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Autor: Luis Miguel Modino

Muticom 2025 abre chamada de trabalhos acadêmicos sobre comunicação e ecologia integral

Mutirão de Comunicação será realizado em Manaus e recebe, até 20 de julho, resumos expandidos de pesquisas voltadas à comunicação, sustentabilidade e transformação social O 14º Mutirão Brasileiro de Comunicação (Muticom 2025) está com chamada de trabalhos acadêmicos aberta para o evento, que acontecerá de 25 a 28 de setembro de 2025, no Centro de Convenções do Amazonas Vasco Vasques, em Manaus (AM). O evento é promovido pela Comissão Episcopal para a Comunicação Social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e traz como tema central “Comunicação e Ecologia Integral: transformação e sustentabilidade justa”. A programação do Muticom será marcada por debates científicos e produção coletiva de conhecimento, com foco no papel da comunicação diante dos desafios socioambientais contemporâneos. A proposta metodológica do Muticom se organiza em Rios Temáticos, que são espaços formativos destinados à escuta, ao diálogo e à construção coletiva de saberes. É nesses rios que acontecerão as apresentações presenciais de comunicações acadêmicas, nos dias 26 e 27 de setembro de 2025, em formato de resumo expandido. Modalidade de submissão e temáticas Os interessados poderão submeter seus trabalhos na modalidade “Pesquisa que Transforma”, que contempla comunicações acadêmicas, em andamento ou já concluídas, que articulem teoria e prática no campo da comunicação ou em áreas afins. Os trabalhos devem estar vinculados a um dos 12 Rios Temáticos, que abrangem tópicos como: narrativas transmidiáticas, jornalismo ambiental, espiritualidade ecológica, ativismo digital, educomunicação, direito à informação, comunicação popular e saberes tradicionais. A lista completa dos rios e suas respectivas ementas está disponível na chamada oficial. Normas para submissão A submissão deverá ser feita por meio de resumo expandido (de 4 a 6 páginas), com texto formatado em fonte Times New Roman 12, espaçamento simples, conforme orientações disponíveis na chamada. Cada autor(a) poderá submeter até dois trabalhos, sendo um individual e outro em coautoria. Estudantes de graduação deverão obrigatoriamente submeter em coautoria com profissional formado. As submissões devem ser realizadas até o dia 20 de julho de 2025, via formulário disponível online:  FORMULÁRIO DE INSCRIÇÃO Benefícios aos aprovados Autores(as) com trabalhos aprovados terão isenção da taxa de inscrição e participação garantida no evento. Os resumos integrarão um e-book com ISBN, com lançamento e distribuição digital gratuita após o Muticom. Sobre o Muticom O Mutirão Brasileiro de Comunicação é realizado há mais de 50 anos e se consolidou como o principal espaço de articulação, formação e inovação no campo da comunicação eclesial no Brasil. A edição de 2025 será especialmente marcada pelo diálogo entre comunicação e ecologia integral, em memória aos 10 anos da encíclica Laudato Si’ do Papa Francisco e em sintonia com os apelos do Papa Leão XIV por justiça ecológica, social e comunicacional. Cronograma da chamada de trabalhos: Informações Dúvidas devem ser encaminhadas para o e-mail:  ricardocalvarenga@gmail.com A íntegra da chamada, o edital, com normas detalhadas e temáticas dos rios, está disponível no link:  EDITAL – CHAMADA PARA ENVIO DE TRABALHOS Por Equipe Pedagógica – Muticom

Mensagem da Assembleia das CEBs de Tefé: “em saída, ao encontro dos pequenos e mais pobres”

No final da VI Assembleia das Comunidades Eclesial de Base da Prelazia de Tefé, realizada na paróquia São Joaquim de Alvarães, os participaram publicaram uma mensagem onde recolhem o vivenciado de 09 a 13 de julho.

Dom Altevir: “fortalecer as CEBs como espaço de compromisso com a justiça, com os pobres, com o Reino de Deus”

Uma Igreja que vive a alegria do Evangelho, com protagonismo laical e feminino. Uma Igreja onde a sinodalidade se concreta na escuta a todos e é vivenciada nas pequenas comunidades espalhadas na beira dos rios da região do Médio Solimões. Tudo isso apareceu na VI Assembleia das Comunidades Eclesiais de Base da Prelazia de Tefé, que acolheu a paróquia São Joaquim de Alvarães de 9 a 13 de julho. Aqueles que sustentam a vida das comunidades Mil participantes, dentre eles um bom número de jovens, mas também gente que tem vivido ao longo de décadas sua fé em comunidades distantes. Na prelazia de Tefé esse protagonismo laical se concretizou no grande número de catequistas, coordenadores de setor e tantos outros ministérios e serviços. Homens e mulheres que fizeram carne o Evangelho, que sustentaram a vida de fé das comunidades, diante do pouco número de presbíteros presentes nessa igreja local. O desafio diante de um momento tão importante e enriquecedor é levar o vivenciado, a alegria presente entre os participantes, de volta para as comunidades, segundo ressaltava o bispo local, dom José Altevir da Silva. Uma experiência, um modo de ser Igreja, que tem tocado o coração dos visitantes, segundo testemunhou o diretor das Pontifícias Obras Missionárias de Porto Rico, José Orlando Camacho Torres, padre espiritano, que já foi missionário na prelazia de Tefé. Ser cada vez mais uma Igreja sinodal em saída Um encontro que tem refletido sobre os caminhos a seguir como Igreja nos próximos anos, ser cada vez mais uma Igreja sinodal em saída, tema que guiou os passos da assembleia. Foram sugeridas algumas pistas de ação que serão incluídas nos caminhos que fazem parte do Plano Pastoral da prelazia de Tefé. Propostas com relação aos influenciadores digitais, que levem a implantar e fortalecer as equipes da Pastoral da Comunicação nas paróquias e comunidades tendo em conta a realidade local, incentivando a formação nesse âmbito e criando estratégias para ajudar na evangelização através das mídias sociais. A Igreja de Tefé pretende, no campo da ecologia integral buscar parcerias com órgãos públicos, chegar nas famílias como espaço de formação e conscientização sobre o cuidado da casa comum. Um trabalho a ser realizado também na catequese e com espaços de formação nas comunidades, criando uma Pastoral Ecológica que atue de forma transversal. Comunidades que em vista da fraternidade e a justiça social incentivem os mutirões, fortaleçam as ações de acolhida, com maior presença da Caritas para assim realizar ações concretas em parceria com as pastorais sociais. Em uma igreja local que tem vivido a missionariedade ao longo da história, a prelazia de Tefé busca avançar na formação para fortalecer a espiritualidade e criar oficinas para promover a união, promover e formar novas lideranças e trabalhar a Pastoral Vocacional, fazer visitas missionárias e gerar processos que vão além dos eventos. Uma Igreja que quer avançar na superação da polarização, incentivando o diálogo nas comunidades, fomentando a formação em fé e política, de modo especial entre a juventude, progredindo na sinodalidade, com seminários sobre essa temática para ajudar a construir pontes e não muros. Mulheres que sustentam a caminhada da Igreja A assembleia foi encerrada com uma caminhada nas ruas de Alvarães e uma Eucaristia de envio presidida pelo bispo da prelazia de Tefé, dom José Altevir da Silva. Ele iniciou sua homilia reconhecendo a importância das mulheres nas comunidades, mulheres que o bispo quer tenham cada vez mais presença nas instâncias de decisão da igreja local, “porque são elas que sustentam com a graça de Deus a caminhada da nossa igreja”. Uma celebração que encerrou dias de assembleia, onde “nós vivemos momentos de escuta, de comunhão, de partilha, e acima de tudo de renovação da esperança”, enfatizando que “o pobre vive da esperança, e nós vamos saindo daqui com esperança renovada”. A Palavra do Senhor está nas comunidades O bispo recordou que na primeira leitura do XV Domingo do Tempo Comum “o Senhor nos lembra que a sua palavra não está distante”, afirmando que ela está “no coração, nos lábios, na Amazônia profunda, nas comunidades ribeirinhas, indígenas, quilombolas, nos rostos jovens e comprometidos que nós vimos durante esta assembleia. Junto com isso, a palavra do dia, na segunda leitura, quando diz que “Cristo é a imagem de Deus invisível”, isso nos mostra que “como comunidade, somos treinados a perdoar”. A exemplo do samaritano, o bispo fez um chamado a ser uma igreja que se compadece, que não passa longe, que abraça, a igreja da proximidade, uma igreja que se detém, que cuida e serve com a Igreja Samaritana. Por isso, o bispo disse que “saímos dessa assembleia como missionários cheios do Espírito, com o coração ardente, prontos para receber as comunidades que representamos, rostos jovens, laicais, rostos dos leigos e leigas, rostos tão diferentes”. Fé encarnada, luta pela justiça, cuidado da casa comum Uma assembleia que foi tecida pela beleza da diversidade e agora deve “levar as comunidades à fé encarnada, iluminada pela luta e em busca da justiça, da dignidade e do cuidado para nossa casa comum”. O bispo agradeceu o povo de Alvarães pela acolhida e aos participantes, especialmente aqueles que precisaram de 16 dias fora de casa para participar da assembleia, que disse ser testemunho de “amor à causa da vida”. Uma assembleia que mostrou que “o Espírito já está soprando novos ventos sobre a nossa missão”. O bispo pediu que “Nossa Senhora da Amazônia, nossa companheira na missão, nos acompanhe ao longo dos rios, florestas e cidades da Amazônia. Que sejamos samaritanos na Amazônia, sensíveis à dor, firmes na esperança ousados na profecia.” Para isso, “sigamos juntos, pois o reino de Deus está próximo, está entre nós, está em nós!” Um verdadeiro Pentecostes Uma assembleia que encerra “com o coração cheio de gratidão e alma renovada”, disse o bispo, que definiu os dias vividos como “um verdadeiro Pentecostes: o Espírito Santo soprou em nossas comunidades, renovando esperanças, reacendendo compromissos, fortalecendo laços”, disse dom Altevir no final da celebração. Ele destacou o caminho de preparação da assembleia…
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Assembleia das CEBs de Tefé se posiciona contra PL da Devastação

A VI Assembleia das Comunidades de Base da Prelazia de Tefé, que está realizada em Alvarães, com a participação de mil representantes das 14 paróquias e três áreas missionárias que fazem parte dessa prelazia, deu a conhecer uma carta onde faz um “Apelo pela Vida, pela Casa Comum e contra o PL da Devastação”. Grito de alerta, esperança e libertação O texto (leia aqui a carta completa) faz “ecoar um grito de alerta, esperança e de libertação, diante da iminente votação do Projeto de Lei 2.159/2021, conhecido como PL do Licenciamento Ambiental, o PL da Devastação, que tramita na Câmara dos Deputados, em Brasília, e pode ser votado a qualquer momento.” Segundo os assinantes, “esse projeto representa uma grave ameaça à Casa Comum, pois pretende enfraquecer drasticamente o controle social e ambiental sobre grandes empreendimentos, permitindo a dispensa de licenciamento para atividades de alto impacto ambiental; o fracionamento dos processos, dificultando a avaliação real dos danos; a redução ou eliminação da consulta aos povos indígenas e comunidades tradicionais; o enfraquecimento dos órgãos ambientais, como o IBAMA e o ICMBio”. A carta rejeita “a lógica do lucro desenfreado que alimenta esse projeto. É a mesma lógica que desmata, polui, expulsa famílias, povos e comunidades, silencia vozes, envenena rios e destrói o futuro das gerações. O capital que tudo quer dominar despreza a floresta, os peixes, os povos e os sonhos.” Diante disso mostra a importância “dos saberes e cuidados tradicionais necessários para preservar e sustentar a existência.” Igualmente, o texto lembra o chamado do Papa Leão XIV em sua mensagem para o Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação, em 2025: “num mundo onde os mais frágeis são os primeiros a sofrer os efeitos devastadores das alterações climáticas, do desflorestamento e da poluição, cuidar da criação torna-se uma questão de fé e de humanidade”. SIM à vida Igualmente, a carta se une à nota da CNBB sobre o PL do Licenciamento Ambiental, de maio de 2025. Os assinantes dizem “NÃO ao PL da Devastação”, e “SIM à vida, à floresta em pé, à pesca artesanal viva, às águas livres, aos territórios preservados, às culturas respeitadas, as terras indígenas e quilombos demarcadas, a cidade saudável e confortável, à espiritualidade enraizada no chão que é dom de Deus.” Igualmente, se critica “o modelo econômico dominante baseado na lógica da privatização da terra e das águas”, e a “engenharia política onde o congresso nacional brasileiro tem um papel de defesa dos interesses dos grupos econômicos em prejuízo dos territórios e das comunidades.” Diante disso, a carta conclama todo o povo brasileiro a “escutar o clamor da Amazônia e dos seus povos, para resistir ao retrocesso, e a assumir a conversão ecológica como caminho de fé e compromisso com a justiça”. Finalmente, os assinantes afirmam que “aceitar a destruição do meio ambiente e apoiar o PL da Devastação é trair o sonho de Deus para a humanidade”, e pedem “que os planos de Deus para a Casa Comum, planos de paz, beleza e cuidado, não sejam destruídos pela ganância de poucos em detrimento da dignidade de muitos”.

Fraternidade e Compromisso Social: Valores centrais na vida das CEBs

A Fraternidade como Caminho de Compromisso para a Justiça Social, inspirada na frase evangélica: “Vós sois todos irmãos”, tem sido tema de reflexão na VI Assembleia das Comunidades Eclesiais de Base da Prelazia de Tefé, que reúne em Alvarães mil representantes das 14 paróquias e três áreas missionárias da prelazia. Dignidade de todos e solidariedade“A fraternidade é um caminho essencial para a justiça social, pois ela implica em reconhecer a dignidade de todos e promover a solidariedade, o cuidado com o próximo e o respeito mútuo. Ao cultivar a fraternidade, criamos uma sociedade mais justa, igualitária e pacífica”, disse o padre Ademar Henriques, professor da Universidade Estadual do Amazonas. Um valor central, que “atua como um motor para a construção de uma sociedade mais justa”, que convida a “transcender as diferenças e a reconhecer a humanidade comum em todos, promovendo a solidariedade e o respeito mútuo”, segundo o assessor. Uma atitude que se manifesta em diversas esferas, que se concretiza na “ação social em prol de uma sociedade mais justa”, disse o padre Ademar. Mais do que um ideal, estamos diante de “um caminho concreto para a transformação social”, sustentado no cuidado e a igualdade, caminho de soluções para as desigualdades, de inclusão social e superação de preconceitos. O princípio da fraternidade é a liberdade, e se faz presente no amor ao próximo, a justiça social, a tolerância, a paz e a solidariedade. Daí a necessidade de cultivá-la e incentivá-la em todos os níveis. Acesso de todos a serviços básicos Ligado ao conceito de fraternidade está o conceito de justiça social, que busca reduzir desigualdades e garantir o acesso equitativo a recursos, direitos e oportunidades, promovendo uma sociedade mais justa e inclusiva, onde todos têm acesso aos serviços básicos. Para avançar na justiça social se faz necessário avançar em equidade, igualdade, inclusão, respeito à diversidade, acesso à proteção social, reconhecimento e aplicação dos direitos humanos. Nessa conjuntura, o assessor questionou: “Qual a importância da justiça social em nossas comunidades?” Segundo o padre Ademar Henriques, a justiça social promove a coesão social, favorece a estabilidade social e prosperidade, a cidadania, a redução das desigualdades. Princípios e virtudes A partir da análise de Leonardo Boff, o assessor se referiu a quatro princípios e quatro virtudes. Entre os princípios está o cuidado, o respeito, a responsabilidade universal e a cooperação incondicional. Por sua vez, as virtudes são a hospitalidade, a convivência com o diferente, a tolerância e a comensalidade. Esses princípios e virtudes devem levar as comunidades a refletir sobre como eles se fazem presentes na vida das pessoas e da própria comunidade. Uma temática que deve levar as comunidades a “refletir sobre a fraternidade como compromisso social, levando em conta que todos nós somos irmãos. Todos nós temos as nossas diferenças, mas todos nós temos nossa igualdade. Todos nós temos o nosso cuidado, mas também nós temos as nossas responsabilidades”, segundo o assessor. O professor da Universidade Estadual do Amazonas vê isso como um caminho para que “em nossas comunidades a gente possa concatenar as ideias”, em vista de alcançar “uma linguagem universal, uma linguagem fraterna, uma linguagem onde o respeito a todos possa ser feito a partir do cuidado que eu possa ter com os meus irmãos”.

Dom Zenildo Lima: “As comunidades não podem ser igual casa de conjunto habitacional, todas iguais”

A missionariedade é uma dimensão fundamental na vida da Igreja, na vida das comunidades eclesiais de base. Na Amazônia, as CEBs são “um barco missionário que inclui todos e todas”, segundo o bispo auxiliar de Manaus e referencial das comunidades eclesiais de base no Regional Norte 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB Norte 1), dom Zenildo Lima. Uma reflexão presente na VI Assembleia das Comunidades Eclesial de Base da prelazia de Tefé, que se celebra na paróquia São Joaquim de Alvarães de 09 a 13 de julho, com a presença de mil representantes das 14 paróquias e 03 áreas missionárias em que se divide essa igreja local. A Igreja casa O bispo destacou a importância das imagens, seguindo o exemplo de Jesus, que se servia das parábolas, uma dinâmica presente na catequese da Igreja ao longo da história. Dom Zenildo Lima usou a imagem da casa para falar da Igreja, sustentada em quatro pilares, quatro esteios, nas casas de madeira da Amazônia: Palavra, Pão, Caridade e Ação Missionária. Dom Zenildo Lima refletiu sobre as experiências de vida que as pessoas vivem em suas casas, mas também nas comunidades. A casa como lugar de encontro, em volta da mesa, como local de encontros marcantes, como local onde vamos descobrindo nossa identidade. Nessa perspectiva, o bispo destacou a importância de as comunidades ter sua identidade, de recuperar a identidade de nossas comunidades, onde a gente tem que vivenciar a experiência de encontro amoroso, de encontro afetuoso. “As comunidades não podem ser igual casa de conjunto habitacional, todas iguais”, disse o bispo referencial das CEBs no Regional Norte 1. A Igreja barco Falando da Igreja como barco, dom Zenildo disse que “CEBs não pode ser barco de turismo, tem que ser barco de pesca”. Isso porque “um barco de pesca é simples, funcional, sempre em movimento. Carrega redes, instrumentos de trabalho e pescadores que conhecem a dureza das águas, mas também a alegria da pesca abundante”, segundo o bispo. Nessa perspectiva, ele definiu as CEBs como “comunidades que se reúnem para partilhar a Palavra, a Eucaristia, fortalecer a fé, discernir a vida e sair ao encontro dos irmãos e irmãs com gestos concretos de solidariedade, justiça e anúncio do Reino”. Frente a isso, “um barco de turismo é bonito, confortável, cheio de poltronas, música ambiente e paisagens para admirar. Tudo é feito para agradar os passageiros. Mas ele não pesca, ele passeia. Está ali para entreter, não para transformar. Se uma CEB se transforma num barco de turismo, perde sua razão de ser: deixa de evangelizar e passa a girar em torno de si mesma”, sublinhou dom Zenildo. Uma Igreja que se envolve com a vida do povo É por isso que, em palavras do bispo auxiliar de Manaus, “as CEBs foram pensadas como um jeito de ser Igreja, como expressão da Igreja em saída: uma Igreja que rema contra a corrente, que se envolve com a vida do povo, que escuta as dores da terra e dos pobres. Não podemos correr o risco de cair na tentação do comodismo, de nos contentar com reuniões fechadas, eventos para nós mesmos, e um certo ‘turismo espiritual’ que nos afasta da realidade”. Um barco missionário, que acolhe, que conduz, que entrega. Um barco que promove a inclusão, a corresponsabilidade e a sinodalidade, refletindo sobre relações, processos, vínculos e formação. O bispo, seguindo o Documento Final do Sínodo sobre a Sinodalidade, questionou: Quais as convicções que nos sustentam para estarmos juntos no Barco? Como diferentes sujeitos com diferentes responsabilidades, podem atuar em comunhão? Como se dá a tomada de decisões e o acompanhamento das mesmas nas diferentes instâncias da comunidade? Como experimentamos nosso senso de pertença à comunidade e como ela está enraizada na realidade? Nossas experiências de formação educam para caminharmos juntos? Ajudam a ser comunidades sinodais e em saída missionária? O barco missionário das CEBs tem que ajudar as pessoas a viver como seguidores de Jesus, disse dom Zenildo. O bispo fez um chamado a descobrir que Jesus está conosco, Ele está no barco, ajuda a superar as dificuldades. Mas sabendo que o barco missionário tem que ir ao encontro dos outros, atravessar o rio, mesmo correndo riscos. Diante da diferença com os outros, o bispo questionou como a gente reage, se o faz com agressividade ou se aprende com os outros. O desafio missionário é fazer com que todos tenham vida e para isso é necessário se sentir responsável pelo cuidado das pessoas. Um barco missionário Na reflexão eclesiológica, “a Igreja se compreende, as comunidades de base se compreendem como comunidades eclesiais missionárias, como um barco missionário que inclui todos e todas”, sublinhou dom Zenildo Lima. Segundo ele, “missionariedade, mobilidade, Igreja em saída, inclusão permearam esta reflexão”. O bispo refletiu sobre “os movimentos que acontecem dentro do barco, que são movimentos que exigem sinodalidade, os movimentos que acontecem fora do barco, que são movimentos que exigem comprometimento no que diz respeito ao cuidado da casa comum, no que diz respeito a novas experiências religiosas”. Realidades em que somos “sempre iluminados pela Palavra que apresenta Jesus presente no barco conosco, sempre iluminados pela caminhada da Igreja em nossa região, sempre iluminados pelo testemunho de pessoas que deram a vida por esta Igreja em Tefé”, disse o bispo. Ele definiu a VI Assembleia das Comunidades Eclesiais de Base da prelazia de Tefé como “grande encontro de uma Igreja sinodal, de uma Igreja em saída, de um compromisso com a plenitude da vida e com a missão”.

VI Assembleia das CEBs de Tefé reflete desafios e perspectivas em um mundo polarizado

Na vida das comunidades eclesiais de base, onde o protagonismo laical é um elemento que as define, o ofício divino das comunidades é um dos modos comuns de oração, que mais uma vez se fez presente na VI Assembleia das Comunidades Eclesial de Base da prelazia de Tefé, que se celebra na paróquia São Joaquim de Alvarães de 09 a 13 de julho, com a presença de mil representantes das 14 paróquias e 03 áreas missionárias em que se divide essa igreja local. Os participantes continuam refletindo sobre quatro temáticas: ecologia integral e sinodalidade; compromisso para a justiça social; missionariedade; e desafios e perspectivas em um mundo polarizado. Essas reflexões fazem parte da vida das comunidades, uma necessidade para poder responder aos desafios atuais. O fenómeno da polarização Um dos maiores desafios que enfrenta a sociedade atual é a polarização, um fenómeno que também se faz presente na Igreja católica. O secretário executivo da Comissão Brasileira de Justiça e Paz, Daniel Seidel, refletiu sobre essa realidade, mostrando a necessidade de procurar soluções que ajudem a superar dinâmicas em que uns ganham e outros perdem, dado que o trabalho comunitário é o que salva. Diante da atual realidade brasileira, Seidel refletiu sobre realidades presentes no atual panorama no país. O Brasil é um país onde a democracia está ameaçada, com um claro desequilíbrio entre os três poderes: executivo, legislativo e judiciário. Fenómenos como a distribuição do orçamento público, a judialização de muitas leis, a enorme influência das redes sociais, a desinformação. Junto com isso, a COP30 é um momento importante diante desse cenário mundial e brasileiro, que demanda o compromisso da sociedade e da Igreja. O sociólogo analisou o papel de Papa Francisco e Papa Leão XIV, a contribuição no campo da ecologia integral com a Laudato si´, o Sínodo para a Amazônia, assumindo o caminho iniciado pela Igreja da região desde Santarém 1972, um caminho que está dando continuidade o Papa Leão XIV, que acaba de celebrar pela primeira vez a Missa pela Criação. Papas que nasceram na experiência da Igreja latino-americana, na profecia da sinodalidade, do reconhecimento das mulheres nos ministérios eclesiais e nos espaços de decisão na Igreja. Agenda de lutas Existe uma agenda de lutas, que as comunidades eclesiais de base são desafiadas a assumir. Dentre elas aprender com os povos originários o bem-viver; se envolver no plebiscito popular sobre a jornada de trabalho e a taxação dos super-ricos; a Campanha a Vida por um Fio de autoproteção de lideranças e comunidades ameaçadas; enfrentamento à extrema direita, ocupando os espaços nas redes digitais; conversão pastoral, ecológica, cultural e sinodal, para fazer realidade os sonhos de Papa Francisco em Querida Amazônia: social, ecológico, cultural e sinodal; garantir a aplicação do Sínodo sobre a Sinodalidade: participação, comunhão e missão, dando passos corajosos para ser uma Igreja com rosto amazônico, samaritano, em saída para as periferias. Todo isso, sem medo, com a inspiração da divina Ruah. Na sociedade brasileira existem, segundo Daniel Seidel, heranças históricas que marcam a consciência política: colonialismo, racismo e discriminação regional, a cidadania pelo trabalho, autoritarismo, machismo, preconceito e violência contra as mulheres, consumismo e materialismo. São fenómenos que mostram a atual mudança de época, que tem como sinais o antropoceno, que provoca mudanças climáticas e aquecimento global; crise das instituições e valores; necropolítica; ultraliberalismo e fundamentalismo; fé-sentido-experiência; pandemia que coloca em questão a ideia de super-homem; distopia e utopia. Essa realidade demanda profecia, anúncio e denúncia que gera esperança. Uma atitude que demanda discernimento dos apelos que Deus faz na realidade, que leva a denunciar as injustiças, estruturas e sistemas que negam a vida e cultuam a morte. Todo discípulo é chamado a anunciar a boa notícia, a esperançar, a reaprender o valor da sobriedade feliz, a seguir o exemplo de Maria, a utilizar as redes sociais como instrumento de comunicação estratégica e incidência política e cultural.

Festa do Carmo na Diocese de Parintins celebra Jubileu de 70 anos

A diocese de Parintins celebra em 2025 o Jubileu de 70 anos. Erigida a 12 de julho de 1955, pelo Papa Pio XII, como prelazia de Parintins, foi desmembrada da arquidiocese de Manaus, tendo como padroeira Nossa Senhora do Carmo, sendo confiada aos padres do Pontifício Instituto das Missões Estrangeiras (PIME). Em 30 de outubro de 1980 a prelazia foi elevada a diocese pelo Papa João Paulo II, no mesmo ano em que foi concluída a Catedral de Nossa Senhora do Carmo. Peregrinantes com Maria O Jubileu está fazendo parte da festa de Nossa Senhora do Carmo, que está sendo realizada de 06 a 16 de julho e que em 2025 tem como tema: “Peregrinantes com Maria, a Rainha de toda a Criação”. Maria, que é Mãe da Esperança, guia um festejo, do mesmo modo que guia a caminhada da diocese de Parintins, que iniciou com uma procissão fluvial, uma carreata e o Círio, que conduziu a imagem da padroeira até a Catedral. O novenário está sendo momento de festa para a Igreja de Parintins, contando com a participação do povo das paróquias, comunidades, pastorais, organismos públicos. Um caminho que será encerrado com a grande festa de dia 16 de julho, que tradicionalmente concentra milhares de devotos, chegados de todos os municípios dessa igreja local. Missa e Procissão Solene No dia da festa está previsto diversas celebrações eucarísticas ao longo do dia na catedral de Nossa Senhora do Carmo. A festa será encerrada com a Missa e Procissão Solene, às 17 horas, percorrendo as ruas da cidade de Parintins, onde os devotos acompanham esse momento de fé tão importante na vida dos parintinenses. A alegria do Jubileu é oportunidade para a Igreja de Parintins agradecer a Deus pelo percurso percorrido ao longo de 70 anos. Uma Igreja missionária, que levou o Evangelho nos rios e igarapés dessa região do Baixo Amazonas com o empenho de muitos homens e mulheres, bispos, padres, religiosos, religiosas, leigos e leigas, que ao longo dos anos entregaram sua vida para fazer presente o reino de Deus.

Dário Bossi chama as CEBs da Prelazia de Tefé a “criar uma sociedade do cuidado”

A Assembleia das Comunidades Eclesiais de Base da prelazia de Tefé, que acolhe a paróquia São Joaquim de Alvarães, de 09 a 13 de julho, está sendo uma oportunidade de reflexão para os mil participantes chegados das 14 paróquias e 03 áreas missionárias que fazem parte desta Igreja local, que anuncia o Evangelho na região do Médio Solimões. Quatro temáticas Depois de refletir sobre os influenciadores digitais na Igreja católica, os participantes irão abordar quatro temáticas: ecologia integral e sinodalidade; compromisso para a justiça social; missionariedade; e desafios e perspectivas em um mundo polarizado. Para refletir sobre “Casa Comum: Ecologia Integral na Sinodalidade”, uma urgência diante do avanço do negacionismo, que desmonta a urgência de cuidar da Casa Comum, o assessor do tapiri, o padre Dário Bossi, partiu da realidade, lançando uma pergunta: “O que está acontecendo com a nossa casa?”, que foi respondida desde diversas perspectivas: saúde e bem viver, organização social, e espiritualidade. Nas comunidades da prelazia de Tefé, com relação à saúde e ao bem viver, foi denunciado a poluição dos rios consequência da falta de cuidado, fazendo um chamado a fortalecer os laços familiares como base de desenvolvimento das pessoas e o cuidado como atitude que nasce da condição de discípulos e discípulas. Daí a importância da organização social, que tem a ver com a educação, com a necessidade de se organizar como comunidade para reivindicar, para avançar nas políticas públicas, que garantam maior atenção à população. Nesse cuidado, a espiritualidade católica, mesmo diante do abandono dessa dimensão, leva a um compromisso de cuidado com as pessoas e o meio ambiente, diante do tráfico de drogas ou o garimpo ilegal. Um compromisso que não é fácil de assumir diante do medo que as pessoas experimentam em consequência das ameaças. As motivações de nossas decisões Diante dessa realidade, a missão é cuidar, uma atitude pessoal e coletiva, que leve a “criar uma sociedade do cuidado”, segundo o padre Bossi. Ele fez um chamado a refletir sobre as motivações que nos levam a tomar as decisões, a empreender as mudanças, a ser uma Igreja presente em todos os lugares onde as pessoas e a Casa Comum sofrem. Aos 10 anos da Laudato si´, um texto atual, que gera esperanças e dialoga com outras espiritualidades, o assessor fez uma apresentação das linhas mais destacadas da encíclica de Papa Francisco. O padre Bossi referiu-se à insurreição do planeta, que levou o Papa Francisco a dizer que “Deus perdoa sempre, as pessoas perdoam às vezes, a natureza não perdoa nunca”. Tudo isso diante dos povos crucificados e de uma natureza martirizada, uma realidade que tem a ver com a nossa fé, com a missão da Igreja. Isso porque “responder a esta insurreição é uma resposta cristã”, enfatizou o assessor. Unir forças, criar laços na defesa da Casa Comum “A ecologia integral une forças, cria laços, para responder ao grito da Terra e o grito dos pobres”, sublinhou o assessor da Comissão para a Ação Sociotransformadora da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. Isso demanda um esforça comum de educação para o cuidado, que é oposto a dominar. O desafio é substituir o domínio pelo cuidado, um convite que Francisco fazia em Laudato si´, superar uma economia que mata, que demanda outras maneiras de viver as relações econômicas. Dário Bossi recordou as palavras do secretário geral da ONU, Antônio Guterres, que disse que a humanidade declarou guerra à natureza, o que demanda a paz com a natureza. Para promover a paz com a natureza, inspirado em Francisco de Assis, fez algumas propostas: defender os territórios e os modos de vida; conectar-se às ancestralidades; acreditar nas novas gerações, apostar em quem vem depois; a partir de baixo, quem muda a história não são os poderosos, quem faz a diferença na história é o povo, dado que “nós somos semeadores de mudança”, geradores de mudança, definindo ações concretas, nascidas de uma Igreja sinodal, que pode de fato traçar à luz das indicações e das pistas que o Papa Francisco nos deu. Longe de ser questões distantes, a ecologia integral e a sinodalidade mostram “uma extrema conexão entre a visão, a perspectiva, a utopia e o sonho, que o Papa Francisco projetou para nós, e o trabalho cotidiano, cheio de contradições, mas também de compromissos, de esperança, de boas práticas e de boas notícias que temos aqui no território”, segundo o padre Bossi. Ele destacou a importância de “uma leitura crítica, completa, capaz de fazer conexões e conversas, que compreende o papel da Igreja, que não pode se isolar no mundo espiritualizado, mas é chamada a acolher a espiritualidade de quem caminha no cotidiano escutando o grito dos pobres e da terra e respondendo a ele”.

CEBs da Prelazia de Tefé: Tornar presente o Reino de Deus

As comunidades eclesiais de base da prelazia de Tefé estão reunidas na paróquia São Joaquim de Alvarães, de 09 a 13 de julho, para sua VI Assembleia. Mil pessoas chegadas das 14 paróquias e 03 áreas missionárias que fazem parte dessa Igreja local, que buscam impulsionar “Uma Igreja sinodal em saída: vida plena e missão”, tema do encontro. Comunidades que tornam presente o reino de Deus Após uma animada celebração de abertura, os participantes do encontro iniciaram seus trabalhos, divididos em 04 grupos, tapiris na linguagem da Amazônia, para refletir sobre os influenciadores digitais na Igreja, ecologia integral e sinodalidade, compromisso para a justiça social, a missionariedade, e os desafios e perspectivas em um mundo polarizado. São as comunidades eclesiais de base que evangelizam o interior da Amazônia, mas também levam a Boa Notícia às periferias das cidades. Elas assumem as palavras de Papa Francisco, que dizia que “evangelizar é tornar presente o reino de Deus no meio de nós”, segundo lembrou o assessor da Comissão para a Ação Sociotransformadora da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, padre Dário Bossi. O missionário Comboniano disse que tornar presente o reino no meio de nós é cuidar, curar, as feridas do mundo, sendo uma Igreja hospital de campanha; é viver de graça, uma dificuldade no mundo hoje, onde tudo é retribuído, mas que é assumido nas CEBs; é uma Igreja que caminha leve, com pouca coisa; é doar a paz, como Igreja que visita, que se desloca, que não fica no comodismo, quer conhecer, quer encontrar qualquer pessoa que seja, católica ou não católica, uma Igreja que vai ao encontro. Mergulhar nas águas mais profundas Comunidades eclesiais de base que se concretizam na luta comum pela preservação do lago, pelos direitos, segundo o bispo da prelazia de Tefé, dom José Altevir da Silva. Comunidades indígenas, quilombolas, ribeirinhas, “que evangelizam com os pés nas margens dos rios”, segundo o bispo. Ele fez um chamado a “dar um verdadeiro mergulho nessas águas mais profundas, da escuta, nas águas profundas da conversão pastoral, nas águas profundas do compromisso profético, nas águas profundas da defesa pela vida em nossa casa comum”. Dom Altevir insistiu na necessidade do protagonismo feminino e juvenil nos espaços de decisão da Igreja, na convivência pacífica na casa comum, a força do laicato e da participação popular nas estruturas comunitárias, a influência da realidade social, política em nossa fé, ficando atento ao que vai ser ameaça para a nossa fé. Ele se referiu aos novos horizontes de evangelização em um mundo polarizado, e aí ser sinal de reconciliação e de justiça. O bispo da prelazia convidou os participantes a viver a assembleia com o coração aberto, com o espírito em diálogo com todos. Os influenciadores digitais As redes sociais é uma realidade que faz parte da vida das pessoas em todos os cantos do planeta, também no interior da Amazônia, onde aos poucos a internet se fez presente na vida do povo. Daí a importância da reflexão sobre os influenciadores digitais na Igreja católica, uma temática abordada por José Abilio Barros Ohana. Ele definiu as redes sociais como ambiente de conversa, refletindo sobre a repercussão na vida das pessoas e das comunidades. Não podemos esquecer que o Brasil é o segundo país que mais usa as redes sociais. Uma realidade que encerra riscos, dado que que a desinformação e as mudanças climáticas são os grandes riscos no mundo de hoje, segundo o assessor. Ele insistiu em que rede social é espaço de conversa, mas não de construção, algo que se faz realidade na vida concreta, também no campo religioso, que precisa da caminhada em comunidade. A vivência religiosa não pode se limitar ao mundo virtual, uma reflexão importante diante de uma vivencia cada vez mais ligada a influenciadores digitais, seguidos fielmente por milhões de pessoas, que colaboram com elas, inclusive financeiramente. O fim é a comunidade Se faz necessário entender que a rede social não pode ser o fim da vida da comunidade, é um meio, o fim é o território, é a comunidade, segundo Abilio Ohana. Ele defende a necessidade da regulação do uso da internet, em vista de serem usadas para o bem comum e não para o prejuízo das pessoas, dos territórios, da vida, amparados por grandes grupos econômicos com interesses próprios econômicos, políticos, de poder, que são contrários à vivência da Igreja sinodal. O critério é o Evangelho, o desafio é o como, segundo Abilio Ohana. Ele fez um chamado a dar as mãos com aqueles que constroem nos territórios, destacando a importância da Pastoral da Comunicação. Nas comunidades eclesiais de base o mundo digital ajuda, mas também atrapalha o trabalho que é feito no território. Daí a importância dessa reflexão, “um momento importante de alerta, de conversa, de receber o retorno de quem realmente mora nos territórios”, destacou o assessor.