Lembrando
as palavras em que Jesus chama Lázaro para fora do túmulo, Dom Leonardo Steiner
refletiu na homilia do 5º Domingo da Quaresma sobre o fato de “sair do
dos
dos mortos-vivos, vivos-mortos”. O cardeal apresentou o “Senhor
Os
veem a
e os
ouvem a
A
arranca do
Ressurreição”.
“Morri!
Perdi as esperanças!
Sumiram os
Perdi a
desaparecia”, disse o Arcebispo de Manaus, se introjetando na figura de Lázaro.
“Me
perdi, morri.
virou
e
suportava a
desejava
vivia. Perdi
convivia”, refletiu Dom Leonardo em torno daquele que morre.
Nas
suas palavras, o cardeal foi explicitando aquele que poderia ser o pensamento
de que, está no túmulo: “assim, anunciaram a
vivia,
vivia e
fazia. Os
os
eram
4.
e
ansiava, esperava, buscava, sonhava na
diziam do meu tempo, da minha finitude, de estar apenas
de
na
É
o pensamento de Lázaro que diz: “e
jazia
e
irmãs
restou o
daquele da
fizera
a
fizera
tirar-me do
Pensamentos
que segundo Dom Leonardo dizem: “e de
da
da
havia retirado a
de trazer-me
Diante
disso, o Cardeal Steiner chamou a enxergar a “Luz na finitude de um mundo
fechado sobre si mesmo, mas possibilidade de
de
Envolto
de
na
de
ouvi o
de
e
conduziu
do
as
atados.
os lençóis
cobria.
andei,
de
e Deus
perpassou todo o
e os
Diante
do chamado de Jesus a desatai-o, Dom Leonardo imagina Lázaro que “desatados os
lençóis,
Quando ressoou aos meus
e
desejei o
da Vida, abandonei a
o
a
das
os
as
A
dizendo e insistindo: sai
ouvindo e obedecendo e caminhando e esperando,
A
Citando as palavras do Papa Francisco no Angelus
de 05 de abril de 2014, Dom Leonardo lembrou que “Cristo não se conforma com os
sepulcros que nós construímos com as nossas escolhas de mal e de morte, com os
nossos erros, com os nossos pecados. Ele não se resigna a isto! Ele nos
convida, quase nos ordena, que saiamos do túmulo no qual os nossos pecados nos
fizeram cair. Chama-nos insistentemente a sair da escuridão da prisão na qual
nos fechamos, contentando-nos com uma vida falsa, egoísta, medíocre. «Sai!»,
nos diz, «Sai!”. É um convite à verdadeira liberdade, a deixar-nos alcançar por
estas palavras de Jesus que hoje repete a cada um de nós. Um convite a
deixar-nos libertar das «faixas», das faixas do orgulho. Porque o orgulho
torna-nos escravos, escravos de nós mesmos, escravos de tantos ídolos, de
tantas coisas. A nossa ressurreição começa por aqui: quando decidimos obedecer
a este mandamento de Jesus saindo para a luz, para a vida; quando caem do nosso
rosto as máscaras (…) e não encontramos a coragem do nosso rosto original,
criado à imagem e semelhança de Deus”.
São promessas presentes na primeira e segunda
leituras, afirmando que “talvez,
por isso Santo Agostinho vê na ressurreição de Lázaro uma figura do
sacramento da Penitência”, citando o texto do Sermão 139 sobre o Evangelho de
São João: “Como Lázaro do túmulo, tu sais quando te confessas. Pois, que
quer dizer sair senão manifestar-se como vindo de um lugar oculto? Mas para que
te confesses, Deus com voz forte, te chama com uma graça extraordinária. E
assim como o defunto saiu ainda atado, do mesmo modo o que vai confessar-se
ainda é réu. Para que fique desatado dos seus pecados, o Senhor diz aos
ministros: Desatai-o e deixai-o andar”.
Lembrando
o
Dom Leonardo fez ver que “nos convida a
deixarmos
dos
e
Ele nos deu sua palavra, Ele se deixou como pão vivo, Ele deu a vida por nós na
cruz, venceu a morte e instaurou o Reino da vida. Não
morramos nas
As
o
Andar,
Em
relação à Campanha da Fraternidade, que continua a nos acompanhar no movimento
de conversão a que a quaresma nos convida, Dom Leonardo citou novamente o Papa
Francisco: “A alimentação é fundamental para a vida
humana; com efeito, participa na sua sacralidade e não pode ser tratada como
uma mercadoria qualquer. Os alimentos são sinais concretos da bondade do
Criador e frutos da terra. Vêm-me à mente os nossos avós e o respeito que
tinham pelo pão; beijavam-no quando o colocavam na mesa e não permitiam que nem
sequer uma migalha fosse desperdiçada. O próprio Cristo, na Eucaristia, fez-se
pão, pão vivo para a vida do mundo (cf. Jo 6,51)”.
Continuando com a cita do Santo Padre, o Arcebispo lembrou: “Respeitar
os alimentos e conceder-lhes o lugar predominante que têm para a vida do homem
só será possível se, além de nos interessarmos pela sua produção,
disponibilidade e acesso, assim como pelas medidas técnicas do comércio
agrícola, tomarmos consciência de que constituem uma dádiva de Deus, da qual
somos meros administradores. (…) nossa primeira preocupação deve centrar-se
no ser humano enquanto tal, considerado na sua integridade e tendo em consideração
as suas necessidades reais, particularmente de quantos carecem do sustento
básico para a própria sobrevivência. Caros irmãos e irmãs, neste período de
crises interligadas, a mensagem de Cristo, até para os não-crentes,
interpela-nos a não dar simplesmente de comer, mas a dar-nos a nós próprios ao
serviço do próximo, reconhecendo e garantindo a centralidade da pessoa humana.
Esta prioridade só pode ser salvaguardada, se voltarmos a acreditar na
fraternidade e na solidariedade, que devem inspirar as relações entre as
pessoas e entre os povos”, palavras proferidas pelo atual Pontífice em 17 de
outubro de 2022.
Daí,
o Cardeal Steiner disse que “o
oferecendo o nosso pouco aos que necessitam”, lembrando o lema da Campanha da
Fraternidade: “Dai-lhes vos mesmos de comer!”. Por isso, afirmou que “diante de
cidade,
é
do
diz: ‘Vem
Finalmente,
Dom Leonardo fez um convite a que “caminhemos, irmãos e irmãs. Caminhemos na
solidariedade, na caridade, na liberdade.
de
e
ao mesmo tempo, perceber quem
e
caminhamos. Caminhamos para o Reino da Vida nova: Jesus Ressuscitado”, pedindo
que “
conceda a
vivermos no
Reino dos vivos!”.
Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1