Neste 25 de junho de 2025 a Diocese de Borba celebra seus dois anos de instalação. A caminhada tem sido próspera, com muitos trabalhos missionários sendo executado. O que parecia ser limitação tem se tornado força, sobretudo, por meio das foranias, paróquias e áreas missionárias.
Entre os feitos da diocese, se destacam a criação da Escola Diaconal, que assegura a presença de Diáconos ordenados, sobretudo nas comunidades ribeirinhas. O Projeto “A Casa Comum – Água viva para todos, em comunhão com a Igreja Irmã da Arquidiocese de Campo Grande sendo formalizado por meio de ações pastorais movidas pelas missionárias Dra. Bianca Gasparini e Irmã Silvana Pauletti da Congregação das Irmãs Franciscanas de Nossa Senhora de Aparecida em comunidades ribeirinhas. As contempladas foram: Peixinho, Cumatê e Paricá, pertencentes à Paróquia de Nossa Senhora do Rosário, em Canumã – Distrito de Borba. A ação objetiva levar água potável à população ribeirinha, “uma água digna para qualquer ser humano filho de Deus”, assim nos relatou a Irmã Silvana Pauletti.

Outro feito que tem se destacado é a implantação da Fazenda da Esperança em Autazes, que está em trâmites organizacional para a construção da Casa de Apoio a dependentes químicos pertencentes a esta diocese. bem como a formação e Implantação da Pastoral das Cáritas Diocesana, que tem protagonizado no atendimento de diversas famílias em vulnerabilidade social, com distribuição de cestas básicas, e acompanhamento psicossocial.
O ardor missionário tem movido a caminhada diocesana, que sob à luz do santo Evangelho de Jesus Cristo, segue com fé, objetivando a valorização da vida, com o chamado ao cuidado à casa-comum, a vivência da justiça climática. Assim como ao acolhimento ao protagonismo da mulher, do ribeirinho e aos povos originários.
A igreja se alegra com o caminho percorrido. Porém, segue refletindo os passos dados e as ações que ainda são desafiadoras, “por conta de inúmeras mazelas sociais, a diversidade comunitária enquanto sociedade civil, que clama por qualificada dedicação cidadã neste novo tempo” (Azevedo, 2022). Com isso, “os Documentos da Igreja de Roma nos convocam a participar da renovação da igreja, é compromisso de fé dedicar atenção a vocação – para a prática da caridade”, assim pontuou dom Zenildo Luiz Pereira da Silva, bispo diocesano.
Nesta vertente o saudoso Papa Francisco, por considerar a realidade da igreja latino-americana e suas dificuldades enfrentadas, orientou “para que a missão parta do Mandamento do amor, a partir do povo em movimento e assim firmar a atenção na justiça, na solidariedade e na fraternidade”.

Roguemos a Deus que esta neo-diocese, cresça sendo “Igreja discípula-missionária e sinodal na Amazônia, com capacidade de atuação e articulação regional, que se compreenda como servidora da vida, testemunha do diálogo e irmã da criação” (Instrumentum Laboris – CNBB 2019), continue sendo “berço” de cristãos alicerçados na fé, corajosos e audaciosos caboclos que enfrentam as facetas de um cenário rústico, como; o ciclo das águas, o desequilíbrio climático gerado pela depredação da floresta, e a injustiça social e escassa de igualitarismo. Assim podemos afirmar que a diocese de Borba, Igreja-mãe, tem buscado caminhar em espírito de sinodalidade, onde “tudo está interligado”.
Francelina Lopes de Souza – Coordenação da Pastoral da Comunicação Diocese de Borba