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1ª Assembleia Diocesana de Pastoral da Diocese de Borba: Ser uma Igreja samaritana para cuidar da vida

A diocese de Borba realizou de 17 a 19 de novembro de 2023 sua primeira Assembleia Diocesana de Pastoral na paróquia de Santo Antônio de Borba, contando com a participação de mais ou menos 80 representantes das comunidades, áreas missionárias e paróquias da diocese. Segundo informa o site da diocese de Borba, a assembleia iniciou com a Adoração ao Santíssimo Sacramento, “pedindo sabedoria e discernimento para um bom avanço nesta Assembleia”. Um momento de oração que deu passo às palavras de acolhida de Dom Zenildo Luiz Pereira da Silva, bispo diocesano, que pediu pela paz. O primeiro passo da assembleia foi a avaliação das pastorais, movimentos, organismos e obras, sendo avaliadas as atividades executadas nas paróquias ao longo do ano, apresentando igualmente os vigários forâneos as atividades de cada uma das foranias. Ademir Jackson, assessor de pastoral da diocese de Borba coordenou a elaboração do calendário de atividades diocesanas, apresentando toda a programação para o ano 2024, sendo realizado um trabalho de programação em nível de forania. Segundo Ademir Jackson, o bispo diocesano destacou quatro pontos como orientação pastoral para o ano que vem, colocando a parábola do Bom Samaritano como aquilo que deve impulsionar o trabalho pastoral na diocese de Borba em 2024, pedindo que seja inspiração para os encontros, para os retiros, formações, e todo o direcionamento pastoral da diocese no ano que vem. Nas palavras de dom Zenildo Luiz Pereira da Silva, o assessor de pastoral destacou que “precisamos ser uma Igreja samaritana, capaz de se colocar no lugar do outro, cuidar, orientar e buscar se impor meios na busca humanitária para cuidar da vida em primeiro lugar”. Igualmente, o bispo destacou “cuidar a espiritualidade do povo através de encontros, através de formações”. Para 2024, o bispo tem como prioridade a visita pastoral em todas as paróquias, buscando ficar com o povo, escutar o povo. Também foi destacado a necessidade da formação e o fortalecimento das comunidades eclesiais de base. O bispo diocesano convidou a todos a se juntarem para começar o processo de organização da Fazenda Esperança na cidade de Autazes, e fez um chamado a participar no congresso bíblico diocesano, que acontecerá de forma simultânea nas quatro foranias, refletindo sobre a temática do dízimo, como meio de evangelização, se tornado uma das prioridades da diocese. A Assembleia Diocesana também aprovou o Plano de Catequese, que segundo Ademir Jackson “vai nortear a caminhada dentro da proposta da Iniciação à Vida Cristã“ No encerramento da Assembleia Diocesana 2023 foi realizada a celebração de um ano de Criação da Diocese de Borba, com uma Eucaristia presidida pelo bispo diocesano. Em sua homilia, Dom Zenildo Luiz Pereira da Silva ressaltou que somos uma igreja ministerial, que se sente muito feliz pelo bom êxito da assembleia diocesana de pastoral, que foi muito bem planejada com o objetivo de toda a diocese se encontrar, brincar, refletir, avaliar e sonhar juntos como será o próximo ano. O bispo disse que o Espírito Santo lá esteve, costurando, iluminando, aquecendo todas as pessoas. Igualmente, ele destacou sua fala para os jovens no Congresso Diocesano, insistindo em que devemos: escutar, discernir e decidir. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1 – Com informações da diocese de Borba

8ª Assembleia Pastoral da diocese de Coari: vocação e vivência dos sacramentos numa Igreja sinodal

A paróquia Nossa Senhora das Graças, na cidade de Codajás, sediou a 8ª Assembleia de Pastoral da diocese de Coari, realizada de 17 a 19 de novembro, com o tema: “A Vocação à vida cristã e a vivência dos sacramentos numa Igreja sinodal”. O encontro, que contou com a participação de mais de 200 representantes das paróquias que fazem parte da diocese, foi iniciado com uma Eucaristia presidida por dom Marcos Piatek, bispo diocesano, e concelebrada pelos padres que evangelizam na diocese. Na abertura da assembleia, dom Marcos Piatek lembrou do 3º Ano Vocacional, que será encerrado no próximo domingo 26 de novembro, solenidade de Cristo Rei, o Sínodo sobre a sinodalidade, que realizou a primeira sessão da Assembleia Sinodal, de 04 a 29 de outubro de 2023 e tem previsto realizar a segunda sessão em outubro de 2024, e os 10 anos da criação da diocese de Coari pelo Papa Francisco, no dia 09 de outubro de 2013. Em sua exposição, o bispo diocesano apresentou uma síntese da caminhada da diocese nos últimos dez anos, tanto do ponto de vista pastoral, quanto administrativo e agradeceu a colaboração de todos. Dom Marcos Piatek frisou que a Igreja e a Assembleia Pastoral estão ao serviço da evangelização e da missão. A Igreja, desde os tempos remotos jamais parou de evangelizar, de servir e de celebrar.  A missionariedade se expressa através do Anúncio (Múnus Profético), através do Serviço-Caridade (Múnus Régio) e através do Culto (Múnus Sacerdotal). Durante a 8ª Assembleia Pastoral da diocese de Coari, foi refletido sobre a vocação à vida cristã, com assessoria do Pe. Elcivan Alencar, sendo aprofundado o sentido dos sacramentos do Batismo, da Eucaristia e do Matrimonio, que estão bem presentes na vivência do povo que vive sua fé na diocese, mas que trazem hoje novos desafios. O Sacramento do Batismo foi apresentado pelo Pe. Delaci e pela sra. Graça Palheta; o Sacramento do Matrimonio foi abordado pelas senhoras Rosa Cândida e Nívia Maria; o Sacramento da Eucaristia ficou por conta do Pe. Valdivino. Na Assembleia foi destacado a contribuição dos participantes como algo importante e enriquecedor, algo que foi percebido na partilha do trabalho realizado ao longo do ano nas paroquias e nas pastorais, avaliando sua caminhada, planejando, estabelecendo metas e objetivos. No final da assembleia, Dom Marcos Piatek informou sobre algumas mudanças e transferências do clero e dos seminaristas. No encerramento da 8ª Assembleia Pastoral da Diocese de Coari foi realizada uma celebração eucarística na Comunidade São Sebastião, que contou com a presença dos participantes da assembleia e dos fiéis da Paróquia Nossa Senhora das Graças. A diocese de Coari mostrou sua gratidão a Deus por esta importante assembleia pastoral. Também agradeceram a toda a Paroquia Nossa Senhora das Graças de Codajás, na pessoa dos padres Felipe (pároco) e Edinei, das irmãs do Divino Mestre, das numerosas equipes de apoio. Igualmente a todos os participantes da assembleia pelo seu zelo, dedicação e a maturidade. Uma Assembleia que foi tranquila, frutuosa e fraterna, graças à Coordenação Diocesana de Pastoral acompanhada de perto pelo seu coordenador. Pe. Valdivino. Tudo isso sobre a proteção de Maria, a Senhora de Codajás e a Gloriosa Sant’Ana, padroeira da diocese de Coari, a quem pediram que “nos inspirem na missão, testemunhando, servindo e celebrando”. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Mons. Vanthuy: “Salvar os caminhos religiosos dos povos indígenas é também missão da Igreja”

No dia 8 de novembro de 2023, o Papa Francisco nomeou o padre Raimundo Vanthuy Neto, do clero da diocese de Roraima como novo bispo da diocese de São Gabriel da Cachoeira. Nascido no Rio Grande do Norte, ele se diz amazônida de coração, pois chegou em Roraima com 9 anos. “A Amazônia tem uma das características mais bonitas, que é a acolhida de quem chega aqui”, uma marca secular. Ele coloca uma imagem: “é como se debaixo das árvores pudesse ter outras árvores pequeninas, e elas não incomodar; debaixo dos rios tem um lugar para todo mundo”, se dizendo contente de saber que seus pais foram acolhidos em Roraima, fugidos de situações de desemprego, da fome, da seca do Nordeste. Gestado na Igreja de Roraima “A Igreja de Roraima me fez padre da Amazônia, com uma preocupação principal do cuidado com os povos indígenas, com a casa comum”. Segundo Mons. Vanthuy, “eu fui gestado na Igreja de Roraima e no Seminário São José de Manaus”, onde ele conviveu com seminaristas de São Gabriel e onde posteriormente ajudou na formação de alguns dos atuais padres dessa diocese. Isso lhe leva a dizer que “ao mesmo tempo que eu me sinto um total estranho, não sou um estranho total da região”. O fato ter sido formado na Amazônia para servir como bispo à Igreja da Amazônia, “isso deixa a gente livre, mas deixa preocupado, que nem sempre profeta dentro de casa responde”, uma das experiências que diz ter mais sentido nas primeiras horas depois da nomeação, inclusive com as muitas ligações em que as pessoas o diziam ser a pessoa certa e acreditar nele. Algo que lhe produz alegria, mas que também o leva a se perguntar se está apto a responder a isso que o povo espera dele. Corresponsável com os outros Uma situação que levou o bispo eleito a se questionar: “E se é Deus que me chama? E se lá eles já me esperam? E se no desígnio de sua vida estava também colaborar com a Igreja de São Gabriel”. Ser bispo na Amazônia é vivido como uma graça grande, “me sinto responsável, porque os outros me fazem homem corresponsável. A responsabilidade não é coisa minha, mas é também um dom que os outros me fazem”. Mons. Vanthuy afirma ir para São Gabriel, “como um irmão que entra na barquinha da Igreja de São Gabriel, uma barca que tem marcas, por exemplo a grande marca dos Salesianos de Dom Bosco, das Salesianas, mais de cem anos de história”. Ele lembra de Dom Edson Damian, que abriu uma picada, veio de uma outra concepção, não religioso, não salesiano, brasileiro. Segundo o bispo eleito, chegando em São Gabriel, “eles vão perceber que eu sou padre brasileiro, nordestino que chegou na Amazônia e encontrou acolhida, que tal vez foi mandado a São Gabriel pela questão dos povos indígenas de Roraima, pela opção que a Igreja fez de lutar pela terra, e que lá eu me fiz próximo”. Chegar como um aprendiz “Diante de 23 povos, 16 línguas faladas, eu chego lá muito como aprendiz”, insiste. “Um aprendizado que não vai ser o mais importante da minha vida, mas com certeza será um dos mais marcantes”, afirmando viver em um ambiente eclesial que tem esses sinais. “O Papa Francisco quer ajudar a Igreja a ser aberta e eu chego lá para descobrir uma Igreja que tem caminhado com seus passos bonitos, mas também com seus limites, mas numa abertura de querer aprender, numa abertura de escutar e de dar passos juntos”. Ele é consciente que não será fácil, dadas as dificuldades económicas, mas sabendo que “Deus vai ajudar e eu não vou lá para resolver problemas de tudo”, tentando achar as saídas e as possibilidades. Um desafio, mas que também vê como consolação, é “saber trabalhar com o possível”, afirma o bispo eleito. Ele fala dos sonhos que tem ido tentando concretizar ao longo de sua vida, insistindo em “querer fazer as coisas junto com os outros, não sozinho, nem a partir de mim, mas a partir de um grupo de pessoas que sonham juntos e que vão tentar fazer juntos”. Ele coloca como primeiro sonho, “um bom diálogo, uma boa abertura, uma boa confiança nos padres de São Gabriel, eles podem ser a minha porta mais bonita da minha vida lá como bispo”, com os limites que cada um tem. Esse trabalhar com o possível “tem por trás o Verbo Encarnado, que quando se encarnou, o sonho dele era a mudança do mundo, mas Ele trabalhou com os homens e as mulheres que lhe foram dados”, afirma. Harmonia entre as sociedades e a natureza Pelo fato dessa região ser um dos espaços ainda menos tocados pela mão humana, pela “experiência da destruição”, ele destaca que “há ainda uma harmonia muito grande entre as sociedades e a natureza na região de São Gabriel”. Uma região onde vai ter que aprender a puxar o bote nas cachoeiras, a superar o medo a nadar, afirmando que o principal sinal dele, “não será as insígnias de outros bispos, mas será o colete salva-vidas, para ir ao encontro das pessoas”, dizendo querer vencer seus medos das águas, dos banzeiros altos, das intempéries, “para poder chegar aonde Deus me espera e lá eu tenho que descobrir algo de Deus”. O bispo eleito denuncia o avanço sobre o Rio Negro da mão forte do agronegócio, do garimpo, da pesca predatória, da negação do direito dos indígenas. Isso o leva a um sonho de aliança com os povos de lá, que já vivem isso e onde diz entrar “como coirmão, como cooperador, como aquele que quer ajudar”, afirmando que os povos indígenas têm um papel muito importante, especialmente no cuidado da Amazônia. Igreja aberta à inculturação Ele se referiu a “uma Igreja que se abre a essa experiência tão falada, tão esperada da inculturação”, dizendo ter que se sentar perto dos missionários que lá estão, “e avançar na coragem”, dado que é algo que aparece em diversos documentos,…
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Encontro Estadual da Juventude Missionária: “Compartilhar com os jovens como é ser missionário”

Depois de 05 anos sem encontro estadual, a Juventude Missionária do Estado do Amazonas realizou neste final de semana seu encontro em Presidente Figueiredo, com a participação de umas 30 pessoas, com o tema: “Jovens: Ide! Da Igreja local aos confins do mundo”. Uma oportunidade para mostrar a união das juventudes das dioceses e prelazias do Estado do Amazonas, segundo Caio Duarte, vice coordenador da Juventude Missionária do Estado do Amazonas. O jovem, que faz parte da paróquia Santo Mártires e Nossa Senhora Aparecida de Presidente Figueiredo, arquidiocese de Manaus, disse que o encontro quer ser uma oportunidade para “compartilhar com os jovens como é ser missionário, o que é ser missionário, pudendo possibilitar a escuta de cada realidade das juventudes”, insistindo em que “estamos aqui reunidos em perspectiva da mesma causa que é Jesus Cristo”. Com relação à perspectiva da Juventude Missionária para os próximos anos, Caio Duarte coloca “que possamos andar mais em sinodalidade, andar juntos no Estado como um todo, que os grupos de base não andem sozinhos, que eles saibam que existe uma rede de apoio da Juventude Missionária em nível estadual e diocesano, que estão ali apoiando eles”. O vice coordenador estadual da Juventude Missionária ressaltou que “estamos ali formando e incentivando a irmandade entre os grupos”. Igualmente, ele destacou a perspectiva de “fomentar a amizade social entre os grupos e romper os preconceitos que existem entre as juventudes, para com a sociedade, para com os diversos grupos étnicos que formam a sociedade”. Segundo Caio Duarte, “a ideia da Juventude Missionária é compreender que é formada por seres múltiplos, e cada ser carrega a sua realidade e a sua personalidade”. Ele sublinhou que “devemos respeito uns aos outros, e é assim que vamos formando um só corpo, em união e unidos em Jesus Cristo”. Do encontro participou o padre Genilson Sousa, secretário da Pontifícia Obra da Propagação da Fé das Pontifícias Obras Missionárias (POM-Brasil) e Juciane Chianca, assessora do Grupo de Trabalho da Juventude Missionária em nível nacional. Também se fizeram presentes Val Rodrigues e Joilson Carvalho, coordenadores da Juventude Missionária no Estado do Amazonas, o padre Gutemberg Gonçalves Pinto, coordenador do Conselho Missionário Regional Norte1 da CNBB, o padre Matheus Marques da Costa, membro da coordenação do COMIRE, e a Ir. Rose Bertoldo, secretária executiva do Regional Norte1 da CNBB. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Mons. Hudson Ribeiro será ordenado bispo 02 de fevereiro no Santuário São José

Mons. Joaquim Hudson de Souza Ribeiro, nomeado pelo Papa Francisco bispo auxiliar da Arquidiocese de Manaus no dia 8 de novembro de 2023, será ordenado bispo no dia 02 de fevereiro de 2024, às 19 horas, no Santuário São José de Manaus. O atual pároco da Catedral de Nossa Senhora da Conceição e diretor da Faculdade Católica do Amazonas será ordenado pelo Cardeal Leonardo Ulrich Steiner, arcebispo metropolitano de Manaus, e terá como bispos co-ordenantes, Dom Luiz Soares Vieira, arcebispo emérito da Arquidiocese de Manaus, e Dom Mário Antônio da Silva, arcebispo de Cuiabá, que iniciou seu ministério episcopal sendo bispo auxiliar de Manaus. O lema episcopal de Mons. Hudson Ribeiro será “Ministrare non ministrari” (Servir e não ser servido). Ele será bispo auxiliar da arquidiocese de Manaus junto com Dom Edmilson Tadeu Canavarros dos Santos, que assumiu essa missão em dezembro de 2016, e Dom Zenildo Lima, ordenado no dia 15 de novembro de 2023. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Uma Igreja ainda mais missionária

Um sinal de maturidade na Igreja católica é que ela se torne missionária, que tenha a capacidade de levar a Boa Nova do Evangelho até os confins do mundo. O 5º Congresso Missionário Nacional, realizado em Manaus de 10 a 15 de novembro, com a presença de representantes de todos os cantos do Brasil pode nos ajudar a entender que a Igreja da Amazônia é uma Igreja Missionária, que sua vivência do Evangelho ilumina a vida da Igreja até os confins do mundo. Uma Igreja viva, que desde a periferia do mundo e da Igreja vai iluminando toda a Igreja, todas as igrejas, a vida de todos os batizados e batizadas. E vai fazendo isso iluminando a vida dos outros com aquilo que faz parte de sua vida cotidiana, da vivência de suas comunidades. Uma Igreja que mesmo nas dificuldades pelas que passa encanta àqueles que a conhecem e entendem seu modo de fazer carne o Evangelho. Ao longo do 5º Congresso Missionário Nacional as vozes da Amazônia foram testemunhando como nos rios, nas matas, nos povos e comunidades da região foi se fazendo vida, se fazendo fruto a semente do Verbo que foi germinando secularmente no cotidiano da existência e da vivência da fé e das espiritualidades, nas pessoas, mas sobretudo nas comunidades amazônicas. Agora o grande desafio é sermos uma Igreja ainda mais missionária, sem medo de sair ao encontro das sementes de Deus na vida do povo, umas sementes que estão próximas de nós, mas também distantes, além-fronteiras. Uma Igreja que sente esse chamado como algo comum, algo que faz parte da vida de todos e todas. Aqueles e aquelas que vão anunciar, fazem isso em nome de uma Igreja que envia, uma Igreja que se sente responsável por uma missão que por nascer de Deus Trindade, ela é comunitária. Uma Igreja que dá frutos e os oferece à Igreja, frutos concretos que se manifestam nos três bispos da Igreja da Amazônia nomeados recentemente para servir à Igreja da Amazônia, motivo de grande alegria para muitos. Um sinal de maturidade, que tem sido alcançada com o compromisso de muitos e muitas, de gente chegada de fora, que aos poucos foi convertendo seu coração, fazendo-o amazônico, e de gente nascida neste chão que foi recolhendo a espiritualidade de seus ancestrais, mas também deixou se iluminar por quem tinha feito opção pela Amazônia. Agora é tempo de olhar o futuro com esperança, de uma esperança que vem de Deus e vai se fraguando na vida do povo. Somos chamados a continuar caminhando, construindo, concretizando, aqui e agora o Evangelho sempre antigo e sempre novo, carregado de Tradição e de novidade, de vida plena para todas e todos aqueles que se deixam interpelar por ele. A missão é ajudar àqueles que nunca fizeram isso a se deixar interpelar pelo Deus encarnado em todo tempo e em todo espaço. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1 – Editorial Rádio Rio Mar

Dom Zenildo Lima: “Neste chão amazônico foi moldado meu ministério presbiteral, este povo me formou”

No final de sua ordenação episcopal, Dom Zenildo Lima iniciou suas palavras dizendo que “não poderia compreender este ministério de bispo se não em perspectiva missionária nesta feliz coincidência de encerrar um Congresso Missionário Nacional com a expressão ministerial de uma Igreja Local”. Segundo o bispo auxiliar de Manaus, “ministerialidade e missionariedade são expressões da Igreja profundamente implicadas entre si”, agradecendo as Pontifícias Obras Missionárias por acolherem esta vivência da Igreja de Manaus. É verdade que tu me amas? Lembrando de sua sede como bispo auxiliar, Maraguia, uma Igreja que existiu na Tunísia, Dom Zenildo Lima disse que “os conflitos distantes têm a ver com a vida das nossas Igrejas Locais”, insistindo em que “toda experiência da missão nasce do fecundo encontro com o Senhor, que toma iniciativa como primeiro missionário de nos comunicar o seu amor, ainda que ele mesmo nos interpele: Simão, Filho de João, é verdade que tu me amas?”, lembrando das palavras do Evangelho proclamado na ordenação. Palavras que ele disse ter escutado “em linguagem de missão”, o que o levou a agradecer à paróquia onde foi batizado, a sua família, onde “a fé moldou-se como esperança em tempos tão difíceis e tão desafiadores”, onde “foi se atualizando com gestos de solidariedade e compaixão entre nós e para com os outros”, a sua comunidade de origem no Morro da Liberdade, suas amizades e aqueles que foram lhe educando na fé. Esse foi o chão onde foi surgindo sua vocação. Um caminho vocacional que, segundo o novo bispo, “nasceu do incômodo de um apelo que gostaria, em princípio que não tivesse nada a ver comigo”, lembrando de seu pároco, o reitor do Seminário, de “alguns dos mestres que tanto apostaram em mim”. Um tempo em que ele disse ter sido formado pela Igreja de Manaus, “na pessoa dos seus pastores, do seu dinamismo pastoral, da sua comunhão que hoje chamamos de sinodalidade”, enfatizando que “a Igreja de Manaus sempre foi o espaço privilegiado da minha formação permanente”. A riqueza da Igreja da Amazônia “Neste chão amazônico foi moldado meu ministério presbiteral, este povo me formou”, ressaltou Dom Zenildo Lima, lembrando dos “seus ministros, a riqueza extraordinária dos cristãos leigos e leigas, as religiosas verdadeiras educadoras e guardiãs para que o ministério por mim exercido não desaguasse em anomalias do clericalismo. Sempre que estivemos todos juntos, nas assembleias, nas solenidades, nas procissões, na Festa de Pentecostes”. Um caminho onde ele contemplou “a riqueza do povo de Deus ali reunido, somente depois eu podia convocar convencido da alegria da comunhão: Canta, canta, canta bonito, povo de Deus”. Fazendo uma leitura do chamado ao episcopado desde a terceira pergunta de Jesus a Pedro, que ele diz ter vivenciado como algo que “me soou constrangedor”, Dom Zenildo disse que “só agora entendi que ele me interpelava exatamente com estas mesmas palavras que chegaram até mim como apelo de totalidade. Totalidade no amor, totalidade no serviço. Só agora entendi que o pedido pela totalidade estava presente desde a primeira vez que ele me interrogou. Agora me pede tudo o que posso oferecer”. Servir como bispo nesta Igreja de Manaus Um “servir como bispo nesta Igreja de Manaus”, que lhe leva voltar seu olhar “para vocês”, “para a pessoa de Dom Leonardo que num insistente gesto de confiança fez escolha teimosa não necessariamente por um indivíduo, mais que isso, por um sujeito local”, ressaltando que “sua insistência não foi somente com minha pessoa, mas com esta Igreja de Manaus”. Um olhar que também se volta para o Seminário São José, dizendo que “minha vida está estreitamente perpassada pelo Seminário”. O novo bispo falou para seus irmãos bispos, dizendo que “para quem vai ser bispo nesta região, que escola privilegiada o episcopado deste Regional Norte 1 de quem sempre me senti próximo e disponível como um servidor e assim continuo oferecendo minha disponibilidade”. Dom Zenildo Lima dirigiu seu olhar para “os agentes que constituem esta Igreja Local”, ressaltando sua proximidade, expressada nas “incontáveis mensagens, surpreendentes manifestações de afeto”, repetindo as palavras de Santo Agostinho: “Para vocês sou bispo, com vocês sou cristão”! Eu me sinto um pouco diferente, dada a vossa proximidade, “com vocês eu sou bispo!”. Ele insistiu em que “vocês agora fazem parte desta resposta, a voz de vocês ecoa na minha e mesmo fraco e pobre insisto em dizer: Senhor tu sabes tudo, sabes que eu te amo!”. O novo bispo mostrou sua gratidão a Nossa Senhora da Conceição, “foi ela quem respirou por mim quando num leito de UTI quase em fase terminal os meus pulmões não davam mais conta sequer de lhe suplicar, respira por mim, Mãe do Céu. Eu experimento sem nenhuma sombra de dúvidas: ‘A Mãe de Deus está Conosco’!” Lembrança dos que deram a vida Falando da missão, Dom Zenildo insistiu em que ela “não nos conduz somente aos confins do mundo, ela nos leva aos confins da história, aos confins dos tempos, ao novo céu e nova terra, a terra sem males. A existência destinada aos que não desistiram, aos nossos mártires desta Amazônia, aos homens e mulheres que ofereceram a própria vida, até mesmo aqueles a quem a vida muito machucou”. Ele lembrou e se uniu “ao meu pai Leonardo Pessoa, ao bispo Jackson Damasceno que inaugurou esta modalidade da presença do ministério episcopal em nossa Igreja, a tantos cristãos leigos e leigas que doaram sua vida pela missão, religiosas exemplares cuja memória ainda alimenta a vida de nossas comunidades, ao meu amigo o Pe. Luis Gonzaga de Souza, ao nosso amado Dom Sérgio Castriani. Um bispo Missionário”, perguntando “o que diria Dom Sérgio de uma ocasião como esta? O que escreveria Dom Sérgio…”. Ele sente que foi de Jesus que “o seu convite amoroso acolhe o que eu tenho para oferecer. Agora que poderíamos fechar este diálogo ele novamente surpreende e faz com o que meu olhar não se limite aos ambientes eclesiais e eclesiásticos, mas se estenda aos pequenos, aos rejeitados, aos feridos, aos pobres, nas expressões mais dramáticas que se…
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Cardeal Steiner: “No episcopado já não vamos para onde conduzem nossos interesses, sonhos, projetos pessoais”

O 5º Congresso Missionário Nacional, realizado em Manaus de 10 a 15 de novembro, com o tema: “Ide! Da Igreja local aos confins do mundo” e com o lema o “Corações ardentes, pés a caminho”, foi encerrado com uma ordenação episcopal de um filho da terra, Dom Zenildo Lima, do clero da Arquidiocese de Manaus, que agora será seu bispo auxiliar. Uma celebração, presidida pelo cardeal Leonardo Steiner, com Dom Gutemberg Freire, bispo emérito de Coari, e Dom Roque Paloschi, arcebispo de Porto Velho (RO), como bispos coordenantes, que contou com a presença de quase 50 bispos, quase 200 padres e diáconos, de tudo o povo de Deus, radiantes de felicidade vendo que um filho da terra, formado na Amazônia, será bispo na Amazônia, com a benção de sua mãe, um momento de grande significado, em que encomendou a Deus o ministério de seu filho. Ungidos e enviados Em sua homilia, o cardeal Leonardo Steiner, arcebispo de Manaus, destacou na primeira leitura (cf. Is. 61,1-3a), o envio: ungidos e enviados para oferecer a boa-nova aos pobres, curar as feridas da alma, pregar a libertação aos cativos e a liberdade aos que estão presos. Discípulas missionárias, discípulos missionários, todos enviados e enviadas aos confins de tantos mundos para proclamar o tempo da graça, para consolar os que choram, para ungir com o óleo da alegria os que sofrem. Assim como Jesus enviado pelo Pai para ser a anúncio do Reino, assim todos, todas, enviados por Jesus para anunciar, proclamar o Reino”. Destacando o fato de sermos proclamadores, proclamadoras, Dom Leonardo disse que “não anunciamos estruturas, não transmitimos normas, não apresentamos moralismos”. Pelo contrário, “no encontro com Jesus, somos enviados para anunciar o Reino da misericórdia, da fraternidade, da esperança, do amor; a transfiguração, a plenificação”. Trata-se da “proclamação e anúncio que deseja chegar aos confins de tantos mundos desconhecidos, culturais, virtuais. Sim os confins, às beiradas, aos beiradões, aos limites, especialmente onde a vida está por perecer pela violência da destruição”. Todas as criaturas fazem parte do Reino O presidente do Regional Norte1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, fez um chamado a “proclamar a todas as criaturas que elas fazem parte do Reino, que em Cristo todas as criaturas se tornaram irmãs, que vivem na e da mesma casa comum, o Reino. Encontrados e despertados, como os discípulos de Emaús, para a plenitude da vida visível na morte e a ressurreição de Jesus, no morrer para transfigurar, Vida nova. É Ele que faz arder os corações e agiliza, apressa, alegra os passos. A ordenação episcopal torna visível a missão da Igreja, estarmos a caminho na alegria dos passos e corações no ardor missionário”. No Evangelho, o cardeal destacou que “Jesus busca o coração de Pedro por três vezes: Pedro tu me amas?”, chegando Pedro a entender que Jesus lhe pergunta “pelo amor que transcende à própria vontade, um amor sublime, divinizado”, algo que Pedro só entende quando lhe pergunta pela terceira vez: “gostas de mim, és meu amigo, sentes afeto por mim. E na tristeza de Pedro nasce daquele toque sagrado em que percebe que Jesus deseja ser amado com o amor que Pedro pode oferecer, deseja ser amado com sua humanidade, a sua finitude, com a ternura de sua humanidade. Jesus busca a Pedro e lhe manifesta que deseja pouco: a sua humanidade, o seu modo de amar, o amor de sua fraqueza”. Dar a vida gratuitamente Dom Leonardo disse que “Pedro acorda da sua ingenuidade e responde que o ama com o amor que transcende à sua própria vontade, um amor sublime, divinizado. Com o amor que recebeu de Jesus”, o que iluminou com as palavras de Santo Agostinho e Guilherme de Saint-Thierry. Jesus desejava despertar a Pedro, enfatizou o arcebispo de Manaus: “a tua humanidade és capaz de dar a tua vida, é capaz de divinizar-te e dar a vida gratuitamente? És capaz de morrer por mim?”, descobrindo nas palavras de Pedro que “pedes apenas que na minha fraqueza possa dar minha vida por ti; eu darei a minha vida por ti, servindo os irmãos e irmãs”. Palavras que disse aquele que seria ordenado: “Zenildo, se assim é: segue-me! Segue-me sem resistência, com todo o teu coração, com todo o teu afeto, com toda a tua mente, com toda a tua pessoa; inteiro, por inteiro, todo inteiro, de corpo e alma, dos pés à cabeça; segue-me na liberdade do teu amor que de mim recebeste, cuidando dos meus irmãos e irmãs, apascentando as minhas ovelhas”. Segundo o presidente do Regional Norte1, “o chamado, o envio, a missão, pede a resposta sagrada: sabes que te amo. O chamado, o envio e a missão do bispo se fundamenta, cresce, amadurece e plenifica na participação no amor de Cristo que deu a sua vida pela salvação do mundo. É uma participação no amor de Jesus e, por isso, no serviço que o amor oferece”. Ele lhe fez ver a Dom Zenildo que “partícipe da vida em Cristo revestido de Cristo pelo batismo e ungido pelo Espírito na crisma, o Senhor também te perguntou por duas vezes: Zenildo tu me amas? Sim, Senhor tu sabes que te amo, então segue-me”, recordando a ordenação diaconal e presbiteral e seu serviço “animando os irmãos e as irmãos nas Comunidades de nossa Arquidiocese”. Eu darei a minha vida por ti Diante da pergunta pela terceira vez, desde a “humanidade frágil e com o desejo de ser tomado pelo amor divino redentor, salvador, libertador, tornando visível e audível que Ele deseja ser amado com tua humanidade, a tua finitude, com a ternura de tua humanidade”, Dom Leonardo disse: “eu darei a minha vida por ti, servindo os irmãos e irmãs. Senhor que me sondas e me conheces, tens a minha fragilidade, a minha humanidade, inclusive minha fragilidade física, o amor que de ti recebi para oferecer e ofertar aos irmãos e irmãs que me forem confiados”. Ele fez um convite ao ordenando: “Segue-me sem resistência, com todo o teu coração, com todo o…
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Carta do 5º Congresso Missionário Nacional: Que o Ressuscitado impulsione para a missão permanente

Em uma carta aos missionários e missionárias das Igrejas locais, o 5º Congresso Missionário Nacional, realizado em Manaus de 10 a 15 de novembro de 2023, começou recordando a grave estiagem na Amazônia e a acolhida da Igreja local. Um Congresso expresivo do “ardor e o testemunho missionário da Igreja no Brasil”, com aproximadamente 800 participantes, “para fomentar um novo impulso, novas luzes e novas motivações na caminhada missionária para além de todas as fronteiras”. A missão é o paradigma Lembrando o tema, “Ide! Da Igreja local aos confins do mundo”, e o lema: “Corações ardentes, pés a caminho”, o texto recordou o chamado de Papa Francisco “a responder com alegria ao Evangelho que recebemos”. Uma carta que afirma que “a missão é o paradigma, o eixo que sustenta e nutre toda a Igreja. Uma missão fundamentada no diálogo recíproco, que possibilita incluir o estranho, as periferias, entrar na casa dos pobres, escutar seus clamores, sem preconceito, crítica, arrogância ou rejeição, desde a lógica diferente de Deus. Uma missão que inclui a todos, e que gera espaços de escuta e comunhão”. “Uma Igreja sinodal em missão até os confins do mundo que cruza fronteiras e vive a ministerialidade e a corresponsabilidade, superando o clericalismo. Uma Igreja samaritana que se concretiza no amor a aqueles que vivem nas periferias geográficas e existenciais. Uma Igreja para todos e todas. Uma Igreja encarnada, não colonial, não de conquista, mas pautada por uma missão de encontro e sem medo do diferente”, destacou o texto.  Pistas para as quatro prioridades A carta reafirma a relevância e a atualidade do Programa Missionário Nacional (PMN), e indica algumas pistas para a ampliação e a dinamização das quatro prioridades do Programa Missionário Nacional: formação missionária, animação missionária, missão ad gentes, compromisso profético-social, colocando em destaque alguns elementos para uma das prioridades. Diante disso, o texto afirma que “queremos, como os discípulos de Emaús, continuar tecendo caminhos de busca, de escuta e de transformação para que o Ressuscitado abra os nossos olhos, converta os nossos corações e nos impulsione para a missão permanente. Somos inspirados a reconhecer sua presença no cotidiano dos povos, em suas sabedorias, suas culturas, seus ritos, seus territórios e suas histórias”. Para isso é pedido “a força da Divina Ruah para sairmos ao encontro dos pobres e dos outros, servindo ao Reino de Deus com coração sem fronteiras e pés a caminho”, e a companhia de Maria, Mãe da Amazônia, “em nossa saída missionária das Igrejas locais até os confins do mundo”. Leia na íntegra a Carta Compromisso do 5º Congresso Missionário Nacional Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Carta dos Gritos da Amazônia da REPAM: Preocupações diante da agonia do bioma e de seus povos

Uma Carta diante dos Gritos da Amazônia foi elaborada pelos participantes do encontra da Rede Eclesial Pan-Amazônica (REPAM), realizada em Florência, Caquetá – Colômbia, de 8 a 10 de novembro de 2023. O texto começa pedindo “um cessar-fogo imediato em Gaza e em outros locais de conflito, com mecanismos e acordos internacionais para a construção da paz”. Lembrando seus 10 anos de vida, a REPAM se apresenta como “uma resposta profética a partir do Evangelho, com a tarefa de promover o cuidado da Casa Comum, fazendo ressoar a voz dos povos e a defesa dos direitos humanos”, destacando que “somos inspirados pela espiritualidade encarnada no território, comprometidos com novas formas de sinodalidade, para uma Igreja com rosto amazônico”. A carta mostra as preocupações da REPAM, “aflitos pela agonia desse bioma e de seus povos, conscientes de sua importância para o planeta: a crise climática e o colapso sistêmico na Amazônia; extrativismo predatório; desenvolvimento minero-energético na Amazônia; as falsas soluções da economia verde; o narcotráfico. A REPAM pede “a implementação de um Plano de Ação Integral para a proteção e defesa da Pan-Amazônia e de seus povos, com um compromisso sério das autoridades públicas e da sociedade civil para prevenir novas violências, ajudar as vítimas e reverter a situação”. Igualmente a carta lembra os pedidos das comunidades e povos amazônicos à Igreja: uma aliança na firme defesa de seus territórios. Também, “a REPAM ratifica o apelo do Papa Francisco pela governança global em tempos de crise climática, exigindo que as Conferências do Clima das Nações Unidas (COP’s) tomem decisões eficientes, vinculantes e que possar ser facilmente monitoráveis”, chamando “à unidade dos povos e das redes eclesiais pela ecologia integral, por um caminho de mobilização e conscientização”. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1