que ele fez seu juramento e profissão de fé, uma saudação ao povo de sua nova Igreja local. Após se apresentar, o texto destaca a importância da diocese de Pádua (Itália), em sua vida e tudo o que nela aprendeu, sobretudo o fato de ter sido enviado em missão ao Brasil, “um furacão que me mudou profundamente a partir do caminho da lógica da encarnação”, insistindo em que “o amor passa necessariamente pela porta da encarnação”. O bispo eleito diz viver sua nomeação como um kairós, caminhar na Prelazia de São Félix do Araguaia, que “carrega em si a marca profunda da voz do querido irmão dom Pedro”, que “deixou um legado de compromisso radical com a vida dos últimos, juntamente com o ideal do Concilio Vaticano II, de uma Igreja, sinal do Reino, pobre para os pobres, uma Igreja inteiramente ministerial e completamente comprometida com a missão de ser aliada dos que não têm voz, de ser reflexo do nosso Deus, Pai e Mãe amoroso e compassivo, que enxuga as lagrimas do rosto dos oprimidos e injustiçados derramando sobre cada um o óleo da consolação e o vinho da esperança”. Se sentindo aprendiz, e recordando os bispos que passaram nessa Igreja local, envia uma saudação a todos aqueles e aquelas que realizam sua missão em São Félix, se confiando às orações de todos, destacando a importância dos povos originários, e estendendo sua saudação a todos aqueles que chegaram na região. Para todos ele pede “que o Senhor da Vida nos ilumine e nos acompanhe nessa nova missão”. Texto da saudação Saudação ao povo que está na Prelazia de São Felix do Araguaia – MT quinta-feira dia 14 de março de 2024 Caríssimo e amado povo de Deus da querida Prelazia de São Felix do Araguaia; querido irmão e bispo Adriano: paz! Dirijo-me a vocês, após ter recebido a nomeação do querido Papa Francisco para começar a missão de caminhar como bispo com vocês e com Cristo Jesus que já amais sem o terdes visto; credes nele, sem o verdes ainda, e isto é para vós a fonte de uma alegria inefável e gloriosa, porque vós estais certos de obter, como preço de vossa fé, a salvação de vossas vidas. (1Pd 1, 3-9). Apresento-me a vocês com a gratidão e a alegria de um filho que reconhece todo o amor com que a Igreja de Pádua (Itália), minha Mãe, me acolheu desde o dia do meu batismo e me acompanhou durante toda a minha vida. Foi Ela que suscitou inúmeras pessoas que foram importantes para que eu bem conhecesse Jesus Cristo e para que aprendesse a me deixar amar por Ele. Foi a Igreja que me levou a descobrir a beleza do plano de amor de Deus para toda a humanidade. Esta mesma Igreja ajudou-me a acolher a Palavra de Cristo e a me deixar moldar por Ela. Ensinou-me a reconhecer Cristo presente e atuante na vida e no testemunho de tantos homens e mulheres que ofereceram a sua existência para testemunhar com a vida os valores do Reino. Ensinou-me que não há anúncio sem o testemunho daquele amor/caridade pela qual Cristo se entregou totalmente, especialmente pelos mais pobres e os últimos, tornando-se ele mesmo pobre e último. A graça da missão chegou à minha vida como um vento forte, um furacão que me mudou profundamente a partir do caminho da lógica da encarnação. E foi no encontro com a Amazônia, no caminho junto ao amado povo da Igreja de Roraima que aprendi que “A Igreja se faz carne e arma sua tenda na Amazônia”. Este armar a tenda manifestou-se como um irrenunciável anúncio central da boa nova: anunciar aos povos o Evangelho de Jesus Cristo e de seu Reino como fonte de sentido e de libertação. (cf. Documento dos 50 anos de Santarém) Quando cheguei ao Brasil, em 2005, sabia que estava levando comigo a pérola preciosa do Evangelho que a própria igreja de Pádua me confiou ao enviar-me para a missão para que eu pudesse anunciá-lo. Mas a comunhão com todos os meus irmãos e irmãs na missão e com as comunidades com as quais o Espírito me convidou a caminhar – por onze anos na diocese de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense e por oito anos aqui em Roraima – ajudou-me a sentir a missão segundo o jeito de Cristo que se esvaziou completamente, tornando-se obediente até a morte e a morte de cruz. O amor passa necessariamente pela porta da encarnação. Agradeço ao Papa Francisco que, em nome da Igreja me oferece a oportunidade de viver este Kairos na minha vida, este tempo propício para me deixar visitar pelo sopro do Espírito e me deixar moldar por Ele. Por isso considero a missão como a dimensão da fé que salvou a minha vida da indiferença insossa e manteve vivo em mim o compromisso de ser como sentinela que espera, em pé, por novos céus e uma nova terra. É com estes sentimentos que acolho o convite do Santo Padre, o Papa Francisco para esta nova missão que me levará a caminhar com vocês, amadas e amados de Deus, nessa realidade da nossa querida Amazônia, onde o grito dos oprimidos continua a não ser ouvido pelos poderosos deste mundo, mas é ouvido pelo coração de Deus. Percebo que a realidade da Prelazia de São Félix do Araguaia carrega em si a marca profunda da voz do querido irmão dom Pedro, o primeiro bispo desta terra que por mais de trinta anos fez ecoar com palavras e com gestos, oportuna e inoportunamente, a palavra do Evangelho como profeta e irmão dos pobres, fazendose pobre como Cristo. Deixou um legado de compromisso radical com a vida dos últimos, juntamente com o ideal do Concilio Vaticano II, de uma Igreja, sinal do Reino, pobre para os pobres, uma Igreja inteiramente ministerial e completamente comprometida com a…
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Padre Lúcio Nicoletto: “Na Prelazia de São Félix faço o propósito de escutar, porque eu não sei de nada”

O padre Lúcio Nicoletto acaba de ser nomeado pelo Papa Francisco Bispo de São Félix do Araguaia (MT). Missionário da diocese de Pádua (Itália), que lhe enviou ao Brasil em 2005 para fazer parte da missão diocesana na diocese de Duque de Caxias (RJ), também tem sido missionário da mesma missão diocesana na diocese de Roraima desde 2016. Ele diz ter assumido a nova missão que a Igreja lhe encomenda com as palavras do Papa Francisco na Evangelii Gaudium: “Ninguém pode tirar de mim a alegria do Evangelho”, insistindo em que “nem mesmo os meus medos, nem mesmo os desafios que a gente encontra”. O bispo eleito relata sua experiência na Igreja de Roraima, que “foi uma experiência muito forte de fraternidade, de luta juntamente com o povo. Aquela fraternidade, aquela amizade que nos dá a força para olhar com confiança no presente e no futuro. No presente, o lugar para onde Deus nos chama, uma plena consciência de que Ele está nos esperando lá no lugar onde nos chama”, algo que ele diz ter lhe ajudado a “guardar a paz no coração”. Em suas palavras, o padre Nicoletto ressalta que “não vou para lá para converter ninguém, eu acho que eu vou para lá porque Deus quer que me converta um pouco mais”, afirmando que “essa conversão é fruto de muito amor, é o amor que certamente vou encontrar naquele povo, porque foi o amor que manteve de pé aquele povo até agora, mesmo diante de tanto sofrimento, tantas injustiças. E em nome da alegria do Evangelho, esse povo conseguiu aguentar até agora, mantendo viva a chama da fé, oferecendo a todos um exemplo de esperança, deixando-se alimentar na caridade, sobretudo para com os mais excluídos, os mais humilhados, de maneira especial os povos indígenas da região do Araguaia, do Mato Grosso em geral”. Segundo o missionário italiano, uma região que “tem uma história de grande luta, de grande sofrimento, discriminações, mas também uma história que a Prelazia de São Félix do Araguaia soube escrever com o exemplo exímio de inúmeros homens e mulheres encabeçados pelo exemplo de Dom Pedro Casaldáliga, que em momento nenhum substituíram a Jesus, mas eles foram reflexo do mesmo Cristo, presente no povo sofredor”. “Isso me ajudou a sentir que em primeiro lugar o carisma do missionário, primeiramente é um carisma que é para servir; segundo e um carisma que precisa dar como primeiro fruto a alegria de servir”, afirmou. Segundo o bispo eleito, “quando eu perco essa alegria significa que tem alguma coisa dentro de mim que não está batendo”. Isso lhe leva a dizer que “desde o início eu quis pedir a Deus que Ele nunca me deixe sem a paz e a alegria no coração, o restante é Ele que vai oferecer, abrir caminho, indicar os passos que precisam ser seguidos”. Ele destaca a herança de fé que ganhou em sua vida como missionário “com o povo sofrido da Baixada Fluminense, com que eu estive vivendo 11 anos, e até agora com o povo de Roraima, um povo muito compromissado com a causa dos povos indígenas, com a causa das migrações, com a causa dos pequenos produtores, agricultores”. O bispo eleito afirma que “parece que a providência já abriu o caminho e neste momento me sinto acompanhado pela mão de um Deus que não posso mentir, Ele que preparou isso tudo, eu não busquei nada. Mas como Ele foi que preparou tudo e me demostrou tanto amor ao longo deste ano, eu também como missionário, a primeira resposta que eu dei, como eu poderia recusar esse convite que Deus através da Igreja está me oferecendo, se Ele nunca se recusou de me amar”. Lembrando que Dom Pedro Casaldáliga dizia que “o medo é o contrário da fé”, aquele que irá desempenhar a mesma missão na Prelazia de São Félix do Araguaia, afirmou que “o medo, dizem os psiquiatras, é sinal de que você está bem de cabeça, porque você tem a noção de que estamos diante de um perigo”. O decisivo é como cada um reage diante do perigo, “que ajuda a pessoa a se fortalecer mais, ou a fugir”, afirma. Ele diz ter vários medos, receios, que tem aflorado inclusive depois de ter dado seu consentimento, algo que acha fazer parte da nossa condição humana. Por outro lado, “é graças ao medo que eu me dou conta que sozinho não vou para lugar nenhum”. Isso lhe leva a destacar que “a Igreja, a primeira proposta que ela faz é uma proposta de comunhão, somos Igreja quando estamos junto”. Segundo o bispo eleito, “sabendo que, como Igreja, desde nosso batismo, somos ungidos, a nossa primeira unção de catecúmenos nos lembra que a vida vai ser uma luta”. Ele se questiona se está pronto para essa luta, se ele está correndo atrás das armas que ele precisa. “A primeira arma é a comunhão, a capacidade de formar unidade dentro da Igreja”, afirma, ressaltando que “o que ameaça o projeto de Cristo dentro da Igreja são as polarizações”, e que “profecia hoje é ser gente de comunhão, gente que constrói a comunhão, gente que com paciência deixa de lado a própria auto referencialidade e deixa espaço para o outro, primeiramente para Deus, para que o outro possa crescer, eu devo diminuir”. O missionário italiano insiste em que “a Igreja é a comunidade dos que mesmo sentindo medo perante os desafios, percebem que a força nasce e brota da nossa unidade, do nosso caminhar junto, do nosso participar de uma caminhada na frente da qual está Jesus Cristo e sem Ele a gente não vai para lugar nenhum, com Ele a gente percebe que a luta vai dar certo”. A sinodalidade sempre foi um modo de ser Igreja muito presente na Igreja de São Félix do Araguaia. Diante disso, o bispo eleito diz não conhecer muito dessa Igreja, afirmando que “eu vou precisar entrar, utilizando uma frase de Dom Pedro, descalço sobre a terra vermelha”. Ele insiste em que descalço, uma coisa que…
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11 anos do Papa Francisco, o Papa que colocou a Amazônia em foco

13 de março completou 11 anos da eleição de Papa Francisco, o Papa que colocou a Amazônia em foco. Desde o início de seu pontificado, no encontro com os bispos brasileiros na Jornada Mundial da Juventude do Rio de Janeiro, ele destacou a importância da Igreja na Amazônia e do trabalho que os missionários e missionárias realizam na região. Com o decorrer do tempo, Papa Francisco foi se interessando cada vez mais pela Amazônia, convocando um Sínodo Especial para a Amazônia em 15 de outubro de 2017, que teve sua assembleia sinodal em outubro de 2019. No Sínodo para a Amazônia, a periferia iluminou o centro, a Igreja universal foi iluminada pela vivência da fé na região amazônica, que buscava novos caminhos para a Igreja e para uma ecologia integral. Uma Igreja que cuida dos povos da Amazônia, sobretudo dos povos indígenas, uma Igreja que promove a inculturação e a interculturalidade, uma Igreja que quer avançar na configuração de seu rosto amazônico, encarnada e libertadora. Uma Igreja sempre sinodal, onde o protagonismo do laicato, das mulheres, sempre sustentou a vida de fé de um povo que nem sempre é acompanhado pela Igreja institucional e hierárquica do jeito que deveria. O fato de o Papa Francisco ser latino-americano tem lhe ajudado a compreender melhor as dinâmicas dos povos e da Igreja da Amazônia, querendo que essas dinâmicas possam ajudar no cuidado da casa comum e vivência do Evangelho em diversas realidades e latitudes. Ser discípulos e discípulas na Amazônia e da Amazônia espalhar as sementes do Verbo presentes nessa realidade. Francisco é um Papa para com quem o povo da Amazônia tem grande simpatia, ele cativou os corações dos amazônidas, pois nele tem visto um sinal de carinho e de cuidado, alguém que tem comprometido sua vida para que a Amazônia e seus povos tenham vida e vida em abundância. Ele tem sido uma voz profética em defesa de uma região e de uns povos tradicionalmente explorados, excluídos, descartados. O exemplo de Papa Francisco nos compromete e nos desafia a cuidar a casa comum, especialmente nós que vivemos na Amazônia. Um cuidado que tem se tornado imprescindível para o futuro da região e para o futuro do Planeta, mas que muitas vezes esquecemos. Que o exemplo de Papa Francisco possa nos ajudar nesse caminho do cuidado e de valorização da diversidade, fonte de riqueza para a humanidade e para a Igreja. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1 – Editorial Rádio Rio Mar

Serviço de Animação Vocacional realiza seu encontro anual em Brasília

O Serviço de Animação Vocacional da Conferência Nacional dos Bispos do Basil (SAV-PV), realizou de 11 a 13 de março seu encontro anual no Centro Cultural de Brasília (CCB), com a presença de 32 pessoas, dentre elas a Ir. Gervis Monteiro, referencial da Pastoral Vocacional no Regional Norte1 da CNBB. O encontro teve a abertura com a celebração Eucaristia presidida por Dom José Albuquerque de Araújo, bispo da diocese de Parintins e referencial do SAV-PV na CNBB. Os representantes dos mais diversos regionais e organismos que são vinculados ao SAV-PV refletiram sobre as Diretrizes para a Animação Vocacional no Brasil. No encontro foi escolhida a nova Coordenação Nacional para o próximo quadriênio, que está formada pelo diácono Leandro, do Regional Nodeste2, que será o coordenador, o padre Alexandre, do Regional Leste1, que assumiu o serviço de vice coordenador, Lia, do Regional Centro Oeste, que será a secretária, a Ir. Arlene, da Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB), que será conselheira. A missa e posse da nova coordenação foi presidia por Dom Ângelo Ademir Mezzari, bispo auxiliar de São Paulo e presidente da Comissão Episcopal para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Dom Evaristo Spengler ao bispo eleito de São Félix: “Essa Igreja é uma referência muito forte para todos nós”

A diocese de Roraima celebrou nesta quarta-feira 13 de março, uma Eucaristia de Ação de Graças pela nomeação do padre Lúcio Nicoletto como novo bispo da Prelazia de São Félix do Araguaia (MT). Na homilia, dom Evaristo Spengler, seguindo o texto do Evangelho do dia, disse que “para estarmos unidos a Deus, precisamos estar unidos a Cristo”, destacando a importância da união e a solidariedade entre o Pai e o Filho, que “transmite-nos a Palavra de Deus para nos transmitir a vida de Deus”, destacando a importância do amor misericordioso de Deus. O bispo de Roraima lembrou as palavras da mensagem do bispo eleito de São Félix do Araguaia ao povo de Deus que vai acolhe-lo, onde “reconhece a bondade de Deus que já lhe acolheu desde o dia de seu batismo e o acompanhou durante toda a sua vida, e ao longo da sua vida, a Igreja suscitou inúmeras pessoas que possibilitaram que ele pudesse conhecer e se encontrar com Jesus Cristo e que se deixasse amar por ele”, destacando nessa Igreja, no encontro com a Palavra, descobriu a missão, que “chegou em sua vida como um vento muito forte, como um furacão abrasador que mudou a sua vida”, levando-o á diocese de Duque de Caxias, uma Igreja encarnada, de um povo sofrido mas lutador, e posteriormente à diocese de Roraima, onde descobriu uma Igreja encarnada nessa realidade, “uma Igreja comprometida com o Reino de Deus que é fonte de libertação de todos os males”. Falando da Prelazia de São Félix do Araguaia, Dom Evaristo disse que “essa Igreja é uma referência muito forte para todos nós”, destacando que sempre foi uma Igreja muito comprometida com os povos indígenas, na luta contra o latifúndio, destacando a luta de Dom Pedro Casaldáliga, primeiro bispo daquela Igreja, “para que o povo pudesse ter direitos respeitados em nome do Evangelho, em nome de Jesus Cristo, da fraternidade, da justiça, onde todos podem sentar à mesma mesa, onde não há lugar para a exploração, não há lugar para a exclusão”, lembrando que Dom Pedro foi ameaçado e perseguido por isso. “Uma Igreja de comunidades eclesiais de base, com aliança com os pobres, da luta por um mundo melhor, onde todos possam ter espaço”, destacou dom Evaristo, que falou da importância da formação engajada em São Félix do Araguaia. Igualmente lembrou dos outros dois bispos de São Félix, o cardeal Leonardo Steiner e Dom Adriano Ciocca, insistindo em agradecer a todos os padres fidei donum da Itália que trabalharam e trabalham na diocese de Roraima. Igualmente pediu orações pela família do padre Lúcio Nicoletto, agradecendo ao Papa Francisco pelo seu compromisso com a Querida Amazônia e o empenho em fazer realidade uma Igreja com rosto amazônico. Ao bispo eleito lhe desejou que “não faltem as palavras do Espírito, de coragem, discernimento, ousadia, de um pastor que tem ficado com o povo, capaz de animar a Igreja em espírito de comunhão e de sinodalidade”, lhe convidando a voltar sempre à diocese de Roraima, uma casa que é sua. No final da celebração, o padre Lúcio Nicoletto disse que nesse momento, sua palavra única é gratidão, agradecendo a todas as pessoas que ao longo da sua vida lhe ajudaram a se encontrar com Cristo, “para não correr o perigo de reduzir a fé a um fato pessoal”. Ele agradeceu à sua família de sangue e à sua família alargada, que foi descobrindo ao longo dos anos, da missão, que ele vive como uma dádiva, pedindo a Deus ser fiel ao seu chamado, a seu projeto, àquilo que Deus lhe confia hoje. O bispo eleito de São Félix do Araguaia agradeceu aos seus colegas missionários chegados da Itália, ao presbitério de Roraima e aos bispos que ele encontrou nessa diocese, dom Mário Antônio da Silva e dom Evaristo Spengler. Também agradeceu ao povo de sua nova Igreja local e aos bispos que por lá passaram, e “tornaram a Igreja de São Félix um berço fecundo de testemunho”. Igualmente agradeceu à diocese de Pádua, onde será ordenado bispo. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Padre Lucio Nicoletto nomeado bispo da Prelazia de São Félix do Araguaia

O Papa Francisco nomeou nesta quarta-feira 13 de março, o padre Lúcio Nicoletto como quarto bispo da Prelazia de São Félix do Araguaia (MT). Criada em 13 de maio de 1969, teve como primeiro bispo Dom Pedro Casaldáliga, que foi sucedido por Dom Leonardo Steiner, atualmente cardeal arcebispo de Manaus. Desde 2012, a Prelazia de São Félix tem como bispo Dom Adriano Ciocca, que completa 75 anos no dia 08 de julho de 2024, a quem o Papa Francisco aceito sua renúncia. Nascido em Este, província e diocese de Pádua (Itália), em 18 de agosto de 1972, foi ordenado diácono em 25 de outubro de 1997 e presbítero em 7 de junho de 1998. Nos primeiros anos de ministério presbiteral, foi vigário paroquial na diocese de Pádua, passando em 2001 a assumir a animação diocesana para as vocações presbiterais, integrando a equipe educativa do Seminário Menor. Nesse período fez um Curso de Psicopedagogia da Formação. Em 2005 foi designado para fazer parte da missão diocesana da diocese de Pádua no Brasil, na Diocese de Duque de Caxias (RJ). Nesta diocese trabalhou em algumas paróquias e foi formador, reitor e diretor espiritual do seminário interdiocesano de Nova Iguaçu. Igualmente fez parte do conselho diocesano para a formação inicial e permanente do clero e do diaconato permanente, assumiu o Setor Juventude, sendo assistente espiritual da Pastoral da Juventude e do movimento da Renovação Carismática Católica. Em março de 2016 concluiu o Mestrado em Teologia bíblica pela Pontifícia Universidade do Rio de Janeiro. Em junho de 2016 iniciou a nova missão diocesana da diocese de Pádua na diocese de Roraima, onde assumiu a paroquia de Caracaraí. Na diocese de Roraima foi responsável diocesano da Catequese e do projeto da Iniciação à Vida Cristã (IVC), também foi Vigário Geral e administrador diocesano na vacância entre Dom Mário Antônio da Silva e Dom Evaristo Spengler.​ A Presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), enviou uma mensagem ao bispo eleito onde manifesta sua alegria, agradecendo “o seu serviço à Igreja no Brasil nos últimos 19 anos como discípulo missionário no Rio de Janeiro e em Roraima”. A mensagem lembra as palavras do Papa Francisco: “A missão da Igreja é tarefa de todos os batizados. Deus dá as capacidades próprias da missão e da vocação de cada um. É um chamado que nos permite desempenhar a nossa tarefa apostólica de maneira ativa e criativa, segundo os dons e carismas que recebeu”. Na mesma data foram nomeados dom Josafá Menezes da Silva, como arcebispo de Aracajú (SE), que será transferido da arquidiocese de Vitória da Conquista, na Bahia, e dom Rubival Cabral Britto, OFMCap, como bispo da diocese de Bom Jesus da Lapa (BA), transferindo-o da Sede Episcopal de Grajaú (MA). Assessoor de comunicação CNBB Norte1

Dom Leonardo: “A salvação vem da Cruz, mas daquela Cruz que é Deus feito carne, não há salvação nas ideias”

No quarto domingo da Quaresma, domingo da alegria, domingo Laetare, segundo ele mesmo lembrou, o cardeal Leonardo Steiner iniciou sua homilia dizendo que “a consolação está próxima, está próxima a Páscoa de Jesus”, uma alegria que nasce do fato de Deus ter dado seu filho ao mundo para que todos tenham a vida eterna. Segundo o arcebispo de Manaus, “as leituras da Quaresma nos indicam a conversão como caminho do encontro com Cristo crucificado, ressuscitado”, ressaltando que a Campanha da Fraternidade de 2024 “nos aproxima da misericórdia de Deus, para buscarmos reconciliação e assim vivermos como irmãos e irmãs”. Ele disse que “o caminho quaresmal é seguir Jesus como o povo da Primeira Aliança, é o tempo que nos convida a ouvir melhor a voz de Deus, como também a aclarar o sentido das tentações que temos”. Comparado com o acontecido no deserto com o povo de Israel, Dom Leonardo Steiner afirmou que “Jesus tornou-se para nós remédio, salvação, redenção de todos os nossos males”. Segundo o arcebispo, “o povo no caminhar do deserto ficou impaciente, pôs-se a falar mal de Deus e de Moisés”, insistindo em que “não aguentando mais a dureza desértica, diante da incerteza da chegada à terra da promessa, começam a murmurar, se revoltar contra Deus e contra Moisés”, explicando o sentido da serpente de bronze para vencer as serpentes, “sinal do coração desviado, da murmuração, do pecado, da traição, que leva à morte”. O cardeal Steiner disse que “o pecado leva à morte, mas o reconhecimento do pecado conduz à vida”, destacando que “a salvação vem da Cruz, mas daquela Cruz que é Deus feito carne, não há salvação nas ideias, na boa vontade, no compromisso de ser bom, a única salvação está em Cristo Crucificado, porque só Ele, como a serpente de bronze, foi capaz de assumir todo o veneno do pecado e nos curar a todos”. No Evangelho do dia, o cardeal Steiner destacou a frase: “Deus amou tanto o mundo que deu seu filho primogénito”, ressaltando que “Deus nos amou antes que nós o amássemos”, um amor gratuito, enviando seu filho e nele “somos feitos primogenitura de Deus”, que abandonamos quando “enveredamos pelo caminho do pecado e da morte que nos destrói”. Segundo o arcebispo de Manaus, “nas contradições, nas murmurações, nas contendas, nos fechamentos, nos nossos desvios e pecados, nós nos distanciamos deste amor gratuito da Cruz, do crucificado”. Lembrando as palavras de Santo Agostinho, o cardeal disse que “as obras boas começam quando o reconhecimento das obras más”, fazendo um chamado a “olhar para Jesus e perceber onde nos encontramos, olhar para Jesus no seu amor e percebermos o nosso distanciamento, as nossas traições, os nossos desvios”. Segundo Dom Leonardo, “o desejo ardente de Deus é que vivamos, não a morte, Ele sempre nos quer salvos, libertos, livres, a caminho, mesmo quando estamos no deserto, mesmo quando estamos entre serpentes, Ele deseja salvos, vivos”. No deserto somos tentados, mas também somos libertados, destacou o cardeal, chamando a não nos deixarmos levar pela murmuração, pelas contradições. Ele insistiu em que somos “irmãos e irmãs, pois somos gerados na Cruz do amor, em Jesus”, afirmando que “a Campanha da Fraternidade insiste na amizade social porque vivemos da graça da irmandade que veio da Cruz”, o que faz com que “somos sempre únicos, únicas no amor”, mas sem esquecer que “os especiais no amor são os esquecidos e os rejeitados”. O cardeal lembrou que “vivemos no tempo da agressão, da violência nas palavras, na intolerância religiosa, política, racial, no desprezo da ética e da justiça que possibilita viver na dignidade, na verdade”. Ele destacou que “diante de um amor doação tão inaudito, não nos cabe outra resposta senão desejar de todo coração, de toda alma e mente, de todo vigor, sermos irmãos e irmãs, tecendo os fios do perdão, da reconciliação, para que surja a verdadeira fraternidade”. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

8 de março em Manaus: “Sem as mulheres na Igreja da Amazônia, a gente não tinha praticamente nada”

No Dia da Mulher, as mulheres manauaras saíram às ruas da capital do Amazonas para continuar a luta pelos seus direitos. Muitos desses direitos são reconhecidos, mas não são efetivados, fazendo com que as mulheres, também na Amazônia, continuem sendo vítimas do feminicídio e de tantas outras situações que foram denunciadas ao longo da caminhada que partiu da Praça da Matriz e foi até o Largo de São Sebastião, na frente do Teatro Amazonas, um dos pontos mais emblemáticos da cidade. Dentre as mulheres participantes, muitas delas eram católicas, representantes da Vida Religiosa e lideranças das pastorais, movimentos e comunidades, onde não podemos esquecer, elas têm um papel fundamental para que a Igreja da Amazônia continue sendo semente do Reino. Ser mulher na Amazônia e na Igreja da região significa segundo a Ir. Sônia Matos “ser totalmente impregnada do Espírito de Deus que cria, ser solidária com a criação, solidária com os povos da floresta, com os povos da terra, e significa viver plenamente feliz, inserida neste território”. A superiora das irmãs adoradoras do Sangue de Cristo vê como desafios que são enfrentados, “o autoritarismo, o machismo, tanto na sociedade como na Igreja, e uma desqualificação, uma invisibilidade da mulher, que ela é excluída pelo simples fato de ser mulher, tanto na Igreja como na sociedade, ocupando nossos espaços que nos pertencem por direito e também pelo batismo”. Diante do grande machismo e violência que existe em Manaus, Conceição Silva afirma que “ser mulher é resistir”, insistindo que como mulheres amazônicas, as mulheres têm que se precaver em suas relações. Ela faz um chamado a que aqueles que participam das pastorais lutem contra essa violência. Para isso demanda a necessidade de estar juntos, “todos os movimentos, todas as pastorais, para refletir sobre esse enorme número de feminicídios”, sendo o Dia da Mulher mais uma oportunidade para estar junto e refletir. A mulher na Igreja da Amazônia, “ela tem que ter resiliência”, afirma a membro das Pastorais Sociais da Arquidiocese de Manaus. Ela destaca que “atualmente a Amazônia está sendo muito visada por todo mundo”, o que a leva a dizer que “nós como Igreja, nós temos que avançar, nós temos que lutar contra todo esse tipo de violência contra a natureza, contra os indígenas, os quilombolas, os ribeirinhos. A gente tem que estar junto com eles, porque Jesus veio para os mais necessitados, Jesus não ficou só olhando, ele esteve no meio. As pastorais, os leigos na Amazônia têm que estar dedicados a estar junto, no meio do povo, esse é o verdadeiro Evangelho”. O momento atual é de muito desafio como mulher, leiga, indígena na Amazônia, segundo Gorete Oliveira. Ela denuncia a dificuldade diante da falta de segurança, a complicação que é vivida no campo da educação, com grande dificuldade para entrar no ensino superior. A membro da Equipe Itinerante, diante dessa realidade, insiste em que “ser mulher na Amazônia é ser uma gigante, é lutar, lutar e nunca parar de lutar”. “Sem as mulheres na Igreja da Amazônia, a gente não tinha praticamente nada”, afirma Guadalupe Souza Peres. A liderança na Arquidiocese de Manaus, “a presença das mulheres na Igreja neste chão amazônico é de fundamental importância, principalmente nas comunidades”, lembrando a falta de padres em muitas comunidades falta de padres, o que faz fundamental essa presença feminina. Para esse trabalho das mulheres, ela diz que “a dificuldade é o clericalismo muito grande”. Ela insiste em que não fala de “clericalismo dos padres, mas das pessoas que querem ser donas da Igreja, e no caso as mulheres encontram muitas barreiras também nessa parte”. Se referindo à sociedade, ela disse que “a gente sabe que a gente tem esse dia, mas todos os dias a gente luta para poder ter voz e vez na sociedade que a gente vive”. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

2024, Ano de Visita Pastoral na Diocese de Borba: “tempo de graça, de escuta, de sinodalidade”

A Diocese de Borba, segundo informou Dom Zenildo Luiz Pereira da Silva, está vivendo em 2024 a Visita Pastoral em todas as paróquias e áreas missionárias. O calendário de visitas, que iniciou no final do mês de fevereiro, tem previsto ser encerrado no mês de novembro. O bispo diocesano de Borba diz estar vivendo essa visita como um tempo de graça, de escuta, de sinodalidade, como um tempo de gerar proximidade entre o bispo e as paróquias e áreas missionárias, as lideranças e os conselhos. A visita pastoral, segundo recolhe o roteiro de orientação elaborado por Dom Zenildo Luiz Pereira da Silva e enviado às paróquias e áreas missionárias, é uma das missões do Bispo, uma oportunidade para o encontro e diálogo do Bispo com os fiéis, que segundo o Direito Canônico deve ser realizada em toda a diocese a cada cinco anos. Dentre os objetivos dessa visita destaca a possibilidade do Bispo encontrar, conhecer e ouvir os fiéis, acolhendo e escutando aquilo que faz parte da vida do povo, renovando a esperança numa Igreja ministerial e sinodal. A visita pastoral também possibilita avaliar a eficiência das estruturas e instrumentos de evangelização, ajudar as comunidades a resolver dificuldades e ser um momento de encontro que ajuda a entender a natureza da Igreja. O bispo se encontra com os padres, o Conselho Pastoral, o Conselho Paroquial para Assuntos Econômicos, visita as escolas, as comunidades indígenas, os doentes, as autoridades, celebra missas na matriz, controle dos livros paroquiais. No final da visita será enviado ao pároco um relatório contendo considerações mais detalhadas da Visita Pastoral. Todas as paróquias e áreas missionárias da Diocese de Borba estão se preparando para a Visita Pastoral de Dom Zenildo Luiz Pereira da Silva, que destaca a importância dessa visita. A visita pastoral foi iniciada de 23 a 25 de fevereiro de 2024 na Paróquia de São José, no distrito do Novo Céu, no município de Autazes. Nesta semana, de 06 a 10 de março, está sendo realizada a visita pastoral na Paróquia de São Joaquim e Sant´Ana em Autazes, “visitando as comunidades, as obras sociais, toda nossa dinâmica missionária”, destacou o Bispo diocesano de Borba. Ele insiste em que “assim, vou visitar todas as áreas missionárias, todas as paróquias, até novembro, um calendário bem extenso para a gente marcar presença e ao mesmo tempo gerar proximidade, acompanhar nossas lideranças na missão”.   Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Clero da Diocese de Coari realiza seu encontro semestral e celebra Missa dos Santos Óleos

O clero da Diocese de Coari realizou de 04 a 07 de março de 2024, na Casa de Retiro Santo Afonso, que também é o Centro Diocesano de Formação Missionária, seu encontro semestral, que contou com a participação dos 17 Padres que evangelizam nas paróquias dessa Diocese. Os Presbíteros, junto com seu bispo Dom Marcos Piatek, rezaram, trocaram as experiencias sacerdotais, refletiram sobre a sua vocação presbiteral na nossa realidade hoje, abordando também alguns assuntos administrativos e pastorais. Durante o encontro os recém-formados teólogos pela Faculdade de Teologia do Amazonas, Leonardo Rufino da Silva e Willian da Silva Aragão, foram admitidos para a Ordenação Diaconal, que será realizada no dia 15 de junho de 2024 na Catedral de Coari. No dia 06 de março todos os Padres se reuniram na Catedral Senhora Sant´Ana para celebrar a Missa dos Santos Óleos, presidida por Dom Marcos Piatek. Os padres renovaram suas Promessas Sacerdotais. Em seguida foram abençoados e consagrados os Óleos dos Catecúmenos, da Crisma e dos Enfermos. No final da solene celebração Dom Marcos agradeceu aos Padres pela sua vida doada a Deus e ao povo da Diocese de Coari, e convidou os numerosos fiéis reunidos na catedral a colaborar e rezar pelos seus respectivos padres. Seguidamente foi entregue a cada um dos padres, além dos Santos Óleos, o livro: “Presbíteros: Testemunhas da Esperança”, da autoria do Pe. Humberto Robson Carvalho. O último dia do encontro foi dedicado à confraternização e a um passeio na Lancha Catedral, até a “Freguesia de Coari” (onde nasceu a cidade de Coari) em comemoração dos 250 anos da Paroquia Sant’Ana e São Sebastiao. Dom Marcos Piatek e o clero da Diocese de Coari agradeceram à Paroquia Sant’Ana e São Sebastião, com seus respectivos padres pela bonita organização do Encontro do Clero. O bispo diocesano desejou aos nossos padres que sejam “alegres na esperança, perseverantes na tribulação, constantes na oração” (Rm 12,12), pedindo que o Espírito Santo continue os guiando e fortalecendo na sua caminhada presbiteral. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1