O Regional
Norte1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil está realizando de 18 a 21
de setembro de 2023 a 50ª Assembleia Regional com a participação de mais de 80
representantes das dioceses e prelazias, pastorais, organismos e movimentos.
Uma assembleia marcada pela memória, profecia e esperança.
Um Regional
que é composto por nove igrejas particulares: a arquidiocese de Manaus, as
dioceses de Parintins, Borba, Coari, Alto Solimões, São Gabriel da Cachoeira,
Roraima, e as prelazias de Itacoatiara e Tefé.
A profecia
remete às origens, remete à fonte, os profetas e profetisas são enviados para
recordar a Aliança, para recordar a vida, para recordar que são povo de Deus,
segundo lembrou o cardeal Leonardo Steiner, arcebispo de Manaus e presidente do
Regional Norte1. Ele insistiu que o profeta, a profetisa arranca da indiferença,
fazendo um convite a olhar para as pastorais como testemunho da Igreja, pensar
as pastorais como profetismo.
Não podemos
esquecer que “profecia é falar em nome de Deus”, segundo dom Adolfo Zon, bispo
de Alto Solimões e vice-presidente do Regional Norte1. Ele insistiu em que “a
Igreja tem que seguir falando hoje o que Deus quer para seu povo”, afirmando
que “a profecia, ela é uma palavra não só pronunciada pela boca, senão também
sobretudo pronunciada com a vida”. Dom Adolfo destacou que todas as ações evangelizadoras
que estão acontecendo em cada Igreja local, “querem ser esse sacramento do que
Deus quer para a humanidade hoje e sobretudo aqui na nossa Amazônia”.
São ações pastorais
com as que “a Igreja hoje vai manifestando todos aqueles sinais que
acompanhavam a evangelização do próprio Jesus”. Segundo o bispo, “são gestos
concretos que vão manifestando essa vida divina no aqui, no agora da nossa
história”. As coordenações de pastoral das igrejas locais
apresentaram os trabalhos realizados seguindo o esquema dos quatro pilares que
fazem parte das Diretrizes para a Ação Evangelizadora da Igreja do Brasil: Palavra,
pão caridade e ação missionária.
São igrejas
que caminham dentro do processo sinodal que a Igreja universal está
vivenciando, mas também seguindo as orientações nascidas do Sínodo para a
Amazônia, que realizou sua assembleia sinodal em outubro de 2019. Algumas dessas
igrejas, a prelazia de Itacoatiara e as dioceses de Coari e Borba, comemoraram 60
anos de caminhada em 2023, e as dioceses de Roraima e Parintins acolheram seus
novos bispos em 2023, dom Evaristo Pascoal Spengler e dom José Albuquerque de
Araújo.
Igrejas que
em suas atividades insistem na formação do laicato com escolas de teologia,
congressos, que buscam conscientizar sobre o cuidado da casa comum, mesmo com a
falta de interesse da sociedade e de muitas pessoas que caminham nas comunidades,
áreas missionárias e paróquias do Regional, se fazendo cada vez mais presente
na vida do povo, especialmente com um número cada vez maior de equipes missionárias
em nível comunitário, paroquial e diocesano. Um Regional comprometido na defesa
dos povos indígenas, realizando um trabalho pastoral inculturado, dos migrantes
e das populações vulneráveis.
Igrejas
locais que em sinodalidade, caminhando junto com o Regional Norte1, com a Igreja
do Brasil e com a Igreja universal, tem no Papa Francisco um referente que anima o
trabalho pastoral que muitos homens e mulheres, bispos, presbíteros, religiosos
e religiosas, leigos e leigas realizam no cotidiano, acompanhando a vida dos
povos amazônicos.