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Mulheres que nas Pastorais Sociais cuidam da vida

As Pastorais Sociais representam a concretude da caridade, a caricia de Deus que se faz presente através da Igreja. Nessas pastorais, a participação das mulheres se torna decisiva. Como sucede na Igreja como um todo, também nas Pastorais Sociais predomina o rosto feminino. Exemplos disso nós encontramos em muitas comunidades, áreas missionárias, paróquias, prelazias, dioceses… Diocese de Roraima Na diocese de Roraima, Maria Helena, indígena do povo Wapichana, faz da prática da medicina tradicional um modo de concretar o cuidado de Deus para com as pessoas. Junto com outras mulheres da comunidade indígena Truaru da Cabeceira produzem xarope, pomada, tintura, garrafadas, “tudo com as plantas que temos na nossa própria comunidade. E quando nós não temos, a gente vai buscar”, disse a indígena do povo wapichana. São plantas que cultivam na horta medicinal, que conta com o apoio muito grande da diocese de Roraima e também do DISEI (Distrito Sanitário Especial Indígena). Uma parceria, que segundo ela, serve “para a gente estar buscando a melhoria para a saúde dos nossos povos indígenas, também preservando o meio ambiente”. Prelazia de Tefé Na área missionária São Francisco (Tamaniquá), na prelazia de Tefé, formada por 23 comunidades, mora Ramilda. Ela desenvolve um trabalho nas comunidades ribeirinhas, acompanhando as pastorais sociais, mas também as outras pastorais, como Catequese, Juventude. Em cada comunidade, as lideranças desenvolvem um trabalho, que é coordenado por Ramilda. Ela é ministra do Batismo, e quando demora o padre, ela é chamada também a fazer batizado nas comunidades. Ela destaca a importância do trabalho que é realizado na missão nas comunidades, “indo ao encontro das famílias nas comunidades e reivindicando o direito que as comunidades precisam”. Em uma prelazia muito extensa, o laicato, sobretudo as mulheres, fazem “esses trabalhos pastorais de encontro. de formação, de visita às comunidades”, enfatiza a missionária. Diocese de São Gabriel da Cachoeira Patrícia Lizardo Santos é indígena do Povo Baré, da diocese de São Gabriel da Cachoeira, onde vivem 23 povos indígenas. Na diocese, “nós mulheres indígenas, trabalhamos em favor da vida”, afirma. No Centro Mamãe Margarida, ela acompanha a luta das crianças, das pessoas portadoras de necessidades especiais, trabalhando com as mães, para que as crianças possam ter todas as suas habilidades. No dia a dia, passam um tempo no centro, que funciona de segunda a sexta-feira, para ajudar às mães indígenas. Ela lembra que o projeto foi implantado por dom José Song, e “hoje continua fazendo esse trabalho no nosso município”. Ela disse que as mulheres da diocese de São Gabriel da Cachoeira, “lutamos em favor da vida dos povos indígenas. Esse cuidado com a natureza, cuidado com as florestas. Nós defendemos a vida das famílias indígenas e hoje a diocese vem buscando esse meio de preservar a nossa cultura indígena dentro das nossas aldeias, dentro da cidade, para preservar o valor da vida dos povos indígenas na nossa diocese de São Gabriel da Cachoeira”.

Leão XIV à RUC: “Trabalhem por uma justiça ecológica, social e ambiental”

Com uma grande saudação à Rede de Universidades para o Cuidado da Casa Comum (RUC), o Papa Leão XIV iniciou suas palavras aos participantes do II Encontro Sinodal de Reitores de Universidades para o Cuidado da Casa Comum. Representantes de universidades de todo o continente americano e da Península Ibérica e Reino Unido, se reúnem na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), de 20 a 24 de maio de 2025, para debater de modo sinodal sobre como consolidar o compromisso universitário com o cuidado da Casa Comum. O tema abordado é “Dívida Ecológica e Esperança Pública”. Apoio do Vaticano O Vaticano apoia o encontro através da Pontifícia Comissão para América Latina (PCAL) e do Dicastério para a Cultura e a Educação. Um apoio que se fez explícito com as palavras do Papa Leão XIV, presidente da PCAL até sua eleição como pontífice. Ele recordou que o encontro “têm este belo motivo do 10º aniversário do documento do Santo Padre Francisco, a encíclica Laudato si’”. O Santo Padre enfatizou que no Congresso será realizado “um trabalho sinodal de discernimento como preparação para a COP30”. Junto com isso que, será um encontro onde “vão refletir juntos sobre uma possível remissão entre a dívida pública e a dívida ecológica, uma proposta que o Papa Francisco havia sugerido em sua mensagem para a Jornada Mundial da Paz”. Construir pontes de integração Neste Ano Jubilar, Ano de Esperança, o Papa Leão XIV enfatizou que “esta mensagem é muito importante”. Nessa perspectiva, o pontífice mostrou aos reitores universitários, seu desejo de “encorajá-los nessa missão que assumiram: a serem construtores de pontes de integração entre as Américas e com a Península Ibérica, trabalhando por uma justiça ecológica, social e ambiental”. Finalmente, o Papa agradeceu “por todos os seus esforços e seu trabalho”. Ao mesmo tempo, os animou a “continuar construindo pontes”. Leão XIV encerrou suas palavras enviando uma bênção, “confiando na graça de Deus que sempre nos acompanha”. Junto com o 10º aniversário da Laudato si’, o congresso elaborará um documento para ser enviado à COP30, que também será realizada no Brasil, especificamente em Belém do Pará. Nesse contexto, representantes do mundo acadêmico, governamental e eclesiástico, bem como de organizações multilaterais, se reúnem na PUC-Rio. O objetivo é uma proposta sinodal que promova a escuta, o discernimento coletivo e a ação concreta diante da crise socioambiental. É uma oportunidade de levar adiante as propostas iniciais do Papa Leão XIV, que defende a construção de pontes de paz e o desenvolvimento dos povos.

Dom Evaristo Spengler: “É importante que se vivencie e que se anuncie a fé a partir da vivência em comunidade”

As coordenações da dimensão bíblico-catequética das igrejas locais que fazem parte do Regional Norte1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB Norte1) se reuniram de 21 a 23 de março de 2025 na Maromba de Manaus. O tema de reflexão foi em volta da Iniciação à Vida Cristã com inspiração catecumenal. A importância dessa temática, segundo o bispo de Roraima e referencial dessa dimensão no Regional, dom Evaristo Spengler, destaca que “a importância reside em que, como disse Tertuliano, ninguém nasce cristão, torna-se cristão, faz-se cristão através do testemunho. Então, quando nós falamos de iniciação à vida cristã, também estamos falando da transmissão da fé.” Segundo o bispo, “Jesus é o mesmo, o Evangelho é o mesmo, mas o destinatário dessa fé está dentro de um mundo diferente do que no passado. Então é necessário um retorno às origens do início das comunidades cristãs.” Analisando a história da Igreja, dom Evaristo Spengler sublinhou que “durante muito tempo, na Idade Média, abandonou-se um método que foi muito importante, o método da iniciação à vida cristã com inspiração catecumenal. É importante ter uma comunidade que testemunhe a fé, que se vivencie e que se anuncie essa fé a partir da vivência em comunidade. Nós estamos aqui refletindo a importância de que cada diocese tenha a sua coordenação diocesana da Iniciação à Vida Cristã, o fortalecimento dessas comissões, o envolvimento de todas as pastorais, dos padres, do bispo, o envolvimento da Liturgia, o envolvimento das pastorais todas, para que não seja apenas um pequeno grupo que faça uma catequese isolada, mas essa transmissão da fé seja feita em comunidade.” Ele insistiu em que “temos que ter um projeto de Iniciação à Vida Cristã em cada uma das dioceses. E aí, a importância de envolver o padre, envolver a Vida Religiosa e os leigos que estão à frente das nossas comunidades.” Tudo isso porque “nós estamos num mundo hoje que se relativiza muitas coisas. E nós queremos mostrar a importância de um Deus que se revela através do seu filho Jesus Cristo e a necessidade de que nós o conheçamos para poder segui-lo e amá-lo. A igreja é discípula de Jesus Cristo, todos nós cristãos somos esses discípulos. Então ser introduzidos na fé, caminhar durante toda a nossa vida nessa fé, essa é a nossa tarefa como igreja.” Nessa perspectiva, Dom Evaristo Spengler advertiu que “senão nós seríamos uma igreja que apenas apresenta uma doutrina ou uma moral cristã, mas que não entra no coração.” É por isso que “o objetivo da iniciação da vida cristã nessa inspiração catecumenal é transformar a vida daquele que quer seguir a Jesus Cristo e que ele naturalmente em toda a sua vida seja um discípulo. Não apenas que vá na missa, não apenas que siga algumas leis que a igreja propõe, mas que ele seja de fato um seguidor de Jesus e tenha essa consciência ao longo de toda a sua vida.” Com relação aos desafios que estão enfrentando as comunidades, as paróquias, as igrejas locais, os catequistas para poder avançar nesse caminho, o bispo disse que “o primeiro desafio é de fato conhecer a realidade no nosso regional. Nosso regional é muito amplo, tem comunidades ribeirinhas, tem comunidades quilombolas, tem comunidades urbanas. Então ter uma boa coordenação, em cada diocese, depois em cada paróquia, em cada comunidade.” Ele lembrou que “nós estamos fazendo todo um levantamento do número de catequistas que temos nesse regional, o número de catequizandos que nós temos nas várias fases, os itinerários que estão sendo seguidos.” O objetivo de uma coordenação bem-organizada é, segundo o bispo de Roraima que nós possamos trabalhar mais em comunhão, mais em conjunto, que o caminho seja sinodal, um caminho que caminhe na mesma direção.” Daí a importância de uma reunião que tem ajudado a “estreitarmos os laços entre as nossas dioceses, as nossas prelazias, a arquidiocese e o Manaus.” De cara ao futuro, ele espera que “a partir dessa reunião, nós possamos trabalhar muito em sinodalidade, muito em união, muito em conjunto nessa proposta da Iniciativa da Vida Cristã em estilo catecumenal.”  Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte 1

Encontro da Comissão Bíblico-Catequética Regional Norte1: Transmitir a fé àqueles que chegam a nós

30 coordenadores e catequistas das igrejas locais do Regional Norte1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB Norte1) estão reunidos na Maromba de Manaus de 21 a 23 de março de 2025. Um encontro de estreitamento dos laços, se conhecer melhor e saber como os catequistas estão ajudando o povo a conhecer Jesus, segundo disse o bispo da diocese de Roraima e referencial da comissão bíblico-catequética no Regional Norte 1, dom Evaristo Spengler. O bispo refletiu sobre o encontro, que tem como tema “Catequese de Iniciação à Vida Cristã de Inspiração Catecumenal – IVC”, como oportunidade para se perguntar como seguir Jesus com o método da Iniciação à Vida Cristã, mas também “para viver e testemunhar Jesus, buscando transmitir a fé àqueles que chegam a nós”, salientou o bispo, que destacou a importância de caminhar juntos, “a partir da realidade que nos é convocada”, com passos firmes, mas também com momentos de dúvidas, de desafios. Dom Evaristo Spengler, na homilia da Eucaristia com que iniciou o encontro, refletiu sobre a figura de José como aquele que “simboliza Jesus que por inveja é rejeitado, é traído, é morto, é pregado numa Cruz, mas no terceiro dia ressuscita. Simbolicamente José já mostra o fim de Jesus, as consequências da opção de Jesus de viver fielmente a missão que o Pai lhe dá.” O bispo de Roraima insistiu em que “não precisamos de uma religião de aparência, uma religião de mero cumprimento da lei, precisamos de uma religião de opção de seguimento de Jesus”, afirmando que “muitas vezes é necessário nadar contra a corrente.” O bispo referencial da comissão refletiu sobre as resistências de muitos leigos, muitos padres, que questionam a Iniciação à Vida Cristã com inspiração catecumenal como uma invenção. Ele disse que diante da mudança dos tempos, isso “exige de nós novos métodos, uma nova forma e a igreja vai se inspirar lá no início, nas primeiras comunidades, como é que iniciavam na fé, participando da comunidade, conhecendo Jesus, sendo introduzidos paulatinamente nesse seguimento de Jesus a partir do testemunho dos cristãos reunidos em comunidade.” Segundo dom Evaristo Spengler, “os jovens, as crianças, os adolescentes e os adultos de hoje não são mais os de ontem. Nós estamos diante de um grande desafio de transmissão da fé, talvez esse seja o maior desafio da Igreja em nossos dias”, uma situação que é consequência da falta de vivência da fé nas famílias, que demanda novos caminhos. Diante disso, o bispo questionou: “qual é a nova forma de ajudar a passar aquilo que nós queremos, transmitindo a fé às novas crianças?”, algo que ele disse ser um desafio permanente na Igreja do mundo inteiro, e que demanda cada vez mais entrar nessa Escola de Jesus, que leve a “não ficar numa religião apenas de leis, uma religião de fachada, uma religião de verniz, mas uma religião que nos transforme e que ajude a transformar a todos os cristãos em verdadeiros seguidores e seguidoras de Jesus.” O encontro é uma oportunidade para descobrir “como vamos caminhar como catequese no Regional, seguindo a proposta da Igreja”, segundo o coordenador regional, padre Jânio Negreiros, que insistiu em que “um itinerário que é bem mais do que distribuir sacramentos.” O padre disse que “ficamos muito em teoria e falta a prática do que é a Iniciação à Vida Cristã”, relatando a resistência dos catequistas e da Igreja para entrar nesse itinerário. Diante disso, o encontro será momento para refletir junto a partir da realidade que vamos constatando, apresentando ao Regional propostas concretas diante da realidade. Dom Evaristo Spengler lembrou que “hoje alguém se torna cristão quando vê o testemunho de outro.” Algo que faz com que “a grande questão hoje da Iniciação da Igreja à Vida Cristã é como é que nós estamos gerando novos cristãos, como é que estamos gerando pessoas para o seguimento de Jesus.” O bispo referencial ressaltou a necessidade de um trabalho cada vez mais em conjunto, de “sentar juntos e refletir o que já estamos fazendo, o que a experiência de uma diocese pode inspirar a outra diocese e tirar algumas ações em comum, um caminho em comum.” Sublinhando que o objetivo do encontro é caminhar num mesmo passo, numa mesma direção, o bispo lembrou a fundamentação bíblica da catequese, que “nos aponta o Verbo encarnado, Jesus Cristo, mas também a realidade.” Ele disse que Deus age ainda hoje, e que o encontro deve ajudar num caminho em comum, o caminho conjunto, sinodal, de cada igreja local para a realização da Iniciação à vida Cristã, rompendo barreiras, criando pontes.   Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Seminário São José celebra festa do Padroeiro: Um espelho para aqueles que estão na caminhada vocacional

O Seminário Arquidiocesano de Manaus, onde se formam os futuros presbíteros das igrejas locais do Regional Norte 1, celebrou neste 19 de março a festa do seu padroeiro, São José. Depois de um tríduo preparatório, realizado nos dias prévios, o Seminário iniciou sua festa com uma procissão e uma celebração eucarística, presidida pelo bispo auxiliar da arquidiocese de Manaus, dom Samuel Ferreira de Lima, concelebrada por dom Hudson Ribeiro, também bispo auxiliar, a equipe formativa do seminário e padres da arquidiocese. Na homilia, o presidente da celebração iniciou suas palavras recordando que “a festa de São José padroeiro desta casa de formação, patrono da Igreja nos revela a magnitude da grandeza do segundo santo mais importante da história depois de Maria sua esposa. Pois nele contemplamos o homem, fiel, simples, terno, justo, obediente a lei por meio de quatro sonhos que em contrário a toda lógica humana assume em sua vida a missão de ser o esposo da Virgem Maria e o pai adotivo de Jesus, com todas as consequências que isso implica em sua vida.” Segundo dom Samuel, “nele se realiza a promessa de um herdeiro que do rei Davi vai governar para sempre e vai anunciar a glória de Deus, São José é movido por uma atitude de fé como a do patriarca Abraão que ‘creu em Deus que vivifica os mortos e faz existir o que antes não existia. Contra toda a humana esperança, ele firmou-se na esperança e na fé.’ É esta atitude que se revela para todos nós como uma dádiva de transcender ao que na lógica humana não tem sentido, mas que na experiência do homem obediente tudo se transforma e toma a lucidez do sábio que age movido pela vontade de Deus, concretizando em sua história o projeto de salvação planeado pelo Criador.” “São José que assumiu a paternidade legal de Jesus e lhe deu o nome, que ofereceu o Menino ao senhor no templo, que defendeu Jesus de Herodes e se refugiou no Egito, que ao retornar a sua terra busca abrigo numa cidade simples e insignificante como Nazaré, lugar desprezado onde não era possível surgir um profeta ou mesmo sair nada de bom, que durante três dias junto com Maria procuram aflitos o seu filho e o encontram no Templo entre os doutores da lei”, afirmou o bispo auxiliar. O presidente da celebração referiu-se a São Jose como “aquele que em sua singeleza e simplicidade tem uma presença discreta e escondida, mas determinante e decisiva na colaboração no projeto da Salvação, que guiado pelo Espírito assume o protagonismo do cuidado, da proteção, de levar a bom termo a mensagem de Deus através dos sonhos”, citando as palavras de Papa Francisco em sua Carta Apostólica Patris Cordi, onde nos fala dos sonhos de São José. Àqueles que estão na caminhada vocacional do serviço e da entrega, o bispo auxiliar pediu-lhes se espelhar em São José. E fazer isso, “assumindo a Igreja como a esposa amada que suscita em cada um de nós o cuidado generoso, o sentido de pertença ao projeto de Deus, a ternura da acolhida dos desafios, o desejo da alteridade e de deixar-se inundar pela esperança e pela fé que deve mover os nossos corações e desejos. Devemos palmilhar pela estrada da simplicidade, do amor e do serviço que São José nos revela em seu cuidado com Maria e  o Menino Jesus, do mesmo modo somos provocados a cuidar hoje  dos pobres, atribulados, moribundos, estrangeiros, prisioneiros e doentes, da casa comum  e da defesa da justiça e da paz.” Ele fez um chamado a rogar a São José que “imprima em nossos corações a sua coragem criativa que diante das dificuldades ‘soube transformar um problema em uma oportunidade, com a confiança na Providência’. Deus confia em nós, mas temos que inventar, projetar, buscar.” A partir daí, “nos lançar totalmente sem restrições em suas mãos, tendo presente que é Ele que realiza e dispõe os nossos dons e capacidades.” Para isso, o bispo pediu que “movidos por este desejo sejamos mais empenhados em buscar os caminhos do Senhor, de almejarmos ter o Espírito de Deus e seu santo modo de operar, que acolhamos os nossos sofrimentos diários não como um empecilho, mas como uma oportunidade de fazer desabrochar a força criativa de Deus que está em cada um de nós. Que ao celebrarmos hoje a festa de São José Patrono da Igreja se renove em nós o vigor da perseverança, da esperança e da fé.” O reitor do Seminário São José agradeceu aos presentes, dizendo-lhes que “vocês se tornam imprescindíveis no processo formativo pois ajudam consolidar as dimensões fundamentais exigidas para termos presbíteros integrados e inseridos neste contexto sociocultural e ambiental que é a Querida Amazônia”, pedindo aos seminaristas que “continuem entusiasmados na aventura do Reino de Deus.” Ele recordou o Ano Jubilar, em que somos chamados pela Igreja “a vivermos este ano como peregrinos da Esperança”, recordando que “nos torna esses peregrinos e encontrar razões para viver a esperança em todas as situações diversas e exigentes buscamos inspiração em São José, protetor deste Seminário e peregrino por excelência da Esperança. Guardião da Família de Nazaré e desta casa. Formador exemplar do jovem Jesus de Nazaré e dos jovens seminaristas provenientes das igrejas locais.” Segundo o reitor, “São José, sua história, a vida, os sonhos, suas dúvidas, o seu amor, a coragem, sua responsabilidade, o trabalho, a fé e sua missão. Tudo isto integrado e maturado no chão de uma existência concreta revela-nos uma presença extraordinária e tão próxima da condição humana e sobretudo próximo a cada um de nós. Este homem e apresenta como figura paternal e cuidadora dos que creem e fazem a vontade do Pai.” Ele recordou que “os fatos refletidos neste Tríduo e iniciado por D. Leonardo, fazendo memória e ressaltando a importância da devoção nos primórdios da evangelização no povoado da antiga Vila da Barra nos fez abrir os olhos para o patrocínio e o valor desta devoção por ter raízes profundas e comprometidas…
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CNBB se posiciona contra os ataques à Lei da Ficha Limpa, “importante conquista da ética na política”

A Lei da Ficha Limpa, “uma das mais importantes conquistas democráticas da sociedade brasileira, um patrimônio do povo e importante conquista da ética na política”, está sendo ameaçada. Diante dessa situação, o Conselho Permanente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, reunido em Brasília de 18 a 20 de março de 2025, emitiu uma Nota sobre os ataques à Lei da Ficha Limpa (ver aqui). O texto lembra as palavras do Livro dos Provérbios: “Quem segue a justiça e a misericórdia encontrará vida, justiça e glória” (Pr 21,21), e expressa “a perplexidade e indignação diante das propostas de mudanças da Lei da Ficha Limpa no Congresso Nacional”, por parte da CNBB. Segundo lembra a nota, a Lei da Ficha Limpa, “fruto da mobilização de milhões de brasileiros e brasileiras convidados à participação por dezenas de organizações sociais e Igrejas, foi aprovada por unanimidade pelas duas Casas Legislativas em 2010”, sublinhado que “conhecida em todo o país, representa um marco na luta contra a corrupção.” A CNBB recorda as palavra de Papa Francisco em Fratelli tutti: “É necessário uma política melhor, a política colocada ao serviço do verdadeiro bem comum”, e explica no texto o conteúdo da Lei da Ficha Limpa, afirmando que “as mudanças contidas nesses PLPs desfiguram os principais mecanismos de proteção da Lei da Ficha Limpa ao beneficiar especialmente aqueles condenados por crimes graves, cuja inelegibilidade poderá ser reduzida ou mesmo anulada antes do cumprimento total das penas. Além disso, as mudanças pretendidas isentam quem praticou os abusos de poder político e econômico, e enfraquecem o combate às práticas corruptas que comprometem a democracia brasileira.” Diante disso, “a CNBB posiciona-se em defesa da Lei da Ficha Limpa, denuncia os ataques perpetrados pelas propostas legislativas em curso, renova o seu compromisso com a ética e defende que a Lei da Ficha Limpa é um valor fundamental para a construção de um Brasil mais justo, democrático e solidário, em que a vida seja sinal de justiça e honra.” Finalmente, a nota apela à consciência dos parlamentares e pede a mobilização da sociedade “contra qualquer alteração na Lei da Ficha Limpa que possa destruir a democracia, conquista de todos e do bem comum.” Conselho Permanente CNBB – Foto: CNBB Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Representantes do Regional Norte 1 participam da Assembleia do Conselho Missionário Nacional

De 14 a 16 de março de 2025 aconteceu na sede das Pontifícias Obras Missionárias, em Brasília, a Assembleia do Conselho Missionário Nacional (Comina). Participaram os bispos referenciais da missão em cada Regional, dentre eles o bispo da prelazia de Tefé, dom José Altevir da Silva, referencial do Regional Norte 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB Norte 1), junto com o coordenador do Conselho Missionário Regional (Comire), padre Gutemberg Gonçalves Pinto. Durante o encontro foi sistematizado o Programa Missionário Nacional, tendo em conta as conclusões do 5º Congresso Missionário Nacional, realizado em Manaus em novembro de 2023, destacando as prioridades, os projetos, e as propostas metodológicas para a atualização do projeto do Programa Missionário Nacional, que será publicado nos próximos messes. A Assembleia teve como pano de fundo o tema da Campanha Missionária Nacional, cujo tema é “Missionários da Esperança entre os Povos”, e tem como lema, baseado no Ano Jubilar, “a esperança não decepciona.” Segundo dom Altevir, “a campanha, ela convida os fiéis a viver essa esperança que vem de Jesus Cristo, meio às realidades do mundo”, sendo apresentado o cartaz da campanha, que “é um convite para entrarmos no barco missionário, que parte em direção aos povos do mundo inteiro, com muita esperança. Do cartaz faz parte, o barco, a cruz, os povos, horizontes, cidades, interior. Um cartaz que nos inspira bastante, a viver essa campanha de uma maneira bastante entusiasmada”, acrescentou o bispo. Durante a assembleia foi apresentada uma síntese da análise de conjuntura eclesial feita na 61ª Assembleia Geral dos bispos, cujo tema era o descompasso à missão, à comunidade e à iniciação. Essa análise inspirou para começar os trabalhos da assembleia, sendo realizados os trabalhos com relação ao Programa Missional Nacional em três etapas, mediante um trabalho em grupos, seguindo o método Ver, Iluminar e Agir, sendo revisto o objetivo e todo o processo metodológico, em vista de um novo rosto no Programa Missionário Nacional que deve ser lançado nos próximos messes. Nos próximos anos, um dos grandes trabalhos do Conselho Missionário Nacional será a preparação do CAM 7, que será realizado no Brasil, sendo apresentados diversos locais para sediar o evento continental. Já foi apresentado um esquema para o CAM 7 e também o pós-CAM 7. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Cardeal Steiner: “No Sofredor somos convidados a transformar o rosto humano”

“O Evangelho proclamado, narra a transfiguração de Jesus: enquanto Ele rezava no alto da montanha, muda de aparência, a sua veste torna-se branca e brilhante, e na luminosidade da sua glória aparecem Moisés e Elias”, disse o arcebispo de Manaus, cardeal Leonardo Ulrich Steiner, no Segundo Domingo da Quaresma. Segundo ele, “eles apareceram revestidos de glória e conversavam sobre a morte, que Jesus iria sofrer em Jerusalém. Moisés e Elias a lançar luz sobre a paixão, a morte e a ressurreição.” São Lucas nos diz, lembrou o arcebispo, que “‘seu rosto mudou de aparência’ enquanto rezava e, no rezar, conversava com Moisés e Elias.” Ele ressaltou que “o rosto mudou de aparência, se iluminou, transfigurou, ao ler e meditar os profetas, ao observar Moisés. O rosto, a sua verdade, trouxe à claridade a vida, o anúncio, as palavras dos profetas, a predição dos profetas, que apontavam para a presença da Vida nova. Veio à claridade o dizer de Moisés, as promessas feitas anunciadas pelos profetas e, agora, cumpridas no rosto do Filho de Deus. E na sua força verdadeira do Filho amado iluminou, brilhou, cintilou a verdade dos profetas e da Lei. Os profetas que iluminam o rosto do Filho de Deus e o rosto de Filho de Deus a iluminar a Moisés e os profetas.” “O rosto mudou de aparência, na conversação da paixão, da morte, que Jesus haveria de sofrer em Jerusalém. Foi revelado o rosto do Filho Amado, o rosto do Filho do Homem, no visibilizar os dias da paixão, do sofrimento, da cruz! A aparência mudou, desapareceu a aparência fez-se transparência na prece da Cruz!”, insistiu o cardeal Steiner. “Diante da transfiguração, Pedro João e Tiago, não entenderam, não compreenderam o porquê da desaparência do rosto, ao verem a transparência do seu rosto. Foi então que ouviram da nuvem uma voz dizia: ‘este é o meu Filho, o escolhido. Escutai o que Ele diz!’ Então sim perceberam e viram, o rosto do Filho amado, do Filho de Deus. Jesus não era alguém desconhecido, era o aproximado, o mais próximo, aquele que convidara para subir a montanha, sem saber de encontrar Elias e Moisés. Eles até aquele momento, tinham visto apenas a aparência, a humanidade do Filho do Homem, sem perceber o Filho de Deus. Ao verem Elias e Moisés a conversarem com Jesus viram como resplandecia o rosto do Filho de Deus no rosto do Filho do Homem.” O arcebispo de Manaus comentou que “na luminosidade, na transparência, na transfiguração do Filho de Deus, o Escolhido, entreveem o esplendor da Cruz e da Ressurreição. O Filho amado, cujo rosto brilha, ilumina o caminho da dor e da cruz. Ao vê-lo ali tão perto tão próximo em prece, na ocupação, no encontro com Elias e Moisés, viram a diafania do Homem das Dores. Viram a sua grandeza, a sua beleza, a sua leveza; viram a verdade de nossa humanidade que pende da cruz por amor.” Segundo o cardeal, “na conversação sobre o sofrer e a morte em Jerusalém, entreleram todas as dores, sofreres, doenças, mortes, as desumanidades, as violências, os abusos. Viram a finitude, a fraqueza da humanidade ser transformada, a história dor e do sofre e da morte ser elevada. Resplandecente nas vestes, o rosto sem aparência, o Filho Amado, o rosto do Filho de Deus, quem falavam e anunciavam os profetas, de quem, sonhara e esperara Moisés.” Analisando o texto, ele sublinhou que “o Rosto era cheio de graça, de verdade, de força e vida. E viram todos os rostos humanos, mulheres e homens, os rostos envelhecidos e carcomidos ainda na juventude, todos os rostos não nascidos. Viram na transfiguração do rosto e no brilho das vestes todos os rostos com a mesma força, com a mesma graça e graciosidade. Rostos graciosos, cheios de graça transparentes. Sim, todos estavam ali na sua verdade, no seu nascer: ‘o meu Filho, o escolhido. Escutai o que Ele diz!’. E na escutação do ensinar do Filho amado, a transformação do ser humano revestido de Cristo Jesus.” “Como escreveu São Paulo aos Filipenses: Nós somos cidadãos do céu. De lá aguardamos o nosso Salvador, o Senhor, Jesus Cristo. Ele transformará o nosso corpo humilhado e o tornará semelhante ao seu corpo glorioso, com o poder que tem de sujeitar a si todas as coisas (cf. Fl 3,20-21). Na transformação, na transfiguração do rosto de Jesus e na iluminação de suas vestes, no apercebemos pertencentes a esse modo transformativo e por isso, salvífico. Somos na morte de Jesus na cruz também transformados e na sua ressurreição participamos da vida nova!”, lembrou o cardeal Steiner. Segundo ele, “no sofrer de Jerusalém, na morte, tomamos parte do amor de Deus. Esse amor que se manifestou na promessa a Abraão, como ouvíamos na primeira leitura: olha para o céu e conta as estrelas, se fores capaz. Assim será a tua descendência (cf. Gn 15,5). E continuava o texto: aos teus descendentes darei esta terra! Sim, a terra onde Deus viu que tudo era muito bom, o Reino de Deus. O desejo e a promessa de Deus: a participação de todos na abundância, na generosidade, na magnanimidade de amor, o Jardim de Deus que tudo cria e nos gera.” “Estamos no caminho quaresmal”, lembrou o arcebispo, recordando que “expressa o nosso desejo de sempre mais pertencermos ao Reino de Deus, participarmos do mistério amoroso da Cruz e da Ressurreição. O caminho quaresmal, por isso, é por excelência da busca da conversão, e, assim entrevermos no rosto do Amado, o nosso rosto. No tempo de conversão meditamos a fraternidade e a ecologia integral. É a possibilidade de também vermos que tudo o que Deus fez é muito bom.” Ele disse que “Papa Francisco nos lembra que a crise ecológica é um apelo a uma profunda conversão interior. Alguns cristãos, até comprometidos e piedosos, diz ele, com o pretexto do realismo pragmático frequentemente se desviam das preocupações pelo meio ambiente. Outros são passivos, não se decidem a mudar os seus hábitos e tornam-se incoerentes. Falta…
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Retiro do clero de Manaus: Oportunidade para se perguntar sobre a prática cristã e ministerial

Mais de 75 padres participaram de 10 a 13 de março de 2025 do retiro do clero que foi realizado na Maromba de Manaus. Com o tema: “Presbítero, discípulo vocacionado de Jesus Cristo e pastor do rebanho, peregrino e testemunha da esperança”, o retiro teve como pregador o bispo da diocese de Luz (MG), dom José Aristeu Vieira. O retiro é uma oportunidade para aprofundar na reflexão e oração pessoal, para se perguntar sobre a prática cristã e ministerial que faz parte da vida de cada presbítero. Um tempo de deserto, de interiorização, de silêncio interior e exterior, momento de rezar para agradecer pela fé em Jesus Cristo, pela vocação que identifica a cada presbítero e que sempre deve estar ao serviço da Igreja e da salvação do mundo. Tempo de parada e discernimento, tempo de desconectar para conectar com o coração de Deus. Durante o retiro, o pregador foi orientado os participantes a olhar para sua vida pessoal, ministerial e pastoral à luz da Palavra de Deus, buscando caminhos para aprimorar o cuidado consigo mesmo e com o povo que a Igreja lhe confia a cada um. Uma dinâmica sempre necessária, mas especialmente no chamado à conversão no tempo da quaresma e a experimentar a graça de Deus neste Ano Santo Jubilar. O retiro tem sido uma oportunidade para experimentar a consciência do amor de Deus que transforma a vida cristã e a vida presbiteral e leva a viver a gratidão e a esperança como caminho para superar as dificuldades, se identificando e assumindo os mesmos sentimentos de Cristo Jesus, o despojamento e a disponibilidade missionária na vivência do ministério presbiteral. Nessa perspectiva, o retiro tem oferecido possibilidades de crescimento que ajudam a fazer mais eficaz a evangelização, especialmente dos mais afastados e carentes de esperança e de fé. Tudo isso mediante um ministério que seguindo o espírito, vai além da letra, “um sacerdócio exercido com totalidade da vida, como Jesus, para fazer a vontade do Pai”, segundo refletiu o orientador do retiro, que também fez ver a necessidade de um sacerdócio “para pastorear, santificar o povo, e educá-lo na vontade de Deus e no Reino de Deus.” Uma vocação, um ministério que é carregado em vasos de barro e que tem que fazer com o presbítero não se pregue a se mesmo e sim a testemunhar a força da graça de Deus como peregrinos da fé, se sentindo Igreja diocesana e vivendo a fraternidade presbiteral, sempre enovando o projeto de vida, o projeto vocacional em fidelidade a Cristo e ao Reino, na missão da Igreja local. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte 1   

13 de março de 2025: 12 anos de um Papa que ainda está aqui

Doente, idoso, constantemente agredido e perseguido, mas o Papa Francisco, depois de 12 anos de caminho, ainda está aqui. O filme “Ainda estou aqui”, que recentemente ganhou vários prémios internacionais, destacando o Oscar a melhor filme internacional, me inspira no dia em que se completa mais um aniversário da eleição do atual pontífice, e assim refletir sobre os passos dados pelo primeiro Papa latino-americano. Poderíamos equiparar a luta de Eunice Paiva, símbolo do enfrentamento à Ditadura Militar no Brasil, com os passos dados pelo atual pontífice. Tanto a advogada quanto o atual pontífice enfrentaram o sistema dominante para fazer realidade um Brasil e uma Igreja de todos, todos, todos. Isso frente àqueles que sempre se empenharam em defender um país e uma Igreja de elites, perseguindo até a morte todos os que enfrentavam o sistema, dado que existem muitas formas de matar. Sua atitude tem que nos levar a refletir sobre a necessária toma de postura diante de situações que perpetuam uma sociedade e uma Igreja elitizada, colocando do lado de fora uma grande maioria. Francisco se posicionou desde o início de seu pontificado em favor de uma Igreja pobre e para os pobres, uma Igreja sinodal, uma Igreja cuidadora, samaritana, presente nas periferias geográficas e existências, no meio daqueles que mais sofrem, se colocando contra a auto referencialidade, o clericalismo e os abusos de todo tipo. Francisco é alguém que questiona fortemente com seu testemunho de vida, marcado pela grande capacidade de escuta, por sua abertura e atenção à realidade concreta do povo, com palavras que chegam ao coração. A missão assumida pelo Papa 12 anos atrás é um serviço em favor do Reino de Deus, de um mundo melhor para todos e todas, uma dinâmica também presente na vida de Eunice Paiva, que nunca abriu mão de seu empenho em favor dos direitos humanos. O compromisso das mulheres e homens que enfrentaram a ditadura militar no Brasil fez com que hoje a democracia determine a convivência no país, mesmo com fortes tentativas de restaurar aquele regime. Se buscava uma sociedade onde ninguém fosse perseguido por seu modo de pensar, de viver, de entender a vida. Sabemos que ainda falta um longo caminho a percorrer, mas não podemos deixar de reconhecer os avanços alcançados. Na Igreja, esse modo de sociedade poderia ser identificado com a sinodalidade, que busca na escuta de todos e todas e no discernimento comunitário, com a participação dos diversos carismas e ministérios, concretizar o caminhar de uma Igreja que responda aos sinais dos tempos, entendendo que a diversidade nos enriquece e que abrir-se aos outros é condição necessária para viver o discipulado missionário hoje. Enfrentar a ordem estabelecida, sobretudo quando ela é consequência de atitudes históricas que geram divisão, fugindo da comunhão e de uma convivência sadia, é algo que provoca perseguição da parte daqueles que se acham detentores do poder. A autoridade não nasce de atitudes autoritárias, ela é fruto do testemunho e do compromisso de vida, uma postura assumida por Francisco, que provoca admiração em muitas pessoas, inclusive naquelas que não fazem parte da Igreja católica. Ele ainda está aqui, nos mostrando que sua luta, seu compromisso, é com a vida para todos, todos, todos. Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte 1 – Editorial Rádio Rio Mar