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Exploração sexual, além de imoral, é crime

Exploração sexual, além de imoral, é crime

A escravidão é uma realidade ligada à história da
humanidade. Muitas pessoas se perguntam como é possível que no século XXI esse fato
continue fazendo parte da realidade social. Isso demanda a necessidade de
desenvolver e aprimorar medidas de enfrentamento que promovam a proteção e
cuidado dos marginalizados
.

23 de setembro é o Dia Internacional Contra a
Exploração Sexual e o Tráfico de Mulheres e Crianças
, mais uma oportunidade
para tomar consciência dessa realidade muitas vezes invisível, difícil de
identificar, porém muito comum. Podemos dizer que durante a pandemia da
Covid-19, a exploração sexual e o tráfico de mulheres e crianças têm se tornado
uma realidade ainda mais presente e invisibilizada.

Este Dia Internacional Contra a Exploração Sexual e o
Tráfico de Mulheres e Crianças foi instituído em 1999, visando estabelecer
mecanismos de proteção, sobretudo aos mais vulneráveis. É momento para cobrar
do poder público melhoras no combate deste crime que dilacera a vida
de
coletivos mais numerosos do que a gente pode imaginar.

São mulheres e crianças vulneráveis, geralmente pobres,
com escassos recursos,
o que aumenta o risco de cair nas redes do tráfico de
pessoas. Quando a fome e a necessidade apertam, o risco de se tornar vítimas
destas redes aumenta exponencialmente, provocando grande sofrimento nas
pessoas, nas famílias e na sociedade como um todo.



A lei é algo que está deixando de ser cumprida no
Brasil nos últimos anos, sobretudo aquelas leis que defendem os direitos dos
mais vulneráveis. Como está acontecendo em muitas outras realidades, a proteção
das vítimas da Exploração Sexual e do Tráfico de Mulheres e Crianças, está
sendo algo esquecido
por um poder público que pouco se importa com as vítimas.

Levar o que está escrito nas leis para a prática
cotidiana é um desafio cada vez mais urgente, inadiável. O povo brasileiro deve
tomar consciência da necessidade de concretizar a proteção das vítimas, de se
posicionar em favor dos mais fracos e vulneráveis.

Mas será que realmente a sociedade brasileira está
preocupada em enfrentar esse crime?
A sociedade brasileira se preocupa com a
defesa das mulheres e crianças vítimas do tráfico de pessoas e da exploração
sexual? Só quando o povo descobrir a importância deste combate, poderá ser
enfrentada uma realidade que deveria ser desterrada definitivamente da nossa
sociedade.

É tempo de denunciar, de cobrar políticas públicas, de
deixar claro que o nosso lado é o lado das vítimas
, de não nos calar. Só assim
poderão ser dados os passos necessários que nos levem a construir uma sociedade
onde as vítimas não sejam mais invisibilizadas, onde as vítimas não sejam
inclusive criminalizadas, e sim uma sociedade onde as vítimas sejam acolhidas e
inseridas.

Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte 1 – Editorial Rádio Rio Mar

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