Av. Epaminondas, 722, Centro, Manaus, AM, Brazil
+55 (92) 3232-1890
cnbbnorte1@gmail.com

Tag: Diocese de Coari

X Assembleia Pastoral da Diocese de Coari: Sinodalidade a serviço da Missão

A diocese de Coari realizou de 28 a 30 de novembro de 2025 a X Assembleia Diocesana de Pastoral. Um evento organizado com o objetivo de reunir os membros da Igreja, presbíteros, religiosos, religiosas, agentes de Pastoral responsáveis pelas Comunidades, Pastorais, Serviços e Movimentos, Cristãos Leigos(as) e Seminaristas para rezar, refletir, discutir, planejar e avaliar as ações pastorais. Esse tipo de assembleia busca definir as direções pastorais da diocese, identificar prioridades evangelizadoras, e promover a integração entre as diferentes paróquias e comunidades. Lançai e puxai a rede juntos A responsabilidade para acolher a assembleia coube à Paróquia São Pedro, em Coari. O encontro contou com cerca de 250 representantes das 11 paroquias da diocese. Como o espaço físico da paroquia São Pedro é relativamente pequeno os delegados das 11 paroquias foram acolhidos pela Faculdade de Medicina da UFAM (Instituto de Saúde e Biotecnologia), no bairro Nazaré Pinheiro onde temos a Comunidade Nossa Senhora de Fátima. Foi lá que foram servidos os lanches. A assembleia teve como tema: “Sinodalidade, escuta e participação a serviço da Missão”, e com o lema: “Lançai e puxai a rede juntos” (Jo 21,6). No dia 28 de novembro, iniciou o primeiro dia da Assembleia Diocesana, com a celebração da Santa Missa, presidida pelo Bispo Diocesano, Dom Marcos Piatek. O bispo lembrou que a Assembleia é um evento eclesial e começou com a Missa, porque a Eucaristia faz a Igreja e a Igreja vive da Eucaristia. Após a Missa, teve início da programação da Assembleia, com a apresentação do Documento Final do XVI Sínodo Ordinário de 2024: “Por uma Igreja Sinodal, Comunhão, Participação, Missão”. O conteúdo dos cinco capítulos do Documento Final do Sínodo foi apresentado pelo bispo. O Documento Final do Sínodo da Sinodalidade, iluminou as reflexões e impulsionou novos compromissos pastorais. A partir desse documento, os participantes foram convidados a compreender mais profundamente os caminhos de escuta, de discernimento, corresponsabilidade, diálogo e participação, que devem orientar a vida e a missão da Diocese nos próximos anos. Caminhada sinodal Como a Assembleia serve, entre outras, para avaliar a caminhada evangelizadora das paroquias servimo-nos para isso do atual “Plano Pastoral da Diocese de Coari”, evidenciando a caminhada sinodal vivida ao longo desse ano pelas diferentes comunidades, pastorais, movimentos, serviços. Esses relatórios, que reuniram experiências, desafios, conquistas e sugestões, passam por um processo de análise, permitindo identificar pontos convergentes e prioridades emergentes para o planejamento pastoral. O encontro contou ainda com um momento de escuta ampliada, no qual foram socializados os resultados paroquiais e avaliadas as ações desenvolvidas. A partir dessa escuta, foram realizadas reuniões específicas com pastorais, movimentos e grupos de serviço, que se reuniram em vista da construção dos planejamentos e da definição de metas. As apresentações das pastorais, movimentos e serviços tiveram papel essencial na construção de uma visão integrada da missão da Diocese. Cada grupo destacou seus avanços, desafios e propostas, contribuindo para um planejamento mais participativo, realista e comprometido com a realidade local. Uma Igreja mais atuante Durante as exposições gerais, foram aprovados novos projetos e planos de ação para a Diocese, voltados ao fortalecimento da missão evangelizadora e ao atendimento das necessidades espirituais e sociais da comunidade. A aprovação desse conjunto de projetos representa um passo significativo na construção de uma igreja mais atuante, sinodal e transformadora. Ao promover novas oportunidades de engajamento, escuta e acolhimento, a Diocese reafirmou seu compromisso com um ambiente dinâmico, inclusivo e solidário, fiel aos valores cristãos de serviço, amor e fraternidade. Esses momentos, como a Assembleia Diocesana de Pastoral, são fundamentais para fortalecer a vida e a missão da Igreja local. Proporcionam uma oportunidade para reflexão comunitária e tomada de decisões colaborativas, sempre com o objetivo de promover o Evangelho de forma mais eficaz, tanto dentro da Igreja quanto fora, na sociedade. Além de serem um espaço de renovação espiritual, organização e estratégia, ajudam a integrar todos os membros da Diocese na construção de uma Igreja mais missionária, acolhedora e comprometida com os valores do Evangelho. Lembrando o Ano Jubilar Como celebramos o Ano de Peregrinação, Ano de Esperança, na tarde do domingo, os participantes da Assembleia foram à catedral para o momento de reflexão e oração, tento mais que a catedral era escolhida com uma das três igrejas de peregrinação durante este ano. A X Assembleia Diocesana de Pastoral foi concluída com a celebração da Santa Missa, presidida por Dom Marcos Piatek, Bispo Diocesano. O local da celebração era a Quadra Esportiva João Liberal ao lado da Faculdade de Medicina da UFAM. Esse momento orante expressou o envio de todos os agentes de pastoral, para continuarem a missão de evangelização e serviço com a energia renovada e compromisso. Além disso, foi uma ocasião de consagração e reflexão, onde as decisões tomadas durante o evento foram apresentadas a Deus, para que Ele guie e abençoe os passos da Diocese de Coari.

Assembleia Formativa e Eletiva da Cáritas Diocesana de Coari fortalece missão de amor e serviço

Entre os dias 29 de outubro e 1º de novembro de 2025, o município de Coari sediou a Assembleia Formativa e Eletiva da Cáritas Diocesana de Coari. O encontro reuniu representantes das Cáritas Paroquiais de Beruri, Anori, Anamã, Caapiranga, N.S Perpétuo Socorro e Santana, e São Sebastião. Um momento de partilha, formação e planejamento da missão da Cáritas na Diocese. Com o tema “Cáritas, tua força é o Senhor, tua missão é o próprio amor”, a assembleia foi acompanhada por Dom Marcos Piatek, bispo Presidente da Cáritas Diocesana, e pelo Pe. Ednei Lima, assessor eclesial da Cáritas Diocesana. Caminhar ao lado dos necessitados A Articuladora Regional, Márcia Miranda, conduziu a assessoria e a formação. Márcia destacou a importância de a Cáritas Diocesana realizar sua avaliação anual em assembleia “com a participação ativa dos agentes das paroquiais” que assumem o serviço da Cáritas. Segundo ela, o encontro também proporcionou momentos de reflexão sobre a realidade local, fortalecendo o compromisso da Igreja em caminhar ao lado das pessoas que mais necessitam. Durante o evento, o Diácono Maurício Sávio foi eleito coordenador geral, e ficará à frente das ações da Cáritas. Segundo Márcia, o diácono e os coordenadores paroquiais “assumem a missão de dar continuidade ao trabalho de promoção da vida, da solidariedade e da esperança, pilares que sustentam a atuação da Cáritas na Diocese”. Segundo participantes, A assembleia encerrou com um sentimento de renovação da fé, do compromisso e da missão de servir, reafirmando que a força da Cáritas está no Senhor e sua missão é o próprio amor. Colaboração e fotos: Márcia Miranda – Articuladora Regional da Cáritas CNBB Norte 1

Willian Aragão novo presbítero da diocese de Coari: “não um mérito individual, mas um dom que vem de Deus”

A cidade de Codajás, na diocese de Coari, acolheu na noite de 25 de outubro de 2025 a ordenação presbiteral de Willian da Silva Aragão. Uma celebração presidida pelo bispo diocesano, dom Marcos Piatek, que contou com a presença do clero da diocese e de outras igrejas do Regional Norte 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB Norte 1), colegas do Seminário São José de Manaus, onde se formou o novo presbítero, Vida Religiosa, familiares e amigos. Uma experiência humana e outra transcendente Na homilia, o bispo diocesano, depois de saudar os presentes na ordenação, iniciou sua homilia afirmando que “nesta celebração de hoje, se juntam duas experiências, uma experiência humana, palpável, visível, e outra experiência, a experiência transcendente”, que segundo dom Marcos “ela tem o seu fundamento na fé, no amor a Deus.” Tudo isso porque “sem a fé, sem o amor a Deus, sem o amor a Jesus, sem o amor a Igreja, tudo aquilo que nós vemos é apenas algo palpável e visível”, disse o bispo, que fez um chamado a “ver esta celebração com os olhos da fé”. Na primeira leitura, onde aparecia o relato do chamado do profeta Jeremias, dom Marcos enfatizou que “a vocação dele é desde o ventre materno, não é algo humano, é um dom gratuito de Deus.” Segundo ele, “a vocação presbiteral, ela é movida, alimentada, fortalecida, renovada, santificada pelo amor”, uma dimensão que aparece no Evangelho lido, onde Pedro é questionado por Jesus sobre se ele lhe ama. O bispo de Coari sublinhou que “a fonte da vida presbiteral deve estar no amor a Jesus, no amor a Deus. Se faltar isso, ela não vai durar, não vai florescer.” Junto com isso, dom Marcos disse que “quando a gente celebra a ordenação presbiteral, nós temos que olhar para Jesus, o Sumo e Eterno Sacerdote.” Para aquele que ia ser ordenado, o bispo desejou “que ele seja ancorado, baseado no amor a Jesus. E assim você vai ser, ao exemplo de Jesus, um bom pastor”. Munus profético, do serviço e de santificar Dom Marcos Piatek destacou três tarefas na vida do presbítero: o munus profético, “padre é aquele que se torna profeta, anunciador da boa nova de Jesus, missionário, evangelizador”; o múnus do serviço, “o presbítero é aquele que serve, lava os pés dos irmãos, estende a mão aos pequenos, fracos, abandonados, esquecidos, viúvas, órfãos, migrantes, importância do monos, serve isso”; o múnus de santificar, celebrar, rezar, louvar a Deus, “o sacerdote é aquele que santifica a si mesmo e santifica o povo. Reza por si mesmo, pelos seus pecados e reza pelo povo a ele confiado. Por isso na nossa vida não pode faltar contemplação, reza, meditação, celebração, sacramentos, devoções, meditações”. O presidente da celebração recordou que Papa Leão XIV tem falado recentemente que “o sacerdote encontra sempre a Deus em Jesus como bom pastor.” Nessa perspectiva, “não lhe basta um coração humano e sábio, mas sente a necessidade de um coração como o de Jesus, sempre unido ao Pai, apaixonado pela Igreja”, enfatizou, e pediu que “nos esforcemos todos por ser sacerdotes exemplares”, enfatizando que “só unidos a Deus e entre nós, padres, podemos dar fruto e testemunho ao mundo de hoje”. Ele recordou as palavras de Santo Agostinho, que disse: “ai de mim, se sou pastor de nome e mercenário de vida”. Caminho de santidade O bispo, seguindo as palavras de Papa Leão XIV, afirmou que “os padres têm que zelar pela sua vida interior, pela formação, pela saúde emocional, pela sua integridade.” Ele recordou o chamado do pontífice a viver a fraternidade sacerdotal. Junto com isso, dom Marcos advertiu sobre a necessidade de sacerdotes santos, não de gerentes, vendo a formação como caminho que tem por objetivo a santidade e não apenas a competência. Ele mostrou sua gratidão a todos aqueles que colaboraram na formação do novo presbítero, a família, os formadores, os professores, a paróquia. Dom Marcos Piatek destacou a importâncias dos presbíteros na vida da Igreja e refletiu sobre a escassez de vocações, diante de outras possibilidades que a sociedade considera mais atraentes. A vocação é vista pelo bispo como aquilo que ajuda a ganhar a vida plena, e para isso enfatizou a importância do cuidado das famílias e de criar nelas um clima vocacional. Junto com isso a importância da oração, pedindo rezar pelos padres e para que o padre Willian seja “um servidor de Deus e do povo, para que ele seja homem de contemplação de santidade”. Gratidão do novo presbítero No final da celebração, o novo presbítero realizou seus agradecimentos ao bispo, aos padres, religiosos e religiosas, professores e todos os presentes. O padre disse que “o sacerdócio não é um mérito individual, é um dom que vem de Deus”, algo que ele disse ver em sua pessoa, percebendo a escolha de Deus, que lhe chamou e deseja lhe santificar, moldando de acordo a seus propósitos. Ele enfatizou que “a vida presbiteral é um chamado radical, não se trata só de um projeto pessoal, mas de uma entrega total a Deus”, antes de receber diversas homenagens por parte dos presentes na ordenação.  

Seminaristas vivenciam 12º Experiência Missionária na Prelazia de Itacoatiara

Os seminaristas do Regional Norte 1 estão reunidos na Prelazia de Itacoatiara para a 12° Experiência Missionária, organizada pelo Conselho Missionário de Seminaristas (COMISE Labontè). A experiência integra o processo formativo dos futuros presbíteros do regional, oportunizando a vivência com as realidades pastorais das igrejas locais. A programação iniciou no sábado (18) e se estende até o próximo domingo (26). A Missa de envio, na Catedral da Prelazia, marcou o início das atividades e contou com presença de agentes de pastoral e fiéis. Depois, os seminaristas seguiram para comunidades ribeirinhas e urbanas, onde fizeram visitas, celebrações, momentos de oração, encontros e rodas de conversa para fortalecer a “comunhão e a corresponsabilidade missionária”, segundo Lucas Santos, seminarista da Diocese de Roraima. Para ele, a experiência missionária é “um momento formativo para os futuros presbíteros, que vivenciam a realidade amazônica e são convidados a cultivar um olhar sempre mais próximo, fraterno e comprometido com a vida do povo”, explicou. O caminho comunitário As atividades da experiência missionário estão alinhadas ao Jubileu da Esperança, com o tema “Missionários da esperança entre os povos”, escolhido pelo Papa Francisco, e o lema “A esperança não decepciona” (Rm 5,5). E buscam responder, como sinal de Esperança, ao grito urgente das pessoas que ecoa de diversas partes do mundo. O encontro com as realidades da igreja na Amazônia é fundamental para que os jovens seminaristas aprimorem seu modo de atuação. Na Exortação Apostólica Querida Amazônia, Papa Francisco recorda, ao citar o Instrumentum Laboris do Sínodo para a Amazônia, que a “vida é um caminho comunitário onde as tarefas e as responsabilidades se dividem e compartilham em função do bem comum. Não há espaço para a ideia de indivíduo separado da comunidade ou de seu território”. Essa dinâmica corresponde às aspirações evangélicas de caridade, e é um “estímulo à cultura do encontro”, onde as relações são novamente restabelecidas. É uma possibilidade para que os seminaristas recordem a vocação evangelizadora presente em cada cristão e cristã batizado. Ou seja, para que desde agora sejam capazes de reconhecer as necessidades dos povos amazônicos, exercendo seus trabalhos com a força profética do Evangelho encarnado na realidade. Aprofundar a fé Dessa forma, a experiência missionária é o espaço para que os jovens missionários aprofundem sua fé. O encontro com os povos permite que haja um reconhecimento mútuo como anunciadores do Evangelho. E o vínculo, nascido nos caminhos, nos diálogos e nos encontros, é a manifestação da Esperança oferecida por Jesus, convida à uma abertura de coração para tocar, compreender e transformar o modo de ver o mundo. Nesse aspecto, o seminarista Jainer Reina, da Diocese do Alto Solimões, comentou que a experiência na Paróquia de Nazaré, em Itapiranga, “está sendo maravilhoso, visitando as famílias, os idosos, os necessitados”. Ele enfatiza que esses momentos motivam “a nossa fé, a minha vocação para ser um sacerdote”. E espera que os frutos dessa missão “possa amadurecer mais e mais na minha vocação”, terminou. Fotos: Lucas Santos.

Regional Norte 1 realiza 1° formação do Conselho Pastoral dos Pescadores e Pescadoras

Nos dias 19 e 20 de setembro a coordenação nacional do Conselho Pastoral dos Pescadores e Pescadoras (CPP) se reúne em Manaus. O objetivo do encontro é formar lideranças para atuar na implementação da pastoral no Regional Norte 1.  E inclui o planejamento um caminho para o CPP adequado às realidades de cada Igreja Local. O CPP integra a Comissão Episcopal para a Ação Sociotransformadora da CNBB. Atua junto aos pescadores e pescadoras da pesca artesanal, as comunidades pesqueiras e na defesa do território. É um trabalho “desenvolvido à luz do Evangelho de Jesus Cristo“, segundo Dom José Altevir, bispo da Prelazia de Tefé e presidente nacional do CPP. Missão à luz do Evangelho  “Uma missão bonita, é uma pastoral e, por isso mesmo, ela é baseada na força do Evangelho de Jesus Cristo. E a gente perpassa meio às comunidades ribeirinhas, às comunidades pesqueiras. E, junto a essas comunidades, atuam as associações, sindicatos, colônias, mas o CPP não se encaixa dentro desses trabalhos do governo. e nem tampouco dos municípios, do Estado. Por ser uma pastoral, somos livres, à luz do Evangelho, para ajudar realmente tanto a comunidade pesqueira como também o seu território”, explicou o presidente. Esse é a primeira reunião a nível regional do processo de implementação do CPP. Ele já existe em outros regionais, como o Norte 2. Segundo Dom Altevir, os bispos do Regional Norte 1 “aceitam, apoiam e estão buscando para suas dioceses e prelazias também o funcionamento dessa pastoral social”. “E esse está sendo o primeiro passo, a sensibilização do regional Norte 1. para que o CPP possa realmente funcionar, de fato, sendo para a igreja essa força transformadora, à luz do Evangelho, na defesa do povo e também do território, lida com a pesca artesanal, mas também com as orientações de como a comunidade pesqueira se comporta diante da relação com o seu território, com o seu meio ambiente”, acrescentou. A escutar a realidade dos pescadores e pescadoras A articuladora do encontro, Juliana Martins, informou que essa implementação iniciou na Prelazia de Tefé. O grande número de comunidades pesqueiras e as realidades locais levantaram o questionamento “por que não existe uma pastoral social voltada para a luta dos pescadores e pescadoras?”.  Essa perspectiva conduziu à participação em encontros nacionais e apropriação do funcionamento do conselho em outros regionais. “A gente observou que é de fundamental importância a implementação do CPP no nosso regional, por ser uma realidade que tem grande número de comunidades pesqueiras. Então a gente começou nesse processo e hoje nós estamos aqui reunidos. Além de mim, Juliana, tem também dois agentes da Prelazia de Tefé, um representante de Coari e um representante da Diocese de Borba”, explicou. A programação do evento é direcionada ao processo de formação para novos agentes do Conselho Pastoral dos Pescadores. O intuito é que o “CPP no nosso regional vá se estruturando, vá se encorpando”. Por isso a necessidade de “de conhecer o CPP, conhecer o processo histórico do CPP, conhecer como é que o CPP atua, como é que está estruturado, tanto nacional, regional e local, como é que faz esse trabalho junto aos pescadores e pescadoras”. Itinerário formativo A dimensão formativa inclui a pastoralidade, a missão e a espiritualidade do CPP. Nesse horizonte, o conselho estimula a organização das comunidades para que “os pescadores se empoderem dos seus direitos e, a partir desse empoderamento, eles consigam acessar, conquistar direitos, acessar políticas públicas”. Um trabalho que articula a Fé e a vida para “construir mudança na vida das pessoas”, explicou a assessora temática, Ormezita Barbosa, do coletivo de formação da CPP Ceará. “um trabalho que é muito missionário, de visita missionária, de visita pastoral, de conhecer a realidade que as comunidades vivem. E a partir dessa escuta e dessa convivência com as comunidades, a gente constrói com elas e com eles, assim, aponta quais são as perspectivas que eles pensam de trabalho. Então, é muito comum as comunidades apresentarem questões relacionadas ao seu dia a dia, ao seu trabalho, ao seu acesso aos direitos”, destacou a educadora. Acolher a diversidade amazônica A pastoral surgiu em Olinda, no estado de Pernambuco, em 1968, e se expandiu pelas regiões costeiras. Segundo Gilberto Lima, secretário executivo nacional do CPP, com a presidência de Dom Altevir, ocorreu a necessidade de articular esses processos na região da Amazônia e incluir “indígenas, quilombolas, pescadores, pescadoras, ribeirinhos, costeiros de rios”. Embora seja um cenário diferente dos outros regionais, mas “onde tiver a pesca artesanal, a gente está ali para fazer esse trabalho”. “Oceano, os mangues, os estuários, onde é uma outra dinâmica. E a gente tem também dos rios, mas era sempre dos rios ali do Cerrado ou então da Caatinga. Mas é uma outra lógica. E agora a gente está aqui conhecendo. Além da gente trazer esse processo de formação, a gente vem receber também formação porque é uma outra dinâmica, um outro modo de ser e de evangelizar”, enfatizou. Por fim, a Ir. Maria Lúcia, da Congregação das Irmãs Franciscanas Bernardinas, recordou que o conselho nasceu da percepção das dores e do sofrimento, buscou organizar os pescadores e as pescadoras para juntos fazerem uma caminhada”. Ainda que seja uma missão da Igreja Católica, continuou, é também ecumênica “porque ela abarca e abraça pessoas, acolhe pescadores, pessoas que queiram, que estão nessa luta e que se comprometem também com a vida, independente do credo religioso”. “antes dela ser uma instituição, ela foi uma intuição. Uma inspiração de alguém que conheceu o Evangelho de Jesus Cristo e se pautou na vivência do Evangelho. Porque o Evangelho é promover a pessoa humana, é chegar perto das pessoas, é ser pastor. Então a missão da Pastoral dos Pescadores hoje é anunciar o Evangelho aos pescadores e às pescadoras e promover a vida onde ela está ameaçada.”

Cardeal Steiner: “A Sinodalidade é o modo de ser Igreja assumido pelo Regional Norte 1”

O Regional Norte 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB Norte 1), finalizou a 52ª Assembleia. Aproximadamente 70 pessoas, das nove Igrejas Locais, estiveram presentes em Manaus, entre os dias 15 e 18 de setembro. O encontro foi um momento de aprofundamento das dinâmicas de Sinodalidade e de construção das diretrizes nacionais e regionais para a Ação Evangelizadora. O arcebispo de Manaus e presidente do Regional Norte 1, cardeal Leonardo Steiner, comentou que a sinodalidade é um modo de ser Igreja assumido pelo regional. E mesmo que já seja uma realidade presente, é possível continuar avançando nessa dinâmica. “O nosso regional se caracteriza já por ser uma igreja sinodal, mas isso não significa que não temos muito a caminhar ainda. Temos muito para caminhar. O próprio modo da Assembleia é um modo muito sinodal, a participação de todos, mas nós desejamos que esse modo sinodal esteja também presente nas comunidades, seja presente nas áreas missionárias, nas paróquias, e assim a igreja toda seja ela sinodal, onde todos participam, onde todos pelo batismo se sentem profundamente integrados na igreja, se sintam realmente povo de Deus”, explicou o arcebispo. A escuta presente na Igreja da Amazônia O cardeal Steiner participou do Sínodo da Sinodalidade. Em suas palavras, destaca que a Igreja da Amazônia possui elementos significativos para oferecer à sinodalidade na Igreja Universal. Mas que esse processo nasce da escuta e é como a igreja “pode contribuir, no sentido de nós buscarmos ouvir as pessoas, ouvir os fiéis, e da escuta, irmos como que planejando as nossas ações”. Essa compreensão levanta questionamentos de “como sermos uma igreja presente? Como anunciarmos o Reino de Deus? Como anunciarmos Jesus Cristo crucificado e ressuscitado nas diversas culturas, nas diferentes situações, nas tensões que muitas vezes existem?”. É nesse contexto “que podemos dar uma grande contribuição no sentido de sermos todos nós pessoas que escutam e porque escutam são capazes de perceber. Assim se pode anunciar o Reino de Deus. Assim se pode anunciar Jesus crucificado e ressuscitado”, reforçou o arcebispo. Prestar contas da Ação Evangelizadora O Documento Final do Sínodo norteou as discussões durante os dias de assembleia. Ele fornece pistas para que as igrejas do Regional Norte 1 identifiquem os caminhos a serem seguidos. O presidente do Regional enfatizou que é importante aprofundar o conhecimento desse documento principalmente quanto à prestação de contas da Evangelização. “Eu penso que aprofundada na nossa região ainda precisa muito a questão de fazermos uma avaliação, uma espécie de prestação de contas, não apenas financeira. Mas de como vai a nossa Ação Evangelizadora? Como estamos anunciando? Como somos presença?”, questionou o cardeal. Daí necessidade de que o caminho a ser percorrido seja de fazer que as comunidades se sintam “cada vez mais corresponsáveis pelo Anúncio, pela Evangelização, ao mesmo tempo também perceberem: não, aqui ainda precisamos caminhar, aqui ainda podemos dar mais, aqui ainda podemos participar mais”. E esse aspecto avaliativo “nos ajuda muito a sermos cada vez uma igreja mais viva, uma igreja mais presente, uma igreja mais consoladora, uma igreja mais samaritana, diante das dificuldades que existem”, destacou Steiner. Um processo coletivo A secretária executiva do regional, Ir. Rose Bertoldo, que coordenou a preparação da assembleia, avaliou o encontro como “um processo construído coletivamente e construído na Sinodalidade. Eu pude perceber que cada diocese, cada prelazia, as pastorais sociais, a vida religiosa que esteve presente, se sentiu construtora dessa Assembleia. Foi uma Assembleia de estudo, uma Assembleia muito leve, mas também com muita responsabilidade, que é a característica do Regional Norte 1”. Além disso, o Regional tem o desafio de continuar criando os processos que posteriormente se desdobrarão nas dioceses e prelazias, juntamente com as pastorais sociais e todos os organismos de participação. “E a gente vem estudando as diretrizes da ação evangelizadora que serão aprovadas em 2026 na Assembleia da CNBB Nacional, mas também já estamos apontando caminhos para a construção do nosso documento, as nossas diretrizes. A gente vai elaborar um documento inicial, já com as proposições que foram tiradas durante essa Assembleia, que depois serão complementados a partir das diretrizes nacionais e também dos encaminhamentos que a próxima Assembleia dará do documento”, explicou Ir. Rose Bertoldo. Conhecer o Documento Final Junto com isso, a expectativa é que as dioceses e prelazias continuarão a estudar o documento final do Sínodo da Sinodalidade. Esse processo continuado vai aos poucos moldando o futuro da Evangelização no Regional. “E essa é a ideia, é de dar a conhecer o documento para as nossas lideranças que estão lá nas comunidades. E também dar a conhecer tudo aquilo que a gente foi construindo como perspectiva de construção das novas diretrizes. Tendo esse olhar para a realidade, para o território do Regional Norte 1, que tem, assim, realidades que são comuns, mas também tem realidades que são específicas, dependendo de cada igreja local”, finalizou a secretária executiva.

VII Nortão de Presbíteros em Tocantinópolis: “Presbíteros Comunicadores da Esperança”

A diocese de Tocantinópolis (TO) acolheu de 25 a 29 de agosto de 2025 o VII Nortão de Presbíteros, com representantes dos Regionais Norte I, Norte II, Norte III e Noroeste da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Inteligência humana e inteligência artificial O tema a refletir tem sido: “Presbíteros Comunicadores da Esperança“, com a assessoria do bispo da diocese de Leopoldina (MG), dom Edson Oriolo, que brindou uma reflexão a respeito da inteligência humana, e a inteligência artificial, mas especificamente sobre esse mundo virtual do multiverso, essa nova ferramenta que está surgindo entre nós. Diante dessa nova realidade, o assessor ofereceu aos participantes caminhos e instrumentos para aproveitar isso ao nosso favor, para trabalho pastoral, para o dia a dia, para a evangelização que os presbíteros desenvolvem nas igrejas locais, nas paróquias, comunidades, pastorais. Junto com isso, dom Edison Oriolo fez um chamado a descobrir os riscos que essa nova realidade traz se não for usada de forma adequada. Do Regional Norte 1 participaram cinco padres, quatro da diocese de Parintins e um da diocese de Coari. O encontro tem sido muito gratificante, dado que ele fortalece cada vez mais o ministério e a colegialidade entre os irmãos presbíteros e com a Igreja. Pe. Luiz Carlos – Presidente da Comissão Regional de Presbiteros Norte 1 – diocese de Parintins

Diocese de Coari realiza Congresso Diocesano Missionário

O Congresso Diocesano Missionário da Diocese de Coari, realizado de 22 a 24 de agosto, marcou um momento de profunda reflexão e partilha na Paróquia Nossa Senhora das Graças. Com o tema “Família missionária, esperança e cuidado com a casa comum”, o evento reuniu cerca de 50 participantes, que se dedicaram a debater e planejar o futuro da evangelização na diocese. Rostro missionário de nossa esperança Os participantes foram divididos em cinco grupos, baseados nas cores missionárias, para aprofundar as discussões. Desde a missa de abertura, eles trabalharam para identificar o “rosto missionário de nossa esperança”, destacando os sinais de vitalidade e fé que, muitas vezes, são ofuscados pelo desânimo. O evento contou com uma participação diversificada, com representantes de pastorais importantes como a Pastoral da Criança, Pastoral da Pessoa Idosa, Pastoral da Juventude e Pastoral do Dízimo, além de Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão e membros da Infância e Adolescência Missionária (IAM), da Juventude Missionária e dos Conselhos Missionários Paroquiais (COMIPAS). O encontro serviu como um impulso para a ação e como resultado a diocese de coari vai investir na Semana de Animação Missionária e na implantação dos COMIPAS em toda a diocese. Cabe ressaltar a importância de ampliar a atenção evangelizadora para crianças atípicas, incluindo aquelas com TEA (Transtorno do Espectro Autista), Síndrome de Down e outras deficiências. Peregrinos de esperança Em um gesto concreto de missão, os participantes realizaram uma visita a aproximadamente 50 casas na comunidade de São Raimundo Nonato, reforçando o lema de serem “peregrinos de esperança”. A realização do congresso foi possível graças ao apoio de diversas pessoas e instituições. A organização agradeceu especialmente ao padre Felipe Jorge, pároco, e à irmã Graça Rodrigues PddM. A generosa acolhida das famílias locais, que hospedaram a maioria dos participantes, e o apoio do Hotel Amazonas também foram fundamentais para o sucesso do evento. O congresso celebrou o crescimento missionário na diocese, com a criação de novos grupos da IAM e quatro novos COMIPAS em Içana-Anori, Nossa Senhora do Beruri, São Francisco de Anamã e Santo Afonso de Manacapuru. O encontro reafirmou o compromisso de seguir em frente, como “peregrinos da esperança entre os povos”. Pe. Raimundo Gordiano Gordiano – articulador do COMIDI, Diocese de Coari

Lideranças das paróquias de Manacapuru e Caapiranga preparam Mês da Bíblia

No mês de setembro, Mês da Bíblia, a Igreja do Brasil faz a proposta de aprofundar no conhecimento de um dos livros que fazem parte do texto Sagrado. Em 2025 será estudada a Carta aos Romanos. Encontro de formação Em preparação para o Mês da Bíblia, a Paróquia Cristo Libertador de Manacapuru, na diocese de Coari, sediou neste domingo, 24 de agosto, das 8h às 16h, no auditório paroquial, a formação bíblica para catequistas e ministros extraordinários da Palavra e da Eucaristia. O encontro, assessorado pelo professor Dr. Mattias Grenzer, da Pontifícia Universidade católica de São Paulo, contou com a participação de representantes das paróquias Cristo Libertador, Nossa Senhora de Nazaré e Santo Afonso, de Manacapuru, e São Sebastião de Caapiranga. O escrito mais exigente em toda a Bíblia O assessor ressaltou que “em muitas comunidades, em muitas famílias, vamos ler esta Carta”. Para isso, segundo o professor Grenzer, que agradeceu a oportunidade de participar desse momento, tem sido importante o momento de formação vivido na diocese de Coari com um grupo bem numeroso e assim preparar bem o Mês da Bíblia. O professor da PUC São Paulo disse que “a Carta aos Romanos talvez seja o escrito mais exigente em toda a Bíblia, uma reflexão ampla”. Uma realidade que levou os participantes do encontro de formação a se esforçar e estudar os fundamentos, para assim animar a fé como pessoas e como Igreja.

1° Nortão de Catequese: o caráter querigmático e mistagógico da Catequese como folêgo da Evagelização

De 24 a 27 de julho de 2025, em Castanhal, no Pará, acontece o 1° Nortão de Catequese, com o tema: Iniciação à Vida Cristã na Amazônia: Anúncio, Mistagogia e Ecologia Integral. A reflexão busca oferecer elementos para as Igrejas Locais em seus processos catequéticos, fortalencendo a pluralidade da idetidade amazônica. Representação do Regional Norte 1 O evento contará com a presença do Cardeal Leonardo Ulrich Steiner, arcebispo de Manaus e presidente do Regional Norte 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, 23 catequistas, 2 irmãs Consagradas e 2 padres das dioceses de Parintins, Alto Solimões, São Gabriel da Cachoeira, Borba, Roraima, Coari, Prelazia de Tefé e Arquidiocese de Manaus. Dentro dos 5 painéis, nosso regional apresentará 3: Catequese Ribeirinha (Diocese de Parintins), Catequese Indígena (Diocese de São Gabriel da Cachoeira) e Catequese Urbana (Arquidiocese de Manaus), partilhado nossas experiências. Chegada dos participantes Padre Jânio Negreiros, do clero da Diocese de Parintins e coordenador de catequese do Regional Norte 1, expressou a expectativa dos participantes “com muita alegria que nós assim acompanhamos esse início e da chegada dos das nossas catequistas, assessores da catequese, dos nossos bispos, dos conferencistas, dos que vão conduzir as oficinas as e também os painéis”. Destacou também a Catedral de Castanhal como “lugar extraordinário de convivência”, visto que ela é “toda pensada no aspecto bíblico” e é como “um ver a bíblia desenhada, expressada nas paredes” e “toda sua estrutura pensada dessa forma” favorecendo um “ambiente acolhedor” e aumentando a “expectativa dos nossos catequistas”. Novo olhar para catequese na Amazônia O evento reunirá aproximadamente 500 catequistas, juntamente com as religiosas e religiosos, padres, diáconos e bispos que estarão juntos tratando das diversas temáticas e desenvolvendo o tema geral. O coordenador enfatizou que isto traz um “novo olhar para uma realidade em nossa Amazônia”. O padre explicou que o encontro acolhe “todos os regionais do Norte para esse momento realmente inaugural, inicial” de algo que “foi pensando pelos nossos bispos no ano passado, em agosto, e assim foi levado adiante essa preparação” e culminou “para vivenciar esse primeiro momento”. Por fim, padre Jânio manifestou que o evento “é algo de grande significado pra nossa catequese na nossa região amazônica”. E por isso “queremos que seja um encontro de partilha, de aprendizado e que possa trazer realmente um fôlego para Evangelização”. E “especialmente para o processo inicial da fé das nossas crianças, adolescentes e adultos que estão no processo de Iniciação à Vida Cristã e também o trabalho pastoral, bíblico dentro das nossas pastorais e movimentos de nossas prelazias, dioceses e arquidioceses”. As temáticas das quatro conferências serão: “A Igreja deve crescer na Amazônia (QA, 66): Querigma, um anúncio de Esperança“, (Cardeal Leonardo Steiner,OFM); “Aceitar corajosamente a novidade do Espírito (QA, 69): Fundamentos para catecumenatos amazônicos”, (Victor Paiva, OFS); “Cuidar da Amazônia (QA, 51): Catequese a serviço de uma ecologia integral” (Moema Miranda, OFS); e “A este mundo, só a poesia poderá salvar (QA, 46): A literatura na transmissão da fé”, (Dom Antônio Fontinele), respectivamente, e finalizará com a peregrinação Jubilar até a Igreja Catedral.