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Ir. Rose Bertoldo: “Que possamos fazer dos encontros espaços que curam, cuidam, confortam, celebram e dão dignidade”

Ir. Rose Bertoldo: “Que possamos fazer dos encontros espaços que curam, cuidam, confortam, celebram e dão dignidade”


A festa
da Assunção de Maria, “fala-nos da plenitude da vida que, desde o início, os
cristãos acreditaram, foi alcançada por Maria, a mãe de Jesus”, lembra a Ir.
Rose Bertoldo no comentário às leituras deste domingo. Segundo a secretária executiva
do Regional Norte1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, “reconhecemos em
Maria a mulher que participa plenamente da vida de Deus
”.

A
religiosa do Imaculado Coração de Maria destaca que “Maria, uma mulher que
acolhe em seu ventre, em sua corporalidade o projeto de Deus
, ela nos inspira a
seguir Jesus, que significa abraçar a justiça, paz, solidariedade, na alegria,
no cuidado com toda criação, atentas aos sinais dos tempos, na defesa da vida, e
na opção pelos mais pobres”.

“A
liturgia deste domingo nos ajuda a adentrar no mistério pascal a partir do
olhar feminino
, as tantas mulheres, que foram e são portadoras da Boa Notícia
que transforma a vida da humanidade”, segundo a Ir. Rose. Analisando a leitura
do Apocalipse, ela descobre “dois grandes sinais aparecem no texto, a mulher e
o dragão. A mulher vestida de sol, tendo a lua debaixo dos pés, e sobre a
cabeça uma coroa de 12 estrelas e o outro sinal, um grande dragão que também é
nominado com muitas características”.



“O
Dragão parou diante da mulher para devorar o filho logo que nascesse. Vivemos
em tempos de muitos dragões
, é necessário nominar; o dragão da drogadição, do
extermínio das juventudes, dos abusos e exploração sexual, do tráfico humano do
feminicídio, do patriarcalismo, dos garimpos, do agronegócio, da necropolitica,
da destruição da nossa casa comum. Esses dragões aparecem com muitas cabeças, caudalosos,
nos iludem, roubam os sonhos, tiram direitos, colocam as pessoas abaixo do
nível da pobreza” destaca a religiosa.

A
Ir. Rose afirma que “a mulher é portadora da boa notícia, o menino nasce e a mulher
foge para o deserto salvaguardando a vida do menino. O mal não vence, mesmo que
parece triunfar. As mulheres constroem estratégias em muitos espaços que
garantem a dignidade da vida, a partir de espaços de solidariedade, cuidando
umas das outras, restituindo a vida ferida na sororidade”. 

Na
leitura de 1Corintios, a religiosa descobre que “temos a certeza, Cristo
Ressuscitado é vencedor da morte
, o mal jamais vencerá, essa é nossa esperança,
pois somos seguidoras e seguidores do Reino de Deus”. Do mesmo modo, na
passagem do Evangelho destaca elementos novos presente num texto conhecido por
todos.



Ela destaca
“o encontro das duas mulheres Maria e Izabel, se encontram para compartilhar a
vida e no compartilhar da vida descobrem a entre ajuda
, o cuidado uma com a
outra, pois as duas mulheres carregam em seu ventre os filhos que vão mudar a
história da humanidade. Izabel proclama Maria como bem-aventurada porque
acreditou na promessa de Deus, e Maria proclama a grandeza de Deus que faz
grandes coisas, exalta os pobres, dispersa os soberbos, derruba dos tronos os
políticos, religiosos, poderosos que insistem em destruir a vida”.

A
liturgia deste domingo, destaca a Secretária do Regional Norte1, “nos ajude a
não deixarmos nos enganar pelo poder do mal, pela sedução das falsas promessas,
que possamos ser mulheres profetizas a partir de nossos espaços, no cotidiano
da vida como aprendizes umas das outras, nos entre ajudando como mulheres que
levantam outras mulheres diante da dor dos sofrimentos, que possamos partir
depressa, enfrentando os obstáculos e fazer dos
encontros espaços que curam, cuidam, confortam, celebram e dão dignidade
a
nossas vidas”.


Na
Solenidade da Assunção de Maria, a Ir. Rose nos lembra que “celebramos a
vocação da Vida Religiosa Consagrada, que é sinal da amorosidade de Deus no
meio das mais diversas comunidades
, especialmente na Amazônia”. Segundo ela, “a
presença da Vida Religiosa Consagrada é marcada por encontros que transformam
vidas, na simplicidade, no silêncio, na escuta, construindo processos de
formação na sinodalidade, sendo presença “estar onde, com e como ninguém quer
estar”, um destaque especial para a vida religiosa feminina, testemunha de um
Jesus encarnado no meio do povo sendo presença profética onde a vida dos povos
e territórios onde os gritos são mais urgentes, onde a vida é ameaçada. Na
grande ciranda, através de nossos corpos, onde tem lugar para todas e todos,
continuamos contando e proclamando as maravilhas que Deus fez em nós”.

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