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Mons. Hudson Ribeiro: “Eu me coloco a serviço da comunhão da Igreja, essa Igreja da Amazônia que é tão bonita, é tão preciosa”

Mons. Hudson Ribeiro: “Eu me coloco a serviço da comunhão da Igreja, essa Igreja da Amazônia que é tão bonita, é tão preciosa”

Uma Eucaristia
no Seminário São José e uma coletiva de imprensa tem marcado os primeiros
momentos de Mons. Joaquim Hudson de Souza Ribeiro depois de sua nomeação pelo
Papa Francisco como bispo auxiliar de Manaus. Um ser bispo que segundo o
cardeal Leonardo Steiner, arcebispo de Manaus e presidente do Regional Norte1
da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB Norte1), é “um servir, um
estar a disposição, na disponibilidade e com isso na liberdade
”, como caminho
de realização pessoal, mas sobretudo da Igreja, que “nos coloca na frente ou
atrás ou no meio de uma Igreja”, insistindo em que a tarefa própria do bispo é
servir na liberdade.

A presença
do arcebispo, que lembrou a nomeação do padre Raimundo Vanthuy Neto como bispo
da diocese de São Gabriel da Cachoeira, e aqueles que em pouco tempo serão seus
três bispos auxiliares, o cardeal insistiu em que eles estão ao serviço da
Igreja de Manaus, “mas também ao serviço da Igreja que está na Amazônia”
,
destacando o caminho da Igreja do Regional Norte1 e insistindo em que “Deus nos
ajude a todos a sermos fiéis ao Evangelho”. Uma Igreja que, segundo o
presidente do Regional Norte1, tem que ir além das estruturas, e ser
visibilização do Reino de Deus, pedindo a colaboração de todos para que assim
seja.

O bispo
auxiliar eleito lembrou seu tempo de formação no Seminário São José, afirmando
que “quando a gente vai sendo seguidor e seguidora de Jesus, a gente vai
aprendendo a se desapegar para poder ser conduzido por Ele
”. Um desapego que
ajuda a sustentar os planos da vida, destacando o exemplo de Charles de
Foucauld e olhando desde aí o fato de ter aceitado o pedido do Papa Francisco a
contribuir com a Igreja de Manaus, que vive desde uma mistura de sentimentos de
medo, insegurança, alegria, tristeza, de emoção.

O padre
Hudson Ribeiro destacou o fato de se sentir parte da Igreja de Manaus e que vê
a maturidade no fato de ter a capacidade de deixar de lado um monte de coisas. Ele
insistiu em que “a única coisa que a gente tem que se apegar é a proposta do
Evangelho, que é da Cruz”. Ele lembrou que agora serão quatro os bispos
formados no Seminário São José de Manaus, Dom José Araújo de Albuquerque, bispo
da diocese de Parintins, Mons. Raimundo Vanthuy Neto, hoje eleito bispo de São
Gabriel da Cachoeira, Mons. Zenildo Lima e ele, que são bispos auxiliares
eleitos da Arquidiocese de Manaus. Se trata de “gente nascida aqui, educada
aqui nessa terra, e dessa terra também podem responder com amor e generosidade
ao chamado da Igreja ao episcopado
”, destacou.

Em coletiva
de imprensa, o cardeal Steiner destacou a nomeação de um novo bispo auxiliar
como um momento importante para a Arquidiocese de Manaus, lendo a carta
recebida do Núncio Apostólico, Dom Giambattista Diquattro. O arcebispo de
Manaus agradeceu ao Papa Francisco pela nomeação e ao núncio pelo empenho
.

Aos
jornalistas presentes no Seminário São José o bispo auxiliar eleito disse ter
acolhido com grande surpresa “esse convite do Papa Francisco para servir à
Igreja, que é a continuidade daquilo que nós fomos chamados, a essência da
nossa vocação que é o serviço, a disponibilidade
, o seguimento de Jesus que
exige da gente desprendimento, desapego e uma leitura constante dos sinais dos tempos”.
Insistindo em que nunca buscou isso, Mons. Hudson disse que diante do chamado
da Igreja, responder com um sim é algo que surge da obediência e comunhão.

Ele comparou
o que está vivenciando com o anúncio do anjo à Virgem Maria, que “também não esperava,
também recebe com surpresa, também não compreendia o que poderia acontecer
depois, mas se coloca a serviço
”, palavras que ele disse tomar para poder responder
a esse chamado. Um momento que ele vive com alegria, “por poder compreender que
apesar das minhas fragilidades e limites humanos, a Igreja valoriza e reconhece
as vocações locais”, destacando esse reconhecimento “aos homens nascidos nessa
terra, os caboclos nascidos nessa terra, os ribeirinhos nascidos nessa terra”.

Umas
palavras vindas de alguém nascido em Parintins e criado em Manaus, no Bairro
Petrópolis, destacando “os sinais de que é possível, a partir de vivências locais,
de conhecimento da realidade local, poder responder aos desafios que o mundo
hoje nos apresenta e que a Igreja vai procurando dar resposta
a partir daquilo
que ela acreditou ao longo da sua história, que é o anúncio da Boa Nova de
Jesus Cristo, a atualização dessa Boa Nova diante dos sinais dos tempos que são
tão exigentes hoje”.

Um sim que ele
disse ter ido confirmando ao longo da vida, sabendo que “o sim, ele nunca é
acabado, ele é um sim continuado, ele é um sim processual”, que segundo o bispo
auxiliar eleito, “ele vai sendo sustentado quando a gente vai se colocando a
serviço, disponível, desapegado, para acolher aquilo que o Espírito quer conduzir”.
Diante disso, o padre Hudson insistiu em que recebe sua nomeação “com grande
alegria e me coloco a disposição, a serviço da comunhão da Igreja, essa Igreja
da Amazônia que é tão bonita, é tão preciosa, ao mesmo tempo que envolvida em
um cenário tão desafiador
, de tantos sinais desafiadores, sobretudo de morte,
onde nós nos encontramos”, fazendo um chamado a “ser sinal de vida, de
esperança, sustentado na Palavra de Deus”.

Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

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