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Raely Cardoso: “A verdadeira paz não é fruto de um silêncio hipócrita”

Raely Cardoso: “A verdadeira paz não é fruto de um silêncio hipócrita”

No vigésimo domingo do Tempo Comum, “o Evangelho nos faz refletir
sobre a paz que nos tira da passividade”, segundo Raely Cardoso. A secretária da
Pastoral da Juventude (PJ) do Regional Norte1 da Conferência Nacional dos
Bispos do Brasil (CNBB), afirma que “dia a dia sempre desejamos que tudo
aconteça sem imprevistos, como achamos que deveria ser
”.

A jovem da Diocese de Coari vê que “nesse Evangelho, Jesus
vem nos lembrar que o fogo que Ele trouxe para a terra é uma chama que queima
em nossos corações
, e por isso nos desestabiliza e nos tira da passividade”.
Segundo ela, “a paz que Jesus se refere aqui é aquela paz da acomodação, da
excitação passiva, do conformismo, da desgraça, da injustiça, do deixa para lá,
isso não é comigo, está tudo bem, e sabemos que não está”.

Segundo Raely, “muitos ainda vivem na frieza da acomodação,
do descaso, achando que a Palavra de Deus é bonita, mas não a praticam. Por
isso não compreendem que é preciso o fogo que nos tira da passividade”. A secretaria
da PJ do Regional Norte1 insiste em que “a verdadeira paz não é fruto de um
silêncio hipócrita
”. A jovem enfatiza que “nós esquecemos que muitas vezes,
para voltarmos para nós mesmos e para o projeto do Reino, precisamos nos
separar da massa”.

Para a secretária da PJ, “Isso não é renegar o pai, a mãe, mas
saber que sermos nós mesmos não é colocar tudo de acordo, mas sermos todos
vívidos, sentir a vida como algo pulsante”. Daí que ela afirme que “a vida não
é um museu, com tudo em ordem, catalogado, muito pelo contrário, em vez disso,
ela é feita de escolhas, tentativas, sonhos pelos quais lutar, ideias para se
revestir, sofrimentos a afrontar, incompreensões a serem digeridas”.

Raely destaca que “Jesus veio para colocar tudo em discussão,
a fim de que tudo se torne o que tem que ser.
Ele veio para trazer o fogo pelo
qual vale a pena acordar toda manhã”. Diante disso se pergunta: “Mas na nossa
vida, nós podemos ver realizada o Evangelho de Jesus?”.

Finalmente, a jovem encerra seu comentário ao Evangelho do
vigésimo domingo do Tempo Comum, insistindo em que “nós precisamos da
inquietação de Jesus, do seu fogo que nos tire da passividade
, que nos tire do
comodismo, que balance nosso ego e que nos leve a refletir, a olhar o outro com
mais empatia, que nos dê força para denunciar as injustiças e que nos anime
para praticar o bem”.

Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

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