Numa carta dirigida ao Presidente do Episcopado
Brasileiro, Dom Walmor Oliveira de Azevedo, a Presidência do Conselho Episcopal
Latino-americano e do Caribe – Celam, diz partilhar “a profunda
preocupação da Igreja pelo povo brasileiro, face à situação muito grave que
está sofrendo devido ao terrível impacto da pandemia de Covid-19, especialmente
durante as últimas semanas”.
Na quarta-feira passada, 24 de março, como a mensagem
afirma, “o Brasil ultrapassou os 300.000 falecidos em consequência da
doença, entre elas cinco bispos e dezenas de sacerdotes, religiosas, religiosos
e leigas e leigos comprometidos com a missão da Igreja”. Ao mesmo tempo, esta
semana registaram-se mais de 3.000 mortes em 24 horas, o que faz do Brasil o
país com mais mortes por dia neste momento, ocupando o segundo lugar em número
absoluto de mortes.
A pandemia afeta todos, “mas principalmente os
mais pobres, que sofrem gravemente as consequências de um sistema de saúde que
não é suficiente – apesar de a população ter o Sistema Único de Saúde (SUS) -,
bem como a ausência de políticas e de ajuda pública que favoreçam os cuidados e
a defesa da vida”, diz a carta da presidência do Celam.
Os bispos do continente apoiam a coragem da
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, “que denunciaram
corajosamente esta delicada situação, ajudando a iluminá-la a partir dos
valores do Evangelho e dos princípios da Doutrina Social da Igreja, e
encorajando iniciativas de solidariedade como o “Pacto pela Vida e pelo
Brasil“, com as quais procuram responder à grave crise sanitária,
económica, social e política que o país atravessa”, algumas das quais são
recolhidas na mensagem.
exigência “de avançar rapidamente no processo de vacinação“, e de oferecer
auxílio emergencial, pedindo ao Senhor “para consolar os aflitos pela perda
dos seus entes queridos e para fortalecer todos, pastores e povo, na fé,
esperança e caridade”.