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Autor: Luis Miguel Modino

Situação econômica, procedimentos e como ser Igreja hoje marcam a 7ª Congregação Geral

183 cardeais, incluindo 124 eleitores, participaram da sétima Congregação Geral realizada na quarta-feira, 30 de abril, que prepara o Conclave que começará dentro de uma semana, na tarde de 7 de maio. No mesmo dia, às 10h, horário de Roma, a Missa Pro Eligendo Pontifice será celebrada na Basílica de São Pedro, presidida pelo Decano do Colégio de Cardeais, Cardeal Re. Pouco antes de entrar na Capela Sistina, os cardeais rezarão na Capela Paulina do Palácio Apostólico, onde, na tarde de 5 de maio, os oficiais e funcionários do Conclave irão fazer juramento. Debate sobre a situação econômica da Santa Sé Na primeira parte da manhã, conforme relatado pelo diretor da Sala Stampa do Vaticano, Mateo Bruni, após um momento de oração e uma meditação de cerca de 40 minutos, novamente conduzida por Dom Donato Ogliari, abade da Basílica de São Paulo Fora dos Muros, foi discutida a situação econômica e financeira da Santa Sé, com intervenções dos cardeais Marx, Farrell, Schönborn, Vérgez e Krajewski. O Cardeal Marx, como coordenador do Conselho para a Economia, apresentou alguns desafios, problemas e propostas sob a perspectiva da sustentabilidade, com o objetivo de garantir que as estruturas econômicas continuem a apoiar a missão do Papado. O Cardeal Farrell, presidente da Comissão de Investimentos, falou sobre as atividades dessa Comissão. O Cardeal Schönborn, como presidente, falou sobre as atividades do IOR. O Cardeal Vérgez deu alguns detalhes sobre a situação do Governatorato do Estado da Cidade do Vaticano. O Cardeal Krajewski, esmoleiro pontifício, falou sobre a atividade do Dicastério da Caridade. Questões processuais Na segunda parte da manhã, foi lido um comunicado no qual o Sínodo deu a conhecer duas questões de caráter processual sobre as quais teve a oportunidade de refletir e discutir nos últimos dias. Em primeiro lugar, “com relação aos Cardeais eleitores, a Congregação observou que Sua Santidade o Papa Francisco, ao criar um número de Cardeais superior a 120, como estabelecido no n. 33 da Constituição Apostólica da Santa Sé. 33 da Constituição Apostólica Universi Dominici Gregis de São João Paulo II, de 22 de fevereiro de 1996, no exercício de seu poder supremo, dispensou essa disposição legislativa, de modo que os Cardeais que excederam o número limite adquiriram, de acordo com o n. 36 da mesma Constituição Apostólica, o direito de eleger o Romano Pontífice, a partir do momento de sua criação e publicação”. Em segundo lugar, o Cardeal Giovanni Angelo Becciu observou que este último, tendo em vista o bem da Igreja e a fim de contribuir para a comunhão e a serenidade do Conclave, comunicou sua decisão de não participar do mesmo. “A esse respeito, a Congregação dos Cardeais expressa seu apreço por seu gesto e espera que os órgãos competentes da justiça possam esclarecer definitivamente os fatos”. Questões abordadas Entre os temas abordados nos 14 discursos, Bruni destacou a eclesiologia do Povo de Deus, os desafios a serem enfrentados de acordo com as perspectivas dos continentes e regiões de origem dos cardeais. Também foram abordadas questões sociais, relativismo, individualismo, solidão, a centralidade de Jesus na resposta às necessidades do mundo moderno, a necessidade de consolação, evangelização e a responsabilidade da Igreja pela paz. Outros temas abordados foram a ferida representada pela polarização na Igreja e a divisão da sociedade, a sinodalidade ligada à colegialidade episcopal, também como corresponsabilidade diferenciada para superar a polaridade na Igreja. A vocação para a vida sacerdotal e religiosa, a evangelização e sua relação com a corresponsabilidade foram discutidas, com referências constantes às constituições apostólicas do Vaticano II: Lumen Gentium e Gaudium et Spes. Orações pelo Conclave O Colégio de Cardeais convidou o Povo de Deus a viver este momento eclesial como um evento de graça e discernimento espiritual, ouvindo a vontade de Deus. Para isso, sentem a necessidade de contar com o apoio das orações de todos os fiéis, considerando que “esta é a verdadeira força que na Igreja promove a unidade de todos os membros do único Corpo de Cristo (cf. 1Cor 12,12)”. O Colégio de Cardeais insistiu que “em vista da enormidade da tarefa que nos espera e da urgência do momento atual, é necessário, acima de tudo, fazer-nos humildes instrumentos da infinita sabedoria e providência de nosso Pai celeste, em docilidade à ação do Espírito Santo. De fato, Ele é o protagonista da vida do Povo de Deus, Aquele a quem devemos escutar, aceitando o que Ele diz à Igreja (cf. Ap 3, 6)”. Para esse fim, eles pedem a companhia da Santíssima Virgem Maria.

O túmulo de Franciscus: Uma Luz e uma Cruz para continuar acompanhando todos, todos, todos

Desde sua eleição em 13 de março de 2013, Francisco sempre foi um Papa surpreendente. Uma atitude que o acompanhou até o túmulo. A simples lápide embutida no muro de uma das quatro basílicas papais de Roma, a de Santa Maria Maior, é uma prova clara disso. As pessoas têm passado continuamente por ela desde que foi aberta à visitação, olhando para a lápide onde se lê “Franciscus”. A única companhia é a reprodução de sua cruz peitoral e uma rosa branca que parece ter ficado intacta. Uma luz na qual não são poucos os que veem a Luz do Ressuscitado, que sempre acompanhou a vida da Igreja, ilumina a atmosfera. Um túmulo escondido e pronto há dois anos Nada é improvisado. O túmulo de Francisco estava pronto há dois anos, ele mesmo havia dado sua aprovação e fornecido o dinheiro para a construção. Nada diferente do que sempre fez o Papa Bergoglio, que nunca aceitou não ser cobrado por suas contas. Era motivo de discórdia quando alguém não queria lhe cobrar. Um túmulo que pouquíssimas pessoas sabiam de sua existência. Passar em frente a ele é algo que toca o coração de todos nós que nos identificamos com o papado de Francisco. É uma mistura de tristeza e esperança. A fé nos diz que o último pontífice já está na casa do Pai. Nosso sentimento humano nos leva a sentir a falta de alguém que estava continuamente presente em nossos pensamentos, alguém em quem encontrávamos orientação. Olhando para o longo prazo Ninguém sabe o que Francisco levou com ele para o túmulo, mas também não sabemos o que ele deixou para continuar ajudando a Igreja. O Papa Bergoglio sempre teve uma visão de longo prazo, embora nunca tenha se esquecido do dia a dia, das curtas distâncias. Essa mistura de perspectivas, de pontos de vista, de sonhos, mas, ao mesmo tempo, nunca se esquivando dos problemas concretos, foi o que fez dele um Papa admirado por muitos. Ele sempre teve consciência de que não seria capaz de cumprir a tarefa que lhe foi solicitada pelos participantes do Conclave em que foi eleito. Mas ele sempre viu sua vida e os serviços que lhe foram confiados pela Igreja como parte de um processo. Um processo no qual ele se sentia como um elo em uma corrente que atravessa a história da humanidade e de uma Igreja de quase dois mil anos. Vaticano II seu roteiro Longe de qualquer protagonismo, o desafio que a Igreja enfrenta neste momento em que os cardeais precisam encontrar um sucessor é descobrir quem pode dar continuidade ao seu legado. Francisco tinha seu roteiro no Concílio Vaticano II, mas estava ciente de que ainda há um longo caminho a percorrer até que esse modo de caminhar seja compreendido e aceito por todos, todos, todos. Vivemos em um momento histórico em que a tentação de se deslumbrar com múltiplos elementos está presente em muitas pessoas. Diante disso, a meia-luz que envolve as laterais do túmulo de Franciscus nos ajuda a focar na cruz no centro. É a cruz peitoral que sempre o acompanhou em seu episcopado, primeiro em Buenos Aires e depois em Roma. É uma cruz onde a imagem do Bom Pastor se destaca, mostrando-nos a determinação que Jorge Mario Bergoglio sempre teve em carregar os mais vulneráveis, os descartados. Estender sua misericórdia Foram eles que mais se identificaram com ele, e são eles, os deserdados da terra, que estão aguardando impacientemente a chegada de alguém que não os ignorará. Alguém que tenha a misericórdia que lhe permita olhar para baixo e descobrir que há alguém jogado à beira da estrada. Alguém que não se apresse para o Templo, que não se apresse para cumprir com ritualismos dos quais os últimos poucas vezes conseguem participar. Franciscus continua a cuidar, daquele lugar escondido na parede, que aos olhos de muitos pode passar despercebido. É para lá que sempre irá aquele que se deixa iluminar pela luz que coloca no centro o sinal daquele que deu a vida por todos, todos, todos. Francisco, sabemos que seu corpo está escondido naquele lugar, mas seu espírito continua a inspirar muitas pessoas.

Sala Stampa divulga detalhes do pre-conclave que prepara eleição do sucessor de Francisco

As congregações gerais, onde os cardeais preparam o Conclave que será iniciado na tarde da quarta-feira, 7 de maio, continuaram com seus trabalhos nesta terça-feira. Estavam presentes 183 cardeais, de quais mais de 120 eleitores. Um dos participantes, que também irá entrar na Capela Sistina como eleitor, é o arcebispo de Manaus e presidente do Regional Norte 1 (CNBB Norte1), cardeal Leonardo Ulrich Steiner. 133 cardeais eleitores na Capela Sistina Segundo informou o diretor da Sala Stampa da Santa Sé, Mateo Bruni, dois cardeais eleitores, dos quais não foram revelados os nomes, não participarão do Conclave por motivos de saúde. Isso reduz o número de cardeais que irão entrar na Capela Sistina a 133, ficando sem contato com o mundo até a famosa fumata branca. Na congregação geral desta terça-feira teve cerca de 20 intervenções, que foram precedidas pela reflexão espiritual de dom Donato Ogliari, abade da Basílica de São Paulo Fora dos Muros. As intervenções foram principalmente sobre a Igreja e sobre os desafios a serem enfrentados pelo sucessor de Papa Francisco. Foram intervenções de cardeais de diversas procedências geográficas, ressaltando a reflexão em torno que à resposta que a Igreja pode dar. Agradecimento do Colégio Cardinalício O Colégio Cardinalício decidiu enviar um comunicado ao mundo, às autoridades e ao povo de Deus, para agradecer pela participação e pela proximidade no momento da morte de Papa Francisco. Na mensagem aparece a “gratidão pela solidariedade demonstrada no momento de dor”, afirmando que a presença dos representantes do poder político mundial “foi particularmente apreciada como uma participação na dor da Igreja e da Santa Sé pela morte do Papa e como um tributo ao seu compromisso incessante em favor da fé, da paz e da fraternidade entre todos os povos da terra”. Também agradecem a todos aqueles que trabalharam, afirmando “que contribuíram, com grande empenho e generosidade, para a preparação de tudo o que era necessário para as várias celebrações, reconhecendo que, graças ao seu trabalho, tudo ocorreu em ordem e tranquilidade”. Igualmente mostram “gratidão aos milhares de adolescentes e jovens que participaram do Jubileu no domingo, 27 de abril, demonstrando o rosto de uma Igreja viva com a vida de seu Senhor Ressuscitado, e a todo o povo de Deus que caminha com esperança rumo ao futuro”.  Foram revelados detalhes do próximo Conclave, como o juramento do pessoal que irá ajudar: os enfermeiros, pessoal litúrgico, e outras pessoas, que será no 5 de maio. Igualmente foi anunciado que a Missa pro elegendo Pontífice será no dia 7 de maio às 10 da manhã, no horário de Roma, 4 da manhã em Manaus. No mesmo dia, às 16:30 será realizada a oração previa à entrada dos cardeais eleitores na Capela Sistina.

Cardeal Steiner pede a inspiração do Espírito Santo para dar à Igreja um Papa da paz, da esperança e da misericórdia

Um homem da paz, um homem da esperança, um homem da misericórdia. Esse é o Papa que o arcebispo de Manaus, cardeal Leonardo Ulrich Steiner gostaria fosse eleito no Conclave que inicia na quarta-feira 7 de maio. Uma eleição que está sendo preparada nas congregações gerais que acontecem até dia 6 de maio e onde participam os membros do Colégio Cardinalício. Um Papa para este tempo São 134 eleitores, depois da renúncia a participar do cardeal Antônio Cañizares, arcebispo emérito de Valência (Espanha), por motivos de saúde, e da renúncia definitiva do cardeal Ângelo Becciu, segundo foi confirmado por fonte vaticanas. Para eles, o arcebispo de Manaus e presidente do Regional Norte 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB Norte 1) pede a inspiração do Espírito Santo, para que “possamos dar à Igreja um Papa nesse tempo em que nós vivemos”. O cardeal Steiner disse que “as reuniões que antecedem ao Conclave estão caminhando muito bem”. Aos poucos os cardeais, tanto os eleitores, como os cardeais que já completaram 80 anos, que participam das congregações gerais, mas não entrarão na Capela Sistina na tarde de 7 de maio, vão partilhando suas reflexões em torno à situação atual da Igreja e à figura do futuro Papa. Amor de Papa Francisco pela Amazônia O arcebispo de Manaus participou das exéquias de Papa Francisco, realizadas na manhã do sábado 26 de abril, com a participação de 250 mil pessoas, além das mais de 150 mil que acompanharam o cortejo fúnebre no caminho da Praça de São Pedro até a Basílica de Santa Maria Maior, onde foi sepultado. Sobre a figura do último pontífice, o cardeal Steiner enfatizou mais uma vez, como ele vem fazendo desde o falecimento do Santo Padre que “Papa Francisco demostrou sempre um amor tão grande pela nossa querida Amazônia”. Igualmente, o cardeal brasileiro, um dos sete eleitores brasileiros do próximo Papa, disse que “no momento da celebração lembrei de todos e todos os queridos irmãos no episcopado, de todas nossas comunidades, que tanto receberam do Papa Francisco”. Finalmente, o arcebispo de Manaus pediu “que ele do céu nos acompanhe e que Deus abençoe a todos nós”.

Paróquia de Nova Olinda cria a Caritas paroquial

Nos dias 23 a 27de abril, aconteceu na paróquia Nossa Senhora de Nazaré e São José, em Nova Olinda do Norte, diocese de Borba, a formação para novos agentes da Caritas e a criação da Caritas Paroquial. Com a assessoria da articuladora Regional da Caritas, Marcia Maria de Souza Miranda, foram abordadas temáticas da identidade Caritas, a promoção humana, políticas públicas, sustentabilidade e o papel dos coordenadores e equipe. Também ocorreu visitas para conhecimento de realidade e encaminhamento de algumas situações que foram detectadas.  A formação contou com a presença de 30 agentes que representaram às diversas pastorais, grupos e movimentos da paróquia e que agora integram os serviços da Cáritas. Durante a formação foi escolhida a coordenação que assumiu a missão de estar à frente das ações juntamente com os voluntários. A Caritas Regional Norte 1 agradeceu o apoio do bispo diocesano da diocese de Borba, dom Zenildo Luiz Pereira da Silva, o pároco Frei Bosco, e o acompanhamento das Irmãs Marta e Ruth e da Secretaria executiva da Caritas Diocesana de Borba a senhora Olivia. Finalmente, a Cáritas Regional Norte 1 pediu a intercessão de Nossa Senhora de Nazaré e São José e as bençãos de Deus para essa nova missão assumida pela Paróquia.

Formação da Pastoral da Saúde em Fonte Boa: “A Serviço da Vida e da Esperança

No último sábado, 26 de abril aconteceu a Formação da Pastoral da Saúde na paróquia Nossa Senhora de Guadalupe, Município de Fonte Boa, na Prelazia de Tefé. Com a assessoria da coordenadora Regional da Pastoral da Saúde, Guadalupe Peres, o tema abordado foi: “Pastoral da Saúde a serviço da Vida e da Esperança”. Durante o encontro foi abordado o que é Pastoral, o que é Saúde e o que é Pastoral da Saúde. Foi refletido sobre o Símbolo da Pastoral da Saúde, sua estrutura organizacional e o objetivo e finalidade da Pastoral Familiar. Igualmente, foi apresentado aos participantes do encontro formativo onde e quando acontece a Pastoral da Saúde, sua missão a as três dimensões que fazem parte da Pastoral da Saúde: Dimensão Solidária, Dimensão Comunitária, Dimensão Sociotransformadora. Ao longo da formação foi definido quem pode participar da Pastoral da Saúde e o perfil do agente da Pastoral da Saúde, sua atuação na visitação hospitalar e domiciliar, sua participação e o papel do Conselho de Saúde. O encontro foi encerrado com a Oração do Agente da Pastoral da Saúde.

V Assembleia Diocesana da Pastoral Familiar da Diocese de Coari

Nos dias 25 e 26 de Abril de 2025 aconteceu a V Assembleia da Pastoral Familiar da Diocese de Coari. O tema abordado durante o encontro foi: “Setor Pós Matrimonio” e o lema “Famílias – Peregrinas da Esperança”. A assembleia teve lugar na Paroquia Santuário São Francisco, em Anamã. Participaram, além da Coordenação Diocesana da Pastoral Familiar, as seguintes paroquias, com seus respetivos coordenadores: Paroquia São Pedro (Coari), Paroquia Sant’Ana e São Sebastião (Coari), Paroquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro (Coari), Paroquia Imaculada Conceição (Anori), Paroquia Nossa Senhora de Nazaré (Manacapuru), Paroquia Cristo Libertador (Manacapuru), Paroquia Santo Afonso (Manacapuru), Paroquia Nossa Senhora de Nazaré (Beruri) e a Paróquias Santuário São Francisco do Anamã. Não compareceram os coordenadores das paróquias de Caapiranga e de Codajás. No total os Coordenadores da Pastoral Familiar foram 37, mais o pessoal de apoio. A abertura oficial da assembleia aconteceu com a solene celebração da Eucaristia presidida por Dom Marcos Piatek, bispo referencial da Pastoral Familiar no Regional Norte 1 da CNBB. Concelebraram com ele o Frei José Faustino, OFM TOR, assessor eclesial regional da Pastoral Familiar, o Pe. Josinaldo Placido da Silva, pároco da paroquia em Anori e o Pe. Edinaldo, reitor e pároco da paroquia santuário, em Anamã. Na sua homilia o Dom Marcos comentou as leituras bíblicas do dia, lembrou o Ano Jubilar da Esperança e convidou todos a rezar pelo descanso eterno do Papa Francisco falecido no início da semana. O bispo lembrou que foi o Papa Francisco, que aos 09 de outubro de 2013 elevou a nossa Prelazia à categoria de Diocese de Coari.  Após a Eucaristia iniciamos os trabalhos, conduzidos pelo Casal Coordenador da Pastoral Familiar Diocesana na pessoa do casal Eliana e Moises. Com breve introdução o bispo deu as boas-vindas a todos os participantes e declarou oficialmente aberta a Vª Assembleia Diocesana da Pastoral Familiar da Diocese de Coari.  Em seguida foi feita a leitura das Atas da Assembleia de 2024. Até 22:30h foram apresentados os relatórios das paroquias sobre as atividades da Pastoral Familiar nas paroquias durante o último ano. No segundo dia da Assembleia acordamos cedo para participar, a partir das 04:00h, da liturgia do enterro do Papa Francisco no Vaticano. Após a oração damos inícios às palestras sobre o tema central da assembleia: “Setor Pós Matrimonial”. Este tema for abordado pelo Frei José Faustino, que com muita dedicação conduziu esta parte. As palestras dele, bem preparadas, nos ajudaram na compreensão como trabalhar o Setor Pós Matrimonio nas nossas paroquias. Foi um momento muito proveitoso e rico. Durante a Assembleia Dom Marcos apresentou o novo assessor diocesano da Pastoral Familiar e do ECC. O bispo depois de ouvir a voz da Coordenação Diocesana de Pastoral e a opinião do Clero nomeou o Pe. Josinaldo Placido da Silva, recém nomeado pároco em Anori, com novo assessor diocesano da Pastoral Familiar e como Diretor Espiritual do ECC na nossa diocese e agradeceu ao Pe. Elcivan Alencar pelo seu serviço na Pastoral Familiar e no ECC. Pe. Elcivan, durante últimos anos. Como a V Assembleia acontecia durante o Ano Santo – Jubileu da Esperança, o Dom Marcos apresentou brevemente o tema sobre  “Jubileu das Famílias – Peregrinas da Esperança”, fazendo algumas propostas concretas para celebrar nas paroquias o Jubileu das Famílias. Durante a assembleia tínhamos bastante tempo para as partilhas, análises da realidade familiar, as avaliações e planejamentos. Finalizamos a Assembleia Diocesana de Pastoral Familiar com a celebração da Eucaristia do Domingo da Divina Misericórdia no Santuário São Francisco, que há mais de 100 anos, acolhe as famílias e os seus peregrinos e devotos. A nossa V Assembleia Diocesana da Pastoral Familiar, em Anamã.  transcorreu num clima de comunhão fraterna, de oração, de sinodalidade, de corresponsabilidade mostrando a nossa preocupação com a evangelização nas famílias e com as famílias. Expressamos a nossa gratidão a Deus pela nossa assembleia. Louvamos e agradecemos a Deus pela doação e disponibilidade dos agentes e o apoio dos padres nesta caminhada de evangelização pelas famílias. Queremos agradecer a todos os participantes! Nossa gratidão aqueles que nos acolheram hospedando nas suas famílias. Ao Pe. Edinaldo, reitor e pároco da paroquia santuário São Francisco, em Anamã, e ao casal coordenador da Pastoral Familiar em Anamã (Gilmara e Adelson), nosso sincero agradecimento. Deus lhes pague! Que Jesus, Maria e José nos abençoem na nossa missão! Diocese de Coari

Oração, escuta, diálogo, discernimento para caminhar juntos. A missão dos cardeais até 7 de maio

Oração, escuta, diálogo, discernimento para caminhar juntos. Esse será o caminho, a missão que o povo de Deus espera que seja assumida pelos cardeais até 7 de maio, data que marca o início do Conclave em que será eleito o sucessor de Francisco. Um caminho de quase 2000 anos Nas próximas seis congregações gerais, o Colégio Cardinalício, mas especialmente os 134 cardeais que se espera entrem dentro da Capela Sistina no dia 7 de maio, são desafiados a colocar em prática a sinodalidade, a caminhar juntos. Em definitiva a ser Igreja, a superar as divisões, polarizações, enfrentamentos de todo tipo, para poder em comunhão escolher aquele que irá dar continuidade a um caminho iniciado quase 2000 anos atrás. Estamos diante do Conclave mais diverso na história da Igreja. Dado o alto número de participantes, que demanda 89 votos para ser eleito, e a diversidade de procedências, não deve ser tarefa simples encontrar aquele que irá ocupar a Cátedra de Pedro. Daí a importância das congregações gerais, sempre necessárias, mas que podemos dizer são imprescindíveis neste momento prévio ao início do 267º Papado. Desafio: conhecer todos os cardeais Muitos dos cardeais não se conhecem. Dificilmente algum dos cardeais eleitores saberia reconhecer olhando as fotos, os nomes e o serviço desempenhado para cada um dos 134 participantes do Conclave. O conhecimento de cada um dos eleitores, uma tarefa que deve ser realizada até dia 6 de maio, poderá facilitar o propósito que quer ser alcançado na Capella Sistina: escolher o pontífice. Cada um de nós, evidentemente também os cardeais eleitores, tem o retrato robô daquele que deve ser o próximo Papa. O desafio é superar aquilo que cada um espera, pois na primeira votação tudo indica, como é tradição na história dos conclaves, a diversidade de cardeais votados aponta a ser elevada. Para isso, se faz necessário, inclusive uma obrigação, escutar. Gerar unidade na Igreja e no mundo Escutar a Deus, escutar os outros cardeais eleitores e escutar o povo de Deus. Escutar para descobrir aquilo que a catolicidade, mas também a humanidade como um todo, espera do próximo pontífice. Um Papa que possa gerar unidade na Igreja, incentivar a comunhão, a sinodalidade, o caminhar junto. Mas também um Papa que ajude o mundo a superar a guerra em pedaços que estamos vivendo, a polarização cada vez mais presente na vida do dia a dia. São elementos que devem ajudar no processo de discernimento, e assim descobrir o que Deus através de seu Espírito está querendo desses 134 cardeais, mas sobretudo o que Ele espera da Igreja. Uma Igreja profética, misericordiosa, samaritana, mais preocupada em curar as feridas dos descartados que seu próprio bem-estar.  

7 de maio: o Colégio Cardinalício escolheu a data do Conclave

O Conclave que irá eleger o sucessor de Francisco já tem data marcada. Será na tarde de dia 7 de maio, depois de celebrar a Missa Pro Elegendo Pontífice na manhã da próxima quarta-feira. Isso foi decidido na Congregação Geral realizada nesta segunda-feira, 28 de maio, na Sala do Sínodo, no Vaticano. Primeira Congregação Geral para o cardeal Steiner Estavam presentes 180 cardeais, dentre eles mais de 100 eleitores. Dessas congregações, a quinta realizada desde seu início na terça-feira 22 de abril, um dia depois do falecimento de Papa Francisco, participou pela primeira vez o arcebispo de Manaus e presidente do Regional Norte 1 da Conferência Nacional dos Bispos de Brasil (CNBB Norte 1), cardeal Leonardo Ulrich Steiner. Segundo informações vaticanas, na quinta congregação teve perto de 20 intervenções, sendo refletido sobre a situação da Igreja nos dias de hoje, sua relação com o mundo, os desafios a serem enfrentados e as qualidades que devem estar presentes no próximo Papa. Na congregação geral desta segunda-feira foram eleitos os três cardeais que irão ajudar o camarlengo, cardeal Kevin Joseph Farrell, na gestão das coisas ordinárias em preparação ao Conclave. Serão o arcebispo de Munique e Freising (Alemanha), cardeal Reinhard Marx, o pro-prefeito do Dicastério para a Evangelização, cardeal Luis Antônio Tagle, e o prefeito do Supremo Tribunal da Sinatura Apostólica, cardeal Dominique Mamberti. Tempo de diálogo e escuta O fato da data de início do Conclave para dia 7 de maio, poderia ter sido escolhida uma data entre 5 e 10 de maio, pode ser visto como sinal do desejo dos cardeais de ter mais tempo de diálogo e escuta, em vista de poder escolher um Papa que irá assumir o Papado número 267 na história da Igreja católica. Amanhã, 9 horas, será realizada uma nova congregação geral, que iniciará com uma pregação do abade da Basílica de São Paulo Fora dos Muros, dom Donato Ogliari. As congregações gerais serão encerradas na terça-feira, 6 de maio, exceto 1º de maio e domingo dia 4. Os trabalhos iniciam 9 horas da manhã e encerram 13 horas da tarde, no horário de Roma, seis horas a menos em Manaus.

A Cristandade e os cardeais peregrinam ao túmulo de Franciscus

Roma, o centro do cristianismo, sempre foi um local de peregrinação. A Sé de Pedro, o túmulo da maioria dos papas da história da Igreja, há séculos convoca católicos de todos os cantos do mundo. Um chamado que sempre é redobrado nos anos do Jubileu, como está acontecendo neste Ano Santo da Esperança. Franciscus No dia em que foi celebrado o Jubileu dos Adolescentes, que junto em Roma mais de 80 mil peregrinos, os olhos do mundo se voltaram para a Basílica de Santa Maria Maggiore, um novo ponto de referência para o catolicismo. Foi lá que Franciscus foi enterrado no último sábado, 26 de abril, como diz a inscrição na laje que cobre seu túmulo simples. Desde o início do dia, quando bem cedo foi aberto ao público, mais de 30 mil pessoas até a metade da tarde Roma, segundo o Vaticano, formaram longas filas para visitar o Papa que conduziu o destino da Igreja Católica nos últimos 12 anos. “Uma multidão impressionante, como também vimos na Praça de São Pedro”, segundo reconheciam os cardeais após participar das Vésperas Solenes, nas quais a maioria do Colégio de Cardeais estava presente. Ao lado do Salus Populi Romani São 134 os eleitores que participarão do Conclave que elegerá o sucessor do primeiro Papa latino-americano, dentre eles o arcebispo de Manaus, cardeal Leonardo Ulrich Steiner. Os cardeais destacam que há um silêncio palpável dentro da Basílica onde o Papa encomendou e agradeceu por cada uma de suas viagens apostólicas, rezando aos pés da Salus Populi Romani, muito perto de onde ele descansa eternamente. Um túmulo simples, como não poderia deixar de ser, já que desde o início de seu pontificado ele deixou claro que gostaria de uma Igreja pobre para os pobres. Todos os tipos de pessoas, de todas as classes sociais e origens, vêm ao túmulo, “com um recolhimento e um afeto impressionante”, enfatizou um dos cardeais. As vésperas têm sido “um momento de silêncio e oração”, lembrou. De fato, é importante  “todos os cardeais estarem juntos em torno do túmulo de Francisco para dizer nosso último adeus”, disse um dos cardeais.