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Núcleos de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas: coordenar ações para enfrentar o tráfico

O Núcleo de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas (NETP) é parte da Política Pública de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas no Brasil. Os Núcleos são unidades de coordenação de ações da Política Nacional em nível estadual para enfrentar o tráfico.  Além de desenvolver essa função importante é espaço de referência para atender as vítimas. Atualmente, existem NETPs em 16 estados, mas infelizmente nos últimos anos alguns foram desmobilizados. Estes equipamentos específicos são fundamentais e a sociedade precisa ter conhecimento da existência destes espaços para fortalecer as ações.  De acordo com as diretrizes da Portaria n.º 31, da Secretaria Nacional de Justiça, de 20 de agosto de 2009, as funções do Núcleo de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas são: Articular e planejar ações de enfrentamento ao tráfico de pessoas, no âmbito estadual; Articular, estruturar e consolidar, a partir dos serviços e redes existentes, um sistema estadual de referência e de atendimento às vítimas; Fomentar a criação de Comitês Estaduais e Municipais; Sistematizar, elaborar e divulgar estudos e informações sobre tráfico de pessoas, entre outras ações.

Cardeal Steiner: “Jesus deseja curar a nossa cegueira, libertar-nos e fazer-nos viver na Luz”

Na homilia do 4º Domingo da Quaresma, Dom Leonardo Steiner começou mostrando “Jesus, a luz do mundo, concedendo olhos ao homem que cego nascera. A luz dos olhos da alma, olhos do coração”. O Arcebispo de Manaus destacou que “o cego de nascença, não sabe o que é a luz. Não conheceu a luz. E muitos achavam que a não vista de nascença era herança de pecado. Mas, nem ele, nem seus pais tinham culpa. O não receber a luz nos olhos não era motivo de culpa, mas para a manifestação de Jesus a luz do mundo! Mas ali está ele, sentado, pedindo, esmolando. O seu destino parece ser de não ver a luz”. Ao elo do texto, o Cardeal Steiner disse que “Jesus passa e vê o cego. Percebe a sua necessidade: ver. Ele a perceber sempre as necessidades das pessoas, especialmente dos mais necessitados. Ele deseja mais que dar olhos, deseja dar-lhe nova vida, um modo de vida, deseja iluminar a sua vida. Que a vida seja luminosa. Até nos lembramos das palavras do profeta Isaias afirmando que um dia chegará a Israel alguém que gritará aos cativos: saí e aos que estão nas trevas: vinde à luz”. Sobre o fato de Jesus fazer barro, Dom Leonardo lembrou seu significado na Bíblia, também da saliva, destacando que “Jesus passa nos olhos do cego a mistura do barro e saliva infundindo-lhe sua força vital. Ele juntou ao barro, à fraqueza humana a sua própria força e energia vital, gestando aquele homem para a luz. A missão de Jesus é recriar o Homem Novo, animado pelo Espírito”. Dom Leonardo insistiu em que “a cura não é automática. O cego deve percorrer o caminho dos olhos, da força vital, da luz! Vai lavar-te nas águas de Siloé. Siloé que significa enviado. Ele é enviado, deve percorrer o caminho do envio para chegar à luz! Aceita o envio e vai lavar os olhos, limpar seu olhar e começa a ver. Vê, mas não vê. Vê pessoas, vê animais, vê árvores, vê movimentos, quase tudo vê. Mais ainda não vê. Não viu aquele que lhe dera olhos, lhe concedera a luz”. O Arcebispo de Manaus lembrou que “quando as pessoas lhe perguntam quem o curou, não sabe dizer, não sabe identificar, apenas sabe dos olhos que recebera. Não saber onde ele está. Só sabe que, graças a este homem pode ver e para ele era isso que importava”. Junto com isso, que “os vizinhos e conhecidos do cego estão incrédulos que o cego dependente e inválido, foi transformado em homem livre e independente. Ele se move livremente, não mais depende dos outros. Eles mesmos não percebem a necessidade de olhos, de chegar à luz da Luz”. Se referindo aos fariseus, Dom Leonardo afirmou que “não conseguem aceitar que o cego tenha vindo à Luz. Suspeitam do milagre, da possibilidade de receber a verdadeira luz. Opõem-se decididamente à luz que Jesus oferece e não aceitam que alguém queira sair da escravidão para a liberdade. Quando constatam que o homem curado por Jesus não está disposto a voltar atrás e a negar a sua nova visão, expulsam-no da sinagoga. A sinagoga era o local do encontro da comunidade israelita; mas designava, também, o próprio Povo de Deus. Ser expulso da sinagoga significava perder os pontos de referência comunitários, o cair na solidão, no ridículo, no descrédito e na marginalidade”. Sobre os pais, “eles testemunham que era cego e agora vê. Afirmam que o filho nasceu cego e agora vê. O próprio filho deve dar testemunho da transformação ocorrida, pois era maior de idade. Ele mesmo deveria dizer o que ocorrera”, segundo Dom Leonardo. “O Evangelho com simplicidade, mas de uma forma atraente e progressiva vai indicando o caminho da luz: transformação, do vir à luz. Nos momentos imediatos à cura, ele não tem grandes certezas. Quando lhe perguntam por Jesus, responde: ‘não sei’; e quando lhe perguntam quem é Jesus, ele responde: ‘é um profeta’. Por enxergar, por ter recebido luz na sua vida vai amadurecendo progressivamente. Confrontado e intimado a renegar a luz e a liberdade recebidas, ele cresce e amadurece, torna-se o homem de certezas, das convicções. Argumenta com agilidade e inteligência, joga com a ironia, recusa-se a regressar à escravidão: mostra ser adulto, maduro, livre, sem medo. Recebera a luz que devagar o vai iluminando”, destacou Dom Leonardo. Seguindo a passagem do Evangelho, o Cardeal Steiner afirmou que “Jesus ao saber que fora expulso, colocado excluído da comunidade se comove. Vai procurá-lo. Jesus procura sempre! Procurou e encontrou o cego, agora excluído da sua religião. Ele vai ao encontro para ofertar os verdadeiros olhos, a verdadeira luz. Ele vai ao encontro do curado, como buscara as mulheres e os homens que não eram acolhidos pela religião: leprosos, publicanos, pecadores. Jesus não abandona quem o busca e o ama, mesmo que tenha sido excluído”. “Diante de Jesus o homem que recebe olhos não o reconhece, pois ainda não enxergava; via, mas não via”, algo que aparece nas perguntas de Jesus “Crês no filho do homem? Quem é Ele, Senhor, para que eu creia nele? Tu o estas vendo: é aquele que fala contigo, é esse”. De fato, lembra o Cardeal, “via, mas não via, tudo via, mas ainda não via o Filho do Homem, o Filho de Deus. É que os olhos da alma, do coração continuavam coberto. Ainda não recebera a verdadeira Luz. O seu coração continuava coberto como nos diz Santo Agostinho. A Luz o iluminara, o deixava ver, mas a Luz ele ainda não tinha visto. Mas agora descoberto, desvelado, iluminado, exclama: ‘Eu creio, Senhor. E prostrou-se diante de Jesus’”. “Não fomos feitos para viver na escuridão, irmãos e irmãs. Não são os olhos do corpo que Jesus deseja iluminar, os olhos que nos deseja ofertar. Jesus a nossa luz a nos conceder olhos. Temos medo de caminhar no meio das trevas, no escuro. E, no entanto, a vida se apresenta, às vezes, como um caminho que devemos percorrer…
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Criação da nova Paróquia de São José – Novo Céu – Distrito de Autazes

Com as bênçãos de Deus Pai e pela intercessão de São José, neste dia dezenove de março de 2023, às 9h desta manhã, deu-se início a santa missa para a criação da Paróquia de São José, no distrito de Novo Céu, município de Autazes. Área missionária desse município foi elevada como paróquia tendo seu padroeiro São José, o esposo da Santa Virgem Maria e Patrono da Igreja Universal. Pelas mãos do Bispo Diocesano Dom Zenildo Luiz Pereira da Silva, o Padre Francisco Andrade, da congregação do Santíssimo Redentor foi empossado como mais novo pároco desta Paróquia. Segundo o Novo Testamento, São José, esposo de Maria Santíssima e pai adotivo de Jesus é venerado como o padroeiro dos trabalhadores e das famílias por seu trabalho de carpinteiro e patriarca da Sagrada Família de Nazaré. Assim, hoje, na solenidade de São José, a Diocese de Borba festeja este dia com o nascimento da sua nova Paróquia, seguindo a mística oracional deste devotado e justo filho de Deus, descendente de Davi que exerceu a missão de pai do Filho de Deus, Jesus Cristo, que quis ser chamado filho de José. Por isso a igreja o venera, com especial honra, como seu patrono, àquele a quem o Senhor constituiu chefe da sua família e protetor das nossas famílias. Na ocasião celebrativa estiveram presentes o vice Provincial dos redentoristas do Amazonas, Padre Amarildo, os irmãos redentoristas, Pe. Francisco Level, Vigário Geral, Pe. Jair Vieira Alves , Chanceler da Cúria e Coordenador Pastoral, Seminaristas e fiéis paroquianos desta nova Paróquia. Estamos felizes, pois o Senhor por nós fez maravilhas!Expressamos nossa gratidão a Deus por este tão grande feito em nosso meio! Viva a Diocese de Borba!Viva a nossa Igreja!Viva São José! Diocese de Borba

“CEBs, jeito de ser Igreja Sinodal”: Encontro Diocesano CEBs de Parintins

As Comunidades Eclesiais de Base da Diocese de Parintins realizaram nos dias 17 e 18 de março seu encontro diocesano, que teve como tema: “CEBs, jeito de ser Igreja Sinodal“. O encontro foi iniciado com uma celebração eucarística, presidida pelo Pe. Jânio Negreiros, Coordenador Diocesano de Pastoral, e seguidamente foi partilhada a caminhada das CEBs na Diocese de Parintins. Com a assessoria de Cleomar Silva, os participantes do encontro refletiram sobre “CEBs, suas raízes e nossa história”, e posteriormente abordaram o tema central do encontro, com a assessoria do Coordenador de Pastoral Diocesano. Finalmente, de novo com a assessoria de Cleomar Silva, foi refletido sobre o tema: “O que faz as CEBs no dia a dia?”. Após os encaminhamentos para a escolha da Comissão Diocesana das CEBs, os participantes realizaram o planejamento para o ano 2023 e encerraram o encontro diocesano com a celebração da Eucaristia, presidida por Dom Giuliano Frigeni, Bispo emérito da Diocese de Parintins. Cleomar Fernandes Souza, vice coordenadora das CEBs Regional Norte1, destacou a necessidade de um maior fervor missionário, “a gente precisa ser mais sal e luz nessa caminhada, as pessoas têm que se disponibilizar, se doar, e amar seu próximo, não deixar nada para depois e dar continuidade no trabalho na messe, que é muito grande”. Ela faz um chamado a “cada vez mais, ser multiplicadores, as CEBs não podem morrer, elas têm que cada vez mais ser solidárias, ser comprometidas, e ao mesmo tempo ser políticas, ter uma ação social para ajudar os nossos irmãos e irmãs excluídos e excluídas”. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1 – Com informações do Padre Jânio Negreiros

Dom Tadeu Canavarros participa de encontro da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da CNBB

A Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), se reuniu em São Paulo de 15 a 17 de março, com a presença de representantes de 17 regionais. Em representação do Regional Norte1 se fez presente Dom Edmilson Tadeu Canavarros dos Santos, Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Manaus e Vice-presidente do Regional, que também é o referente da Juventude no Regional. Um encontro que foi visto pelos participantes como uma oportunidade de conhecimento direto dos evangelizadores da Juventude. A assessoria do encontro foi realizada pela Irmã Valéria Leal (CEPJ), Assessora da Comissão Episcopal de Pastoral da CNBB, o Pe. João Chagas, do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, onde é responsável pelo cuidado pastoral dos jovens, e o Pe. Roque Luiz Sibione, SDB. Os assessores refletiram sobre as realidades juvenis no Brasil e a vivência religiosa assim como o distanciamento institucional. Outro assunto muito importante foi o aprofundamento do documento “Ao seu lado”, o novo projeto de evangelização. Ao longo do encontro foi tratado sobre a Jornada Mundial da Juventude 2023, que será realizada em Lisboa (Portugal), no próximo mês de agosto, e a capacitação de multiplicadores sobre a Prevenção de Suicídio de Jovens e Adolescentes por regionais. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

4º Domingo da Quaresma: “Somos cegos quando olhamos e não conseguimos ver as tantas realidades de sofrimento”

No 4º Domingo da Quaresma é celebrado o Domingo da Alegria, nos lembra a Ir. Rose Bertoldo no comentário ao Evangelho desse dia, afirmando que “nos alegramos, pois a festa da Páscoa se aproxima”. Segundo a religiosa, “a liturgia deste domingo nos faz perceber o grande amor de Deus para com toda humanidade e se revela em forma de luz: ‘somos reflexos da luz, filhos da luz, e o fruto da luz é bondade, justiça, verdade’”. Ela destaca que “o Evangelho deste domingo nos põe em contato com Jesus que traz Luz. Ele não só se revela como Luz, mas, se revela através do toque, traz a luz presente naquele homem que não podia ver a luz do dia, pois era cego”. A Secretária Executiva do Regional Norte1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, ressalta que “essa cegueira é a que impede de vermos a luz. Somos cegos quando nós nos fechamos em nós mesmos, quando não sentimos a dor do outro, quando olhamos e não conseguimos ver as tantas realidades de sofrimento de tantas crianças, adolescentes, jovens, mulheres e homens vítimas das mais cruéis realidades, da fome, da falta de moradia digna, falta de acesso à educação, saúde de qualidade”. Continuando com os exemplos de cegueira a Ir. Rose vê que “somos cegos quando nos tronamos intolerantes, preconceituosos, insensíveis, negativos… e resistimos em perceber a luz que habita naquele que pensa e sente de maneira diferente da gente”. Ela destaca que “Jesus é a Luz que toca, um toque que cura da cegueira e que põe a caminho, quero destacar a importância do contato físico na cura das pessoas”. A religiosa afirma que “o contato com o outro, outra, nos faz despertar, cura, alivia a dor, o sofrimento, o toque nos unem num profundo caminho de comunhão. Jesus ao longo de sua vida tocava pessoas feridas, quebradas, machucadas, aliviando suas dores, com seu toque restituía a dignidade a vida, restituía a vida”. Em relação ao texto, ela destaca que “Jesus diz ao cego que se rebele, que não permaneça cego à beira do caminho, que veja por si mesmo, que construa sua própria vida, que não dependa de ninguém, ele mesmo põe barro nos olhos do cego, terra com saliva, e lhe diz vá,  veja, não tenha medo, assume seu destino, seja protagonista de sua vida. Jesus não cria dependência, quer que as pessoas sejam livres, autônoma que ele seja autor de sua própria vida, inclusive correndo riscos de ser rejeitado”. Finalmente, a Ir. Rose mostra que “neste domingo da alegria somos convidadas a sermos luz, curandeiras das dores, dos sofrimentos, nos aproximando das pessoas feridas”. Junto com isso, “o convite a aguçar nosso olhar para sentir o outro o qual eu me torno próxima. Com nosso toque, nosso abraço, nossa escuta atenta sermos presença amorosa de Deus que alivia todas as formas de sofrimento que existe na humanidade”. “Na certeza de que o Senhor é o Pastor que nos conduz, e por isso não nos falta coisa alguma. Sejamos luz”, conclui a Secretária Executiva do Regional Norte1 da CNBB. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Seminário sobre Tráfico de Pessoas: Despertar um olhar diferenciado para identificar o tráfico

Buscando ajudar a capacitar, sensibilizar, informar lideranças para o enfrentamento ao tráfico de pessoas, com conhecimento aprofundado da temática referente ao trabalho análogo ao de escravo, tráfico de pessoas para outras finalidades, especificamente a exploração sexual, foi realizado no dia 17 de março de 2023, no Auditório da Maromba da Arquidiocese de Manaus o Seminário “Tráfico de Pessoas uma realidade invisibilizada”. Organizado pela Rede um Grito pela Vida e com a parceria do Instituto Religioso Barbara Maix (IRBM) e do Ministério Público do Trabalho, e com o apoio do Instituto de Assistência à Crianças e Adolescentes Santo Antônio (IACAS) e da Faculdade Católica do Amazonas, participaram “mais de 170 pessoas, vindas dos mais diversos espaços, das Pastorais Sociais, das áreas missionárias e também do Estado e do Município, a Rede de Proteção”, segundo a Ir. Rose Bertoldo. A religiosa, neste dia bem intenso, destaca que foi “um dia de sensibilização e formação, onde foram abordadas as temáticas que foram de interesse da Rede de Proteção”. A Ir. Rose destacou a “intervenção do grupo após cada palestra, trazendo muitos casos que estão presentes na realidade das comunidades”. Igualmente foi importante a representação de vários núcleos da Rede um Grito pela Vida: Manaus, Tabatinga, São Gabriel da Cachoeira, Tefé, Itacoatiara, Coari, Borba e Roraima. Um grupo muito interessado e participativo, que permaneceu até o final, insistiu a religiosa. Um seminário que vai dar novas ferramentas para trabalhar e fazer a abordagem, segundo Márcia Clea Pereira, da Rede um Grito pela Vida Núcleo Roraima. Ela lembra que em Roraima tem duas fronteiras, em Bonfim, com a Guiana, e em Pacaraima, com a Venezuela, e “com o conhecimento que a gente está tendo aqui, a gente consegue ter uma melhor escuta, um melhor olhar, para receber essas pessoas que estão entrando por essas fronteiras, e conhecer qual a finalidade de elas vir aqui no Brasil, se elas estão sendo trazidas por outras pessoas ou se elas estão vindo por conta própria para ter uma melhor vida no Brasil”. Ela disse que Roraima tem uma grande migração venezuelana e agora está tendo uma grande migração de haitianos que estão entrando pela Guiana. Daí a importância desse “melhor olhar para reforçar nosso trabalho na rede”. Márcia destaca também o início do trabalho nas escolas, o que não estava sendo feito até agora, buscando um trabalho de prevenção. Também insiste na importância do trabalho com as pessoas que foram vítimas do tráfico e como ajudá-las para não voltar a ser vítimas. O Padre Hudson Ribeiro, que participou na assessoria do encontro em nome do Projeto da Caritas Arquidiocesana de Manaus de Ação e Proteção no Enfrentamento da Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes e no Tráfico de Crianças e Adolescentes para finalidade de Exploração Sexual. Uma atividade que, segundo o Diretor da Faculdade Católica do Amazonas, “se baseia na linha da prevenção, da intervenção, e ao mesmo tempo do diagnóstico, que são as pesquisas para encontrar as caraterísticas do tráfico de pessoas pela vertente da exploração sexual de crianças e adolescentes em vista de poder dar maior visibilidade e melhorar as notificações no sistema de garantia de direitos, uma vez que a ausência dessas informações faz com que os casos sejam não denunciados ou hajam casos de subnotificação, ou mesmo eles não apareçam nas instituições”. Ele destaca o trabalho realizado mediante pesquisas nos municípios da região metropolita da Manaus e com municípios de outros Estados. Nesse sentido, o Padre Hudson enfatiza que “a gente acredita que a medida que a gente vai conversando sobre esses assuntos, identificando nos relatos que normalmente chegam na especificidade do abuso sexual, a gente consegue fazer uma leitura do tráfico de pessoas naqueles casos que são específicos de abusos”, insistindo em que muitas vezes as pessoas não conseguem identificar as características. Daí a importância do Seminário que “tem ajudado a despertar nas pessoas um olhar diferenciado, a identificar características de tráfico e outras formas de violação de direitos que normalmente acabam invisíveis, ou fragmentadas ou dissolvidas em outras formas de violência e aí não se consegue trabalhar essa especificidade”. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Seminário “Tráfico de Pessoas uma realidade invisibilizada”, criar instrumentos para combater esse crime

O Auditório da Maromba da Arquidiocese de Manaus acolhe nesta sexta-feira, 17 de março de 2023, das 08 às 17 horas, o Seminário “Tráfico de Pessoas uma realidade invisibilizada”, organizado pela Rede um Grito pela Vida e conta com a parceria do Instituto Religioso Barbara Maix (IRBM) e do Ministério Público do Trabalho, e com o apoio do Instituto de Assistência à Crianças e Adolescentes Santo Antônio (IACAS) e da Faculdade Católica do Amazonas. O Seminário quer ajudar a “capacitar, sensibilizar, informar lideranças para o enfrentamento ao tráfico de pessoas, com conhecimento aprofundado da temática referente ao trabalho análogo ao de escravo, tráfico de pessoas para outras finalidades, especificamente a exploração sexual”. A Mesa de Abertura contará com a presença do Cardeal Leonardo Steiner, Arcebispo Metropolitano de Manaus; a Dra. Alzira Melo, Procuradora-chefe do Ministério Público do Trabalho; a Dra. Gabriela Menezes Zacarelli, Procuradora do Trabalho e Vice coordenadora regional da CONAETE do Estado do Amazonas; a Ir. Michele Silva, Articuladora da Rede Um Grito Pela Vida, Núcleo Manaus; Amanda Ferreira do IACAS; e Jussara Pedrosa, Secretária Titular da Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (SEJUSC). A fala dos representantes dos diferentes organismos presentes será seguida da primeira mesa de debate, que terá como temas a “Realidade do Tráfico de Pessoas na Região Norte: Tráfico de Pessoas para fins de exploração sexual”, com a exposição da Dra. Alzira Melo; “Realidade do Tráfico de Pessoas na Região Norte: Trabalho análogo ao de escravo”, com a exposição da Dra. Gabriela Menezes Zacarelli; e “Ações da SEJUSC referentes ao enfrentamento ao tráfico de pessoas”, com a exposição da Dr. Jaciara Pedrosa. Depois das intervenções, os participantes do Seminário terão a oportunidade de aportar ressonâncias. A Rede um Grito pela Vida, através da Ir. Rose Bertoldo; a Caritas Arquidiocesana de Manaus, através do Pe. Hudson Ribeiro; e o IACAS, com a exposição de Amanda Cristina Ferreira, partilharão a experiência do trabalho das Organizações da Sociedade Civil no enfrentamento ao tráfico de pessoas. Finalmente, será refletido na segunda mesa programada sobre Modalidades do Tráfico de Pessoas e Política e Plano Nacional, e os Mecanismos de enfrentamento e fortalecimento da rede de proteção para o enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, com a assessoria da Ir. Eurides Alves de Oliveira. A parceria entre as diversas instituições é um passo a mais para avançar no combate a uma realidade que além de um crime é uma vergonha para a humanidade. A toma de consciência e o conhecimento dos mecanismos de enfrentamento podem fazer com que aos poucos essa realidade seja desterrada da sociedade. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

“Maria, Mãe das vocações”, tema da Festa do Carmo 2023 na Diocese de Parintins

  Dentro da celebração do 3º Ano Vocacional, um momento de graça, e sabendo que pelo nosso Batismo, somos chamados a nossa primeira vocação, a santidade, a Diocese de Parintins lançou o tema da Festa da Padroeira 2023. A vocação específica é o meio, o caminho para alcançarmos a santidade. Em toda e qualquer caminhada vocacional é muito forte a dimensão mariana, que não se resume em apresentar Maria apenas como modelo e mãe de todas as vocações. Ela é, também, modelo de missão. Maria é símbolo da humanidade chamada à comunhão com Deus, mediante a abertura ao Espírito que ilumina o caminho de todos os vocacionados: “Eis a Serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra” (Lc 1,38). Este fiat, ilumina a nossa caminhada vocacional, e aponta para o itinerário formativo a capacidade de servir com amor e generosidade. Afinal, Maria experimentou cada etapa do itinerário vocacional, colocando-se como instrumento nas mãos de Deus. Ela nos ensina que a vocação é serviço e missão. Com esta premissa, em comunhão com a Igreja do Brasil, através da Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da CNBB, a Diocese de Parintins escolheu como tema para a reflexão e oração durante a festa da sua padroeira: “Maria, Mãe das vocações”. E o lema é o texto bíblico inspirador para a este ano vocacional: “Corações ardentes, pés a caminho” (cf. Lc 24, 32-33). A Diocese de Parintins pede que dirijamos o nosso olhar para a Virgem Maria e a tomemos como modelo de resposta ao chamado de Deus. Por isso, se pede que seja chamada de “Mãe das Vocações”. Ela assim o é porque é Mãe de Jesus Cristo, aquele que é o vocacionado do Pai e o caminho, a verdade e a vida (cf. Jo 14,6) para todo aquele que, quer buscar fazer de sua vida uma resposta de amor ao chamado de Deus. A Diocese de Parintins quer fazer da Festa do Carmo 2023, um grande momento de animação vocacional, poque a Mãe de Jesus, “está indistintamente próxima de todos os seus filhos e filhas, cujo coração é uma verdadeira escola vocacional para os que desejam viver Cristo, é evocada como a “máxima realização da existência cristã”, por meio de sua fé e obediência à vontade de Deus”. (Lc1,38; DAp, n. 266 – TBAV2023, n.58) Nossa Senhora, “nos educa e acompanha, orienta-nos a ser aqueles e aquelas que também podem caminhar ao lado dos que são chamados por Deus a realização plena da Vocação desde o Batismo: Sede, portanto, perfeitos como Vosso Pai celeste é perfeito” (Mt 5,48 – TBAV2023, n.59). Finalmente, pedem que Maria, a Flor do Carmelo e primeira discípula fiel, nos ajude a sermos fiéis em nossa vocação e missão de servir ao Senhor com toda a nossa vida. Que tenhamos a capacidade de responder com generosidade ao chamado de Deus. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação Norte1 – Com informações da Diocese de Parintins

Dom Leonardo: “Desarmar nossas realidades e estabelecer relações que servem a água da vida”

“Dá-me de beber!”, são as palavras de “Jesus necessitado, sedento”, que pede de beber, disse o Cardeal Leonardo Steiner no início da homilia do 3º Domingo da Quaresma. “Sedento, necessitado da nossa humanidade”, afirmou o Arcebispo de Manaus, relatando a cena: “lá estava Jesus sentado junto ao poço de Jacó à espera de que alguém viesse e lhe desse de beber. Depois de longa caminhada, cansado da viagem, enquanto os discípulos vão em busca de alimento, Jesus está à espera de alguém que lhe mate a sede. Ele ali sentado, só, ao lado do poço, ao meio-dia, com sede, à espera de alguém que lhe tire água e lhe dê de beber. No meio-dia uma samaritana se aproxima”. “Ela com olhar voltado para a terra, se aproximando, à busca de água. Ela quase pronta para descer o cântaro e retirar água do poço, se surpreende, com o pedido: ‘Dá-me de beber’. Ao vê-lo, surpresa, quase incrédula, ela samaritana, mulher, mulher samaritana abordada por um homem judeu que lhe pede: ‘Dá-me de beber’. Ela samaritana, mulher, a do outro povo, da outra gente, do outro culto, da outra religião, surpresa, paralisada, espantada com o pedido: ‘Como é que tu, sendo judeu, pedes de beber a mim que sou samaritana?’ Ela apenas viu o outro, o inimigo, o não do meu povo, aquele que adora em Jerusalém, aquele que não podia pisar a Samaria. Ele homem, ele desconhecido, ele quase atrevido, falando comigo, mendigando água”, lembro Dom Leonardo. Segundo o Arcebispo, “ela nele via o judeu, o homem, o estrangeiro, o atrevido; não vira nele o seu Senhor e Deus. Ela não via, não sabia, não percebia que seu Senhor e Deus ali estava à sua espera e lhe pedia. Pedia água. ‘Se tu conhecesses o dom de Deus e quem é que te pede: Dá-me de beber, tu mesma lhe pedirias a ele, e ele te daria água viva’. Não sabia e não via e não se apercebia que seu Senhor e Deus ali estava à sua espera e lhe pedia para saciar a sua sede. Pedia água, para oferecer-lhe a água viva que jorra para a eternidade”. “Olhando, fitando, perscrutando, interrogando, duvida da força e do poder daquele que pede água. Ele não era maior que o pai Jacó que dera o poço, Ele não era maior que Jacó que bebera do poço. Não era maior que Jacó dera de beber do poço a todos os seus filhos e a todos os seus animais. E pensa: como me daria Ele de beber? Ele nem sequer tem um balde para tirar água. Ele é um sedento, um pedinte inoportuno, pobre coitado que apenas me pede água e agora me oferece a água para que não tenha mais ter sede. Ele me oferecendo uma fonte de água que jorra para vida eterna. Ela não sabia, não compreendia, não intuía, não se apercebia, quem era aquele lhe pedia água e lhe oferecia a água viva”, afirmou o Cardeal em relação à samaritana. Citando Santo Agostinho, ele lembrou que “Como a mulher trazia consigo um cântaro para buscar água, admirou-se que um judeu lhe pedisse de beber, pois os judeus não costumavam fazer isso. Mas aquele que pedia de beber tinha sede da fé daquela mulher. Escuta agora quem pede de beber. Jesus respondeu: Se conhecesses o dom de Deus e quem é aquele que te diz: ‘Dá-me de beber’, tu lhe pedirias, e ele te daria água viva (Jo 4:10). Pede de beber e promete dar de beber. Apresenta-se como necessitado que espera receber, mas possui em abundância para saciar os outros. Se conhecesses o dom de Deus, diz ele. O dom de Deus é o Espírito Santo. Jesus fala ainda veladamente à mulher, mas pouco a pouco entra em seu coração, e vai lhe ensinando”. O Santo de Hipona diz no seu comentário: “se conhecesses o dom de Deus e quem é aquele que te diz: ‘Dá-me de beber’, tu lhe pedirias, e ele te daria água viva. Que água lhe daria ele, senão aquela da qual está escrito: Em vós está a fonte da vida? (Sl 36,10). Pois, como podem ter sede, os que vêm saciar-se na abundância de vossa morada? (Sl 36,9). (…) A mulher disse a Jesus: “Senhor, dá-me dessa água, para que eu não tenha mais sede, nem tenha de vir aqui tirar água” (Jo 4:15). A necessidade a obrigava a trabalhar, mas sua fraqueza recusava o trabalho. Se ao menos ela tivesse ouvido aquelas palavras: Vinde a mim, todos vós que estais cansados e carregados de fardos, e eu vos darei descanso! (Mt 11,18). Jesus dizia-lhe tudo aquilo para que não se cansasse mais; ela, porém, ainda não compreendia”. “Na tentativa de abrir-lhe os olhos ao dom da água viva, para que ela acordasse, para que ela percebesse quem estava ali sentado à espera da água e se oferecia como água era o seu Senhor e Deus, Jesus toca no desejo de sua alma, na sua intimidade, nos seus amores”, afirmo Dom Leonardo, citando o texto em que Jesus lhe pergunta pelo marido. Daí que “tocada no mais íntimo do seu íntimo, nas razões de seus viver e desviver, no mais íntimo do seu íntimo da perda de seus amores, reconhece que está só. Só quase solitária é que busca água no poço da vida. Ela era uma mulher que apenas convivia: tinha um homem, mas não tinha marido. Perdera cinco e não tinha nenhum. Ela tinha perdido o convívio, ela tinha perdido a razão da vida. Ela mulher, mas não era esposa, desposada. Ela aquela que tentara amar, que talvez, não se deixasse amar e não conseguisse amar. Ela aquela que vem à fonte na busca de água. Ela a sedenta, ela necessitada, ela que agora é buscada. Nos desencontros, agora encontrada, ela busca, agora encontrada”. O Cardeal Steiner insistiu em que “Jesus estava à sua espera. Ele ali sentado à beira do poço, pedindo: ‘dá-me de beber’. Ele pedindo para ser por ela amado.…
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