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Para você, que é mulher, gratidão pelo que você é

Para você, que é mulher, gratidão pelo que você é

 

Como é que a gente olha para as mulheres? Numa
sociedade onde o preconceito contra a mulher ainda faz parte da vida cotidiana,
cada um de nós, também as mulheres, deveria se fazer essa pergunta. Na próxima
segunda-feira, 8 de março, é comemorado o Dia Internacional da Mulher, uma data
que alguns questionam, mas que sempre foi e continua sendo muito necessária.

O Dia Internacional da Mulher é momento para
reivindicar, para refletir sobre a necessidade de tirar da nossa vida todo
sentimento e atitude de preconceito, é um dia para agradecer a cada mulher, por
tudo o que ela é, por tudo o que tem aportado e aporta à humanidade
. 8 de março
é dia para mostrar que sem o aporte das mulheres o nosso mundo seria bem pior,
ele não seria possível.

Não podemos querer tampar o sol com a peneira, não
podemos pretender esconder ou disfarçar situações que estão presentes no meio
de nós, bem perto da gente. O sofrimento de muitas mulheres, em diferentes
âmbitos, simplesmente pelo fato de ser mulher, é uma realidade muito presente
na sociedade atual. Também no Brasil, onde a misoginia está instalada em muita
gente, inclusive em algumas mulheres, onde a máxima autoridade do país não
disfarça esses preconceitos, muitas vezes estúpidos, que mostra inclusive em
suas manifestações públicas.

Quando a gente olha para a própria vida, cada um de
nós descobre o papel decisivo que as mulheres têm em nosso dia a dia, algo
insubstituível, que deve ser valorizado e defendido por todos. É urgente
superar toda situação de violência contra as mulheres, de feminicídio, de
exploração em qualquer âmbito, de falta de direitos, inclusive de menos
direitos do que os homens. Essa tem que ser uma luta de todos e todas, uma
necessidade inadiável, que tem que estar presente cada dia, mas especialmente
no Dia Internacional da Mulher.



A Igreja católica, que nem sempre tem reconhecido
adequadamente a importância da mulher em seu dia a dia, vai dando passos nesse
sentido, sobretudo nesse reconhecimento. Na Amazônia, como nos diz o Papa
Francisco
na exortação pós-sinodal do Sínodo para a Amazônia, Querida Amazônia,
“durante séculos, as mulheres mantiveram a Igreja de pé nesses lugares com
admirável dedicação e fé ardente
”. Essa presença decisiva das mulheres também
se fez presente na assembleia sinodal, celebrada em Roma de 6 a 27 de outubro
de 2019, onde em palavras do Santo Padre, “elas mesmas nos comoveram a todos
com o seu testemunho
”.

O Papa Francisco enfatiza que a Igreja, “sem as
mulheres, ela se desmorona,
como teriam caído aos pedaços muitas comunidades da
Amazónia se não estivessem lá as mulheres, sustentando-as, conservando-as e
cuidando delas. Isto mostra qual é o seu poder caraterístico”. Por isso, ele
faz um chamado a “incentivar os talentos populares que deram às mulheres tanto
protagonismo na Amazónia
, embora hoje as comunidades estejam sujeitas a novos
riscos que outrora não existiam. A situação atual exige que estimulemos o
aparecimento doutros serviços e carismas femininos que deem resposta às
necessidades específicas dos povos amazónicos neste momento histórico”.

É tempo de entender a necessidade de caminhar em
igualdade
, de reconhecer a riqueza que a gente descobre quando caminha unido,
em condição de igualdade, quando supera preconceitos que nos impedem reconhecer
e agradecer às mulheres pelo que elas são.


Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Regional Norte1 – Editorial Rádio Rio Mar

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