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Cardeal Steiner: “Nós que somos da Amazônia estamos acostumados com uma Igreja sinodal”

“Estamos em Sínodo”, afirmou o Cardeal Leonardo Steiner, arcebispo de Manaus e presidente do Regional Norte1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), no primeiro dia da primeira etapa da Assembleia Sinodal do Sínodo sobre a Sinodalidade, que reúne até 29 de outubro no Vaticano 464 representantes das Igrejas do mundo, dentre eles 13 brasileiros e brasileiras. Junto do Papa Francisco O dia começou com a celebração da Eucaristia, dando início à assembleia de um Sínodo que “já vem caminhando há muito tempo”, segundo o cardeal Steiner, que insistiu em que “nós participamos, nós demos as nossas sugestões, e agora estamos aqui, junto do Papa Francisco, dando os primeiros passos”. Dentre as expectativas, que disse ser muitas, o cardeal Steiner destacou “a alegria de nos encontrarmos com tantas pessoas de diversas culturas, de diversas regiões é muito grande”. O arcebispo de Manaus insiste na “confiança muito grande que se criou com o retiro de três dias que tivemos todos juntos fora de Roma”. Dom Leonardo Steiner destacou que “essa confiança vai nos ajudarmos a termos abertura suficiente para refletirmos e debatermos a questão da sinodalidade”. Um modo de ser Igreja sinodal O arcebispo de Manaus enfatizou que “nós que somos da Amazônia estamos acostumados com uma Igreja sinodal. Nós temos a participação dos leigos, a participação dos povos indígenas, dos padres, dos bispos, as nossas assembleias diocesanas, prelatícias, as nossas assembleias dos regionais, recordando sempre esse modo de ser Igreja, um modo de ser Igreja sinodal”. O cardeal Steiner afirmou que “é claro que nós daremos mais passos ainda, estaremos muito mais atentos para a questão da justiça, que faz parte da sinodalidade, a questão da casa comum, que faz parte da sinodalidade, nós ouviremos as sugestões de todas as outras igrejas particulares”. Ele pediu “que Deus nos ajude a termos um bom Sínodo e que nós ofereçamos a nossa experiência de fé, de caminhada da nossa Igreja, uma Igreja missionária, uma Igreja sinodal”. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Laudate Deum: “Não se pode mais duvidar da origem humana das mudanças climáticas”

Após oito anos da Laudato si’ e depois de advertir “que não temos reações suficientes enquanto o mundo que nos acolhe está desmoronando e talvez se aproximando de um ponto de ruptura”, o Papa Francisco lançou a Laudate Deum (baixar aqui), uma exortação apostólica dirigida “a todas as pessoas de boa vontade sobre a crise climática”, na festa de São Francisco de 2023. Uma crise da qual ele denuncia seus vários efeitos, lembrando que a Igreja tem repetidamente apontado que não é “uma questão secundária ou ideológica, mas um drama que prejudica a todos nós”. Consequências graves para todos O texto começa analisando a crise climática global, mostrando as “consequências muito graves para todos” do aumento da temperatura global. Apesar da zombaria de alguns, o Papa denuncia “o desequilíbrio global causado pelo aquecimento global”, que é visível em fenômenos extremos. Em suas palavras, ele desdenha a tentativa de culpar os pobres, ressaltando que “os poucos por cento mais ricos do planeta poluem mais do que os 50 por cento mais pobres de toda a população mundial”, e que “milhões de pessoas perdem seus empregos por causa das várias consequências da mudança climática”. A Laudato Deum afirma inequivocamente que “não há mais dúvidas sobre a origem humana – antropogênica – da mudança climática“, uma consequência do desenvolvimento industrial. Um desenvolvimento do poder econômico que está mais preocupado com o lucro do que com a crise climática. Isso está causando danos e riscos, como resultado do aumento da temperatura dos oceanos e do encolhimento do gelo continental, com um risco cada vez maior de “atingir um ponto crítico” do qual não há retorno. O Papa pede “responsabilidade pela herança que deixaremos para trás após nossa passagem por este mundo”. Paradigma tecnocrático Francisco analisa o paradigma tecnocrático, um tema já abordado na Laudato si’, que ele considera estar “por trás do atual processo de degradação ambiental”. Isso foi acentuado nos últimos anos pela inteligência artificial e pelos mais recentes desenvolvimentos tecnológicos, nos quais ele vê “a ideia de um ser humano sem limites”, criando uma ideologia na qual “a realidade não humana é um mero recurso a seu serviço”, uma tecnologia que “causa arrepios na espinha”. Ele pede que se repense o uso do poder humano, citando exemplos históricos de seu mau uso e pedindo “uma ética sólida, uma cultura e uma espiritualidade que realmente o limitem”. O texto considera que “a vida, a inteligência e a liberdade humanas integram a natureza que enriquece nosso planeta e fazem parte de suas forças e equilíbrio internos”, citando as culturas indígenas como exemplo da interação humana com o meio ambiente. Ele disse que as culturas indígenas são um exemplo de interação humana com o meio ambiente e pediu “um repensar da questão do poder humano, qual é o seu significado, quais são os seus limites“. Benefício máximo com o menor custo Diante dessa realidade, ele reflete sobre o que chama de “o aguilhão ético”, denunciando o controle da opinião pública por aqueles que têm os maiores recursos. Uma lógica de lucro máximo ao menor custo que ignora a “preocupação com a casa comum e qualquer preocupação em promover os descartados da sociedade”, apostando na meritocracia e os privilégios de poucos, questionando assim o sentido da vida. O Papa denuncia uma política internacional fraca, afirmando o poder monopolizado por uma elite, que deve ser combatido por “organizações mundiais mais eficazes, dotadas de autoridade para garantir o bem comum global, a erradicação da fome e da miséria e a defesa segura dos direitos humanos elementares“.  O texto fala em “assegurar o cumprimento de certos objetivos inegáveis”. Reconfigurar o multilateralismo “de baixo para cima”. Daí a necessidade de reconfigurar o multilateralismo “de baixo para cima”, lembrando as palavras de Fratelli tutti, onde ele defende “a primazia da pessoa humana e a defesa de sua dignidade além de todas as circunstâncias”. Um multilateralismo para “resolver os problemas reais da humanidade”, sem procurar substituir a política e defendendo uma reconfiguração da diplomacia, procurando “responder a novos desafios e reagir com mecanismos globais aos desafios ambientais, sanitários, culturais e sociais, especialmente para consolidar o respeito aos direitos humanos mais básicos, aos direitos sociais e ao cuidado com a casa comum”, o que exige “um novo procedimento para tomar decisões e legitimar essas decisões“. Laudate Deum analisa o progresso e os fracassos das conferências climáticas, destacando algumas etapas significativas, alcançadas quando todos estavam envolvidos. A análise se concentra na última conferência realizada em Sharm El Sheikh, em 2022, que ele vê como “outro exemplo da dificuldade das negociações”, exigindo mudanças substanciais, não apenas “remendos”, e que o problema seja visto como “um problema humano e social em uma ampla gama de sentidos“. Para isso, ele pede uma transição energética eficiente, obrigatória e fácil de monitorar, que inicie um processo drástico e intenso com o comprometimento de todos. Antropocentrismo situado Por fim, ele aborda as motivações espirituais, especialmente dos católicos, algo que brota da fé, embora convide membros de outras religiões a fazer o mesmo. À luz da fé, ele cita as contribuições bíblicas nesse sentido, pedindo comunhão e compromisso diante de um paradigma tecnocrático que “pode nos isolar do mundo ao nosso redor e nos enganar, fazendo-nos esquecer que o mundo inteiro é uma ‘zona de contato’“. Em contraste com a visão de mundo judaico-cristã, ele propõe um “antropocentrismo situado”, que leva a “reconhecer que a vida humana é incompreensível e insustentável sem outras criaturas”, uma consequência da estreita conexão com o mundo ao nosso redor, algo que vem de Deus. É por isso que ele pede o fim da “ideia de um ser humano autônomo, todo-poderoso e ilimitado” e a compreensão de nós mesmos “de uma forma mais humilde e mais rica”. Francisco convida “cada um de nós a acompanhar esse caminho de reconciliação com o mundo que nos abriga e a embelezá-lo com nossa própria contribuição”, reconhecendo a importância decisiva das “grandes decisões na política nacional e internacional”. Uma mudança que será mais fácil com mudanças culturais, com um…
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Sínodo da Sinodalidade: Buscando a Verdade pelos olhos de Jesus

No dia em que a Igreja celebra a festa de um de seus grandes santos, aquele a quem o Senhor pediu que reconstruísse sua Igreja, um de seus homônimos, Francisco de Roma, inicia uma nova que se espera frutífera, uma tentativa de promover uma Igreja sinodal, que não é algo novo, mas algo que tem sido dificultado há muito tempo. O que contribuir nesse caminho Uma tarefa que foi confiada a todos os batizados e que envolveu muitas vozes ao longo de um processo sinodal que começou há dois anos. Um tempo de escuta, de diálogo, que resultou em elementos que agora ajudarão no processo de discernimento, que nada mais é do que uma busca pela verdade em um mundo quebrado. Todos nós somos chamados a nos perguntar, mas especialmente os membros do Sínodo, o que temos a oferecer, o que temos a contribuir nesse caminho. Um caminho que deve ser percorrido sob as premissas da esperança e da alegria, que não podemos esquecer que são uma expressão clara da presença de Deus. É bom lembrar as palavras de Teilhard de Chardin, que diz que “ninguém pode acreditar em cristãos miseráveis que não transmitem significado, testemunho, verdade, beleza em sua visão do mundo“. Ou, em palavras menos poéticas, o apelo do Papa Francisco para que não sejamos “cristãos com cara de vinagre”. Sermos corajosos Fazemos parte de uma Igreja inspirada na Trindade, a melhor comunidade, a comunidade que se complementa, que é um sinal de harmonia, de uma sinodalidade que deve ser gerada na Igreja, para a qual este Sínodo é uma clara oportunidade. Mas precisamos ser corajosos, agir com parresia para seguir a voz do Espírito e responder aos desafios que o mundo de hoje está colocando para a Igreja, para que ela possa responder aos sinais dos tempos. É uma oportunidade de renascer, de superar medos, resistências e, fortalecendo o caminho do discernimento, encontrar a verdadeira Beleza. Para isso “não nos serve ter uma visão imanente, feita de estratégias humanas, cálculos políticos ou batalhas ideológicas. Não estamos aqui para realizar uma reunião parlamentar ou um plano de reforma. Não. Estamos aqui para caminhar juntos, com o olhar de Jesus“, como disse o Santo Padre em sua homilia na missa de abertura, que também contou com a presença dos novos cardeais que receberam o barrete no sábado, 30 de setembro. Recuperando o espírito do Concílio Um Sínodo que quer recuperar o espírito do Concílio, algo que Francisco deu uma piscadela ao citar as palavras de João XXIII no discurso de abertura do último Concílio: “Acima de tudo, a Igreja não deve se afastar do sagrado patrimônio da verdade recebido dos Padres; mas, ao mesmo tempo, deve olhar para o presente, para as novas condições e formas de vida introduzidas no mundo de hoje, que abriram novos caminhos para o apostolado católico”, palavras de grande relevância para o mundo de hoje. Esses novos caminhos são o grande desafio deste Sínodo. É um tempo de sinodalidade, de caminhar juntos, de superar “o espírito de divisão e de conflito” e de gerar espaços de comunhão, como o Papa assinalou. Para isso, o Sínodo é desafiado a “colocar Deus novamente no centro do nosso olhar, a ser uma Igreja que vê a humanidade com misericórdia. Uma Igreja unida e fraterna, que escuta e dialoga; uma Igreja que abençoa e encoraja, que ajuda aqueles que buscam o Senhor, que sacode saudavelmente os indiferentes, que põe em movimento itinerários para instruir as pessoas na beleza da fé. Uma Igreja que tem Deus em seu centro e, portanto, não divisiva internamente nem dura externamente”, disse Francisco. A grande questão é como conseguir isso, como ser uma Igreja acolhedora, cordial, amigável, sem medo de confrontos, uma Igreja que “se torne um colóquio”, como disse Paulo VI. Uma Igreja que não está sobrecarregada, que não é rígida nem morna, que não está cansada nem fechada em si mesma. Tudo isso sem esquecer que o Espírito é o protagonista. Quase um mês, até 29 de outubro, para progredir em tudo isso. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Amizade: O pressuposto fundamental de uma Igreja sinodal. Sem isso, ela não funciona

Foto: Vatican Media Em uma Igreja formada por homens e mulheres, somos chamados a refletir sobre os sentimentos humanos a fim de compreendê-la. Um dos sentimentos mais fortes em nossa vida, que todos nós já experimentamos em momentos diferentes e com pessoas diferentes, é o da amizade, que podemos considerar um pressuposto fundamental em uma Igreja sinodal. Amizade para o fluxo do discernimento Na véspera da primeira sessão da Assembleia Sinodal do Sínodo sobre Sinodalidade, ter esses sentimentos de amizade pode ser decisivo para que o processo de discernimento flua. A amizade é um sentimento que nos aproxima dos outros, que me faz olhar para eles com outros olhos, que gera empatia, uma atitude que não pode ser negligenciada em uma sociedade, também em uma Igreja, que está dividida. Os membros do Sínodo estão sendo desafiados a orar sobre isso, para que essa amizade possa gerar sentimentos de unidade, condição necessária para caminharmos juntos, para sermos uma Igreja sinodal. Sentimentos que devem estar acima de pensamentos e posições diferentes, pois para ser amigo não é essencial pensar tudo da mesma forma. Mas é verdade que, com bons amigos, é mais fácil chegar a um terreno comum que nos permita continuar avançando juntos, sentindo sua presença como algo que nos enriquece. Uma presença que cura Na Igreja, essa amizade se traduz em comunhão, um dos elementos presentes neste Sínodo, uma comunhão que nos remete a Deus, mas também aos outros, aos amigos, como uma presença que nos cura, que nos dá a mão na dificuldade, que nos ajuda a entender o que, a princípio, é difícil para nós, que nos dá a possibilidade de tecer redes comuns. No final das contas, aqueles que participam da Assembleia Sinodal o fazem em representação da Igreja que lhes confiou essa missão. Seja de uma conferência episcopal, seja de uma das sete regiões em que o Sínodo foi dividido para a etapa continental, seja por delegação do Papa Francisco, que convocou aqueles cuja presença ele considerou necessária, incluindo pessoas que pensam de forma diferente, mas que ele não considera inimigas. Um Sínodo que deve ser uma forma de tornar realidade o que muitos consideram “amizades impossíveis“. A sinodalidade deve ser um instrumento que possibilite o encontro com aqueles com quem a escuta, o diálogo e o discernimento em comum levam à descoberta de riquezas interiores que nossos simples sentimentos humanos não nos permitiram perceber. O grande desafio é entrar na dinâmica do “nós” e, para isso, é necessário concretizar aquela amizade que alimenta nossa vida, que nos ajuda a superar nossas dúvidas juntos e a dar passos adiante juntos, entre nós e com o Deus que, em Jesus, se torna nosso melhor amigo. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Medos do Sínodo: “Se for de Deus, vocês não conseguirão destruí-los”

O Sínodo sobre a sinodalidade, o Sínodo sobre a Igreja, sobre como ser Igreja neste momento da história em que nos coube viver, desperta desconfianças e medos, típicos de quem não espera nem quer que “o Sínodo seja um kairós de fraternidade, um lugar onde o Espírito Santo purifique a Igreja de tagarelices, ideologias e polarizações“, palavras do Papa Francisco na oração ecumênica realizada no dia 30 de setembro para confiar ao Espírito Santo os trabalhos da primeira sessão da 16ª Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, a ser realizada de 4 a 29 de outubro de 2023. O espírito dos Atos dos Apóstolos Estamos diante de um Sínodo que podemos dizer que nos leva de volta ao espírito dos Atos dos Apóstolos, uma época em que também havia temores por parte daqueles que se consideravam os únicos conhecedores das coisas de Deus, que não entendiam as novas formas de se relacionar com Ele. A resposta do fariseu Gamaliel é algo que é relevante para o momento que a Igreja vive com o atual Sínodo: “Digo-lhes agora, portanto, que se afastem desses homens e os deixem. Pois se essa ideia ou esse trabalho for dos homens, será destruído; mas se for de Deus, vocês não conseguirão destruí-los. Para que vocês não se vejam lutando contra Deus”. Em uma Igreja que é católica, universal, diversa, em uma Igreja na qual “há espaço para todos, todos, todos”, sentar-se para escutar, dialogar e discernir juntos não pode ser motivo para ninguém ter medo. O medo é o oposto da fé Ou talvez seja, porque me lembro das palavras de dom Pedro Casaldáliga, que disse que “o medo é o contrário da fé“. Falar de fé é ter Deus como uma referência constante em nossas vidas, como aquele em quem realmente confiamos, como o Pai misericordioso que sabemos que sempre estará lá para nos dar uma mão quando nossa falta de fé nos fizer afundar em águas tempestuosas, como aconteceu com Pedro, mas também com tantos homens e mulheres ao longo da história, com você e comigo. Quantas vezes sentimos aquela mão que nos ajudou a aumentar nossa fé… O desafio é querer caminhar e sentir a necessidade de fazer isso juntos, todos juntos. Ver a lista dos membros do Sínodo, especialmente aqueles 50 que foram nomeados pessoalmente pelo Papa Francisco, nos ajuda a entender que ele não tem medo do que alguém possa dizer, que a sinodalidade é um diálogo entre todos, também com aqueles que pensam de forma diferente, mas sempre tendo claro que nosso pressuposto fundamental é que somos irmãos na fé e que estamos diante de algo que pertence a Deus. Que ninguém se esqueça de que “se for de Deus, vocês não conseguirão destruí-los”, e temos muitos argumentos para dizer que o Sínodo sobre a Sinodalidade é de Deus. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Juntos, os cristãos confiam ao Espírito um Sínodo para um novo modo de ser Igreja

Caminhar juntos é sempre um desafio, também para os cristãos. A história separou aqueles que emergiram da unidade de Pentecostes. O Papa Francisco é um promotor da unidade na diversidade, da criação de caminhos comuns, entre os cristãos e dentro da Igreja Católica. Essa é uma das grandes razões para a convocação do Sínodo da Sinodalidade, o Sínodo para ser uma Igreja na qual todos sintam a necessidade de caminhar juntos. Mestres de unidade, comunhão, escuta, diálogo e discernimento Em uma sociedade polarizada, dividida e conflituosa, atitudes que repercutem na Igreja Católica, que não é e não pode ser algo separado do mundo, a necessidade de avançarmos juntos é cada vez mais urgente. Os crentes devem ser, e é isso que Francisco quer, mestres de unidade, de comunhão, de escuta e de diálogo, de discernimento em comum, caminhos que querem ser trabalhados neste Sínodo que começou com a oração ecumênica Juntos: confiar ao Espírito Santo, invocado com maestria e emoção, o trabalho da primeira sessão da XVI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, a ser realizada de 4 a 29 de outubro de 2023. Uma iniciativa da comunidade de Taizé, à qual o Papa agradeceu, com a que Francisco convocou um caminho conjunto, não só para os católicos, mas para todos os cristãos, onde quer contar com todos, mas especialmente com os mais jovens, que tiveram um papel especial na celebração e são chamados a escrever o futuro. Pessoas de diferentes países, culturas, confissões cristãs, que, diante do Crucifixo de São Damião, rezaram juntas ao mesmo Deus em que todos acreditam, o Deus encarnado em Jesus Cristo. É possível caminhar juntos Ver o Romano Pontífice rezando junto com o Primaz Anglicano ou o Patriarca Ortodoxo, representantes de diferentes tradições cristãs, é uma expressão clara de que na Igreja Católica é possível caminhar juntos, ser uma Igreja sinodal, que traduz essa sinodalidade em expressões concretas que ajudam, por meio da escuta e do diálogo, a tornar realidade os caminhos comuns, que são uma expressão da presença de Deus e se traduzem em formas de vida que respondem melhor aos desejos comuns da humanidade, incluindo a paz, como testemunhado e solicitado na oração ecumênica. Uma oração que também pediu o cuidado da casa comum, um desafio que transcende todos os credos, todas as denominações cristãs. Um cuidado que ajudará a aliviar o sofrimento dos mais vulneráveis, as primeiras vítimas de desastres naturais, nos quais a mão, ou a falta de mão, do cuidado, tem cada vez mais influência. O silêncio que gera unidade e sinodalidade Tudo isso se baseia no silêncio, um elemento muito presente na reflexão do Pontífice. Um silêncio que foi respirado em uma atmosfera presidida pelo desejo de que o Sínodo possa ajudar os protagonistas da celebração, os jovens, a desfrutar no futuro dessa Igreja de comunhão, participação e missão. Eles são os que melhor expressam o anseio que está presente no coração de Francisco, que quer entrar para a história como o Papa da unidade, entre os cristãos e entre os católicos. Algo para o qual ele pede progresso no diálogo, que nos leva a testemunhar e aprender, e no discernimento, dois dos pilares deste Sínodo e da unidade entre os cristãos, que, nas palavras do Papa, “cresce no silêncio da Cruz“. Uma oração ecumênica para encorajar os membros do Sínodo a entrar em uma atmosfera de retiro durante os próximos três dias. É a eles que, animados pela força do Espírito, as igrejas do mundo inteiro, a Igreja Católica universal, confiaram a tarefa de aprofundar, em uma atmosfera de oração, escuta, diálogo e discernimento, os novos caminhos necessários para responder melhor ao Evangelho e aos sinais dos tempos. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Mons. Zenildo Lima: “A Igreja de Manaus pode esperar da minha pessoa a totalidade da minha disponibilidade”

Mons. Zenildo Lima da Silva foi nomeado pelo Papa Francisco bispo auxiliar da Arquidiocese de Manaus no dia 27 de setembro de 2023. Uma nomeação que situa na perspectiva do Congresso Missionário Nacional, em cujo encerramento receberá a ordenação episcopal. Ele vê seu ministério “muito vinculado com a identidade dessa Igreja de Manaus”, onde ele tem vivido sempre sua fé. Uma nomeação fruto da “maturação de nossa identidade eclesial”, uma Igreja ministerial que de diferentes modos assume a missão na Amazônia. Isso numa Igreja que está vivendo um grande processo sinodal, mas onde “a indicação e o processo de escolha dos bispos na Igreja ainda não é um processo que acontece dentro da sinodalidade que a gente esperava”. Uma sinodalidade que acontece “a medida que o ministério possa ser exercido abraçando a dinâmica de participação que é próprio dessa identidade sinodal”. Um ministério episcopal com o qual ele quer “oferecer aquilo que pode, mas sempre de um modo novo, de uma existência batismal retomada a partir do ministério, exercer o que sempre faz, mas com uma autoridade, quer dizer uma qualificação do serviço”. Um novo serviço na Igreja de Manaus que “agora é uma abrangência a uma totalidade da Igreja”, insistindo em que essa Igreja de Manaus pode esperar dele “a totalidade da minha disponibilidade”. Nascido em Manaus, padre de Manaus, e agora a Igreja universal, pensando na Igreja de Manaus lhe encomenda uma nova missão: ser bispo auxiliar de Manaus. Como está vivendo isso? Essa nomeação chega numa ocasião bastante oportuna para a gente situar esse acontecimento, que é essa perspectiva do Congresso Missionário Nacional, da Igreja local para os confins do mundo. E a gente começa essa reflexão a partir da compreensão da Igreja local. A sua pergunta insiste nesta localidade, nascido em Manaus, presbítero de Manaus e escolhido pela Igreja para servir a Igreja de Manaus. É o exercício de um ministério que vai se realizar na existência eclesial da Igreja que nesse chão de Manaus vive esta experiência no seu ser e no seu agir. Acredito que o convite para esse ministério está muito vinculado com a identidade dessa Igreja de Manaus, com a autorrealização dessa Igreja de Manaus. Eu experimento, acolho muito esse momento, como um momento da Igreja, não como um momento pessoal. Não era algo para o que eu desenhava a minha vida, mas percebo que é algo que vai formatando o desenho da identidade dessa Igreja. E foi nesse sentido, que me senti impelido a acolher esse pedido do Papa. Fala de missão, o Amazonas é um Estado que já recebeu muitos missionários, onde a maioria dos bispos até agora foram de outras regiões do Brasil ou do exterior. O senhor não é o primeiro bispo amazonense, e essas nomeações podem ser consideradas um amadurecimento das igrejas locais, que aos poucos vai assumindo mais ministérios, inclusive o ministério episcopal, ¿poderíamos dizer que esse amadurecimento existe? Mais uma vez eu recorro ao que a gente vive circunstancialmente, acabamos de celebrar a 50ª Assembleia do nosso Regional Norte1. Na realização desta assembleia, nós fomos identificando os marcos que já estão fincados na caminhada desta Igreja e que lhe permite alargar a sua tenda, como foi a proposta desta assembleia, fazer memória, se colocando a disposição para a profecia, e sempre vislumbrando a esperança. E um dos elementos que a gente constatou nesta assembleia foi justamente esse da maturação de nossa identidade eclesial e uma maturação que se vê através dos ministérios, do resgate do diaconato permanente, ainda que haja muita coisa para ser pensada e refletida, do ministério presbiteral de autóctones, de pessoas que são nascidas aqui e convidadas a assumir as causas daqui. E nessa esteira do ministério presbiteral e do ministério episcopal, com mais um bispo daqui da região, que de fato é indicativo sim desta maturidade. Mas sobretudo pela grande corporeidade ministerial da nossa Igreja. A nomeação de um bispo nascido na própria região, ela é tão significativa quanto o ministério de tantos cristãos leigos e leigas que são nascidos aqui, que assumem a evangelização. Essa maturação eclesial não é porque se galgou um ministério mais raro, mas porque expressa que são os batizados que vivem a eclesialidad aqui, que assumem ministerialmente os serviços da Igreja e do povo aqui. Uma nomeação que foi dada a conhecer poucos dias antes do início da primeira sessão da assembleia sinodal do Sínodo da Sinodalidade. O Sínodo é um processo, o senhor participou do Sínodo para a Amazônia como auditor, que pode se esperar de um bispo neste tempo de sinodalidade? Sempre são os acontecimentos de Igreja que vão norteando a compreensão dessa nomeação e desse convite do Papa para esse ministério. A indicação e o processo de escolha dos bispos na Igreja ainda não é um processo que acontece dentro da sinodalidade que a gente esperava. A nomeação da minha pessoa, embora possa ser acolhida por muitos como um resultado desse processo sinodal de amadurecimento de Igreja com rosto amazônico, mas ele ainda obedeceu, ainda seguiu aqueles padrões bastante rígidos que a Igreja tem enquanto a esse processo. Mas não obstante isso,de fato nós podemos falar de sinodalidade a medida que o ministério possa ser exercido abraçando a dinâmica de participação que é próprio dessa identidade sinodal. A minha pessoa, o meu nome, a minha história e a história do meu ministério, do serviço pastoral, está muito ligado com a vida da Igreja de Manaus e a vida das igrejas do nosso Regional, com a aproximação do trabalho dos cristãos leigos e leigas, com as pastorais específicas das nossas igrejas, das nossas dioceses. Há uma concorrência, no sentido que as coisas concorrem, as realidades, as experiências pastorais concorrem para a nomeação de um nome daqui que seja vinculado a este processo participativo que caracteriza a nossa Igreja. O senhor fala da Igreja de Manaus, evidentemente conhece muito bem a Igreja de Manaus, é muito conhecido na Igreja de Manaus, o que lhe pede ao povo de Deus que caminha em Manaus e…
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Alegria da Prelazia de Itacoatiara pela nomeação episcopal de Padre Zenildo

A Prelazia de Itacoatiara emitiu uma Nota de Alegria, assinada pelo bispo local, dom José Ionilton Lisboa de Oliveira, onde mostra “a grande alegria da nomeação do Padre Zenildo Lima da Silva como Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Manaus”. O texto manifesta um hino de louvor e junto com isso “nossa prece pedindo bençãos para o Padre Zenildo neste novo ministério na Igreja, na Arquidiocese de Manaus e no nosso Regional Norte1 da CNBB”. Ao Bispo Auxiliar eleito a Prelazia de Itacoatiara lhe manifesta “nossa comunhão na alegria deste momento e no exercício de sua nova missão”, lhe dizendo que pode contar com essa “pequena parcela do Povo de Deus que está na Prelazia de Itacoatiara”. Uma Igreja que agradece ao “Padre Zenildo por tantos serviços que ele prestou a nós aqui na Prelazia, no Seminário São José de Manaus, no Regional Norte1 da CNBB e na Arquidiocese de Manaus”. Finalmente, a nota manifesta a comunhão da Prelazia de Itacoatiara com a Arquidiocese de Manaus por “ganhar mais um bispo auxiliar”, manifestando que “será, de fato, um excelente bispo auxiliar desta arquidiocese”. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Mons. Zenildo Lima será ordenado bispo 15 de novembro, na Clausura do Congresso Missionário Nacional

A Arquidiocese de Manaus tem mais um bispo auxiliar, Mons. Zenildo Lima da Silva, até o momento reitor do Seminário São José de Manaus. Nesta quarta-feira, 27 de setembro, foi dado a conhecer sua nomeação pelo Papa Francisco, que responde ao pedido do cardeal Leonardo Ulrich Steiner, Arcebispo Metropolitano da Arquidiocese de Manaus. Pouco depois de ser conhecida a nomeação, foi celebrada uma Eucaristia de Ação de Graças no Seminário São José com a presença do cardeal; o bispo auxiliar, dom Tadeu Canavarros; dom Adolfo Zon, bispo da diocese de Alto Solimões; dom Edson Damian, bispo de São Gabriel da Cachoeira; representantes do clero, da Vida Religiosa e os seminaristas. Em coletiva de imprensa, foi informado que ele receberá a ordenação episcopal no dia 15 de novembro, na clausura do Congresso Missionário Nacional, que será realizado em Manaus de 10 a 15 de novembro. O cardeal Steiner, depois de ler a carta de nomeação assinada por dom Giambattista Diquattro, Núncio Apostólico no Brasil, manifestou sua alegria pela nomeação, dizendo ser uma “alegria maior por ele ser de Manaus, alegria pelo fato dele ser de nossa Região Amazônica”. O arcebispo de Manaus insistiu em que “conhece a região, conhece a Igreja, conhece a caminhada da Igreja da Amazônia, participou de tantos encontros, coordenou tantos encontros”, citando sua participação na organização da Assembleia Sinodal Arquidiocesana, realizada nos últimos anos, mostrando sua gratidão ao Papa Francisco, uma gratidão que o cardeal também vê na Arquidiocese. Uma nomeação que o bispo auxiliar eleito interpreta “a partir do lugar e do tempo que a gente vive”, dizendo unir às razões subjetivas O que diz respeito a uma responsabilidade que é confiada à pessoa, mas também tem aquelas percepções a partir da realidade de Igreja que nós vivemos”. Mons. Zenildo Lima disse viver o momento “a partir da misericórdia de Deus, que é bom, que nos elege, que nos escolhe”, mas também como “um ato de confiança da Igreja e um ato de confiança do cardeal Leonardo Steiner”. Mas também ele disse ver em sua nomeação “um ato de maturidade da Igreja de Manaus, da Igreja da Amazônia”, afirmando que “a nomeação para o ministério episcopal de presbíteros da nossa região é uma realidade que ainda parece nova para nós, mas já começa a dar os seus sinais, e é um indicativo que a Igreja está amadurecendo, é um indicativo que a história da evangelização tem seus frutos”, destacando a presença na região de “uma postura de Igreja que assume a vida dos povos desta região”. Uma nomeação que “lança o olhar para frente, compromisso de evangelização, compromisso do anúncio do Evangelho, compromisso com o Reino de Deus, compromisso de cuidado com a casa comum, ele é cada vez mais nosso, e da Igreja em seus ministérios, é dos homens e mulheres de boa vontade no cuidado daquilo que é de todos, e é também de todos aqueles que nos ajudam para que esta mensagem do Evangelho, esta mensagem de cuidado com a vida chegue a todos os homens e mulheres”, destacou Mons. Zenildo Lima. O bispo auxiliar eleito disse receber a nomeação “sempre com um receio respeitoso, reconhecendo a responsabilidade desse serviço, reconhecendo a seriedade, a importância do papel da Igreja nesse momento histórico que nós vivemos”. Na hora de aceitar o pedido do Papa disse ter pesado muito “o fato de ser um serviço para nossa Igreja de Manaus”, relatando brevemente sua relação histórica com a Igreja de Manaus, insistindo que “a gente não diz não para um pedido do Papa e menos ainda quando se trata de servir à Igreja local”. Falando dos desafios, ele reconheceu a grande pluralidade atual, afirmando que “a Igreja, ela tem que encontrar sempre o modo de como se fazer presente, consciente que é portadora de uma Boa Notícia, nesses tempos de bastante diversidade, de bastante pluralidade, do ponto de vista do pensamento, das concepções de valores, da diversidade cultural e também do pluralismo religioso”, destacando a importância do caminho de sinodalidade que a Igreja tem feito, trazendo a capacidade de diálogo e comunhão da Igreja. Com relação à Igreja de Manaus ressaltou sua capilaridade, reconhecimento e seu papel na evangelização e no cuidado da vida dos mais fragilizados. Mons. Zenildo destacou a força da juventude na Igreja, dizendo que a Arquidiocese de Manaus quer realizar um Sínodo arquidiocesano para escutar a juventude, para um diálogo em torno à dinâmica vocacional, insistindo na inquietação que a juventude traz para a vida da Igreja, que deve ser compreendida, interpretada pela Igreja para apresentar de um modo a proposta sempre atual do Evangelho. Sobre seu papel como bispo auxiliar lembrou o que afirma o Direito Canônico, sendo um colaborador do titular, do arcebispo, no governo da Arquidiocese. Ele lembrou a articulação em regiões episcopais da Arquidiocese de Manaus, que são acompanhadas pelos bispos auxiliares, algo que também fazem com algumas pastorais. Igualmente destacou a comunhão que existe entre o arcebispo e os bispos auxiliares em Manaus, como “pessoas que são chamadas a presidir o cuidado pastoral na Igreja local”. Uma nomeação que é um gesto do Papa, um resultado do Sínodo da Amazônia, um gesto de caminhada da Igreja, segundo o bispo auxiliar eleito, que destacou na Igreja “sua capacidade para prover os serviços para seu povo, e os ministérios na Igreja existem como serviço para o povo”. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Padre Zenildo Lima nomeado pelo Papa Francisco Bispo auxiliar de Manaus

O padre Zenildo Lima da Silva foi nomeado pelo Papa Francisco nesta quarta-feira 27 de setembro, bispo auxiliar da Arquidiocese de Manaus, cidade onde ele nasceu em 14 de outubro de 1968 e Igreja local onde foi ordenado presbítero em 04 de agosto de 1996. Sexto filho de uma família de 10 irmãos, o padre Zenildo Lima ingressou no Seminário Arquidiocesano São José de Manaus no dia 18 de fevereiro de 1989, cursando Filosofia e Teologia no Centro de Estudos do Comportamento Humano – CENESCH, em Manaus. O bispo auxiliar eleito é Mestre em Teologia com especialização em Teologia Dogmática junto a Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma. Na Arquidiocese de Manaus trabalhou nas paróquias de Cristo Libertador, Santa Luzia da Matinha, São Lázaro, Santa Cruz, Nossa Senhora Auxiliadora e São Raimundo. Também assumiu diversos cargos arquidiocesanos: coordenador da Pastoral Vocacional, coordenador da Pastoral Presbiteral, cargo que também assumiu no Regional Norte 1, diretor do Instituto de Teologia, Pastoral e Ensino Superior da Amazônia – ITEPES, membro do Colégio de Consultores e reitor do Seminário São José, serviço que assumia no momento de sua nomeação episcopal. Foi secretário Executivo do Regional Norte 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. Em nível nacional foi secretário da Comissão Nacional de Presbíteros da CNBB e vice-presidente da Organização dos Seminários e Institutos do Brasil – OSIB, da CNBB. Grande conhecedor da Igreja da Amazônia, participou de diversos encontros dos Bispos da Amazônia e foi auditor na Assembleia Sinodal do Sínodo para a Amazônia, colaborando com a Equipe de Síntese da REPAM-Brasil. Em agosto de 2023 foi eleito um dos vice-presidentes da Conferência Eclesial da Amazônia (CEAMA). Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1