A sinodalidade e a ministerialidade é algo presente na
vida das igrejas do Regional Norte1. Na assembleia regional que acontece em
Manaus de 16 a 19 de setembro, com o tema “Igreja Sinodal que caminha na
Esperança”, tem sido oportunidade para partilhar os sinais desse modo de ser
Igreja.
Nas igrejas locais, é comum que todos os batizados e
batizadas participem dos processos de planejamento, e em muitos lugares,
surgiram paróquias com a coordenação de religiosas e leigos e leigas. Uma
Igreja que valoriza e reconhece o serviço de todos e todas, como parte
essencial da evangelização, especialmente a colaboração direta dos leigos e
leigas. Uma Igreja que precisa de todos os ministérios e serviços, marcada pela
diversidade de carismas e serviços, que pede o reconhecimento e oficialização
de novos ministérios, identificados nas linhas pastorais que norteiam a missão
evangelizadora.
Uma Igreja que fomenta a formação, a defesa da vida,
ações de cuidado com a casa comum, dentre outras. Uma Igreja descentralizada,
itinerante e missionária, presente nas comunidades, muitas delas lideradas por
mulheres, que pensam a caminhada e assumem os diversos ministérios. Se faz
necessário refletir que não é suficiente criar ministérios se depois os novos
ministros e ministras também vão centralizar e manter o modelo existente.
Igualmente, assumir que a ministerialidade feminina na
Igreja Local será uma bênção e deve ser reconhecido como sinal da graça de
Deus. Mesmo sendo visível o caminho sinodal em muitas igrejas locais, caminhar
juntos, viver a sinodalidade não é fácil, pois ainda existem algumas instâncias
eclesiais que não seguem aquilo que é proposto como caminho a seguir.
A Igreja do Regional Norte1 é uma Igreja discípula
missionária e discípula da Palavra, com comunidades sinodais nutridas pela
Palavra. Pode se dizer que, nessa Igreja, o Espírito é
como um olho d’água que joga para nós o movimento de vida, que se concretiza em
serviços e ministérios de diversos tipos: ligados à Casa Comum, do
catequista, da consolação, litúrgicos, de assessoria, de cuidado com a vida, da
mulher, considerando algo necessário que seja reconhecido aquilo que as
mulheres fazem há muitos anos.
Um caminhar junto que vai sendo construído aos poucos,
e que a Assembleia Regional Norte1, refletiu em diversos grupos, buscando descobrir
aquilo que é reafirmado e assumido no caminhar juntos e juntas. Os desafios
existem, mas a esperança tem que falar mais alto para poder concretizar essa Igreja
que na sinodalidade quer ser discípula e missionária.
Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1