A
Coordenação da Pastoral da Juventude do Regional Norte1 está reunida na sede da
Faculdade Católica do Amazonas em Manaus de 7 a 9 de julho com representantes das dioceses de
Coari, Borba y Roraima, a prelazia de Tefé e a arquidiocese de Manaus, um
encontro que contou com a presença do cardeal Leonardo Steiner, arcebispo de
Manaus e presidente do Regional Norte1 da Conferência Nacional dos Bispos do
Brasil (CNBB Norte1).
Os representantes
das diferentes igrejas locais mostraram ao cardeal a realidade dos 700 grupos
que fazem parte da PJ no Regional Norte1, uma pastoral que quer ser presença
junto aos jovens e ajudá-los em seu projeto de vida e se inserir na Igreja. Eles
relataram as dificuldades que muitas dioceses enfrentam pelas grandes
distâncias e o alto custo dos deslocamentos.
Diante
disso, Dom Leonardo afirmou a necessidade da PJ retomar algumas questões no
Brasil, dado sua importância em seus 50 anos de caminhada, marcando a vida de
jovens que hoje tem uma alta responsabilidade no país, citando o exemplo do
ministro Flávio Dino, que constantemente destaca a importância da PJ em sua
vida, algo que também faz parte da vida de pessoas que participaram da PJ e
hoje são uma presença no mundo da justiça e da política.
A Pastoral
da Juventude, segundo o arcebispo de Manaus, tem como vocação “viver o
Evangelho na comunidade”, fazendo um chamado a refletir sobre a importância de
seguir ligada à comunidade e de ter uma caminhada em comunhão com os agentes de
pastoral. Em sua caminhada como PJ um elemento importante tem sido a Palavra de
Deus, enfatizou Dom Leonardo. Ele vê na PJ “uma juventude profundamente
encarnada, que sabe das problemáticas e não se faz ausente, se faz presente a
partir do Evangelho”. Daí que ele veja “a realidade como ponto de partida e
participar do debate como como missão da PJ”.
O cardeal
Steiner insistiu em levar em consideração a necessidade da PJ se fazer mais
presente entre os indígenas, “ajudá-los a despertar para a grandeza do
Evangelho, não como ideologia, mas como vivência existencial a partir de sua
cultura, lhes ajudando a não perder sua cultura, sua língua”, insistindo em não
impor. Para isso se faz necessário ânimo e coragem, pois “Jesus nos ensinou que
o Reino de Deus é algo extraordinário e queremos anunciar esse Reino”.
A PJ quer
fazer memória dos 50 anos de caminhada, segundo a Ir. Maria Couto, assessora
regional da Pastoral da Juventude, buscando assim ressignificar o rosto que tem
a caminhada da PJ.
realidade da droga e das fações, uma situação extremamente difícil que está
muito presente na vida da juventude. São as fações que mandam, que controlam a
vida do povo, e diante disso se faz necessário se questionar sobre como ir ao
encontro dos jovens que são cooptados por esses grupos. Uma realidade marcada
pelo assassinato dos jovens, em muitos casos sem ser informado na mídia. É por
isso que a juventude é desafia a pensar nisso, sem medo de refletir sobre essas
questões, sobre a violência, se perguntando “o que nós como Igreja estamos
fazendo”, concluiu.