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Mulheres indígenas ticuna protagonistas da missão

Mulheres indígenas ticuna protagonistas da missão

A presença
das mulheres na Igreja da Amazônia sempre foi decisiva. O Papa Francisco, no
número 99 da Exortação Pós-sinodal “Querida Amazônia”, afirma que “na Amazónia,
há comunidades que se mantiveram e transmitiram a fé durante longo tempo, mesmo
decénios, sem que algum sacerdote passasse por lá. Isto foi possível graças à
presença de mulheres fortes e generosas, que batizaram, catequizaram, ensinaram
a rezar, foram missionárias, certamente chamadas e impelidas pelo Espírito
Santo. Durante séculos, as mulheres mantiveram a Igreja de pé nesses lugares
com admirável dedicação e fé ardente. No Sínodo, elas mesmas nos comoveram a
todos com o seu testemunho”.

Mais um exemplo
disso tem sido a missão realizada de 25 de julho a 03 de agosto por jovens
mulheres ticuna, vocacionadas, que assumiram sua primeira missão como
protagonistas
. Elas organizaram cada momento e até dirigiram o motor e canoa! Isso
tem acontecido nas comunidades Nossa Senhora de Nazaré e Santa Clara da
paróquia de São Paulo de Olivença, e Nossa Senhora da Esperança na paróquia de Belém
do Solimões, diocese de Alto Solimões. A missão foi realizada por mulheres ticuna,
acompanhadas pelo diácono Antelmo, que voltou animadíssimo vendo a força e
entusiasmo contagiante destas jovens missionárias ticuna.



Nos mesmos
dias, outra equipe de missionários e missionárias ticuna também foi enviada
para ajudar na paróquia Imaculada Conceição em Benjamin Constant, visitando as
comunidades de Cidade Nova, Bom Pastor, Santa Clara, São João de Veneza e Bom
Intento junto ao Fr. Hector, Frade Menor Capuchinho.

Foi um
tempo de evangelização indígena, promovendo seu protagonismo, um testemunho de
doação e compromisso com o Reino de Deus. Dias e noites de formações sobre a
Palavra de Deus, a Catequese, o Dízimo, a Celebração Dominical, a vocação, a
ecologia e a luta contra o alcoolismo e as drogas. Tudo foi muito bem acolhido
pelas comunidades – desde as crianças até os idosos – por ser no jeito e língua
ticuna
. Orações, dinâmicas, partilhas de alimentos, desafios nas viagens de
canoa com chuvas e sol quente, tudo com alegria por amor de Deus e do povo.

São passos
que ajudam a concretizar uma Igreja com rosto amazônico e indígena, onde os
indígenas são evangelizados por aqueles que a partir de sua cultura ajudam a
aprofundar no Evangelho como semente de vida plena para todos e todas.

 

Luis Miguel
Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1, com informação e fotos do Blog Povo Ticunade Belém do Solimões

 

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