Av. Epaminondas, 722, Centro, Manaus, AM, Brazil
+55 (92) 3232-1890
cnbbnorte1@gmail.com

Dia: 10 de abril de 2025

Missa dos Santos Óleos em Parintins, em clima de unidade, sinodalidade e comunhão

A diocese de Parintins celebrou nesta quinta-feira, 10 de abril de 2025, a Missa dos Santos Óleos, com a participação do clero da diocese, que de 7 a 10 de abril realizaram seu retiro anual. A celebração eucarística, presidida pelo bispo diocesano, dom José Albuquerque de Araújo, com a presença do bispo emérito, dom Giuliano Frigeni, aconteceu em um clima de unidade, sinodalidade e comunhão, segundo foi dito no início da missa. Eucaristia, sacerdócio, unidade Na homilia, o bispo emérito iniciou suas palavras recordando que, na Quinta-feira Santa, dia em que acostuma ser celebrada a Missa Crismal, “Jesus, sabendo que tinha chegado a sua hora, nos deixou dois grandes presentes, a Eucaristia e nós, sacerdotes.” Dom Giuliano Frigeni refletiu sobre a importância da Eucaristia e dos outros sacramentos, fazendo um chamado a “aprender cada vez mais o valor do nosso batismo”. Sobre os sacerdotes, ele ressaltou que são chamados a “amar aquilo que Jesus amava”, refletindo sobre a ligação entre Jesus e o Pai, lembrando a obediência de Jesus ao Pai, que os sacerdotes assumem no momento de sua ordenação, quando “fomos consagrados para que nós sejamos totalmente a serviço da Igreja”, que ele definiu como “o corpo de Cristo.” O bispo emérito refletiu sobre a unção dos óleos nos sacramentos, onde “recebemos o Espírito Santo que nos torna o corpo de Cristo, a presença de Cristo.” Dom Giuliano Frigeni refletiu sobre a necessidade da união, afirmando que “Jesus quer que através de nós, padres, vocês possam ver Cristo que veio a nos unir, que é o desejo de toda a humanidade de sermos unidos. Mas, infelizmente, cada um defende o seu poder, a sua ideia, os seus gostos. Nós, ao contrário, através do ministério dos sacerdotes, crescemos na consciência de pertencer a Ele numa vida de comunhão, de fraternidade.” Um caminhar junto, a sinodalidade, “que o mundo não consegue, prefere fazer guerra, prefere a divisão”, enfatizou o bispo emérito. Missa da Unidade Dom José Araujo de Albuquerque, lembrou que essa celebração também é conhecida como a Missa da Unidade, destacando que “este é um momento tão bonito, tão sublime, onde todos os nossos presbíteros, nossos diáconos, nós bispos, nos reunimos em comunhão com o povo de Deus para celebrar a nossa vocação, o envio que recebemos e renovamos o nosso sim, o sim que dissemos no dia da nossa ordenação.” Ele enfatizou que “nós que somos bispos continuamos a sermos presbíteros e os presbíteros continuam a ser diáconos. E todos nós somos membros do rebanho do Senhor, fazemos parte do seu povo. E neste povo nós recebemos um chamado, uma missão de sermos pastores. Que a gente possa sempre se espelhar em Jesus, que é o Bom Pastor”, pedindo a oração de todos pelos padres da diocese de Parintins.

Convocado o Jubileu dos Povos Indígenas de Roraima: 25 e 26 de abril no Surumu

A diocese de Roraima, que está comemorando 300 anos de Evangelização e junto com toda a Igreja celebra o Jubileu da Esperança, convocou através do seu bispo, dom Evaristo Spengler, para a Peregrinação do Ano Santo e Jubileu dos Povos Indígenas, com o tema “Somos peregrinos e peregrinas da esperança”, que será realizado nos dias 25 e 26 de abril de 2025, no Surumu. Jubileu em um lugar símbolo de resistência Uma convocação dirigida a toda a comunidade eclesial, povos indígenas, para participar de um momento que será realizado em “um local emblemático, símbolo da história de resistência e da Aliança da Igreja com os povos indígenas.” Segundo a carta de convocatória, “agora ele será o cenário de um encontro sagrado, onde celebraremos a fé, a cultura e o compromisso com a justiça e a ecologia integral.” Segundo o bispo, “inspirados pelo lema ‘A esperança não decepciona’ (Rm 5,5), reafirmaremos nosso caminho sinodal, ouvindo o clamor da Amazônia e renovando nossa missão em defesa da vida e da dignidade humana.” A programação contempla um dia de memória, compromisso, testemunhos dos povos indígenas e celebrações culturais, a ser realizado dia 25. Já no dia 26, acontecerá a peregrinação seguida da Santa Missa solene, com a Ordenação Diaconal do seminarista Djavan André da Silva e envio missionário. Celebrar a resistência e a esperança dos povos indígenas O bispo diocesano de Roraima faz um chamado a participar, para assim, “fazer memória da caminhada histórica da Igreja com os povos indígenas, desde os Missionários Carmelitas, Franciscanos, Diocesanos, Beneditinos e Missionários da Consolata, até os dias atuais.” Junto com isso, será um momento para “celebrar a resistência e a esperança dos povos indígenas, especialmente em meio aos desafios do Marco Temporal e do garimpo ilegal, com suas ameaças e consequências socioambientais.” Finalmente, será oportunidade para “reafirmar nosso compromisso com a sinodalidade, a ecologia integral e a defesa dos direitos humanos, respondendo aos apelos da Laudato Si’ e do Sínodo para a Amazônia.” O Jubileu dos Povos Indígenas de Roraima quer ser um chamado à ação, em que a diocese convida “a todos a se unirem em oração e a participarem desta jornada de fé.” Para isso, dom Evaristo Spengler pede “que Maria, Mãe da Amazônia, sob o título da Virgem do Carmo, interceda por nós, e que o Espírito Santo nos guie neste momento de graça, fortalecendo nossa missão de ser Igreja viva, samaritana e profética na construção do Reino.”

Taxas que não procuram o bem comum e sim o interesse de poucos

As taxas que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está impondo aos diferentes países, sobretudo à China, tornou-se a principal notícia nos últimos dias. Estamos diante de mais um exemplo da crescente divisão e enfrentamento presente na sociedade mundial nos últimos anos. As guerras, concretizadas de diversos modos, também no âmbito comercial, só aumentam, provocando graves consequências para a população mundial, especialmente para os mais pobres. Uma conta que pagam os pobres O menor crescimento económico, a inflação, a alta dos preços de artigos que fazem parte da vida da maioria das pessoas, se vislumbram como consequências a curto prazo. Uma situação que deve levar à reflexão sobre o que acontece quando alguém toma decisões que não pensam no bem comum, no bem da humanidade. Junto com isso, o veto aos imigrantes, a xenofobia, a expulsão dos estrangeiros, uma outra atitude do presidente Trump. Ele se orgulha em sua perseguição aos imigrantes, é claro que sempre que eles sejam pobres, ignorando a história de um país onde a imigração tem sido uma constante. Algo que tem ajudado a construir uma nação que não teria seu atual status sem a participação dos imigrantes. Usar o poder em favor dos pequenos Isso deveria nos levar a refletir sobre o exercício do poder nos diferentes âmbitos, que sempre deveria ser para promover o bem comum e favorecer aos pequenos. Nunca àqueles que já tem demais, seja poder econômico, sejam privilégios e mordomias, que geralmente só aumentam quando aparecem esse tipo de situações. Se fechar aos outros, impedir que os outros se aproximem é uma atitude cada vez mais presente. Mecanismos de proteção são cada vez mais presentes na sociedade atual, sobretudo aqueles que tem mais poder. Seja poder político, económico ou de qualquer tipo, nos deparamos com situações que nos desumanizam. Não esqueçamos que a desumanização é uma atitude que aparece quando deixamos de nos preocuparmos com a necessidade dos outros. Saber analisar a realidade São mecanismos que querem ser impostos como comportamento a seguir, tentando convencer a todos que esse é o caminho a seguir. De fato, nos deparamos com que pessoas que são prejudicadas por essas situações as defendem. Essa manipulação, consequência da dificuldade que cada vez mais gente tem para analisar a realidade, é cada vez mais presente. Diante disso, somos chamados a tomar postura como sociedade, mas também individualmente. Uma necessidade primeira é fomentar o pensamento crítico, que leve as pessoas a perceber aquilo que prejudica à maioria. Seguir o típico ditado brasileiro “Maria vai com as outras”, tem graves consequências. São atitudes que destroem o tecido social, destroem a sociedade como instituição que melhora a vida das pessoas. Editorial Rádio Rio Mar