Os Seminaristas do Seminário São José, onde se formam os futuros presbíteros das igrejas locais que fazem parte do Regional Norte 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB Norte 1), junto com os seminaristas do Seminário Propedêutico Padre Luiz Gonzaga de Souza, realizaram no dia 13 de setembro de 2025 seu Jubileu da Esperança.
Caminhada de oração
Os seminaristas percorreram os cinco quilômetros que separam a sede do Seminário São José da Catedral Metropolitana de Nossa Senhora da Conceição, junto com o arcebispo de Manaus, cardeal Leonardo Ulrich Steiner, e a equipe formativa dos dois seminários. Um percurso de oração e meditação que despertou o interesse das pessoas que estavam nas ruas da capital amazonense.
Na catedral, os seminaristas e formadores celebraram a Eucaristia, presidida pelo arcebispo de Manaus. O cardeal Steiner destacou na homilia a necessidade de “nos colocarmos a caminho, porque em cada momento tivemos que viver nossos passos”, refletindo sobre a importância de construir a casa sobre a rocha, segundo as palavras do Evangelho. Ele chamou a refletir sobre o fato de que Deus nos fez e sobre os frutos da redenção e da salvação, dentre eles sermos sinais da misericórdia de Deus.

O cardeal Steiner fez um convite “à disponibilidade da nossa parte de nos deixarmos tocar pela redenção, de nos deixarmos tocar pelo mistério da salvação, de nos deixarmos tocar pela vida nova que Jesus com sua morte e ressurreição nos ofereceu.” O arcebispo de Manaus fez um chamado “para que todos nós perseveremos no chamado de Deus”, e que “este pequeno peregrinar nos reforce no caminho da nossa vocação”.
Presbíteros para servir, celebrar e alimentar as comunidades
Um Jubileu que recolhe a história de uma casa de formação com 177 anos de história, que “vem contribuindo e formando presbíteros para servir, celebrar e alimentar as comunidades eclesiais com a mesa da Palavra e da Eucaristia”, segundo o reitor do Seminário São José, padre Pedro Cavalcante. Ele enfatizou que a esperança “não é uma virtude passiva, que se limita a esperar que as coisas aconteçam”, mas “extremamente ativa, que ajuda a fazer com que elas aconteçam”.
O reitor disse querer “firmar compromissos de conversão e santidade”, dentre eles a sinodalidade e a comunhão, o encontro, a acolhida, a escuta, o discernimento, elementos presentes no tríduo em preparação ao Jubileu. Ele insistiu no fato dos seminaristas estar no período formativo, caminho para assumir “uma Igreja encarnada e toda ministerial, sinal do Reino de Deus”, que leve a atualizar no tempo e contexto atual, “tão conflituoso e tóxico, tão indiferente e descartável, tão narcisista e superficial, a viva, forte e transformadora mensagem do Evangelho”.

Aos seminaristas, o reitor fez ver a necessidade de se tornar “próximos dos mais pequenos e invisíveis da sociedade, dos desvalidos e doentes, dos sofridos e abandonados, da humanidade sem esperança. E agora mais do que nunca da Casa Comum, tão aviltada e destruída, que merece ser vista e cuidada dentro da perspectiva de uma ecologia integral”, encomendando esse propósito a “Nossa Senhora da Conceição, a Mãe da Esperança”.