A catedral
de Nossa Senhora do Rosário sediou nesta terça-feira 17 de dezembro a
Eucaristia de admissão às ordens sacras e do Ministério do Leitorado dos seminaristas
da Prelazia de Itacoatiara. Na celebração, presidida pelo bispo local, dom
Edmilson Tadeu Canavarros dos Santos, foram admitidos às Ordens Sagradas Pedro
José Correa e João Marcelo Salvador, e recebeu o Leitorado o seminarista Martinho
Silva.
Na mesma
celebração, que contou com a presença do clero local e de padres e seminaristas
da Arquidiocese de Manaus, bem como de vários irmãos e irmãs das diversas
paróquias, presentes na Catedral para partilhar deste momento tão importante
para a vida dos seminaristas da prelazia, foram apresentados os jovens
vocacionados que no próximo ano farão experiência no Seminário Propedêutico
São José, de Itacoatiara.
O bispo
local iniciou sua homilia destacando os elementos mais importantes das leituras,
ressaltando que “Cristo é filho de Judá” e que ele veio “não para punir a
humanidade, mas para a transformar e reconduzir à verdadeira relação com Deus”,
dado que “em Jesus, Deus se fez efetivamente humano, e o sonho tornou-se
realidade, o Deus conosco fez Deus para nós, apesar das nossas infidelidades e
do nosso fraco acolhimento”.
Segundo o bispo,
“Cristo, pela sua humanidade, ergueu a sua tenda no meio de nós, tornou-se
nosso companheiro na caminhada terrena”. Ele disse que na celebração com
que inicia a Novena do Santo Natal, “acompanhamos nossos seminaristas com a
nossa oração, com nosso apoio fraterno”, definindo o momento como “que a
Igreja, que nós, acolhemos o seminarista como candidato para o ministério
ordenado, ao diaconato e depois ao presbiterato”, mostrando o significado do
rito de admissão as Ordens Sacras.
Nesse rito,
explicitou o bispo, “o seminarista mostra sua vontade de entregar-se a Deus
e à humanidade no exercício da vocação sacerdotal”. Diante disso, “a Igreja
responde por meio da benção, e nós confirmamos essa decisão com a nossa oração,
com o nosso apoio”. Dom Tadeu insistiu no caráter espiritual e eclesial, o que
faz com que faz com “esse ato marca de maneira significativa o processo formativo
do seminarista”, vendo-o como “um passo a mais na caminhada de discernimento
vocacional rumo ao sacerdócio, nele se dá o reconhecimento oficial de sua
vocação”. Um passo que deve levar os seminaristas a “cultivar de forma mais
intensa sua vocação e obedecer de maneira incondicional à vontade de Deus que
os chama”.
Finalmente,
dom Tadeu sublinhou que “todos nós somos convidados a revestir-se de Cristo
Jesus, isto é, imprimir em nós os mesmos sentimentos de Cristo para poder expressá-los
na vida de cada dia”, o que significa “tornar-se um humilde servidor do
Senhor, estar ao seu dispor, compartilhar seu caminho para poder participar de
sua glória”. Igualmente, disse o bispo, “significa ser divinizado,
participar do que ele é por natureza, ou seja, de sua divindade”, animando os
seminaristas a permanecer unidos a Cristo para “realizar coisas grandiosas”.