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80 anos de Hiroshima e Nagasaki: uma paz desarmada para superar o ódio das bombas

80 anos de Hiroshima e Nagasaki: uma paz desarmada para superar o ódio das bombas

80 anos depois das bombas atómicas ter sido lançadas sobre as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki, em 06 e 09 de agosto de 1945, que provocaram mais de dos centos e dez mil mortos, somos chamados mais uma vez a refletir sobre a necessidade e a urgência da paz.

A paz como princípio do novo pontífice

Nos três primeiros meses de pontificado o Papa Leão XIV tem insistido na paz. Poderíamos dizer que esse é o tema mais destacado nos discursos e intervenções nos primeiros meses de pontificado. Já na primeira aparição diante da multidão na Praça de São Pedro, pouco depois de ser eleito pelo conclave como sucessor de Pedro, ele pediu “uma paz desarmada e que desarma”.

As palavras de Leão XIV devem ser um chamado para refletirmos como humanidade. A polarização tem tomado conta da sociedade, especialmente no Brasil. Cada um usa suas armas para acabar com a convivência em paz, fomentando tudo o que gera divisão, enfrentamento. Os discursos de ódio, incentivados por grupos de poder político, religioso e econômico, estão cada vez mais presentes na sociedade, um fenômeno que encontra nas redes sociais um instrumento de difusão.

Promover um clima de paz

Em nível planetário, a ameaça nuclear continua presente, segundo mostra a mensagem que o Papa Leão XIV enviou ao arcebispo de Hiroshima, dom Alexis Mitsuru Shirahama. Ele, depois de manifestar seu “respeito e afeto pelos sobreviventes”, se referiu às duas cidades bombardeadas como “um recordatório vivo dos profundos horrores provocados pelas armas nucleares”. Diante disso, o chamado pontifício a “construir um mundo mais seguro e promover um clima de paz”.

Cada um, cada uma de nós deveria se perguntar: eu promovo um clima de paz? Minhas palavras, atitudes, postagens, favorecem a paz ou promove o ódio? Gero enfrentamento através do meu comportamento, no meu modo de me relacionar com as pessoas, inclusive com aqueles que podem ser meus inimigos?

A paz não se garante com as armas, cujo livre porte é um anseio para muitas pessoas. A paz se alcança quando as pessoas têm a coragem de não andar armados. Isso porque, segundo disse o Papa Francisco: “a guerra é sempre uma derrota para a humanidade”. E a guerra vai além do enfrentamento armado, ela é uma dinâmica instalada na cabeça de muita gente.

Justiça, fraternidade, bem comum caminho da paz

Papa Leão XIV faz um chamado a vem Hiroshima e Nagasaki como “símbolos de memória”, recordando as palavras de Papa Francisco. Diante disso, o pontífice reflete sobre a falsa segurança que nasce da destruição do outro. Ele defende a justiça, a fraternidade e o bem comum como caminho para a paz. Essas atitudes deveriam ser assumidas por cada um, cada uma de nós. Buscar a paz é algo a ser promovido entre as nações, em nível planetário, mas também entre as pessoas.

Do mesmo modo que as bombas atómicas devastaram a vida de tantas pessoas, nossas palavras e atitudes também têm consequências semelhantes. Se faz necessário uma mudança em nosso modo de olhar para os outros, marcada pela justiça e a fraternidade. Só assim a destruição cessará e conseguiremos uma paz duradoura para a humanidade, mas também entre nós.

Editorial Rádio Rio Mar

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